Learning To Love escrita por Maniper


Capítulo 1
Capítulo O1. Novata


Notas iniciais do capítulo

Já faz um tempo que não escrevo, voltei com uma fic original. Beliebers, sinto muito!

Nos vemos lá embaixo.

Boa leitura!



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Sempre morei em fazendas, meu pai é conhecido quando o assunto é agropecuária. Antes de tudo acontecer, minha vida se resumia em: ir pra escola no período da manhã, andar a cavalo pelo enorme campo(uma maneira que eu achava para fugir das brigas frequentes dos meus pais).

– Milla! Vem logo, está atrasada para o seu primeiro dia de aula. O que vão pensar, querida? - disse minha mãe que pelo jeito estava na cozinha e provavelmente mais ansiosa que eu.

Olhei para aquele imenso guarda-roupa e não conseguia acreditar que alguém precisasse de tanta repartição, minhas roupas couberam e sobrou espaço(muito espaço).

– Já vou! - respondi pegando uma calça jeans clara, camisa pólo listrada nas cores azul e preto e calçando o meu inseparável converse branco. Ansiedade era pouco para o que estava sentindo.

Parei em frente o espelho e soltei o meu cabelo que ia até a cintura. Sempre fora preto e liso, passei um lápis de olho preto, o que realçou os meus olhos cor de mel. Um pouco de gloss rosa claro e peguei a minha mochila que era um pouco grande para os meus 1,60 de altura.

– Caramba, achei que tivesse morrido - mamãe disse com um sorriso no rosto ao me ver descendo as escadas.

– Ah talvez, mas não agora. Como estou? - perguntei dando uma voltinha.

– Linda, como sempre. Agora vamos - ela disse indo até a porta.

O nome da minha mãe é Alice, tem 38 anos. Nascida no Texas, assim como eu, é loira , branquinha e olhos verdes(o que é uma ironia pra quem veio de uma cidade que tem muito sol). Ela e meu pai ficaram casados por 18 anos. O casamento conturbado deles é um dos motivos pelo qual eu ainda não amei ninguém, já tive relacionamentos mas nunca amei.

Ah sim, meu nome é Kamilla Ellison Andrews(mais conhecida como Milla), tenho 17 anos e atualmente estou morando em Dallas. O que dizer? Cidade bacana mas nada se compara ao campo. Minha paz, céu particular. Sem contar a falta que meu melhor amigo fazia.

#Flashback mode on#

– Hey, você está linda, princesa. Apenas relaxe - ele disse com o sorriso mais perfeito que existe no mundo. Ninguém o superava.

– Obrigada, príncipe - respondi sem graça e tentando me concentrar pra não cair naquele imenso salão.

Estávamos no 18° encontro agropecuário da região.

Travor Klow se declarou pra mim, perfeito. Moreno, olhos castanho claro, cursava o 2° ano de medicina veterinária.

#Flashback mode off#

Ficamos juntos 1 ano, depois me mudei para Dallas, terra de origem e decidi que não podia privá-lo das maravilhas da faculdade, afinal, eu não o amava.

– Saudades? - perguntou mamãe abrindo a porta do Jetta branco, estofado de couro na mesma cor e insufilm azul claro. Meu carro.

Ela sempre sabia o que eu sentia, mães são incríveis.

– Muita - admiti entrando no carro.

– Logo você vai se acostumar com isso, eu também demorei pra entrar no ritmo mas aqui estou, não? - ela disse tentando me animar. Sorri para não desanimá-la, afinal, quem quis morar com ela fui eu, devo encarar os fatos.

A verdade é que ela ainda ama meu pai. Se separaram por causa das traições frequentes dele. Papai é muito bonito: 1,80 de altura, cabelo preto, olhos azuis(irresistíveis), malhado e milionário. Ele não aparenta ter 50 anos e isso faz com que mulheres caiam matando.

Mudar do campo foi(talvez) uma das piores coisas que já fiz. Afinal, eu nunca fiquei dormindo em uma cidade por mais de 10 dias e acredite, não consigo manter diálogo com as pessoas por mais de 5 minutos(ou pelo menos nunca consegui). Por isso vou fazer medicina veterinária e também para cuidar dos negócios do meu pai, já que os meus 2 irmãos(mais velhos) não se interessam.

Queria muito pular a fase caloura da escola. Não tem coisa mais triste que ser novata no seu útlimo ano e ainda por cima levar a fama de caipira. Isso pode me ajudar a ficar mais concentrada pro vestibular e passar de primeira ou me deixar perdida por ser tudo estranho demais.

O caminho até a escola foi mais rápido do que desejei e isso fez com que o meu estômago revirasse. Observei que a maioria dos alunos aparentemente populares iam de carro. Pedi para minha mãe parar uma quadra antes para eu me acostumar com o ar altamente poluído(tudo bem, exagerei) da cidade e entrar com o pé direito.

– Boa sorte - ela disse e parecia um pouco preocupada.

– Obrigada - respondi descendo do carro.

Caminhei até o estacionamento daquele lugar que para mim parecia imenso. Acostumada com cidade pequena, todo mundo se conhece.

– Caloura - disse no meu ouvido um menino quando passei pela porta. Pois é, meu plano de ser invisível não funcionou.

– Oi - eu disse um pouco sem graça. Algumas pessoas me encaravam enquanto ele caminhava do meu lado. Só então percebi que era bastante atraente e com certeza popular. Loiro, malhado, alto, olhos verdes.

– Oi. Sou Nick Dylan - disse sorrindo e me estendendo a mão. Fiquei parada um instante olhando para aquele par de olhos convidativos.

– Dylan como sobrenome? Isso é algo novo pra mim - sorri. Não apertei a mão dele mas o mesmo não pareceu se incomodar, pelo contrário, deu uma breve risada e continuou andando comigo até a secretaria aonde eu tinha que pegar o meu horário e a chave do armário.

– Senhorita Andrews, não é? - uma mulher de mais ou menos 30 anos apareceu com um papel e uma chave na mão.

– Isso, como sabe? - perguntei desconfiada e pegando o que a mulher estendera para mim.

– É a única novata desse ano - disse o garoto de nome Nick eu acho, que ainda estava lá comigo.

– Ah que ótimo - a minha ironia demonstrou como eu estava conturbada com a situação.

– Relaxa. Não sei qual a imagem que você tem disso aqui mas as coisas não são tão ruins assim, acredite em mim - ele disse e conseguiu me fazer sorrir.

– Fácil pra você, é popular.

– Como pode ter tanta certeza? - perguntou com um sorriso brincalhão.

Apontei para blusa de frio dele que estava pendurada na mochila, era do time de futebol americano da escola. Eu havia pesquisado um pouco sobre tudo.

– Hm, observadora - Nick disse parecendo se divertir com as minhas palavras.

– Pois é - eu disse tentando cortar a conversa.

– Não gosta de companhia? - ele perguntou quando apressei o passo indo em direção ao número do armário que estava indicado no chaveiro.

Eu parei e o encarei. Não tinha como ignorá-lo, parecia tão simpático e fugia completamente das regras: calouros e veteranos não se misturam.

– Me desculpe, Nick, eu não sou muito boa com palavras. Na verdade, sou péssima - disse sendo sincera. Ele sorriu.

– Tudo bem, eu te entendo, Kamilla - olhei assutada para ele.

– Co-como sabe o meu nome? - perguntei fazendo-o parar. Nick soltou uma risada abafada.

– Todos sabem seu nome. É a única novata, lembra?

– Queria ser invisível - disse quando finalmente encontrei o meu armário.

– Que desperdício seria, não? Bom, a gente se vê depois, caloura. Qualquer problema, só me chamar - ele disse sorrindo e se distanciando. Vi que estava indo em direção a um grupo "descolado".

– Nick! - gritei. Precisava de ajuda para me localizar.

Ele me encarou um pouco confuso e as pessoas que estavam conversando com ele também me encararam mas era pura curiosidade.

– Sim? - disse sorrindo e voltando a ficar perto de mim.

– Desperdício? - perguntei erguendo a sobrancelha esquerda. Nick soltou outra risada abafada.

– Sim, você é linda demais para ser invísivel - soltou um suspiro - não faz isso, caloura - ele disse mordendo o lábio inferior. Percebi pela cara dele que a minha expressão estava sexy demais. Tenho certeza que corei e Nick pareceu gostar.

– Desculpa - respondi sem graça e tentando desviar do olhar dele, o que era quase impossível. Uma garota loira estava chamando-o, parecia impaciente.

– Acho melhor você ir, não quero morrer no meu primeiro dia - disse e nós dois rimos.

– Não deixo ninguém tocar em você, não antes de mim - ele disse sorrindo e me encarando.

– É sempre tão convencido assim? - perguntei. Não estava acreditando que eu tinha passado de 5 minutos de conversa com um estranho, meu recorde.

– Não! - disse um pouco alto. Eu ri.

– Parece - respondi sorrindo e olhando o meu horário.

– Me desculpe. E se interessa a você, ela é minha irmã - não consegui segurar o meu sorriso de satisfação.

– Não me interessa, não por enquanto - sinceridade sempre foi o meu forte mas eu tinha que me fazer de difícil, eu o conhecia há o que? 15 minutos?

– Difícil você, hein.

– Lógico, eu mal conheço você - dei risada.

– E daqui um mês? - ele estava se divertindo com a situação e eu também.

– Homens - disse apontando para uma sala no papel e ele entendeu o que eu quis dizer.

– Eu levo você - ele disse e fez menção para que o seguisse. Não voltamos ao assunto anterior.

Andamos até o grupo dele. Nick conversou com a irmã e voltou a ficar do meu lado. Estávamos em total silêncio.

– Sua segunda aula é a mesma que a minha - disse olhando para o meu horário.

– Que bom - eu disse respirando aliviada. Nick riu.

– Quer que eu venha buscar você?- perguntou. Seu olhar parecia sério e distante.

– Se não for incomodar.

– Imagina - disse me devolvendo o horário, afinal, depois ele podia me explicar como chegar nas outras aulas.

Fiquei com uma esperança de que o resto do dia ele estivesse comigo. Claro que isso não ia acontecer mas a presença dele me deixava calma. Era como se eu tivesse achado um novo melhor amigo em minutos.

Balancei a cabeça tentando expulsar os pensamentos. Melhor amigo? Eu mal o conhecia. Não pense besteira, Kamilla.

– Parece que conheço você há muito tempo, sabia? É estranho, me sinto a vontade com você, como se fosse a minha melhor amiga de longa data - Nick disse de repente e me fazendo parar em frente a um porta escrito: A5. Era aula de artes.

Não pude deixar de sorrir ao descobrir que ele pensava da mesma forma que eu.

– Eu sinto a mesma coisa - sorri e fiquei surpresa com o abraço repentino dele mas não tinha como não retribuir. Tão acolhedor. O perfume de Nick era muito bom e eu torci para que ficasse empregnado no meu nariz por um bom tempo.

– Boa sorte! - desejou-me - te vejo daqui a pouco.

– Obrigada - respondi e dei um beijo na bochecha dele. Nick sorriu e sumiu por aquele enorme corredor.

Entrei na sala e me sentei perto da janela, na 3ª carteira para ser mais exata. Dava para ver algumas pessoas entrando na quadra, líderes de torcida dançavam uma coreografia muito bem ensaiada e garotos iam em direção ao enorme campo de futebol americano. De relance pude ver Nick conversando com uma garota.

Parei de olhar na janela quando ouvi um "bom dia" muito animado de um professor aparentemente jovem.

– É bom vê-los de novo! - todos deram um grito de guerra e ficaram em pé.

Estava perdida naquela sala, até que o professor me olhou e deu um sorriso, parecia simpático.

– Você deve ser a tal novata - o professor apontou pra mim. Corei e assenti - então vamos dar as boas vindas, pessoal!

A sala disse um "bem-vinda" que me fez arrepiar. Sorri, estava muito sem graça. Sentaram-se e voltaram a atenção para o professor.

– Então, senhorita - disse ele, parando do meu lado.

– Kamilla Andrews - completei e olhei para os meus pés, sempre fazia isso para aliviar a vergonha.

– Prazer, Kamilla, sou Luke, seu professor de artes. Você vem de onde?

– California City - nostalgia total.

– Presta o quê? - perguntou Luke.

– Medicina veterinária, negócios de família e também sou apaixonada por isso, não me vejo fazendo outra coisa.

– Caipira!- gritou alguém do fundo. Me afundei um pouco na carteira.

– Que falta de educação, Dylan, deixe a novata se sentir em casa pelo menos - Luke disse olhando para o fundo. Não resisti e me virei para ver quem era. Fiquei um pouco surpresa ao ver uma cópia do Nick, só que com o cabelo preto e era natural, lindo.

O "Nick moreno" olhou para Luke com cara de tédio.

– Foi mal - então os nossos olhares se cruzaram e um sorriso de lado perfeito nasceu nos lábios dele - que caloura, hein! Papai!

Todos riram e eu bufei. Veteranos, são todos iguais, quer dizer, o Nick era legal.

A aula passou rápido e nós mais vimos história da arte do que tudo, não que fosse chato mas eu gosto muito de desenhar.

Quando o sinal bateu, guardei as minhas coisas na mochila e involuntariamente olhei para o fundo da sala. E por incrível que pareça, ele estava lá, me encarando com aqueles olhos verdes de tirar o fôlego de qualquer garota. Os amigos dele falavam alguma coisa que eu não conseguia ouvir mas ele não desviava o olhar. Então me levantei, indo em direção a porta, pude sentir olhares em mim mas não me virei. Sai da sala.

– Que demora, hein! - disse Nick com um sorriso no rosto e cabelo molhado.

– Te vi no campo - apontei para sala e ele continuou sorrindo.

– O que achou? - perguntou enquanto uma garota o cumprimentava.

– Ah, você é bom - fiz pouco caso e ele riu.

– Admite que sou bom - colocou o braço direito sobre o meu ombro e caminhamos juntos. Deduzi que ele estava me levando para a nossa próxima aula.

– Nunca - rimos e ficamos nos encarando um tempo. O olhar dele era menos intenso que o do "moreno".

– Nick! - uma voz masculina chamou atras de nós. Ele ainda estava me envolvendo com o seu braço, então nos virou, soltando uma risada abafada logo em seguida.

Claro que suspirei ao vê-lo ali. Aquele "moreno" que só havia me encarado por 2 minutos e eu já sentia calafrios em ver aqueles olhos. Sim, era realmente perfeito de perto. Mas um perfeito babaca.

– Que horas vai ser o treino da tarde? - perguntou um pouco ofegante, talvez tenha corrido para chegar perto de nós. Ele ainda não tinha notado a minha presença.

– Ah, bem lembrado, Neitan! - o nome era mais perfeito que ele, o meu Deus - Vai ser as 14h, intenso, vai até as 19h.

– Que droga, só posso treinar 2 horas, lembra? Esse braço me quebra, viu - ele disse passando a mão no braço esquerdo. Eu só observava a cena. Fiquei um tempo olhando para os meus pés até que senti os dois olhando para mim.

– O que? - perguntei assustada. Os dois riram em sintonia.

– O que está fazendo com a caipira? - perguntou Neitan com a sobrancelha esquerda arqueada.

– Ela não é caipira, babaca - olhei para Nick e agradeci com um sorriso tímido. Não respondemos e percebi que ele ainda estava ali.

– E ai? - parecia curioso. E eu com uma vontade imensa de matá-lo só por ter me chamado de caipira.

De repente senti Nick se aproximando de mim, ele ia realmente fazer o que eu estava pensando? Mal o conhecia. Mas era tão fofo.

Quando senti o hálito dele bem perto da minha boca, fomos interrompidos por alguém nos afastando.

– Já entendi, falou? Sem demonstrações, filhotes - disse Neitan nervoso e se afastando.

Eu e Nick rimos alto.

– Você viu a cara dele? - disse Nick em meio a risadas.

– Sim! Foi demais!

– E como foi - já tínhamos parado de rir.

Ainda estava perdida naquela situação, por quê o Nick iria me beijar do nada? Não resisti e perguntei:

– Mas o que foi aquilo, afinal?

Nick não respondeu de imediato e suspirou.

– Meu irmão é sempre melhor e mais rápido que eu, em tudo, viciado em apostas, queria mostrar que no último ano as coisas vão mudar. Me desculpa por te usar, só estou cansado de me sentir inferior á ele.

Não sabia o que falar e acho que nem precisava. Decidi que ajudaria o Nick, em tudo que precisasse.

Andamos em silêncio até a nossa próxima aula. Fiquei cada vez mais perdida naquela escola, era realmente enorme. Recebi vários olhares, principalmente de garotas e não pude deixar de notar o olhar frustado do Neitan quando passamos em frente a sala que ele estava. Ri por dentro mas deu um aperto também, era tão lindo.

Entramos na sala e Nick sentou ao meu lado, logo me apresentando para algumas pessoas. Conheci a Lily(morena, baixinha, olhos pretos, bonita), muito simpática, inteligente e apaixonada por música, disse que tinha 17 anos também; O Jake(branquinho, cabelo castanho escuro, da minha altura) era muito engraçado, 16 anos, o mais novo da turma. O Bryan(moreno, alto, jogador) um pouco quieto mas quando falava, era bom de papo, 17 anos.

Enfim, esses foram o que eu mais conversei, acabei descobrindo que Nick tem 18 anos e é mais "velho" que o seu irmão gêmeo, e que a sua irmã mais nova está no 1º ano, chama Nanda e tem 15 anos.

O dia na escola passou rápido e Nick sempre me levava aonde eu precisava, conheci quase todo o time de futebol americano, incluindo algumas líderes de torcida e por incrível que pareça elas eram legais, bem diferente do que eu imaginei que fossem. Não encontrei mais Neitan e isso foi bom porque não precisei beijar o meu amigo.

Quando o sinal da última aula tocou, fui seguindo os alunos porque ainda não sabia para que lado ir e infelizmente, não tinha ninguém que conhecia na mesma sala que eu. Estava com tanta pressa e fome que acabei esbarrando em alguém, não pedi desculpas e continuei seguindo a multidão.

– Com pressa, caipira? - bufei ao ouvir aquela voz, mas era ele. Me virei sem muita vontade mas foi grosseiro da minha parte.

– Desculpa - disse sem vontade alguma. Ouvi a sua risada abafada e ele me estendeu a mão. Fiquei encarando-a.

– Vem logo, o Nick está procurando você, pediu minha ajuda pra te achar.

– Quer que eu acredite nisso? - perguntei arqueando a sobrancelha. A expressão dele foi de sério para malicioso. Não gostaria de saber o que ele estava pensando.

– Está com medo? Sério? De mim? - disse com um sorriso de lado.

– É claro, olha a sua cara! - nós rimos.

– Não vem comigo então? - demorei alguns segundos para responder.

– Nem pensar! - respondi virando as costas para ele e apressei um pouco mais o passo. De repente senti alguém me pegando no colo.

– Que caipira, chata, meu Deus! - Neitan disse enquanto me carregava no colo. Comecei a socar o braço dele mas ele só ria, então me lembrei que o outro braço ele tinha mostrado ao Nick, só poderia estar machucado, quando ia bater, ele foi mais rápido, me colocando sobre as costas dele.

– Ali não, doi pra caramba - deu uma risada enquanto se referia ao braço. Senti o meu sangue ferver e ouvia algumas pessoas comentando.

– Me solta, idiota! - gritava e batia nas costas dele que só ria.

– Mais pra baixo, isso! Assim está ótimo.

Aquele garoto já tinha despertado a minha ira. Ah, mas isso não iria ficar assim, não mesmo. Desisti de ficar batendo nele e pedir para me soltar. Quando chegamos no estacionamento, ele me colocou no colo novamente e chegou perto de Nick que nos encarava com um olhar preocupado.

– Aqui, entregue, caipira teimosa - Neitan riu e me colocou no chão.

– Idiota - eu disse e indo em direção ao Nick. Cheguei perto dele colando os nossos lábios, os dele eram macios e carnudos. Foi por impulso mas não podia deixar aquele babaca se sentir o melhor de todos, como dizia o seu irmão.

Consegui ouvir alguns assobios e me separei dele. Nick depositou um beijo no topo da minha testa. Virei e me deparei com um Neitan extremamente decepcionado.

– O que você viu nele, hein? - perguntou incrédulo.

– O que não vi em você - respondi com um sorriso que o fez franzir o cenho e se distanciar de nós.

– Já sei no que isso vai dar - Nick brincava com uma mecha do meu cabelo.

– No que?

– Neitan vai conseguir ter você, acredite - Lily estava do nosso lado e eu nem tinha notado a presença dela até a mesma dizer alguma coisa.

– Não mesmo - disse convicta e os dois riram. Estavam duvidando de mim. Não vou nem ficar perto daquele idiota, só quando for preciso, eu já o odiava.


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Notas finais do capítulo

Primeiro capítulo lindinho aheoiheo sqn' posto o próximo ainda essa semana mas é uma fic movida a reviews, não seja fantasma, por favor, nem que for um oi *-* preciso saber se alguém gosta..
Beijos no coração, negada s2s2'