Estou a pensar seriamente que a Venia tem graves distúrbios histéricos mentais, ou bipolaridade quando conduz, quando nos levou ao shopping conduzia calmamente e agora ao nos levar á festa pensa que está a fazer drift ou está na Velocidade Furiosa ou algo parecido. Se eu morrer nesta viagem, informo que o meu PC com o PES 2013 fica com o meu irmão, já que a Rue deve morrer também.

Resultado: Nada de danos físicos ou transtornos mentais, sobrevivi! Mal chegamos lá…UAU a casa dele é grande, muito grande mesmo. A festa é essencialmente ao ar livre e atrás da casa, bastantes pessoas estão por cá e eu a Rue procurámos os nossos amigos, dado que a Clove ficou-se pelo caminho com o Cato.

Um DJ está num palco a pôr música, a atmosfera que me rodeia é jovem e divertida, está mesmo muita gente a dançar ou a falar. A Rue, mal chegámos ao lado do Gale e do Finn, recebe olhares dos dois, até o Gale arregalou os olhos, plano executado com sucesso: missão cumprida!

–Hmm… Olá!-pigarreia a Rue

–Oi. -cumprimentou o Gale ainda a olhar para ela- Queres ir dançar?

–Claro, vemo-nos depois- ela responde

Lá vou eu ficar sozinha, outra vez, até que o Finnick anunciou:

–Adoraria ficar contigo, mas tenho que ir indo, depois quando acabar o que tenho a fazer vou ter contigo, enquanto isso não acontece, como eu penso em tudo trouxe te uma amiga.- e saiu de lá

E logo aparece a Fox, ela está muito bonita com o cabelo ruivo longo e um vestido cujo top era de ganga e a saia branca, pensei que ela não viria porque nem a tínhamos citado quando estávamos a fazer a lista e ela não faz parte das pessoas com o índice de popularidade mais alto da escola.

(Look:http://www.polyvore.com/beauty/set?id=86373323#fans)

Cumprimentámo-nos e ignorámos o facto de não temos muita confiança uma na outra e tornámo-nos amigas. Ela fecha-se um pouco e é pouco social, gosta de ficar no seu canto e tem poucos amigos ao contrário de mim. Ofereço-me para lhe apresentar alguns rapazes, mas la respondeu negativamente, pois além de ser muito tímida era bastante fechada para amigOS.

Apenas beberico um pouco de vodka enquanto falava com a Fox, enquando passeava-mos por lá, cruzámo-nos pelo Marvel que estava com os demais rapazes populares, que nos cumprimentam e nos convidam para ficar com eles, a Fox cora logo, mas aceita como eu. Outra surpresa, o Marvel. Só para dizer, eu não gosto lá muito de surpresas.

A roda estava completa com mais alguns rapazes que eu não conhecia, apresentaram-mo logo todos. Conversávamos sobre vários assuntos e o Marvel, como foi referido uma surpresa não anteriormente adicionada á minha lista, falava com a Fox alegremente.

–Atira-te a ela de uma vez!- exclama o Peeta que abraça uma rapariga morena

–Mesmo, mano. Arranjem o sítio a sós para fazer lamechices que eu já tou farto delas- concorda um rapaz alto e moreno chamado Thresh

Pensei logo: Apoiado, meu.

Será necessário dizer que aqueles dois coraram até ficarem mais vermelhos do que um pimento maduro? Os restantes riem-se. A Fox diz que vai á casa de banho e pede-me para que a acompanhasse, eu claro, aceitei.

A casa de banho era no andar de cima, e pronto, lá fui. Esta casa tem mais escadas do que a muralha da China! Chiça! Perto da casa de banho, estava o Finn agarrado á Glimmer. E quando eu digo agarrado digo AGARRADO. Fiquei um pouco surpreendida e traída com aqueles atos.

Porque me sinto eu traída? Ele só é meu amigo e apenas, mas afinal porque me preocupo com isso? Lá estão as dúvidas de novo, era ótimo se tivesse agora uns dias de férias para me organizar melhor, mas não tenho.

Ignorei-os e a Glimmer olha para mim com um olhar de vitória e Finn nem reparou que eu lá estava. Segui o me curso com a Foxy (nome inventado por :Marvel), sinto-me triste, já não sei porquê mesmo.

Quando lá chegámos a minha new friend começou a ficar em histeria e falámos de tudo o que faríamos a seguir, demorámos em média dez minutos (multiplicados por 2). Quando passamos pelo corredor não há sinais de Finns nem Glimmers. A Foxy aparenta-se ansiosa e nervosa, como boa pessoa que sou (só que não), tenho acalmá-la, em vão.

Quando lá chegámos estava lá ele, Finnick Odair, sorridente e bem-disposto a rapariga morena já lá não esta e o Gale e a Rue estam lá, outra vez abraçados. Eu juro que se vejo mais lamechices hoje mando alguém pela janela.

–Olá!-cumprimenta-me o Finn

–Olá-respondo fria

–O meu primo quer contactar-te -informa-me o Gale- Ele vem para aqui viver outra vez, só não sei se vem para a nossa escola estudar.

–A sério?-perguntei com os olhos a brilhar

–Sim, estive a falar com o Brandon e este é o número dele- diz ele entregando-me um papel

O rapaz loiro de olhos azuis iria voltar para a minha vida, o rapaz americano que foi para Portugal com os pais, o rapaz que me ajudou sempre e o melhor amigo de sempre, era ele, Brandon.

Uma memória de quando eu e ele estávamos em férias na Florida onde hoje estou invade-me a cabeça.

Flackback on

–Eu prometo que eles são fixes, a sério.- tenta convencer-me o Brandon

–Não sei…-digo hesitante- Eles são amigos do teu primo e teus amigos, não meus.

Vamos os dois pelo um caminho que ele bem conhece, está um clima agradável e estamos longe de Miami, numa localidade muito bonita e ao lado do mar. Ele guia-me entre labirintos de ruas que não parecem acabar.

–Ali estão eles.- Anunciou-me ele apontando para um parque onde estavam 3 rapazes e 3 raparigas

Os rapazes são o Cato Ludwig, o Finnick Odair e o Gale Hawthorne e as raparigas chamam-se Lavinia e as Lucy Legg e Troian Legg são gémeas. Mesmo muito parecidas tenho que frisar.

Está a ser uma tarde muito divertida, pena que a Rue tenha ficado na casa de férias na piscina, ela teria adorado estar aqui connosco. Eles são todos bem divertidos, até que podíamos ser todos bem amigos, se não nos fossemos separar no fim deste mês. O que me consola é que o Brandon, ao menos, acompanha-me para Portugal.

–Vocês são namorados?-perguntou a Lavínia

A minha primeira reação é ficar corada, por isso abaixei a cabeça e comecei a pensar : o chão tá muito fixe hoje, até melhor do que certas pessoas.

–Não, por enquanto.- interveio o Brandon vendo que eu estava a corar

Aquele ‘por enquanto’ deixa-me confusa. O que quererá ele dizer com isso?

Flashback off

Pego no papel com o respetivo número e ouço que o meu telemóvel está a tocar, numero desconhecido. Vou atender, quais são as probabilidades de A me enviar uma mensagem e eu ir para Pretty Little Liars?

–Eu dei-lhe o teu número também.- informa-me o Gale

–Obrigada! A sério!- agradeço

Atendo o telemóvel a frente deles, sem me preocupar se eles estavam a ver o que ia dizer ou fazer. Como estamos a falar com telemóveis com câmera, podíamos falar e ver a imagem um do outro. Quase gritei quando vi a cara dele e ele não está sozinho, está com alguns dos meus amigos de Portugal incluindo o João, o André, a Carolina, a Carla e a minha prima e amicíssima, Rita, a cúpida.

Converso com eles bastante tempo, eles estão na festa de despedida do Brandon, a despedir-se todos dele. Pergunto-lhe quando viria, mas ele apenas me responde que ia ser surpresa. Já vos disse que detesto surpresas?

Quando acabo de falar com eles, a Rue está a olhar-me com aquela típica cara de: Se é que me entendes, e eu respondo-lhe com uma cara de: really?!

–Eu tenho que ir indo!-avisou a Fox

–Eu também vou, posso te levar a casa se quiseres, fica a caminho da minha.- convida o Marvel

–Ok, obrigada! Adeus pessoal!

Despedimo-nos dela e olhares maliciosos são deitados aos dois, o grupo dispersou-se pois o resto foi ter com outros amigos e o Gale e a Rue foram dançar. A Fox foi-se, acho melhor ir embora. Estou pronta para o fazer, mas uma mão agarra-me o braço impedindo-me de fazer o movimento planeado.

–Posso falar contigo?-o Finn pergunta

–Podes, mas despacha-te senão a Glimmer pode sentir a tua falta.

–O que queres dizer com isso?

–Eu vi-te com ela, sabes que não és invisível?- comento desprezadamente

–Anda comigo- convida-me ele

Sem vontade nenhuma sigo-o. Ele guia-me até a parte de cima da casa, até chegarmos ao quarto dele que estava trancado, ele abre-o e convida-me a entrar. Mentes maliciosas parem de pensar no que estão a pensar.

O quarto dele está cheio de fotografias, numas a rapariga que tivera visto com Peeta e ele com os nomes Katniss e Finnick embaixo, noutras os amigos, fotos de equipa e de futebol, fotos do mar…fiquei encantada. Na secretária amontoam-se papéis e papéis de desenhos, muitos deles do mar.

Ele tira uma caixa grande debaixo da cama dele e abre-a, lá estão tridentes, pequenos do tamanho dum antebraço, muito brilhantes á luz do luar, pois não tínhamos ligado a luz. Nessa caixa há mais coisas, recordações e medalhas de conquistas desportivas, ele entrega-me um papel e diz para que eu o visse.

Estou lá eu, retratada, o cabelo preto, a pele morena, os olhos escuros que transmitiam alegria e um sorriso convidativo. Lembro-me perfeitamente daquele momento, foi na minha primeira aula naquela escola. Atrás dessa folha está outra com um desenho meu de toda eu, exatamente como estava hoje, até com os phones. Tenho a certeza que desenhou hoje, mas está tão pormenorizado que parece que o meu corpo foi estudado por ele durante muito tempo.

–Estão fantásticos. Desenhas muito bem.- comento ainda surpreendida

–Obrigado, mas a beleza dos desenhos não é o desenho em si, és tu.

–Bem, as coisas que aqui guardas - tento desviar o assunto- Tridentes, porquê?

–Lá sei, veio de criança comigo, acho que a minha forte ligação ao mar ajuda. Tenho um contrato a propor-te.

–O quê? Não me digas que me vais propor desenhar, porque o meu primo de 8 anos desenha melhor do que eu.

–Se ainda não reparaste, tenho o quarto cheio de fotografias, muitas delas tiradas por mim estão aqui guardadas aqui. Depois podemos vê-las, mas como és bonita e isso tudo aceitas ser modelo para umas fotos em troca de eu te pagar as despesas de alimentação durante esse período?-propõem ele

–Estas a perguntar-me se eu podia ser modelo para tirares fotos e pagas-me o lanche?-ele abana a cabeça afirmativamente- O que planeias fazer com as fotos?

–Umas fotos tuas serão sempre umas boas recordações, adoro fotografar e ainda podíamos fazer um trabalho para a escola de fotografia!

Eu sou aquele tipo de pessoa que fica derretida literalmente com uma carinha de gato das botas e acreditem o Finn faz uma lindamente fofa. Mesmo sabendo que ia aceitar, fiz uma cara de não sei.

–Há outro método perigoso para te fazer aceitar. -Disse ele começando me a fazer cocégas

–Pára- ordeno caindo na gargalhada contínua-Eu aceito, eu aceito!

–Eu sabia que sim, quem é para ti o Brandon?-perguntou mais sério

–O meu melhor amigo, a sério. Nada mais e nada menos.

Ficou um clima tenso entre nós. É nestas horas que não acontece nada que possa originar um novo assunto e no dia seguinte, quando não estamos com essas pessoas temos muito para falar.

–Acho que descobri o teu ponto fraco, as cócegas.

–Nem experimentes tocar nele-digo num falso e engraçado tom ameaçador- Eu posso, por vezes, tornar-me violenta e má.

Ele começa a fazer-me cócegas e eu tento esquivar-me daqueles braços ágeis e delicados eu digo/grito coisas como : eu vou-te matar, entre gargalhadas bem sonoras. Acho que quando fugi e estava a tropeçar em tudo que havia pelo caminho, se eu encontrasse a luz seria mais fácil sair pela porta e parar com aquela tortura de cócegas.

Ele apanhou-me por trás e ficou mesmo encostado a mim, as suas mãos nas minhas ancas, os pés mesmo atrás dos meus e a sua respiração regular a bater nas raízes do meu cabelo. Sinto-me tão bem assim, mas apercebo-me de que é uma posição um bocado… coisa e separo-me dele amigavelmente e voltamos para a festa juntos.

–Queres um cubo de açúcar?-ofereceu-me ele ao chegar perto de uma mesa cheia de doces

–Ya, mas porquê cubos de açúcar aqui?

–São coisas doces e temos que as aproveitar enquanto podemos-respondeu colocando uns 5 na boca- tal como tu.

Falamos e falamos, durante esse o tempo, esqueci-me da Rue e do Gale e da Glimmer, já não me sentia mal com ele muito pelo contrário sentia-me bem. Como nada é perfeito a Glimmer aparece e fica a olhar para nós, ele durante a nossa conversinha explicou-me o porquê do que se passou com eles, pelo o que ele disse era só uma chantagem dela que ela fez contra ele, embora eu lhe tivesse perguntado qual ele preferiu não responder.

–Queres irritá-la?-perguntou-me a sussurar

–É preciso responder?

Após isso ele abraçou-me e eu retribuí o gesto, sabendo que possivelmente a Glimmer faria um escândalo ao ver isto e o melhor é que viu mesmo. Ela dirige se a nós verde de raiva, tipo Hulk. Ela começa a dizer/gritar que ele era dela e não meu e o Finn disse-lhe que nós somos namorados e ela não podia fazer nada em relação a isso.

Boa mentira F, mas só há uma maneira de provar isso.

–Não acredito que ela fez isso, prova-me que são mesmo o que dizem.

PQP, Glimmer! Não podes acreditar só na palavra dele? E agora…

A emissão de raciocínio foi interrompida devido a falta do mesmo da pessoa que está a narrar isto porque ela está a beijar o Finnick Odair. Voltamos em instantes.

Uau, isto foi mesmo uau! God, que sensação arrepiante e boa ao mesmo tempo. Foi caloroso, delicado e doce, parecia que não era por obrigação, mas sim por felicidade. Quando abro os olhos, fito aqueles olhos verdes cor do mar que transmitem alegria e abri-mos os dois um sorriso. Enquanto isso, a Glimmer está prestes a transformar-se em Hulk, King Kong, Lobisomem e Homem das Neves, mas desta vez temo que isso aconteça mesmo.

Nota-se que o sentimento dela não é real, pelo menos o quão parece. Ela fica lá a dizer que nós não devíamos ter feito aquilo e que somos uns traidores, com as suas falsas BFF’s que parece que cresceram do chão porque não havia sinais de vida delas pelo menos agora.

Depois de ser alvo de palavrões chiques e da moda estava farta delas, mas soube-me bem aquilo tudo. Olhei para ele e ele disse:

–Desculpa, a sério, não queria que isto influenciasse a tua relação com o Brandon, agora que eles vão espalhar isto pela escola toda.

–Eu e o Brandon não temos nada e foi só um beijo- ele fitou-me desanimado.- A parte danada é que se a Glimmer achar que nós realmente namoramos vamos ser alvo das mais malignas e engraçadas novidades.

A festa já estava com muitas menos pessoas e penso em que olho para as horas. 3 horas. OMG! Já! Tenho que ir embora, e provavelmente ou : a Rue está a fazer coisas indecentes com o Gale ou está com o Gale a fazer outras coisas. E nas duas ela não viu as horas, a Clove está mesmo a mandar-me uma mensagem para irmos neste momento.

Já é muito tarde, temos que ir embora , a minha mana tá preocupada encontrámo-nos lá fora.

E respondi-lhe:

Ok Clove!

Volto-me para o meu acompanhante desta noite e digo-lhe:

–Tenho que ir! Amanhã vemo-nos na escola. Xau.

–Xau, boa noite.

Ando até lá fora e vejo as minhas duas amigas a falar com a Venia. Entramos todas no carro, exaustas de mais para falar das nossas noites. Amanhã vou contar-lhes tudo, e tentar não corar, o que vai ser um pouco difícil.

Ao chegar a casa, desmaquilho-me e visto o meu pijama. Hoje estou demasiado exausta para conseguir formular um pensamento que tenha sentido.