Celestial - Hiatus escrita por Larii Winchester, Larii Teles


Capítulo 3
Dos


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora, mas aqui está, o encontro de Lupita e Miguel, sobre os dois pontos de vista (POV)



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Olhei para Giovanni sem acreditar, ele estava sorrindo e olhando para a garota, Vick e depois olhou para mim, eu deveria estar totalmente vermelha, Miguel e a loira estavam cruzando o corredor, estavam indo na minha direção.

Encostei no armário e prendi a respiração, Giovanni me olhou e riu da minha reação, talvez eu estivesse exagerando um pouco, mas não me movi, apenas sorri para o Giovanni, tentando mostrar que estou bem.

Eles estavam cada vez mais perto, meu coração batia mais forte que um motor.

– Vick, entenda, isso é errado - ele fala, parecia um pouco bravo, a loira então parou e colocou as mãos na cintura e o encarrou.

– Miguel ... por favor? - ela suplica.

– Não irei me aproveitar que a professora Maria me acha bonito para conseguir as respostas do exame - ele fala mais alto.

Então se tratava disso, uma trapaça, o jovem bonitão iria se aproveitar de sua beleza para conseguir algo. Sorri sem querer em saber que ele era contra tal travessura, ele é um bom garoto.

Me sorriso se desfez imediatamente quando Giovanni se aproximou dos dois.

– Vim em paz, companheiros - ele fala, acenando com a mão.

– Olá - fala a loira com um grande sorriso, Miguel sorri também e estende a mão - sou Vick e esse aqui é o Miguel, diz um oi para o novo aluno Miguel.

– Oi, sou Miguel Arrango e você? - ele pergunta.

– Sou Giovanni Mendez - meu parceiro fala, então ele começa a perguntar para a loira sobre as aulas.

Eu solto o ar e relaxo um pouco. Mas, então sinto o belos olhos negros de Miguel em mim, oque deixa todo meu corpo tenso, mas tento relaxar. Miguel então se aproxima de mim, deixando Giovanni e Vick a sós.

– Oi, sou Miguel e você que é? - ele pergunta.

– Sou Lupita - eu falo um tanto que sem jeito, ajeitando uma mecha do cabelo - Guadalupe na verdade, Guadalupe Fernadez, mas pode me chamar de Lupita se quiser - eu falo tudo rápido de mais, devo estar parecendo uma idiota.

Miguel estava sorrindo para mim, sorrindo de verdade. Não como quem diz "que garota idiota".

– Quer ajuda com o seu horário? - ele oferece eu o entrego o papel e fico o observando movendo os lábios enquanto lia, torci para não estar babando ou com cara de tonta.

– Olhe temos todas as aulas juntos - ele sorri e olha para mim, dou um sorrisinho, sabia que aquilo não era mero acaso do destino, havia um toque especial de Celina nisso - isso não é legal?

– Sim, isso é muito legal, muito legal mesmo - eu falo.

Ele sorri para mim de novo, coloca a mão em meus ombros, acho que foi naquele instante que tudo começou, com aquele simples toque todo o meu corpo ficou completamente arrepiado e em minha mente soava bem alto o alarme de emergência, mas não me importei, enquanto ele me direciona para a sala de aula.

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Assim que ficamos em frente a porta, ele retira a mão de mim e me olha atentamente.

– Cade seu caderno? - ele pergunta.

– Han? - eu consigo dizer.

– Seu caderno para anotações - ele fala, mostrando o seu.

– Ah, eu acho que esqueci - eu falo sem graça.

Ele olha para o relógio e depois para mim, sua cara não era das mais animadoras, sem um aviso prévio ele me entrega um lápis, abre seu caderno e arranca uma folha e me entrega.

– Depois você passa a limpo - ele fala com um sorriso.

Entramos na sala, estávamos atrasados todos já estavam na sala e a professora, uma mulher magricela, ruiva de de meia idade estava sentada em sua mesa mexendo em alguns papeis, os alunos não pareciam de fato estar em uma sala de aula, estavam espalhados, havia dois grupinhos de garotas e um de garotos, todos pareciam felizes e contentes, falando sobre qualquer bobeira adolescente.

Era difícil de se imaginar que os anjos estavam tão preocupados com esses jovens, pareciam tão... inofensivos e comuns.

– Sente-se aqui - ele fala, puxando a cadeira para eu me sentar, eu me sento e ele se senta no conjunto de mesa e cadeira em minha frente.

A senhora se levantou e mandou que todos ficassem quietos e em seus lugares e foi oque todos fizeram, a senhora de chamava Maria, dava aulas de historia e me fez se apresentar na frente de todos, aquilo não podia estar acontecendo.

POV. Miguel

Vick e Mia ficavam me atazanando querendo que eu "jogasse um charminho" na professora Maria para que ela me passasse as respostas do exame, aquilo era errado e ia contra todos os meus conceitos e ideais, prefiro ter como nota um grade "C+" honesto do que um "A+" que veio a custas de uma trapaça.

– Mas, Miguelito - Vick fala, mexendo da minha gravata, odeio esse apelido.

– É Miguel, se você prefere tirar C tudo bem - Mia fala - pegue as respostas de para a gente, você nem precisa vê-las - ela fala com um sorriso idiota estampado no rosto.

– Mia, isso não deixa de ser trapaça - eu falo.

Ele mostra a língua para mim e entra na sala, sigo o meu caminho na vaga esperança de que não irei mais ter que ouvir nada sobre ¨Aproveita que é um cara bonito e a professora é louquinha por ti".

– Você é um tolo, deveria aproveitar o fato da professora Maria ser louquinha por você - Vick fala, eu paro de andar e olho para ela.

– Onde você aprendeu a definição da palavra tolo?

– Eu não sei - ela fala e me olha de cima a baixo - e você?

– Aprendi na escola - eu falo e continuo a andar.

Ela continuava a andar ao meu lado e continuava com aquele papinho de "aproveite sua beleza" e "não seja tolo". Realmente não estava dando a minima para ela, não iria trapacear e ponto. Então envés de perder tempo e ficar irritado com ela, eu simplesmente a ignorei e fiquei olhando as sombras dos armários no fim do corredor, então uma luz fraca surge e some do nada, duas novas sombras dessa vez humanas, uma garoto e uma garota consegui constatar.

– Vai, Miguel, por favor? - Vick suplica, segurando na manga de meu blaser.

– Eu já disse que não, Vick, para de insistir - eu falo calmamente.

– Mas, porque? Isso não é um crime, é apenas uma esperteza - ela fala e era incrível como Mia e Vick tinham o mesmo sorriso idiota.

Continuamos andando e então eu vejo a origem das sombras. Um garoto de cabelos loiros e uma menina.

Realmente era uma menina diferente de todos que já tinha visto, ela tinha lábios rosados que esboçavam um sorriso tímido seus cabelos eram lisos e caiam delicadamente sobre seus ombros.

Achei que seria falta de educação ficar a encarrando, então decidi encarrar Vick, que olhava para os dois. O garoto então decide se aproximar.

– Vim em paz, companheiros - ele fala, acenando com a mão.

Foi inevitável ver a reação da garota, ela encostou nos armários e parecia estar assustada, ficava tão bela com vergonha, suas bochechas ruborizadas.

– Olá - Vick fala com um grande sorriso dou um sorriso também e estendo a mão - sou Vick e esse aqui é o Miguel, diz um oi para o novo aluno Miguel.

– Oi, sou Miguel Arrango e você? - ele pergunta.

– Sou Giovanni Mendez - ele fala, então ele começa a perguntar sobre as aulas para Vick, que responde com a maior alegria, sei, ela queria era mesmo mais um para a lista dos "200 namorados".

A garota continuava encostada no armario, mas agora mais relaxada. Enquanto Vick e Giovanni conversavam, tomei coragem e me aproximei da garota.

– Oi sou Miguel - eu falo - e você?

– Sou Lupita - ela fala envergonhada e ruborizada, ajeitando uma mecha do cabelo - Guadalupe na verdade, Guadalupe Fernadez, mas pode me chamar de Lupita se quiser - ela falou tudo bem rápido e sorriu constrangida.

Dou um sorriso, Lupita Fernandez, era um belo nome. Fiquei ali olhando para ela, a admirando, ela estava tão sem jeito ao meu lado.

– Quer ajuda com o horário - eu falo, tentando quebrar o silencio que se tornava constrangedor.

Ela me entrega o horário e uma surpresa, seus horários eram idênticos ao meu, aquilo só podia ser uma brincadeira do destino.

– Temos todas as aulas juntos - eu falo e dou um sorriso para ela, ela sorri como se já esperasse por isso.

Coloca a minha mão sobre seus ombros, naquele minimo toque eu senti como se uma corrente elétrica atravessasse por todo o meu corpo, e vamos juntos para a sala de aula. Chegando na sala, eu a empresto uma folha e um lápis, a garota deve estar toda confusa, isso é bem normal, todo mundo fica perdidinho no seu primeiro dia em um novo ambiente.

Ela se senta na minha frente, sinto então seu perfume de rosas, ele era diferente, não era como o da Mia ou da Vick (que se banhavam com a aguinha que vinha naquele vidrinho minusculo e caro), era algo mais natural, como se estivesse deitado em um campo recheado de rosas.

A professora Maria manda todos se sentar.

– Hoje temos uma nova aluna, Guadalupe Fernadez - ela fala.

Apesar de não estar olhando para seu rosto, tenho certeza que Lupita deve estar tão vermelha quanto o cabelo da professora.

– Queira se apresentar para a turma - a ruiva pede.

Lupita então se levanta, toda desajeitada e vai para frente da turma ao lado da professora.

– Meu nome é Guadalupe Fernadez, mas podem me chamar de Lupita - Lupita fala, suas bochechas estavam vermelhas e estava com um sorriso envergonhado.

– Você veio de onde Lupita? - a professora pergunta, se sentando em sua cadeira e assinando algo.

– Eu vim de bem longe - ela fala e olha para mim - eu vim de uma colonia Mexicana nos EUA.

– Ah, muito interessante - a ruiva fala - em sua ficha diz que você é filha de um grande empresario internacional.

– Ah, sim sim - ela fala.

Fiquei então a analisando, enquanto Maria lhe atirava um turbilhão de perguntas, sempre fico me perguntando se aquilo era algum tipo de teste, apesar de só ter presenciado a minha apresentação a turma. Mas, agora vendo Lupita (vermelha como pimenta) eu entendo, aquilo era sim um teste, para saber se a pessoa é uma boa mentirosa, por algum motivo eu sinto que essa escola é rodeada de mentiras.

Lupita não estava passando, naquele teste e aquilo para mim era bom, era muito bom.


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Notas finais do capítulo

Então é isso pessoal, espero que tenham gostado.
Não esqueçam de comentar, não custa nada é um modo muito bacana de demonstrar que esta gostando da fic.
— Por Larii



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