Just Happened escrita por miss little nothing


Capítulo 1
Shocked by her attention


Notas iniciais do capítulo

Essa é minha primeira fic. A ideia surgiu enquanto o tédio me consumia, então, por favor, sejam bonzinhos. Vou fazer a maioria dos capítulos com o Ryder narrando por que achei que ia ser mais simples. Depois faço com a Kitty. Anyway, espero que gostem.



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– Ryder, anda logo ou vamos nos atrasar! – Escutei meu pai gritar do andar de baixo. Já estava quase pronto. Estava amarrando os cadarços do meu tênis. Assim que fiz, peguei minha mochila e desci escadaria abaixo.

Minha mãe estava sentada na cozinha tomando café da manhã Andei até ela e deixei um beijo casto em sua bochecha rosada.

– Tenha um bom dia filho – disse minha mãe com um sorriso – lembre-se, nova escola, nova vida...

– Novas expectativas, eu sei mãe – a interrompi. Suspirei e sai pela porta dos fundos. Meu pai já estava me esperando dentro de sua nova Mercedes C 180.

Coloquei os fones de ouvido e tentei esquecer que tinha deixado tudo que eu tinha pra trás para começar uma vida nova em Lima. Há alguns meses eu tinha descoberto que eu tinha dislexia, meus pais trocaram de cidade só por que em Lima tinha os melhores médicos e especialistas e o que seja para a minha “doença”. Meu pai estava a caminho da minha ova escola “William McKinley High School”. Meu celular vibrou. Peguei o iPhone e vi na tela “Nova Mensagem de Texto”. Cliquei na mensagem e com dificuldade, consegui ler.

Hey! Onde devo encontrar você? Não acredito que vamos finalmente nos vermos. Estou morrendo de saudades. Xo – Marley”.

Quando ia respondê-la, senti meu pai tocando meu ombro. Tirei um fone de ouvido olhando para ele. Mas já havíamos chegado?

– Ryder, lembre-se que seu futuro começa agora. Mesmo com isso que você tem você ainda pode ser um garoto aplicado, certo? – Balancei a cabeça positivamente. Ele demonstrou um sorriso fraco e sorri de volta.

...

Os corredores do McKinley pareciam menores com a quantidade de pessoas que eu via passar. Eu acabado de sair da sala do diretor Figgins para pegar meus horários, armário e outras coisas que acabei não prestando atenção porque ele tinha um jeito muito estranho de falar. Escutei o sinal tocando. Estava nos armários da Ala “N” procurando o meu, sem sucesso. Vi uma garota baixinha loira de costas para mim arrumando seus livros em seu armário.

– Oi... hm... Com licença, este é o armário... 234? – Perguntei olhando o papel tentando decifrar os números que eu mesmo tinha anotado. A garota virou bruscamente em minha direção levantando um pouco o olhar. A garota estava com o cabelo preso em um rabo de cavalo alto. Ela vestia o uniforme das líderes de torcida do colégio, que deixava seus seios bem acentuados. Seu semblante estava levemente remoto. Ela tinha os olhos verdes mais perfeitos que alguém poderia ter. Ela suspirou e me encarou, meio irritada:

– Tenho cara de guia? É só ler a placa. – E bateu a porta do armário fazendo com que um barulho estrondoso ecoasse pelo corredor que agora estava quase vazio. Naquele exato momento, eu tinha certeza que eu tinha me apaixonado.

Não foi a primeira vez que eu me apaixonei a primeira vista. Já era apaixonado pela Rachel McAdams e pela Scarlett Johansson, mas aquela garota era de verdade, e mesmo que ela tenha sido grossa, eu tinha me apaixonado por ela. Suspirei passando a mão no cabelo. No primeiro horário eu já tinha achado alguém para venerar. Aproximei do armário tentando ler a plaquinha que ficava sob ele. Consegui ver o armário da loira. “262”. O meu estava ainda muito longe. Não avistei ninguém no corredor. Comecei ler a plaquinha do lado. 302. 123. 323. 323. 423. Eles pareciam não tem uma ordem.

Precisa de ajuda? Dei um pequeno pulo deixando cair o papel que tinha o número e a senha do meu armário. Abaixei ao mesmo tempo em que o garoto que tinha falado comigo.

– Ham, na verdade, sim. Sorri meio desajeitado. Peguei o papel e me levantei ao mesmo tempo em que o garoto. – Quero achar esse armário. falei entregando o papel para ele.

Ele era negro e um pouco gordinho. Ele tinha um sorriso no rosto. Ele tinha uma camiseta xadrez sendo escondida por um suéter no seu corpo e uma calça jeans e... Ele usava brilho labial?

– O armário 234? É aqui, querido. Ele respondeu dando dois passos do armário da garota loira.

– Mas... Esse não é o 423? Ele olhou confuso e soltou uma risada, como se eu estivesse brincando. Aproximei-me encarando a placa, confuso. O que eu tinha visto 423 era o 234. – Desculpe... É que eu...

– Está sem óculos, certo? Tudo bem. – Ele deu uma risada. Não queria espalhar para a escola toda que eu tinha dislexia.

– Sim... Acabei quebrando ele. – Menti. Ele deu uma risada olhando o papel para pegar a senha e rodando o cadeado para abri-lo. – Sou Ryder Lynn.

– Wade Adams. Respondeu ele abrindo o armário e estendendo a mão. Apertei sua mão. Eu poderia fazer uma amizade, certo? Afinal Marley não ia ficar comigo o tempo todo – Precisa ainda mais alguma coisa?

Na verdade, não sei aonde é a aula de espanhol. – disse meio sem graça. Ele riu novamente.

– Tudo bem posso te levar lá. – Ele segurou uma mochila olhando para os lados. Abri minha mochila e coloquei os livros que não ia precisar usar.

Wade tinha me deixado na porta da sala saindo para a sua aula. Meus pais tinham insistido para que eu aprendesse espanhol sendo que já era complicado para eu aprender o inglês. Bati na porta levemente. Segundos depois ela se abriu.

– Sim? – O professor disse me encarando. Ele tinha cabelos encaracolados bem arrumados com gel e um queixo engraçado.

– Sou o novato. Eu estou atrasado e...

– Sim, sim – disse ele me puxando para dentro da sala. Ele fechou a porta e parou diante da turma me arrastando. – Bem, turma esse é o...?

– Ryder... Lynn Disse lentamente. Odiava ficar diante da turma.

– Senhor Lynn. Eu sou o Senhor Schuester. Turma, ele é novato então quero que todos deem as boas vindas a ele.

– Seja bem-vindo! – Disse a turma em um coro. Discretamente procurei a garota loira. Mas não tinha achado ela. Tinha achado outra versão dela. Com mesmo uniforme, loira com o cabelo preso e olhos verdes. Mesmo sendo incrivelmente linda, era totalmente diferente da loira que eu acatava. Ele sentou-se em uma mesa. Andei até ele com as mãos no bolso.

– Felizmente, senhor Lynn, nossa turma tem um número impar de alunos e todos em par, menos uma. E para sua sorte ela é ótima em espanhol. Senhorita Fabray? – A garota loira levantou a cabeça Venha aqui, sim? – Ela levantou ajeitando seu uniforme. Ela andou até a mesa do Senhor Schuester. Seja a dupla do Lynn, tudo bem?

– Sim senhor. – Disse ela. Ela olhou para mim e sorrio – Venha - Ela andou até a bancada que estava no final da sala. Segui-a. Quando me aproximei da mesa, coloquei minha mochila no chão e sentei ao seu lado. – Me chamo Quinn.

– Ryder. – Disse colocando meu caderno sob a mesa e pegando a caneta que estava presa nele. – Olha, eu posso arrumar outra pessoa, não precisa fazer isso por que ele mandou.

– Não tem problema. Eu sou a única sem parceiro e ninguém aqui vai trocar de dupla então, você está preso a mim. – “Preso a mim”. A voz da garota era doce e ao mesmo tempo lasciva - Então já estudou espanhol, certo?

– Sim...

– É bem simples. Deixe-me ver sua pronuncia. Leia isso. – Ela empurrou o livro para perto de mim apontando uma frase. As letras pareciam dançar “Livin’ on a Prayer”.

– Hm... Quinn. Eu não posso ler isso. – Disse baixando o olhar para o livro Tenho dislexia... – Disse baixinho, esperando que ela tivesse escutado. Vi pela minha visão periférica que a garota sorria. Ela pegou em minha mão e cruzou as pernas.

– Ok, eu vou ler e você escuta ok? – Concordei aproximando-me a ela. O resto da aula foi normal. Quinn me ajudou a entender o conteúdo e ficamos conversando sobre outros assuntos aleatórios. Mesmo com a Quinn parecendo tão perfeita a cada segundo que se passava, eu não conseguia tirar a garota loira do corredor da minha cabeça.

...

– Então, amanhã a gente se encontra na arquibancada? – Ela disse me acompanhando no corredor. A aula tinha acabado segundos atrás.

– Sim, claro, pode ser. – Respondi sorrindo – Preciso de mais um favor... Você sabe quem é Marley Rose?

A filha da cozinheira? – Cozinheira? Não sabia que a senhora Rose trabalhava no colégio - Conheço. Ela faz parte do Glee Club. – Ela chegou a um armário e segurou o cadeado colocando a senha.

Do que? Perguntei encostando-me no armário ao lado. Ela riu e abriu a porta. Seu armário tinha milhões de fotos. A maioria era dela com mais duas garotas. Uma loira que tinha olhos azuis e uma morena que parecia ser latina.

É o grupo de coral do colégio. New Directions. Ela colocou os livros no armário e pegou um caderno a voz dela é incrível. Mas, o que você quer com ela, Lynn? Quinn sorriu maliciosamente.

Não é isso que você está pensando. Não é nela que eu estou de olho. – Disse sem pensar direito. Quinn olhou para mim desconfiada o que me fez continuar – Não! Não é que eu estou afim de você. Não.

Então, eu não sou atraente para você? - Disse ela lentamente fechando a porta do armário e se virou andando pelo corredor.

Claro que é.Respondi nervosamente seguindo ela pelo corredor Não espere... Sim você é linda, gostosa e inteligente, mas digo isso entre amigos, certo? Certo? Quinn parou e me encarou sorrindo então percebi que ela brincando.

Vem, vou levar você para o armário dela. Ela pegou meu casaco e me puxou pelo corredor.

...

De longe dava pra ver a Marley arrumando seus livros em seu armário. Quinn tinha encontrado outras Cheerios e sumido pelos alunos. Andei até Marley que ainda não tinha me visto. Abracei-a por trás fazendo ela se assustar. Soltei-a e dei uma risada enquanto sua expressão mudava rapidamente. Primeiro ela estava assustada, depois espantada e então surpresa.

RYDER! – Ela gritou pulando em meus braços. Dei uma risada e a abracei fortemente levantando ela. Fazia quase dois anos inteiros que eu não via Marley. Pareceu uma eternidade. Marley e eu somos melhores amigos desde que tínhamos 5 anos. Soltei-a e ela sorriu colocando a mão no meu rosto eu achei que você ia faltar hoje já que não tinha respondido minha sms.

– Acabei esquecendo de responder. Desculpe. – Disse segurando a cintura da garota. Puxei ela para mais um abraço apertado.

Não acredito Marley pobretona Rose tem realmente um namorado a longa distância. Ao escutar essa voz, senti meu coração parar por 2 longos segundos. Soltei Marley me virando e vendo a minha mais recente paixão encarando-a. Menos mal para você. Espero que não tenha roubado esse de alguém.

Já falei pra você, Kitty, eu não o roubei de você disse Marley com segurança na voz, mas eu sabia que por dentro ela estava aterrorizada.

Não? Tem certeza disso? Ela encarou Marley com crueldade fazendo ela se encolher na porta do armário. A garota loira andou até minha direção e passou a mão em meu braço – Até que ele é bonitinho. Ela deu uma piscadinha olhando para mim. Senti naquele exato momento minhas pernas ficarem bambas.Estou de olho em você Marley. Então ela saiu pelo corredor.

Desculpe por isso... ela sussurrou cruzando os braços olhando para mim.

Sem problemas. “Na verdade, obrigado” quis responder, mas não pude. Afinal aquilo foi uma coisa boa, para mim. Pude descobrir o nome dela, da garota que tinha fixado na minha mente e não queria mais sair. A garota que eu não queria, mas estava apaixonado, Kitty.


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Notas finais do capítulo

Então ai está. Comentem. Digam o que acharam. Se gostaram e se não gostaram. O que precisa ser melhorado. Enfim, deem suas opiniões.
Pitada de: Like a Only a Woman Can, Brian McFadden.