Todas Contra O Damon escrita por Sonhos de inverno


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Mais um editado!!
Se há alguém que ainda acompanha essa historia, comente!
Um super beijo.
Att: Sonhos de inverno.



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O relógio de madeira da cozinha, marcava vinte e três horas em ponto. Haviam se passado dois dias desde o dia em que a minha sentença foi proferida, por mim mesma, e, até o presente momento, nenhuma daquelas malucas haviam feito nada. Absolutamente nada. E é por esse motivo que eu estava surtando tanto. Veja bem, quando três namoradas descobrem que estão sendo traídas a tendência  é ficar, no mínimo, incomodadas, entretanto, no caso delas, era de se tornarem assassinas loucas. A parte pior é que eu havia aceitado participar disso. 

Umedeci os lábios e voltei a bagunçar meus cabelos. Toda aquela espera estava me deixando ansiosa e agoniada. Engraçado não é mesmo! Eu estava agoniada pelo simples fato de querer acabar com aquilo logo, em outras palavras, para acabar com a vida dele.

A campainha tocou em um leve Din Dong, tão leve que, por um instante, pensei que fosse coisa da minha cabeça, mas não. Tropecei em meus próprios pés enquanto saia em disparada para a porta. Eu sabia quem era, ou pelo menos imaginava três cabeças muito bonitas e com muita raiva. E eu estava terrivelmente certa. 

—Tivemos uma ideia - em uníssono disseram, invadindo minha casa.

Sinceramente, eu sabia dizer que tipo de situação é essa, mas, em poucas palavras, estávamos nós quatro no meu quarto. Três com um plano completamente fora da caixinha e um boquiaberta com a ideia. Não precisava de muita reflexão para imaginar de qual daquelas cabeças havia saído algo tão... esquisito?

—O que? - vocifero.

A intenção nunca foi explodir diante da ideia mirabolante delas, entretanto, até Deus teria soltado um rugido ao ouvir aquilo. Será que existe alguma forma de voltar no tempo? Não preciso voltar muito, apenas para o dia em que as vi pela primeira vez. É, eu acho que não.

—Não grita - Bonnie fala tapando os ouvidos.

Bonnie estava deitada casualmente em minha cama, observando as enorme unhas pintadas de preto. Katherine, vez  ou outra, soltava um suspiro enquanto sentava no meu tapete. Caroline, também conhecida como a cabeça da equipe, estava diante de mim com um olhar muito confiante. 

—Olha isso não é nem o que ele merce - revirando os olhos, Caroline disse - E essa parte vai ficar por conta da katherine.

Ponto de vista do Damon

 

"Estou chegando, docinho" - três palavras e uma promessa. Katherine havia combinado de passar aqui em casa. Não, não tenho o costume de arrastar qualquer uma para dentro de casa, pois, uma vez dentro, elas acabam tomando muitas liberdades e perguntas começam a surgir. Perguntas que eu não quero responder. Mas, meus pais não havia ninguém em casa, nem mesmo Stef e ela praticamente se convidou sozinha. Um perfeito plano estava formado: era da porta pro quarto e do quarto pra porta. 

O interfone tocou e uma voz muito lasciva soou do outro lado. Kath conseguia ser bem atrativa quando queria. Era mais experiente e desinibida de todas as garotas que um dia já sai. Além disso, era dona de uma cintura fina e curvas que me faziam salivar. Era, na maior parte das vezes, uma companhia agradável, mas não tão engraçada ou divertida. Verdade seja dita, ela exalava desejo e mistério. Ah Kath! 

Em apenas três passadas pela escada e uma rápida corrida pela sala eu já abria a porta e encontrava um delírio toda vestida de preto e saltos. Ela sorriu, mas não era um sorriso nada doce, ela não era desse tipo. Há tempos atrás, Stef, havia compartilhado uma paixonite por ela, contudo isso rapidamente passou quando ele notou que não era o único a ser alvo desse efeito. Ela causava isso em qualquer um que tivesse um par de olhos bons.

—Sentiu saudade? - ela pergunta fazendo um biquinho com os lábios. 

Não esperei que ela esperasse uma resposta, ela nunca esperava. Deu um passo em minha direção, encurtando o espaço entre nós. Soltou um sorrisinho travesso enquanto encaminhava as pequenas mão para o meu pescoço, mas não me beijou. Ela provocava, mas era eu quem devia controlar. Selei seus lábios aos meus e o suguei levemente. Uma explosão quente se apoderou de cada parte minha, era puro desejo. 

—Oh, Dam... - ela suspirou.

Ela me beijou apertando meu rosto ao dela de forma que realmente ficássemos colados. Ela gostava de contato. Mordendo meus lábios ela soltou mais um de seus apaixonados suspiros e foi impossível não arrepiar. Agarrei sua cintura e a trouxe para mais perto, se é que tinha como fazer isso. Precisava dar um jeito de subir com ela ou acabaríamos com o sofá daqui de casa. 

Quando abandonei seus lábios ela soltou um som baixinho desgostoso, mas ele foi substituído por um gemido ao pé do meu ouvido enquanto beijava seu pescoço. Ela era terrivelmente atrativa. Esqueça o quarto, eu a queria naquele maldito  sofá agora.

 

 

—Damon, eu vim aqui pra te pedir um favor - ela disse, mansamente.

—Depois...- respondo com a voz abafada pelos beijos.

Vaguei as mão de cintura até as coxas e a ouvi suspirando. Seus joelhos amoleceram e eu a segurai ainda mais forte a fim de mante-la de pé. Ainda transferindo beijos e lambidas que iam da parte superior dos seios até a ponta da orelha, fui deitando ela sobre o sofá. Senti duas pequenas mãos apoiadas no meu peito, mas elas não me puxavam pra perto, apenas tentavam me empurrar.

—Não... - mais um suspiro quente - Preciso... preciso que... oh, Deus! Preciso que pare. 

Descolei nossos lábios frustrado. Ela realmente queria conversar agora? Isso seria típico de Caroline e não da Kath. O que diabos deu nessa mulher a uma hora sagrada como essa?

—O que foi? - perguntei afastando uma mecha de cabelo do rosto dela.

Estava visivelmente exitado e arfando, mas precisava soar o mais calmo e gentil possível ou não rolaria nada de sexo.  Aparentemente, ela precisou do mesmo controle que eu, pois só começou a falar após duas sonoras puxadas de ar.

—Bem, eu andei pensando - seus olhos estavam colados aos meus - você é muito conhecido e talvez isso ajude com o meu objetivo.

—Que seria? - perguntei olhando fitando aqueles olhos.

Ela não respondeu de imediato, em vez disso desceu as mãos até o meu evidente problema e ficou passeando com ela por ali me fazendo sequer ouvir o que diabos ela falava. Com a mesma animação que possuía antes voltei a distribuir uma porção de beijos do canto da boca até a orelha dela.

—E então, o que acha? - perguntou curiosa.

—Hum? que? - do que ela havia falado mesmo?

—Você aceita? - quis saber.

Ela pegou um dedo meu e o direcionou para a boca. Quase engasguei quando ela o sugou distraidamente passando a língua de cima para baixo, como se ele foce um saboroso pirulito de morango.

—Aceita? - ela pergunta novamente.

—Si... si... - engoli o seco e a observei - Oh, merda! - ela havia sugado com mais força.

—Promete? - exigiu saber ainda sugando meu dedo.

Seus olhos estavam presos aos meus enquanto ela fazia os pedidos como uma criança mimada. Ela estava por baixo de mim roçando seu corpo ao meu. Oh deus, naquelas circunstâncias, eu prometeria o mundo se ela me pedisse.

—Sim - prometi antes de voltar a beija-la.

E então ela parou. Simplesmente parou tudo. Cuspiu meu dedo para fora e enrijeceu o corpo. A mulher que antes exalava sexo se transformou em uma que eu desconhecia. Uma séria que eu odiava. Com dois empurrões ela conseguiu me jogar para fora do sofá.

—Então, vamos! - ela se levanta desamarrotando a roupa.

Esperai, vamos? Em um segundo estava aos beijos comigo e no seguinte nem me olhava. O que diabos eu havia prometido? Eu estava, novamente, frustrado, mas desta vez, sozinho. 

—Espera, pra onde você vai? - perguntei.

Kath deixou um bico se formar em seus lábios antes de me responder. Aqueles lábios que estavam um pouco inchados devido a sequência de beijos recebidos e distribuídos. Aqueles lábios que eu queria voltar a beijar. 

—NÓS vamos a apresentação - disse me atirando um sorriso tranquilo.

—Que apresentação? - perguntei juntando as sobrancelhas. 

— A que eu te disse - um sorriso brinca entre seus lábios - Você prometeu!

E foi dessa forma que ela conseguiu me arrastar até um teatro perto da escola. Mas não estávamos sentados prontos para ver sabe Deus o que, em vez disso, estávamos no camarim. Umedeci os lábios e observei o cenário. Havia um par de garotas conversando e rindo enquanto se maquiavam em frente a um enorme espelho. Uma meia duzia coria de um lado ao outro segurando roupas, água, sapatos e papeis. Kath estava grudada ao meu braço carregando um enorme sorriso de felicidade. Seja qual for o motivo de estarmos aqui, ela estava amando.

— Damon, se importa em esperar um pouco? -  perguntou, mas nem ao menos esperou uma resposta. Ela nunca esperava.

Enfiei as mãos nos bolsos em um rápido e claro sinal de desconforto. Havia muito barulho e muita gente. O que eu não fazia por elas. Um gritinho agudo soou perto dos meus ouvidos e eu sobressaltei ao susto. 

—Achei você - ele afina a voz.

Dei meia volta e encontrei um homem roliço, com as mão sobre a barriga, um cabelo preto muito liso e fino, a boca entreaberta e um par de olhos bem redondos voltados para mim. Eu não o conhecia, ou pelo menos, não me recordava de um dia já te-lo visto.

—Eu? - perguntei apontando para mim mesmo um pouco surpreso.

—Não querido, é com a Beyoncé do Brasil - eu olho em volta achando que o cara havia ficando louco - É claro que é com você, vamos estamos atrasados!

Ele pega meu braço e vai me arrastando para uma cabine minuscula. Ele era exatamente o tipo de gente que Keth andaria, uma pessoa muito rápida, barulhenta e que não esperava resposta.

—Espera, não acredito que eu o conhe... - ela me corta atirando uma roupa em mim.

—Pare já! Basta de tanta falação - diz batendo palminhas - Vai anda - exige rapidamente me jogando cabine adentro.

—Eu não estou compreendendo  - aponto a cabeça na cabine - Não conheço o senhor!

Ele corou a ponto de se confundir com um tomate maduro. Esbravejou algumas coisas e limpou a garganta como uma forma de tentar se conter. Eu havia provocado uma indignação por parte dele. Ele segurou o ar e fechou os punhos os juntando ao corpo antes de me responder.

—Apenas. Vista. A roupa. - disse, ainda irritadiço.

Provavelmente, esta era a porcaria da promessa  que fiz. A cabine era pequena mal sendo suficiente para eu conseguir esticar as pernas. Tinha uma pequena cortina azulada cheia de manchas marrons e brancas, um tapete meio encardido e seco. Analisei a roupa e cheguei a três conclusões: era muito pequena, era verde e eu não vestiria aquilo.

 Voltei a colocar a cabeça para fora da cortina suja e encontrei o fulaninho ainda parado esperando. Ele estava analisando as unhas e vez ou outras enfiava elas na boca mordiscando.

—Já se vestiu? - perguntou roendo um pouco mais a unha do dedão.

—Ainda não - respondi.

O mau humor voltou com mais força. Ele levantou os dedos e os dos estalos em meio aquele caos todo surgiram três homens enormes. Cabelos raspados, jeans surrados e camisetas escritas "segurança".

—Então por que voltou? - quis saber ainda vermelho - É muitíssimo simples, ou você veste ou eu mesmo coloco em você!

Analisei a situação, são três bombados contra um. Olhei para os cantos em busca de Kath ou qualquer um que talvez pudesse vir interferir, mas não aposto minhas chances naqueles magrelos. É apenas uma roupa, vista e vá embora. 

—Quer ajuda? - o impaciente, perguntou.

Com muita dificuldade, fechei a cortina e estiquei a roupa. Era um tipo de calça muito apertada e uma blusa mais apertada ainda. Fazendo um careta, comecei a tirar minhas roupas e atira-las ao chão.

Demorou uns dez longos e torturantes minutos ate que finalmente eu consegui entrar na roupa. Era tão apertada que achei que minhas veias estavam sendo comprimidas. Como saio daqui vestido essa merda?

Abri a cortina e encontrei um traseiro abaixado sacudindo e um lado para o outro, mas o rosto estava silenciosamente tentando achar uma brecha na cortina suja.

—Posso saber se você perdeu algo aqui? - cutuquei sua barriga e ele deu um sobressalto. Ele estava me observando trocar de roupa? Que senhorzinho mais descarado.

Ele me lança o um sorriso maroto e da de ombros como se fosse normal ser assediado por um desconhecido tarado. Keth teria de fazer muito mais do que sugar o meu dedo para recompensar toda aquela palhaçada. 

—Não se sinta acanhado, meu bem - ele bateu os cílios e enrugou a testa - Vamos?

—Ir? Ir pra onde? Não me disse que eu precisava ir a algum lugar - meus olhos arregalaram-se.

Ele apenas estreitou um pouco mais o olhar, como se buscasse um pouco de coerência no que eu havia dito. E então seu rosto cai para o roupão que estava fortemente amarrado na minha cintura.

—Ora essa, por que todo esse receio? - as sobrancelhas ralas voltaram a se juntar -Tire logo o roupão. Estamos muito atrasados - ele afirmou dando duas batucados no relógio de pulso.

Eu não fui capaz de responder, apenas firmei as mãos no roupão e fechei a cara.. Ele poderia ter se afastado, provavelmente, teria feto se estivesse sozinho, mas não estava. Os três brutamontes me fecharam em um circulo e então retiraram minhas roupas.

—Uau, é como... - seus olhos brilhavam de satisfação - Foi feito sob medida a você, Damonzinho.

—Não é o que parece - olhei para baixo e não gostei do que vi - Mas o que diabos é isso?

Ela soltou uma gostosa gargalhada e até teve de segurar a barriga apoiando em um dos brutamontes. Limpou as lagrimas com as costas das mão esbranquiçadas e me lançou uma olhadela erguendo a sobrancelha.

—É uma roupa de bailarino - casualmente ele disse erguendo um sobrancelha.

Ele examinou a situação e, infelizmente, foi mais rápido do que eu. Passou os olhos para os brutamontes e um rápido aceno foi o suficiente para cada um me segurar pelos braços e sair me arrastando até as pesadas cortinas vermelhas. As maldita das cortinas que eu não queria ultrapassar. Atiraram meu corpo cortina a dentro e eu paralisei. Havia bailarinos, um punhado deles de um lado para o outro. E bem na minha frente,  uma enorme plateia de estudantes da minha escola. Eu quase gemi de tristeza.

 

—Dança - uma garota, sussurrou enrugando o nariz.

Fiquei ainda mais estático enquanto ela rodopiava de um lado para o outro em volta de mim. Com uma rápida estreitada de olhos fui capaz de reconhecer mais da metade das pessoas ali, dentre elas, Lexi, Jer, klaus, Enzo... Oh não, o maldito do Klaus estava ali! Ele jamais me deizaria em paz.

—Dança - dessa vez a tal garota disse um pouco mais alto.

Foi quase automático quando comecei a me mover indo de um lado para o outro esbarrando em minha pernas. Ela rodopiou mais três vezes, deu uma pirueta e veio em minha direção saltando, mas eu não estendi os braços para pega-la e bom... ela foi para o chão.

—Me desc... - dou um passo para trás e esbarro no casal que dançava juntos e os dois também vão parar no chão.

—Eu não quer.... - me abaixo para ajudar eles mais bato a cabeça na menina que estava tentado fazer o mesmo.

—Ai desc..... - me viro e minhas mão vão para cara de um homem que saltitava de um lado para o outro.

—O que você esta fazendo? -pergunta boquiaberta - Apenas dance direito

Não sabendo o que fazer levanto as mão e balanço de um lado para o outro batendo palma, sacudindo os quadris freneticamente e fazendo com que as pessoas que estavam perto de mim irem parar diretamente no chão.

E a musica finalmente acabou e todos estavam rolando de tanto rir!

Um calor imundou minhas bochechas. Elas estavam vermelhos como uma beterraba. Eu queria cavar um buraco e me enfiar dentro. Dei dois passos para trás e me joguei para longe das cortinas.


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Notas finais do capítulo

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