Futuro Incerto escrita por Pryn


Capítulo 1
Prólogo.


Notas iniciais do capítulo

Oii gente >< Como eu já falei ( aí em cima ) Essa será uma mini fic , com no máximo 4 capítulos ( muito provavelmente 3 ) Quero agradecer o pessoal que leu minha one-shot Jisbon >< e espero que essa agrade...

Quero dedicar esse Prólogo á Srta Lilian Tiff ♥ que também é uma Jisbon !

Não sei quando vou atualizar , isso vai depender de vocês !
Beijos



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Silêncio

Teresa Lisbon estava sentada de frente para sua mesa salpicada por pastas e papeis de mais um termino de caso. Mal podia acreditar que um mês havia se passado , e com ele a apreensão e morte de Red John.  Depois de longos anos em busca do ardiloso assassino , Teresa e Patrick foram atraídos até uma emboscada. Emboscada final , segundo o próprio Red John. Após muito terror psicológico , o fim havia chego. Jane cumpriu sua palavra e acabou com a vida miserável do serial killer com suas próprias mãos. Três balas a queima roupa no peito, e olhos arregalados e ansiosos depois.

A morte. O corpo inerte ao chão , em cima de uma poça de sangue ,   jazia  para sempre inerte em sua própria ruína. Os policias chegaram minutos depois ao socorro de ambos. Patrick de mãos acima da cabeça , e Teresa com seus pulsos presos e unidos acima da cabeça. Suas roupas estavam rasgadas , e cortes rasos enfeitavam seus braços e pescoço. Mas isso não importava , o aroma fraco da loção cara de Red John estava em seus cabelos , em suas roupas em sua pele. O olhar de Jane lhe encontrou. Calmo. Aliviado.

Depois de lhe soltarem das amarras e cobrirem seus ombros com uma manta grossa , Teresa seguiu a passos vacilantes até um canto , onde Jane estava. Não sabia o que iria ouvir , o que ele diria depois de tantos anos nessa busca implacável. E não sabia o que desejava ouvir , mas encostou a palma da mão no ombro , apertando um pouco no gesto.  Jane , ergueu o rosto e fitou seus olhos verdes. Estava aliviado , mas os olhos estavam vermelhos e inchados. Ele tocou-lhe a mão pequena de Teresa e a apertou.  Teresa sorriu.

- Chefe ? – chamou Van Pelt. Um sorriso curiosos brincava em seus lábios.

- Han , o que ? – indagou perdida. Será que ficara assim por muito tempo ? Pensando e pensando , mergulhada em lembranças?

- Trouxe o resto dos papeis. – ela disse prestativa. Lisbon assentiu pegando a pasta. – Sabe , eu estava pensando se não seria uma boa ideia a Sra. , tirar férias.- disse de supetão.- Quer dizer , depois de tudo...

- Andei pensando nisso. – confessou Lisbon. – Você tem noticias do Jane ? – pigarreou na busca por tocar no assunto sem interesse.

- Não.- confessou sorrindo.- Ele conseguiu ser absolvido , depois de matar Red John , ele virou um herói nacional.

- É , eu soube.- disse sonhadoramente.- Ele não me deixou ajudar , disse que eu já havia feito o bastante.

- Jane , sempre surpreendendo.- comentou.- O que acha que ele vai fazer agora ?

Teresa pensou por alguns segundos. Não fazia ideia.

- Não sei.- respondeu.- Por favor , peça para o  Cho passar em minha sala daqui a meia hora ? – pediu a Van Pelt , que saiu da sala sorridente.

  O que Jane faria daqui para frente ? Não gostava de passar minutos de seu dia pensando nisso , na verdade desejava manter seus pensamentos o mais distante possível de Jane e seus olhos azuis. Naquela mesma noite , na noite em que parecia o começo de uma nova fase na vida de ambos , Jane fez algo que surpreendeu Lisbon. Sozinhos no lado de fora do casebre abandonado , ele suspirou. O ar gélido da noite , entrava em cortadas em seu pulmão. Teresa estava ao seu lado , a seu pedido , esperando. 

- Como se sente ?- indagou cautelosamente.Era uma pergunta idiota. Como alguém se sentiria após matar o assassino mais perigoso e inteligente , que por sua fez havia matada sua esposa e filha ?

- Aliviado. – sorriu de canto.- Mas esse tipo de coisa marca.

- Como assim ?

- Matar Red John , não me fez melhor nem pior. Só comprovou que sou humano. – disse calmamente.- Não trouxe de volta a vida delas , não preencheu esse vazio que trago.

- Jane... – disse calmamente.- Está na hora de seguir em frente , ninguém vai poder preencher esse vazio , mas poderá impedir que outro se forme.

- Belas palavras .. – suspirou fitando o céu escuro.- É de algum livro de autoajuda ?

-  Jane ! – revirou os olhos apertando o cobertor ainda mais firme nos ombros.- O que você vai fazer agora ? – era a clássica pergunta , que insistia em escapar de seus lábios a todo momento. Ele sorriu confuso , o que faria ? Lisbon teve a impressão que nem ele sabia.

- Não sei , talvez comprar uma casa na praia. – murmurou.- De frente para o mar. Mas definitivamente , ficarei longe de mais mortes e crimes.

- Ah claro.- sorriu fraco.Era obvio , na verdade uma constatação triste , mas sabia que agora que Red John estava fora da jogada , nada mais prendia Jane a C.B.I. Nenhum caso para fechar , nada.

- Não me entenda mal , eu .. – murmurou , pegando as mãos de Lisbon entre as suas.- Devo muito a vocês , todos vocês mas ...

- Não pode ficar perto disto tudo... – completou desviando o olhar. – Eu compreendo.

- Eu sei que vocês vão fazer um ótimo trabalho , vão conseguir fechar os casos , por que é só isso que importa , não ? – indagou incisivo.- Fechar os casos ?

- Não , quer dizer... – disse confusa.- Não é só isso , tem o companheirismo também..

- Entendo. – sorriu fraco.- Teresa Lisbon criou laços com o velho trapaceiro aqui.

- Jane , somos amigos. – ela sorriu. – Nos passamos por  coisas juntos . Pensei que me considera-se uma amiga.

- Você sabe que considero muito mais.- ele sorriu. Talvez o único sorriso sincero da noite.- E você me considera muito mais também.

- Não me venha com seus joguinhos sujos. – ela disse.- E não sei do que está falando.

- Ora Lisbon , você é a única pessoa que conhece verdadeiramente   todos os meus defeitos e qualidades.

- Qualidades , jura ? – indagou zombeteira.- Desconheço isso.

- E eu conheço você , como a palma de minha mão.- Lisbon sorriu desconfiada.- Sei que adora jazz e quando se sente sozinha , coloca um dos seus inúmeros Cd’s.

- Não precisa ser um gênio , qualquer pessoa que me conheça...

- Sei que mantém essa linha durona , mas depois da morte da sua mãe , não se sente a vontade com a feminilidade que existe em você.- disse rapidamente a cortando.- Não acha justo , ter tempo de ser feminina enquanto há coisas mais importantes a serem feitas , e... – hesitou.- Se apega a religião , pois foi a única coisa deixada por sua mãe, a fé.

- Serio Jane ? – indagou.- Vai me analisar agora ?

Ele sorriu de canto , inspirando o ar profundamente.

- Não preciso fazer isso. – Lisbon o fitou curiosa.- Já tenho tudo aqui.. – tocou um dedo solitário na têmpora.- E aqui. – buscou a mão de Teresa , a tocando logo em seguida em seu coração.

Teresa Lisbon permaneceu o observando  com curiosidade e insegurança. O que ele estava querendo dizer com isso ? Com esse gesto ? Jane sorria , um sorriso carregado de expectativa , de energia.

- Jane...- ela chamou , mas o que saiu dos seus lábios fora apenas um sussurro fraco.

 Jane acariciou a lateral do rosto feminino , aproximando seus lábios. Sentia-se limpo , livre para viver. Um peso enorme estava fora de sua vida, de seu caminho . A saudade seria uma lembrança forte e permanente , mas o sentimento de liberdade o possuía naquele momento. Foram tantas noites se imaginando ao seu lado , provocando risadas e olhares  naquele bela mulher , que por muitas vezes sentiu o desejo de se entregar.

O beijo calmo e desconhecido não ganhou intensidade , tampouco proporcionou liberdade. Lisbon estava em choque. A doçura daqueles lábios macios contra os seus , estava confundido seus sentidos. Jane se afastou antes que a ideia de retribuir o gesto passasse por sua mente. O olhar perdido lhe alcançou , e o mundo parou no momento em que o viu se distanciar. As horas seguintes foram confusas e de choque. Agora , um mês depois do ocorrido   ainda sentia o mesmo gosto e frenesi dominar seu corpo.

- Chefe ? – chamou Cho.- Van Pelt , disse que gostaria de me ver.- sua voz neutra lhe alcançou , como uma corda a puxando para a realidade.

- Sim.- respondeu perdida em seus pensamentos.- Mandei sim , na verdade eu gostaria de lhe fazer um pedido.

- Sim ? – incentivou ele , já que Lisbon parecia estar submersa em seus devaneios.

- Depois de muito pensar , eu resolvi tirar férias.- disse por fim , fitando a expressão pouco surpresa de Cho.- Acho que seria bom pra mim , tirar um tempo para refletir.

- Isso tem a ver com o Jane ? – indagou sem cerimônia , enquanto puxava uma cadeira para se sentar. Lisbon o fitou com surpresa – Sabe , porque ele não está mais trabalhando conosco ?

- Ah sim , por isso ! – disse aliviada.- Não , quer dizer , ele faz falta.- disse desviando o olhar.- Mas não é por isso , ele fez a escolha dele.

Cho não disse nada , sabia por ser um observador nato que havia algo a mais , algo escondido. Anos de companheirismo com os dois , e Teresa e Patrick ainda pensavam que enganavam alguém. Aquela atração e carinho estava estampado em seus rostos. Como telespectador , achou que após a ‘captura’ de Red John , esse sentimento fosse aflorar , e finalmente desabrochar , mas não. Os dois eram muito cabeças duras para isso. Mesmo assim , guardou suas opiniões para si mesmo , e aceitou o convite da chefe. Escutou atentamente seus conselhos e soube que essa seria uma ótima oportunidade para a sua carreira.

Lisbon suspirou profundamente  quando Cho saiu de sua sala. Daqui a uma semana , teria suas férias e não tinha ideia do que faria no seu tempo livre. Talvez , visitar um dos seus irmãos ? Passar um tempo com sua sobrinha ? Eram infinitas as possibilidades , mas só havia um lugar que desejava estar , mas isso não admitiria nem mesmo para si.


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