No capítulo anterior:

Chegamos a um lindo restaurante, desci da moto, tirei o capacete e fiquei admirando o restaurante. Foi ai que notei que Alec tinha pegado na minha mão, olhei para ele e sorri.

–Gostou?- perguntou Alec.

–Claro é lindo, mas vamos, pois estou morrendo de fome.

–É eu também to.

Alec começou a caminhar e eu o acompanhei.

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Entramos no restaurante e Alec paralisa novamente quando vê uma garota linda olhando-o fixamente eu percebo isso e penso ‘Dessa vez não vou puxá-lo’. Depois de uns dez segundos Alec volta ao normal e me puxa porta a fora. Ele só parou de me puxar quando chegamos na moto, intrigada perguntei:

–Por que saímos do restaurante?

–Você viu aquela garota? A ruiva?

–Sim, vi. Por quê?

–Ela é uma das minhas ex-namoradas, ela me seguiu até aqui porque quer que eu volte com ela.

–Por que vocês terminaram?

–Eu terminei com ela por que eu queria curtir a viagem, e eu nunca gostei dela, só fiquei com ela por causa do meu pai.

–Oque seu pai tem a ver com isso? –perguntei.

–É que ele precisava de umas coisas lá de uma das empresas de marketing de Volterra, e para o meu azar, o dono é pai da Céline, que tem uma queda por mim, e meu pai sabia disso então ele me subornou e eu que tive que suportar as consequências.

Céline Monerat Delacroix:

–Nossa! Coitadinho de você. – falei.

–É mesmo. Vamos rápido para outro restaurante, antes que ela me siga de novo. –falou Alec enquanto entregava o meu capacete. Subi na moto e Alec me olhou confuso e eu disse:

–Eu falei que na volta eu pilotava, esqueceu?

–Mas achei que a gente ia a outro restaurante... –Alec deixou a frase no ar.

–Vamos almoçar no hotel mesmo, pois não gostei daquela sua EX – cuspi essa palavra para ele, que sorriu.

–Você e minha irmã foram as únicas a falar isso até agora.

–Nossa, mas eu não me dou bem com as ruivas, nem um pouco. - falei fazendo uma careta.

–Hmm, então vamos. – falou Alec, subindo na moto, dei a partida e em menos de dois segundos estávamos voando por Veneza, eu estava a 210km/h, de repente senti braços me apertando, acho que entendi o recado, diminui a velocidade para 150km/h e Alec disse:

–Garota agora entendi o porquê da minha irmã não gostar de andar de moto comigo.

–Hahaha, nem fui tão rápido. – Vi a cara do Alec pelo retrovisor, estava tipo ‘não foi tão rápido? ’

–200km/h ta bom?

–Sim, ótimo.

E assim continuei o passeio, mas a cada curva que eu fazia sentia Alec apertar a minha cintura, toda vez que ele fazia isso eu sorria. Chegamos no hotel e eu pilotei a moto para o estacionamento do 2º andar, assim que parei Alec não moveu nenhum músculo para descer da moto, foi quando eu fui descer que percebi a mão dele na minha coxa, e isso me deixou corada. Tirei o capacete e olhei para trás, fuzilei Alec, que deve ter entendido o recado, pois tirou a mão de imediato.

–Er... Desculpa Nessie. –Alec falou me olhando coma carinha do gato de botas.

–Não foi nada, e ai? Sou boa pilota? Péssima?

–Você pilota bem pra caramba, é que eu nunca tinha andado na carona com uma garota pilotando. –falou Alec com um sorriso torto no rosto.

–Hmm, bom sabe. Então, vamos almoçar?

–Vamos. – Disse Alec.

Ele pegou minha mão de novo, e nisso eu abaixei a cabeça, pois tinha corado violentamente. Alec percebeu que eu tinha abaixado a cabeça, e de repente senti dedos levantando meu queixo, forcei tentando não levantar a cabeça, mas logo desisti.

–Você fica tão linda corada. – falou Alec, acariciando a minha bochecha. A única coisa que eu podia fazer era sorrir, quando fiz isso Alec aproximou seu rosto do meu e quando nossos lábios iam se tocar ouvimos uma buzina, Alec xingou e olhou para cima, eu fui curiosa e também olhei e vi Demetri e Jane acenando para nós. Soltei-me de Alec e fiquei o mais distante possível, Demetri estacionou o carro e Jane desceu correndo, me atropelou e abraçou Alec enquanto dizia:

–Ai irmão, não acredito que meu sonho vai se tornar realidade! Mas estou com medo de contar para nossos pais e eles me expulsarem de casa... – Desliguei-me do mundo enquanto Jane tagarelava, fui trazida à realidade quando Alec falou no meu ouvido:

–Vamos continuar o que íamos fazer antes?

Quando me virei para encarar ele, senti seus lábios nos meus. Coloquei meus braços em volta de seu pescoço e quando íamos aprofundar mais o beijo, nossas barrigas roncaram,nos separamos envergonhados.

–Vamos almoçar. –falei.

–É, vamos.

Fomos até o elevador e Alec apertou o botão que dizia ‘restaurante/lanchonete’.