Jogos Vorazes - A árvore forca. escrita por MAguirre


Capítulo 20
Glimmer.


Notas iniciais do capítulo

Tributos, espero que gostem desse cap, a história ta chegando no finalzinho e POR FAVOR recomendem se vcs gostarem!
Bjs



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Os olhos dele se fecharam. Ele estava olhando para o céu. O céu estava bem estrelado. Mas eu não pude ver nada porque as lagrimas embaçavam a mainha vista e a minha cabeça estava latejando. 

 O resto da noite passou como um borrão. Levaram Haymich para um hospital, pois não havia outro lugar para colocar ele. A festa  acabou. Fomos para casa. Eu caí na cama, e praticamente desmaiei. No dia seguinte, levantei e tomei banho, tentei recomeçar tudo. Todos ainda estavam bem tristes. Gale não estava lá. Certamente dormiu na casa de Mary. Eu poderia ficar na cama debulhando em lágrimas, mas eu não posso mais perder tempo. Quando eu desci para tomar café, Cat era a única que estava acordada,.

- Haymich e Effie... Um casal bem esquisito. - Falou ela, com o olhar distante.

- Não são um casal. Haymich não teve essa sorte. - Respondi, tomando uma xícara de café. - Por quê esta acordada a essa hora? 

- Pelo mesmo motivo que você também está acordada: não podemos perder tempo. - Ela realmente era minha filha. Era igualzinha a mim.

- Catnip, você viu o que aconteceu ontem. Eles vão matar todo mundo que eu amo amo até conseguirem me matar. Os próximos vão ser vocês! Eu sei que quer lutar... Mas ninguém pode lutar morta. - Expliquei.

- Claro que pode. Quando você morrer, vai para a Arena, assim como eu. Nós estaremos mortas e lutando. - Ela subiu para o quarto, deixando as palavras dela pairarem no ar. De qualquer forma, ela esta certa. E todos nós nos encontraremos na Arena. Isso me deixou um pouco mais aliviada.

  Todos nós estávamos tomando café, um pouco abalados, silenciosos.

- Aquela mira foi perfeita! - Gabou-se Johanna, atirando uma faca de pão na parede.

- Obrigada, Johanna. - Agradeci.

- De nada. Mas se Haymich não fosse sonso, ele com certeza estaria aqui. - Continou ela.

- Haymich não é sonso. Ele só estava bêbado... - Defendi.

-Não importa... Ele deveri...

- KATNISS! KATNISS SOCORRO!!! - Meu Deus! Era Mary! Ela estava batendo no vidro da sala, só de calcinha e sutiã, desesperada. Arthur correu para abrir a porta, e assim que ela entrou, fechou a porta rapidamente.

- KATNISS! O GALE, KATNISS! - Ela gritava, desesperada.

- O que aconteceu? O que aconteceu Mary?!!! Mary! - Eu gritava, a sacudindo.

- O Gale tá sendo perseguido por um monte de teleguiadas!!!! 

   Perseguido... Teleguiadas... GLIMMER!

E por que você não ajudou? Sua IDIOTA! - Gritei pare ela e saí correndo em direção à porta. Lá estava vindo Gale, correndo, gritando de cueca... Algumas partes do seu braço e pernas já estavam ficando inchadas, com bolhas enormes. Elas só não atingiram o rosto porque ele estava com uma coberta cobrindo ela.

- GALE!GALE! ENTRA! - Gritei, abrindo a porta rapidamente. Quando eu fui fechar, uma teleguiada me atingiu no pescoço. E foi aí que eu vi Glimmer.

- Olá, Katniss. Está apreciando? - Falou ela, dando risada com um caixote na mão. Devem ser teleguiadas. Eu tirei a que estava no meu pescoço, mas mesmo assim a dor continuava. Eu não conseguia abrir a porta, alguém a tinha trancado. Será que ninguém estava me vendo?

- Estou apreciando sim... Mas eu não vou ficar toda inchada como uma certa pessoa, não é mesmo? - Falei, a desafiando.

- EU duvidaria muito da sua certeza Katniss... Seu fim chegou! - Gritou ela, indo abrir o caixote. Justo quando ela estava levantando a tampa, a ponta de uma flecha apareceu atravessada na garganta branca dela. Ela caiu. Eu pude ver atrás dela, a muitos metros, Catnip. Foi ela. Não deu muito tempo para agradecer, pois o caixote tinha se espatifado no chão e agora as teleguiadas estavam se decidindo para onde ir. Vieram na minha direção. Com toda a força e consciência que me restavam, dei um chute na porta e ela se abriu. Fechei logo e cambaleei no chão. Era um cheiro de álcool com fogo: Arthur estava espantando as teleguiadas. Ninguém pareceu muito preocupado comigo, nem Peeta. Todos estavam cuidando de Gale, que estava mais ferido do que eu. Me arrastei até a pia, lavei bem o local onde ela me picou e tentei fazer o mundo parar de dar voltas. Fui até a mesa da cozinha, que agora abrigava um Gale urrando de dor. Aqueles gritos, aquele cheiro e a picada da teleguiada me proporcionaram pesadelos e visões. O pior deles foi ver Snow. Calmamente, ele pronunciava:

- Você não pode salvar todo mundo Katniss... Mais gente vai morrer ...- Quando ele falou isso, sua boca começou a jorrar sangue, como um vazamento, e todo o sangue foi tomando conta do seu corpo.

 Quando eu acordei, estava na cama, com uma gaze no pescoço. me levantei, ainda meio zonza, e encontrei Gale no quarto de hóspedes, dormindo. Pensei em chegar  em silêncio, mas me enrosquei nos meus próprios pés e caí, acordando-o. 

- Oi, Catnip... - Sussurrou ele, meio assustado.

-Oi Gale... Você tá bem? - Perguntei.

- Tô melhor... É bem alucinante esses bichinhos...

- Gale, como aquelas teleguiadas te encontraram? - Indaguei, me levantando desajeitadamente. 

  Silêncio.

-Gale?

- Eu... Eu levei Mary para a floresta e aí a gent...

- O QUÊ? Você fez o que? - Perguntei, furiosa. Aquela floresta era minha e de Gale! 

- Katniss, você levou Peeta e os seu filhos, por que eu não posso levar a minha noiva? - Ele gritou, mas eu já estava no corredor, cambaleando. Eu não deveria ter deixado as teleguiadas atacarem ele... As vozes de Snow agora ecoavam na minha cabeça:

"Você não pode salvar todo mundo Katniss... Mais gente vai morrer..."

 Talvez aquilo não fosse só uma visão. Talvez fosse um aviso. E, como Snow costumava dizer:

"Eu pensei que havíamos prometido a não mentir para o outro"


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