A Love That Consumes You escrita por Liah Salvatore


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Hey, girls!

Capítulo novo pra vocês, espero que gostem!

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/376006/chapter/17

- Qual o seu propósito com tudo isso? Aonde você quer chegar?

Damon chegou em casa e foi direto ao quarto do irmão, onde sabia que o encontraria, abriu a porta arrebentando a fechadura e falou sem cerimônia. Não estava com a mínima paciência para o velho discurso de herói que Stefan sempre fazia.

- Boa noite, Damon.

- Vai me responder ou eu vou ter que fazer você cuspir as palavras?

Stefan sorriu ironicamente.

- Elena está ansiosa pra conhecer Katherine?

- Qual é o seu problema, Stefan? Será que você não pode simplesmente dar um rumo na sua vida e esquecer a Elena?

- Não, Damon. Não posso porque você é quem devia fazer isso. Como você pode querer submetê-la a você, ao seu mundo?…

- Ao meu mundo? Seria muito diferente se você tivesse ficado com ela, então? Somos ambos vampiros aqui, irmão. Você pode fazer de conta que é um adolescentezinho no ensino médio, mas nós dois sabemos quem você realmente é. E eu não vejo como você poderia oferecer algo minimamente… seguro à Elena ou qualquer outra mulher humana.

- Sempre me lembrando do meu problema com sangue… Isso te faz muito nobre.

- Não mais do que você, toda vez que me lembra o quanto eu sou bom nessa coisa de ser vampiro, esperando que eu me ofenda. Admita, Stefan. Você queria ser como eu, queria não ser dominado pela sua sede. Você queria ter Elena.

- Então você a tem? Diga-me, Damon, quanto tempo até você transformá-la em uma de nós? Quanto tempo até você transformar aquela menina inocente em uma vampira sedenta, em uma assassina, uma predadora egoísta como você? Quanto tempo até você matá-la, matar a humanidade dela, quanto tempo até você destruí-la?

Damon sentiu as presas emergindo com fúria. Tinha vontade de rasgar a garganta do irmão, mas respirou fundo e disse entre dentes:

- Fique longe da Elena, Stefan. Fique longe dela, da família, dos amigos dela. Não tente jogá-la contra mim de novo ou eu juro que…

- O quê? Vai me matar? – Stefan fingiu estar assustado. Damon lhe enviou um olhar mortal, mas o irmão preferiu ignorar o aviso. - Isso vai ser antes ou depois de ela descobrir o quão desprezível você é? Acha que ela ainda vai querê-lo quando descobrir que você mata sem pensar duas vezes, acha que ela vai querer um assassino?

Stefan se levantou de onde estava e foi até o irmão lhe encarando de perto.

- Uma hora você mesmo vai estragar tudo, Damon. Você mesmo vai se sabotar, Elena vai te odiar e, quando isso acontecer, eu serei aquele que tentou alertá-la sobre os riscos. Eu vou estar bem aqui quando ela admitir que eu estava certo o tempo inteiro. Ela vai me pedir perdão por ter duvidado de mim, e sabe o quê? Eu vou perdoá-la e ela vai ser minha.

Com isso, Damon desistiu de se conter. Desferiu um soco na face de Stefan com tal força que ouviu os ossos do irmão se partirem. Stefan foi ao chão com o impacto, mas, com sua recuperação rápida típica do vampirismo, ergueu-se em questão de segundos pronto para revidar.

Damon estava a postos. Segurou o punho do outro no ar e o empurrou para longe.

- Você vai querer parar por aqui, irmão. – rosnou, tentando se concentrar para não fazer algo de que pudesse se arrepender, e deixou o quarto.

Mas Stefan não estava disposto a parar. Rapidamente, alcançou Damon na sala e avançou para ele, que novamente o afastou, mas não sem antes receber um golpe no queixo, o que reacendeu sua raiva. Voltou a bater no irmão, uma e outra vez, Stefan revidava, mas sua dieta de sangue animal o deixava em desvantagem. Ele não tinha a força de Damon.

Stefan tinha, por outro lado, uma frieza que o irmão não possuía. Mesmo com o próprio sangue escorrendo entre os seus dentes, ele insistia em atingir o que sabia ser o ponto fraco de Damon:

- É isso que ela quer? – disse quando foi atingido mais uma vez. – Você é um monstro, ela vai te odiar! Vai ter medo de você! Vai ter nojo…

Damon o calou com outro soco.

- Fique longe dela, seu idiota! Fique longe de mim também, se você tem um pouco de inteligência nessa cabeça cheia de sangue de coelho!

Damon o segurou pela gola e o ergueu:

- Olhe pra você, nem mesmo consegue se defender…

Stefan fez esforço pra ficar sobre as próprias pernas.

- Por que não me mata, Damon? Acabe com isso de uma vez! Seja quem você é e me mate!

Em um flash, Damon encostou o irmão na parede, segurando-o pelo pescoço com uma mão e com a outra invadiu o seu peito em direção ao seu coração. Sentiu o músculo pulsar entre os seus dedos, enquanto Stefan tentava respirar e se manter consciente.

Damon o tinha literalmente em suas mãos, bastava um movimento seu para que tudo aquilo acabasse. Podia mandar tudo para o espaço e matar o irmão ali mesmo, ninguém poderia impedi-lo.

Vendo a fúria nos olhos do irmão, Stefan pensou por um segundo que tinha passado dos limites e perderia aquela briga para sempre. Damon iria finalmente matá-lo. Depois de mais de um século de rivalidade, era assim que iria acabar.

Entretanto, quando Stefan estava esperando ter o coração arrancado do peito, Damon o soltou, deixando que ele caísse no chão.

- Estou te poupando. – Damon disse, dando um passo para trás.

Recuperando-se, Stefan olhou ao longo da grande sala e um sorriso carregando de ódio se formou em seus lábios.

- Mas eu não.

Antes que pudesse entender o que tinha ouvido do irmão, Damon sentiu o golpe nas costas e a sensação de torpor começando a se espalhar pelo seu corpo a partir do ponto onde tinha sido atingido.

Um dos seus últimos pensamentos antes de perder a consciência foi a certeza do que estava lhe causando essa sensação: verbena. Seu último pensamento, porém, foi o rosto da garota que ele amava e uma incerteza sobre o que aconteceria com ela agora.

Elena.

.

- Tudo bem com você e Vicky? – Elena perguntou a Jeremy, enquanto tomavam café da manhã.

O garoto demorou um minuto pra responder.

- Tudo sim. Por quê?

- Não, nada… - talvez devesse deixar pra lá, mas suas recentes experiências lhe diziam que era melhor deixar as coisas claras. – Jer, ela não está ficando com o Tyler?

- Não sei. Talvez.

- E tudo bem pra você?

- Nós não somos namorados, Elena.

- Mas eu pensei que você gostasse dela.

Como ele podia aguentar a ideia de dividir a garota com outro cara?

- E eu pensei que você não gostasse.

- Não é que eu não goste, é que eu me preocupo com você… Com seus problemas e os dela…

- Então por que se importa se nós estamos bem ou não? – Jeremy elevou a voz.

- Hey, vai com calma com a sua irmã.

- Não enche, Jenna.

O menino deixou o café da manhã pela metade e saiu batendo as portas.

- Ótima maneira de começar o dia. – Elena resmungou.

- Algum problema, Elena? – a tia percebeu como ela estava cabisbaixa desde o dia anterior.

- Não, está tudo bem.

Exceto por seu lindo e sexy vampiro possivelmente apaixonado por uma vampira que era sua sósia sabe-Deus-por-quê. Estava tudo bem.

Na escola, Elena ficou aliviada ao não encontrar Stefan. Não estava com estruturas pra discutir, conversar ou mesmo dizer “oi” a ele. Aquele cara tinha a capacidade de drenar toda a felicidade que ela estivesse sentindo. Passou as horas levando as conversas com as amigas para qualquer assunto que não envolvesse Damon, pois não estava certa de como as coisas estavam entre eles.

Queria muito acreditar na palavra de Damon, queria acreditar que ele a amava sinceramente, mas era impossível não colocar isso em dúvida quando ele havia dito que teve um romance com a vampira que o transformou e que era igual a ela. Esse era outro ponto que a estava preocupando. Afinal, como raios isso era possível?

Pensou várias vezes se devia ligar pra ele, pra pelo menos conversar sobre isso, ver se ele tinha alguma explicação razoável ou se ele queria contar melhor essa história da transformação dele em vampiro... Resumindo: queria vê-lo e falar com ele, mas não queria parecer fácil. E se ele só a quisesse realmente como uma substituta da outra? Elena não queria isso para si, mas ao mesmo tempo não queria ficar longe dele.

Ficou o resto do dia esperando que ele ligasse ou aparecesse. Estranhou que ele não deu sinal, desde que estavam juntos ele não ficava tanto tempo longe... Ela se perguntou se talvez ele não tinha achado que ela estava rompendo de vez. Nesse caso, ele tinha entendido errado, aquilo definitivamente não foi um término. Foi só uma pausa pra organizar os pensamentos.

No começo da noite, ela ligou pra Damon, mas não teve resposta. Deu um tempo, ligou de novo e nada. Uma pequena parcela de si começou a pensar que ele a estava ignorando, mas a maior parte sabia que ele não devia estar fazendo isso. Se alguém tinha motivo pra ficar bravo, esse alguém era ela e não ele. Então, por que ele não atendia?

Foi quando viu Stefan na escola no dia seguinte que Elena percebeu que, na verdade, não vira nenhum dos Salvatore desde que tinha falado com cada um sobre a existência de Katherine. Ela sentiu um frio na espinha quando percebeu o olhar de Stefan seguindo-a. Agora ela estava nervosa.

Foi para o banheiro, assim como dias antes, e ligou pra Damon. O telefone que antes chamava agora estava fora de área ou desligado. Ótimo.

Mais um dia se passou sem que Elena tivesse qualquer notícia de Damon. No intervalo das aulas, no outro dia, uma quinta-feira, Bonnie e Caroline já sabiam que havia algo muito errado com a amiga.

- Se você não falar, nós vamos descobrir. – Bonnie falou seriamente.

- Não é nada, Bonnie.

- Você está aflita, Elena, qualquer um vê! – Caroline exclamou.

- Você anda triste, pelos cantos. Fala de uma vez.

Mas como poderia explicar qual era o problema? Duas opções passavam pela sua cabeça. Um, Damon havia saído da sua vida por livre e espontânea vontade e sem se dar ao trabalho de avisar. Dois, Damon havia sido forçado a desaparecer, o que implicava em uma participação do seu soturno irmão vampiro. Ambas as opções a estavam arrasando.

- Não é nada, já falei…

Elena se levantou, deixando as amigas atônitas. Estava sufocando com a situação, não sabia o que fazer e não conseguia afastar a sensação de que algo ruim estava acontecendo. Foi para o estacionamento decidida a ir para casa, pois não estava com a menor paciência para estudar. Andou pelo terreno vazio com a péssima impressão de estar sendo seguida. Quando virou-se, percebeu Stefan do outro lado, aparentemente pegando alguma coisa no próprio carro.

- Mas que… Céus, o que está havendo?

Elena ponderou por um segundo, então fez algo de que ela mesma duvidava. Cortou o estacionamento em passos largos e chamou a atenção de Stefan batendo-lhe no ombro.

- O que você fez?

- Eu só esqueci de tirar o livro da próxima aula…

- Que diabos, Stefan, você sabe que eu não estou falando de livros.

- Desculpe, eu não entendo.

Elena levou a mão à testa e limpou o suor. Não podia perder o controle da situação, não podia deixá-lo perceber que ela estava beirando a desorientação.

- Onde está Damon?

Stefan franziu a testa, com uma cara de consternado.

- Elena, eu sinto muito.

- Pelo quê? – ela sentiu a apreensão crescente finalmente a dominar.

- Damon se foi, ele deixou a cidade.

Elena precisou se concentrar para não demonstrar mais abalo do que o que já estava evidente em sua feição.

- Eu lamento que você tenha que ficar sabendo através de mim, mas meu irmão não deixou outra saída. Esse é Damon, é assim que ele age…

- Não…

- Elena…

- Stefan, por quê isso? Por que esse interesse em fazer intriga entre Damon e eu, qual é o seu problema?

Stefan deu um passo na direção da garota e ela automaticamente o empurrou.

- Fique longe de mim! Você pensa que eu não sei sobre você, que eu não sei sobre Damon? Eu o conheço e ele não é como você diz.

- Não muda o fato de que ele se foi. Porque é isso que ele faz, ele chega, cria problemas e deixa a bagunça pra eu limpar.

- De que diabos você está falando?

- Eu prefiro te poupar. Para mim, basta que você saiba que ele está fora da sua vida, você está livre da influência de Damon, Elena. – Stefan sorriu. – Você está livre!

- Você é doente…

Elena deu as costas para o vampiro.

- Não, Elena. Damon é o doente entre nós. Acredite em mim, eu preferia te poupar disso, você não precisa ter que lidar com esses fatos sobre ele, mas…

- Mas o quê? Ele não é bom pra mim, é esse papo furado que você vai me jogar? Quer saber, eu não sei nem por que ainda estou aqui perdendo o meu tempo com você! Minha relação com Damon não lhe interessa, então fique fora. Eu só te aviso uma coisa, Stefan: eu posso não saber o que há com Damon agora, mas eu vou descobrir. E se você tiver alguma coisa a ver com isso, eu juro que não respondo por mim.

- Não precisa descobrir nada, Elena, se você quer tanto saber o que há com Damon eu posso te dizer. Eu preferiria te poupar, mas se você insiste… Você disse que sabe sobre mim, que sabe sobre ele… O que você sabe?

- O que você acha?

- Acho que ele não te contou a parte sobre ele ser um completo psicopata. Você tem sorte por ele ter partido…

- Eu não vou ficar aqui ouvindo isso.

- Ele matou Zach, Elena. Ele matou o Zach.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não queiram me matar. (Mas podem matar o Stefan.)

Então, o que acharam? Deixe sua opinião, é muito importante!

Até o próximo!
Xoxo ;)