A Love That Consumes You escrita por Liah Salvatore


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Hey, girls!

Mil desculpas pela demora em postar e desculpem também pelo tamanho do capítulo. Mas foi o que deu pra fazer pra postar hoje.

Boa leitura!



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- Hey! – Elena foi até Damon e o beijou na boca. Ele passou os braços ao redor da sua cintura, impedindo que se afastasse. Não que ela pretendesse.

- Hey!

Seguiu-se um momento de silêncio, mas não de um silêncio vazio. Apenas não falaram nada porque estavam ambos embevecidos com a pessoa à sua frente, lembrando-se dos momentos da noite passada.

- Eu tenho algo pra você – Damon lembrou-se.

- Algo? O quê?

- É melhor entrarmos no carro.

Abriu a porta para ela, no carro estacionado na frente da casa dos Gilbert, no início da noite de sábado. Quando estavam acomodados, Damon pegou um saquinho no porta-luvas e entregou a Elena.

- São pra você, sua família, suas amigas…

Elena observou o conteúdo. Havia três pulseiras bastante parecidas, uma colar e uma outra pulseira mais rústica, masculina.

- Essas três são pra você, Bonnie e Caroline. Eu pensei que você pode dizer a elas que é uma pulseira de amizade, algo assim… Garotas fazem isso, não? O colar é pra sua tia Jenna e essa outra pulseira aqui é pra o seu irmão. – ele explicou.

- Obrigada… eu acho. – ela não entendia o porquê disso. Por que Damon estava lhe dando isso?

- São proteções, Elena.

- Como assim? Tem algo a ver com…

- Sim, tem. Eu vou te explicar, mas… você confia em mim?

Nas últimas 24 horas todo o universo de Elena havia mudado completamente. Agora ela sabia que vampiros existiam, que o cara por quem ela tinha sentimentos que só cresciam a cada segundo era um deles e, pra arrematar, ela tinha dormido com ele logo depois de descobrir a verdade. Elena considerou. Ela não tinha descoberto a verdade. Damon é que tinha contado. Isso fazia toda a diferença.

Sua resposta não poderia ser outra.

- É claro que eu confio.

- Então tente focar nisso e não surtar, ok?

- Tudo bem.

- Elena, nós vampiros temos algumas habilidades, eu já te falei sobre a audição, a velocidade, a força… Essas são habilidades físicas. Acontece que nós também podemos fazer uma outra coisa. Podemos influenciar as pessoas, como uma hipnose.

Elena engoliu em seco.

- Quero que saiba que eu nunca fiz isso com você.

- Mas poderia.

- Poderia. E você nunca saberia. Foi por isso que eu te perguntei se confia em mim, porque se você não confia…

- Eu confio.

Ela se inclinou no banco e pousou a mão sobre a dele, que estava segurando o volante com talvez muita força. Damon relaxou a mão e entrelaçou os dedos no dela.

- Essas joias contém verbena. Isso impede que um humano possa ser hipnotizado.

- Verbena?

- É uma erva. Pode ser colocada na comida, nas bebidas ou simplesmente carregada no bolso… Vampiros não podem te hipnotizar se você estiver usando. Dentro de cada uma dessas contas – ele indicou as pecinhas de uma das pulseiras – há um pouquinho de verbena.

- Por quê verbena?

- Quem sabe? Ela é tóxica para nós, é uma das nossas fraquezas.  Ouça, é importante que você não tire a pulseira por nada, entendeu? Você tem que usar o tempo inteiro.

- Como é essa tal hipnose?

- Basicamente, se eu quisesse, agora mesmo eu poderia lhe dizer para esquecer a minha existência e tudo o que eu disse sobre vampiros.

- Mas você não vai.

- Não.

Foram até o Grill, assim que chegaram viram Caroline e Bonnie em uma das mesas. Mesmo distante, Elena pode ver os olhos das amigas se arregalando quando ela chegou com Damon.

- Eu vou falar com elas rapidinho.

- Ok, eu vou pegar uma bebida enquanto isso – Damon acenou para as meninas, que acenaram de volta com sorrisos de orelha a orelha.

Caroline mal conseguia se manter sentada quieta quando Elena chegou até a mesa delas.

- OMG, você fez! Olha a sua cara, vocês fizeram!

- Car, mais baixo, pelo amor de Deus! – Elena se lembrou do que Damon disse sobre audição, mas não conseguiu conter o sorriso.

- Qual é, Elena, admite que você tirou o atraso com Damon hot Salvatore!

- Está tão na cara assim?

- Está sim, caramba, não te vejo tão radiante desde… sei lá! – Bonnie riu.

- Conta tudo, Elena!

- Ah, não, Car! Ele está aqui agora, esqueceu?

- Vou engolir a desculpa essa noite, mas amanhã você não me escapa!

- Isso se ela não tiver planos com Damon, não se esqueça disso – Bonnie lembrou.

- Vocês têm?

- Não, por enquanto.

- Ok, mas e aí, é oficial?

- Como assim? – Elena entendeu o que Bonnie quis dizer, mas estava tentando não pensar sobre isso no momento.

- Vocês estão namorando?

- Nós estamos… juntos.

- Juntos? Nós estamos juntas, Elena. Vocês têm uma coisa, uma conexão…

Era tão óbvio? Era exatamente isso que Elena sentia em relação a Damon. Uma estranha e fascinante conexão com aquele vampiro que a encantava mais que qualquer outra coisa ou pessoa no mundo.

- Ele não usou a palavra “namoro”, Car. E, francamente, eu não preciso dessa convenção boba.

- É assim que se fala, amiga! – Bonnie incentivou.

- Bom, o importante agora é que Elena Gilbert está transando de novo e, cá entre nós, está passando muito bem, obrigada! – Caroline cochichou em uma certa palavra da frase, pois sabia que a amiga ficaria brava com o alarde. As três riram, então Elena se lembrou.

- Eu tenho uma coisa pra vocês.

Tirou da bolsa o saquinho que Damon lhe deu e entregou duas pulseiras às amigas.

- Elas são quase iguais, olhem. – mostrou a sua, que já estava no pulso esquerdo. – Achei que vocês iriam gostar.

As meninas pegaram as pulseiras e logo as colocaram.

- Ah, Elena, que linda! – Bonnie exclamou.

- E combina com tudo, vocês podem usar sempre. Assim fica com um símbolo da nossa amizade…

- Ai, como ela está sentimental! – Caroline gargalhou. – Isso é graças ao Damon?

- Isso é porque eu amo vocês.

- Acho que não é só a gente que você ama…

- Caroline! – Bonnie repreendeu.

Elena ruborizou e decidiu deixar as amigas antes que a conversa fosse para terrenos mais perigosos. Será que Damon estava ouvindo o que elas conversavam?

- Ok, eu vou até Damon, se não se importarem.

- Claro que não, amiga, nós já estamos indo. Vai lá ficar com o seu gato.

- Caroline está evitando Tyler – Bonnie esclareceu.

- Por que, vocês brigaram?

- Ele é um filho da p…

- Hey, hey! – Bonnie interrompeu.

- Ele está se pegando com a Vicky de novo! – a loira bufou.

- O quê? – Elena se sobressaltou. – Mas eu achei que ela e o Jer estivessem bem…

- É a Vicky, Elena – Bonnie deu de ombros.

- Eu vou falar com o Jer sobre isso.

- Sim, mas não essa noite. Olha lá quem está te esperando. – Bonnie indicou com os olhos uma das mesas mais afastadas do Grill, onde Damon estava.

As meninas se despediram e Elena foi encontrá-lo.

- Eu não quis atrapalhar vocês. – Damon disse e Elena pensou ter notado um ar de diversão nele. – Peguei isso, se estiver com fome.

Elena não tinha notado o quanto estava faminta até ver os tacos e as batatas fritas. Depois de toda a atividade da noite anterior e da manhã, quase não tinha comido nada durante a tarde. Ficou surpresa quando Damon levou uma batata à boca.

- Você não devia não poder comer… você sabe… comida normal? – ela mordeu um taco.

- Tecnicamente, eu não preciso comer isso, mas eu gosto. É bom variar o cardápio.

Elena riu e se perguntou como era possível que estivesse rindo em uma situação em que as palavras “sangue humano” estavam implícitas. Mas sabia a resposta pra isso: Damon. Era ele quem a fazia rir.

- Não é estranho, pra você, ter que beber sangue? – como havia música no Grill e estavam um pouco isolados, sabia que ninguém ouviria.

- Torna-se natural na hora que nos transformamos. Qualquer repulsa que a ideia pudesse passar desaparece completamente.

Depois de comer, Elena tomou coragem pra perguntar a Damon algo que tinha se perguntado essa tarde, uma pergunta que ela nunca achou que precisaria fazer a alguém. Mas precisava saber.

- Damon, existe alguma possibilidade de… você vai rir.

- Não vou não, pode falar.

- Você já está rindo!

- É que você parece que viu um vampiro, Elena! – riu.

- Prometa que não vai rir.

- Está bem, eu prometo. – segurou a mão dela e deu um aperto de leve. – Pode falar.

- Essa noite, nós não… você não… - abaixou o tom de voz e se inclinou até ficar bem perto dele. – Não usamos preservativo. Eu tomo pílula, mas… Existiria a possibilidade de… bem…

Damon fitou Elena com um misto de diversão e encantamento. Ela era mesmo surpreendente. Uma garota muito, muito especial.

- Vampiros não podem procriar. Mas adoramos tentar.

- Ah. Desculpe, eu sou uma boba por pensar que…

- Você não é boba, Elena. É a pessoa mais incrível que eu já conheci.

Beijou-a, os lábios mais macios que ele já havia sentido. Passaram as duas horas seguintes entre beijos, enquanto jogavam sinuca e dardos. Damon ganhou todas e Elena disse que era injusto, já que ele tinha a vantagem da visão ampliada.

- Desse jeito, eu nunca vou ganhar.

Ela ainda estava inconformada quando Damon a levou pra casa.

- Ok, da próxima vez eu deixo você ganhar.

- Nem pense nisso, Damon Salvatore!

Foram interrompidos pelo barulho de um outro carro chegando. Jenna passou com Ric. Damon acenou quando eles iam entrando em casa.

- Essa é a minha deixa.

Foi abrir a porta do carro, mas Elena o puxou pela gola e encontrou seus lábios.

- Não tão rápido – riu no meio do beijo.

Damon a envolveu nos seus braços. Como ela podia estar aceitando-o tão bem? Se imaginasse que seria assim, teria contado antes e eles teriam começado a aproveitar há mais tempo…

- Queria que ficasse… - as palavras escaparam antes que ela pudesse impedir. Sabia que tinha sido atirada, mas gostou de ter dito.

E Damon gostou de ter ouvido.

- E eu queria ficar, mas acha que é uma boa ideia?

Com os lábios de Damon percorrendo a linha da sua mandíbula, Elena achava difícil dar uma resposta negativa. Mas…

- Não com Jenna em casa.

- Foi o que eu pensei.

Damon acariciou o rosto dela.

- Quer conhecer minha casa amanhã?

Elena assentiu e o beijou outra vez, só o soltando quando Alaric saiu da casa. Damon saiu do carro, abriu a porta pra ela e os dois foram de mãos dadas até a porta de casa.

- Eu venho te buscar no começo da tarde.

- Aham…

Elena simplesmente não queria soltá-lo, mas sabia que devia.

- Boa noite, Elena.

- Boa noite.

Depois de entrar, a garota praticamente flutuou até a sala, onde estava Jenna igualmente suspirando por um homem.

- Damon já foi?

- Já. Então… você e Alaric, hein?

- Sim… e você e Damon, hein?

Elena assentiu e se jogou no sofá junto da tia. As duas tão felizes como há muito tempo não se sentiam.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que o capítulo não foi lá essas coisas, sorry. O próximo será maior e terá mais coisas acontecendo. Daqui pro fim da semana eu posto, ok?

As pulseiras das meninas, eu imaginei algo assim: http://img.elo7.com.br/product/main/7C6438/pulseira-de-contas-douradas-dp13-chique.jpg

Até o próximo!
Xoxo ;)