A Love That Consumes You escrita por Liah Salvatore


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Hey, girls!

Capítulo novo, com encontro delena. Espero que gostem!



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Elena subiu as escadas de incêndio da Biblioteca devagar. Não queria parecer ansiosa e também pretendia manter os pés no chão e se lembrar do que havia acontecido na ausência de Damon. Apesar da sua vontade de revê-lo, ela não queria agir como uma adolescente boba, que se deixa iludir facilmente por um belo par de olhos azuis.

Eu não sou uma dessas garotas – ela repetiu mentalmente enquanto subia.

Não era mesmo. Se havia uma coisa sobre si mesma da qual Elena se orgulhava, era a sua maturidade. Apesar de ter apenas 17 anos, ela poderia dizer sem medo de errar que não era o tipo de garota que cai em jogos de sedução, que se ilude com conversinha de rapazes e que fica idealizando o homem ideal. Ela não era uma dessas.

Alcançou o terraço e avistou Damon de costas, sentado em uma das cadeiras. Alguém havia resgatado alguns móveis inutilizados da biblioteca, que até semana passada estavam amontoados a um canto e cobertos por uma lona, e arrumado uma espécie de sala ao ar livre. Havia uma mesa rodeada por algumas cadeiras, tudo posicionado ao lado de uma parede que proporcionava sombra à tarde, exatamente no período do dia que Elena frequentaria o local.

Damon se virou para olhá-la um instante antes de Elena falar:

- Foi você? – ela indicou a mobília com um leve aceno. Era uma pergunta de resposta óbvia, na verdade.

- Era pra eu ter sido feito uma semana atrás. Estou atrasado – ele lhe sorriu.

Eu não sou uma dessas garotas.

- Não precisava.

- Claro que precisava, Elena. Eu não estava esperando que você sentasse no chão e encostasse no concreto quando sugeri que você viesse escrever aqui – ele se levantou e foi até Elena. Depositou um beijo suave no canto de sua boca e, antes que ela pudesse se mover, pegou os livros e a bolsa que ela carregava e colocou-os sobre a mesa.

- Obrigada – ela respondeu e logo estava corada. Era como se tivesse agradecido pelo beijo e não pela gentileza.

Mas Damon não disse nada, até que Elena deu alguns passos se afastando e voltou o olhar para a vista da cidade.

- Passou bem a semana, Elena?

Ela assentiu em silêncio.

- Era eu no cemitério aquele dia.

- O quê? – ela virou-se para ele.

- Você queria saber, da última vez. Sim, era eu.

- O que estava fazendo no cemitério?

- Falou a garota que escrevia um diário encostada nas lápides – ele voltou a olhar pra ela e a encontrou com um suave sorriso nos lábios. – Eu estava passando, só isso. Vi você e a reconheci.

- Por que não falou comigo?

- Não queria reencontrá-la em um cemitério - ele deu de ombros. - Espero que não tenha voltado lá.

- Não voltei.

- Isso é bom.

Com a mudança de postura de Damon, Elena relaxou. Antes ele evitava dar qualquer resposta, talvez agora ele começasse a ser mais franco. E talvez exista alguma explicação mais agradável para aquela bagunça na banheira da mansão Salvatore.

Ela voltou pra onde ele estava, puxou uma cadeira e se sentou. Damon a imitou, sentando-se perto dela.

- Eu precisei sair da cidade por alguns dias, talvez você tenha notado.

- Seu mais recente desaparecimento? Claro que não, eu estava certa que voltaria a te ver em alguns meses, quem sabe.

O sorriso fugiu do rosto dele e Elena se arrependeu do que disse. Não queria ter soado agressiva ou algo do tipo. Só não queria parecer desesperada com a ausência dele.

- Meu passado me condena, eu sei.

- Tudo bem, Damon. Não foi nada.

- Por favor, me deixe ter a ilusão de que você se importou com isso – ele brincou, mas ela conseguiu perceber uma seriedade oculta na frase.

- Eu me importei – sua voz saiu mais baixa do que pretendia. Tentou assumir um tom de brincadeira, tal qual ele tinha feito: - Na verdade, eu achei que você não quisesse mais olhar na minha cara, depois que eu praticamente te expulsei.

A menção ao seu último encontro interrompido jogou uma aura de cumplicidade no ar. Os dois estavam evidentemente se lembrando do momento que compartilharam.

- Teve problemas com sua tia?

- Não, não, Jenna foi… incrível. Ela tem sido mais como uma irmã mais velha do que uma tutora.

- Ela parece legal… Talvez eu possa conhecê-la em algum momento.

Elena não respondeu. Damon continuou:

- Ela perguntou por mim? Quer dizer, pelo cara que foi embora sem dizer olá? Acho que não deixei uma boa impressão.

- Não, está tudo bem. Ela não é o tipo que faz interrogatório, sabe, ela foi bem tranquila.

- Eu vou ficar na cidade, Elena.

Ela parou diante da súbita mudança de assunto. Não soube o que pensar pelos próximos segundos, mas logo a razão lhe chamou para lembrar de que isso não significava nada. Dificilmente a decisão teria alguma coisa a ver com ela.

- Suas pendências estão sendo difíceis de resolver?

- O quê?

- Você disse que tinha pendências pra resolver em Mystic Falls…

- Ah, isso. Minhas pendências estão todas liquidadas, Elena.

- Achei que não gostasse de cidade pequena.

- Mystic Falls é meu lar, de onde você tirou essa ideia?

Damon aproximou-se um pouco mais, Elena respirou fundo, tentando regular as batidas do seu coração.

- Não que eu esteja ficando pela cidade, de qualquer jeito…

Beijou-a ternamente nos lábios, apenas um selinho de olhos abertos. O próximo demorou um pouco mais, ele fechou os olhos assim que Elena fechou os próprios. Ela lhe deu um consentimento mudo ao envolver os dedos nos cabelos de Damon, ele a acariciou o interior de sua boca com a língua ao mesmo tempo em que a puxou para o seu colo.

Elena não contestou. Pelo contrário, sentada nas pernas dele, ela o envolveu ainda mais com os braços e aprofundou ainda mais o beijo. Suas bocas se fundiam em uma, enquanto seus corpos ansiavam por contatos mais íntimos. Damon passeava as mãos das costas dela até a cintura, deixando que seus dedos explorassem alguns centímetros sob o tecido, deliciando-se com a maciez da pele.

Elena precisou de ar e interrompeu o beijo, mas logo seus lábios estavam ansiosos percorrendo toda a linha do queixo de Damon, indo até o lóbulo de sua orelha. Ele logo lhe devolveu a brincadeira, aproveitando para deliciar-se com o calor do seu pescoço. Damon beijou cada centímetro da pele exposta e quando essa acabou ele delicadamente afastou o tecido da blusa que ela usava, descobrindo um de seus ombros e dando continuidade à carícia.

- Damon… - ela deixou escapar um gemido.

- Tudo bem, Elena – ele disse ainda com a boca ocupada com seus ombros. – Eu só preciso te beijar um pouco, só isso…

Ele voltou a cobrir a boca com a sua, antes que ela pudesse falar. Ele tinha entendido errado. Damon achou que ela estava tentando colocar limites. Elena quis lhe dizer que não estava tentando impedi-lo, que na verdade surtaria se ele parasse agora. Mas ele não deixou sua boca livre por um tempo e quando o fez foi para novamente dar atenção ao seu pescoço e ombros.

Eles se reversavam nas carícias, desfrutando dos lábios um do outro. Damon saboreava sua pele e passeava as mãos pela sua cintura, enquanto Elena buscava acompanhá-lo, beijando também seu pescoço quando tinha oportunidade. Em vários momentos, como quando Damon apertou suas pernas e quadril ou quando ela mesma se viu levando as mãos por dentro da camisa dele, Elena achou que passariam à próxima etapa ali mesmo, no terraço da biblioteca.

Mas Damon, ao mesmo tempo em que estava tão absorvido quanto ela pelo momento, estava também consciente das condições em que se encontravam. Em nenhum momento ele ultrapassou certos limites, não tentou tocar seus seios ou chegar entre suas pernas. A constatação deixou Elena tão frustrada quanto maravilhada. Se por um lado ela estava definitivamente louca por ele, por outro lado ela estava encantada com a atitude.

- Está escurecendo… - Damon sussurrou.  – É melhor levá-la pra casa.

- Uhum… - ela mordiscou novamente o lóbulo da orelha dele.

- Estou tentando ser um cavalheiro, mas desse jeito eu vou desistir…

Ele segurou o seu rosto e a trouxe para um beijo. Sem interromper, ele começou a levantar-se, fazendo com que ela o acompanhasse. De pé, ele ainda a segurava firme pela cintura e seus lábios prosseguiram selados.

- Você vai me fazer perder o controle, sabia? – ele disse com a cabeça mergulhada em seu pescoço. Elena se deliciou com a respiração quente contra a sua pele, sem imaginar a seriedade desse aviso.

Ele se afastou para pegar os livros sobre a mesa, Elena pegou a bolsa e os dois desceram as escadas, ele indo à frente e levando Elena pela mão.

.

Damon e Elena foram conversando durante todo o caminho. Damon estava interessado em cada coisa que ela pudesse lhe contar, perguntou como ela estava indo na escola e Elena riu com a reação dele às dificuldades dela com algumas matérias.

- Eu posso te ajudar a estudar, sabe. Modéstia à parte, eu sou bom em algumas coisas.

Em várias coisas, Elena pensou. Em seguida, sentiu-se culpada pelo desventurado plano do grupo de estudos. Não sabia se ele já tinha conhecimento disso, por isso preferiu mudar de assunto antes que chegassem a esse ponto. Não ia correr o risco de arruinar o momento com a possibilidade de chateá-lo com essa história.

- Vamos ter uma festa de Halloween na próxima sexta. Quer vir?

- Não seria estranho alguém da minha idade em uma festa escolar?

- Não, a festa é aberta. – ela olhou atentamente com uma questão na cabeça. Damon era lindo, sem dúvida alguma, e era bem jovem, mas certamente não era nenhum garoto. – Mas já que comentou, quantos anos você tem exatamente? Se eu posso saber…

- Quanto você acha? – ele perguntou com aquele sorriso torto que a fazia perder o chão.

Ela deu de ombros.

- Sei lá, meio que não faz diferença.

- Boa resposta. – ele estacionou em frente a casa dela antes de dar as próprias respostas: - Vinte e cinco e sim, eu vou a esse Halloween – recostou a cabeça no banco e gargalhou: - Provavelmente vão me confundir com um professor ou coisa parecida.

Elena acompanhou: - Quem se importa?

- Eu não me importo se você não se importar.

Damon desceu do carro e abriu a porta pra Elena. Então, pegou sua mão e a levou até a porta. Ficou olhando pra ela, um olhar que Elena não soube identificar o que era. O azul dos olhos de Damon nunca lhe pareceu tão intenso.

- Elena Gilbert – seus lábios formaram o nome dela, mas nenhum som saiu. Ele lhe deu um beijo na testa, e em seguida um na boca. – Boa noite, Elena.


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Notas finais do capítulo

E aí, como foi? Não esqueçam de deixar reviews! :)

Girls, essa semana começam minhas aulas da faculdade, se eu demorar a postar os próximos capítulos é por isso, ok? Mas eu pretendo continuar com pelo menos 1 capítulo por semana, não se preocupem.

Até o próximo. Xoxo ;)