– Bom dia raio de sol! - Disse Damon irônico como sempre.

Eu não me lembro do que aconteceu direito, só lembro apenas de Damon me pegando e minha visão escurecer, já era de dia hoje, provavelmente umas 9:00 da manhã e eu estava em um carro, a estrada que tinha pegado não era o caminho de volta mais sim para outra cidade.

– Damon, onde nós estamos?! Seja lá onde você está indo eu quero ir embora! - Disse eu um pouco irritada, ele conseguia me tirar do sério.

– Aah, eu já te falei que você é muito mais legal dormindo? Relaxe Elena eu não vou te sequestrar.

– O Stefan deve estar preocupado comigo temos que voltar. - Respondi, dava para ver no meu rosto que eu não estava de bom humor hoje.

– Você fica tão preocupada, vamos dar um tempo hoje, eu quero visitar uma velha amiga minha em um bar que tal? De um tempo, pelo menos um minuto. - Disse o cara dos olhos azuis que dava um sorriso de canto.

– Damon é sério pare o carro! - Respondi, estava ficando nervosa.

– AAh.

Ele finalmente parou o carro no acostamento da estrada e logo em seguida eu abri a porta do carro e me levantei com dificuldade como uma idosa. Fiquei alguns minutos tentando me recuperar o clima estava bem quente, mais bom.

Damon também tinha saído do carro e me olhou por alguns instantes, com sua rápidez sobrenatural ele foi até o meu lado e me segurou pela cintura e braço em uma tentativa de eu não cair no chão ou acabar desmaiando ali mesmo.

– Tudo bem? - Ele respondeu com uma expressão preocupada em seu rosto.

Apenas fiz um sinal que sim com a cabeça. Eu nunca havia visto Damon assim, ''Talvez ele queira algo em troca, ele nunca é tão bom assim'', pensara eu.

De repente o celular toca, era o meu telefone, Damon tira do bolso de sua calça ela. Sim, ele tinha pego o meu celular.

– Damon o que você está fazen!... - Não deu tempo de implicar com Damon, ele acaba me interrompendo.

Ele atende, era o Stefan.

– Celular da Elena! - Ele diz e ainda continua:

– Não precisa se preocupar irmãozinho ela está segura, tchau! - Ele fala com sarcasmo e desliga o celular, parecia que ele tinha desligado na cara.

– Mas o que?! - Falei brava, franzindo de leve a testa.

– Elena está tudo bem, quantas vezes vou ter que dizer isso? - Ele respondeu dando um suspiro e continuou:

– Lembra do que eu disse? Um minuto, apenas um minuto. - Disse fazendo um sinal com a mão de tempo.

– Ok tudo bem.

Nós seguimos a viajem, acabamos parando em um bar, Damon queria rever uma ''amiga'', quando entramos estava até que cheio, era uma bar rústico e existia uma pratilera enorme que ocupava uma parede inteira cheia de bebidas.

– Aah! Olha quem veio! Gente, este foi o cara com quem eu me apaixonei, quebrou o meu coração e me fez sofrer, parabéns a esse cara! - Disse uma mulher negra, de traços fortes que aparentava ter uns 45 anos.

Eu não sabia se ela tinha sido hipnotizada por ele ou se falava sarcasticamente, o Damon era o tipo de cara que todas as meninas o desejava, era bonito, galanteador, moderno, forte e chamoso. Todas meninas caem na dele, ao contrário de mim.

Damon tinha contado a essa mulher quem era eu, e nesta conversa fiquei sabendo que ela era uma bruxa, já não estava muito surpresa porque como Bonnie era uma também eu imaginei que ela não fosse a única e que também existissem outra da linhagem dela.

Ela colocou sobre a mesa do bar duas doses de tequila e ficou por conta da casa. Nós acabamos competindo de quem bebia mais rápido, eu até que estava aguentando bem, e depois de algum tempo todos do lugar estavam olhando para nós.

Assim passou a tarde, até que em um momento que Damon estava distraido (ou bêbado demais), aproveitei sair para fora daquele lugar abafado para ligar pro Stefan, afinal eu não ia me deixar levar, passar a tarde com o irmão do meu namorado e nem ligar para o próprio namorado.

Quando abro a porta, em uma fração de segundo eu olho para frente e alguém me pega e minha visão fica completamente escura.

Quando abro o cenário que vejo é da silhueta de um homem um pouco longe mim e mais atrás um caixa d'água no alto de uma plataforma. Já era noite e o lugar era deserto, minha visão demorou um pouco para se acostumar com a fraca intensidade da luz que tinha lá, eu sabia que este homem era outro vampiro, e eu estava sem saída agora tudo que eu queria era que Stefan estivesse aqui para me tirar.

– O que você pretende fazer comigo? E quem você é? - Perguntei alto, eu estava com um pouco de medo na minha voz.

– Eu sou namorado de Lexi, melhor amiga do seu namorado, aliás era até Damon matá-la. Eu estou sofrendo por causa disso e faria de tudo para tê-la de volta, eu quero me vingar pelo que ele fez o único modo seria ou matá-lo ou matar alguém que ele goste. - Disse ele com uma voz meio rouca se aproximando de mim.

Eu fiquei parada por alguns instantes e ai me liguei que Damon gostava ou pelo menos se importava um pouco comigo, só não sabia o porquê.

De repente surge lá do fundo um pouco atrás da caixa d'água um homem de cabelos negros vestindo uma jaqueta de couro. Era Damon. Com sua rápidez em alguns segundos ele já tinha jogado o homem para alguns metros longe, mas não teve muito sucesso.

O cara levantou depressa como se não tivesse afetado ele, jogou Damon para bem longe dando um soco forte nele. Eu estava aflita e com medo ao mesmo tempo, a briga tinha continuado assim até que vi Damon com a cara toda machucada, sangrando e fraco, o cara estava segurando ele pelo colarinho, prestes a matar ele. Eu devia estar com a cara aflita e muito preocupada, por mais que eu não gostasse de Damon eu não o odiava. Mas não tinha nada que eu poderia fazer naquele momento, então fiz a única coisa que me restava.

– Espere! - Gritei.

Ele tinha se virado para mim com uma expressão séria e Damon nem parecia estar raciocinando mais direito.

– Por que você iria fazer isso? Quer dizer, eu entendo realmente entendo o que você está passando, não achar que consegue suportar a perda de uma pessoa que você amava.

– Não você realmente não entende. Eu tenho 400 anos a mais de experiência do que você eu só estou dando o que ele merece na verdade. - Falou o rapaz de cabelos castanhos com raiva em seu rosto.

– NÃO! Por favor não seje estúpido, se você fosse um pouco mais esperto não agiria dessa forma.

Parei por uns instantes e continuei:

– Não seje igual a ele, seje superior, a morte de uma pessoa fere muitas pessoas, e você matar ele não mudará em nada, olhe eu sei, Lexi te amava, de verdade acho que nem mesmo ela gostaria de ver você agir dessa forma, faça algo melhor que ele, matá-lo não aliviará sua dor e sim colocara mais culpa em si mesmo.

Eu estava muito preocupada, mas isso significava que estava preocupada com Damon, e também que se ele morresse, Stefan também iria sentir sua falta mesmo sendo o irmão odiado.

O homem tinha ficado com uma expressão sem reação e pensativo ao mesmo tempo, e Damon aproveitou este momento, ergueu suas forças e simplesmente com uma mão arrancou o coração do rapaz.

Eu fiquei um pouco chocada mas deveria ir me acostumando com isso, mesmo que o homem não merecesse.

Assim foi a noite, fomos embora de carro sem nos despedir da mulher do bar que Damon tanto queria falar e seguimos a estrada de volta para Mystic Falls.