Quando O Amor Acontece escrita por Giulia Cardoso


Capítulo 9
O Baile




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Fazia um mês que já tinha terminado com o Michael. E faltava uma semana para o baile. A escola inteira não parava de falar desse baile e com isso eu incluo minhas amigas. Essas então falavam desse baile 24 horas por dia. Mas eu estava totalmente sem vontade de ir a esse baile. Primeiro, eu queria evitar qualquer contato com Michael. Segundo, não tinha me recuperado do termino do namoro. Terceiro, não estava com clima nenhum para festa. E assim eu decidi não ir e também decidi não contar as minhas amigas que eu não ia. E chegou o dia desse “bendito” baile. Eu iria ficar em casa com meu pai assistindo alguma coisa que passasse na TV e comendo pizza, enquanto todos se divertiam no baile. “Perfeito” Pensei.  Meu pai já tinha ligado para pizzaria encomendado a minha pizza favorita e iria passar um filme de ação na TV. Eu já tinha me acomodado no sofá da sala. Até que meu celular começou a tocar era Gabi, eu tinha que atender.

~ Ligação mode on~

- ONDE É QUE VOCÊ ESTÁ?! ESTAMOS TE ESPERANDO A QUARENTA MINUTOS. –Gabi gritou no telefone.

-ÉÉ que eu decidi não ir mas... –Eu disse baixinho.

-Como é? E não ia nos contar?  Estamos indo aí AGORA! –Disse ela desligando do telefone

~ligação mode off~

 “Droga! Era só o que me faltava! “ Pensei. Quinze minutos depois a campainha começa a berrar. Eu já sabia quem era. Eram elas. Abri a porta e elas entraram quem nem um furacão e foram direto para o meu quarto. E quando chegaram lá começaram a me encher de pergunta. Todas elas estavam linda com seus vestidos e todas produzidas.

-O QUE DEU EM VOCÊ?? –Gritou Gabi muito zangada.

-Eu só não estou a fim de ir. Não to em clima para festa. –Eu disse me jogando na cama.

-Pode tirar esses moletons e começar a se arrumar nós não vamos sair daqui sem você. –Disse Laris me puxando para sair da cama.

- Amiga, é o seu baile de formatura, não deixa aquele garoto estragar! –Disse Bianca, tentando me animar;

-Olha meninas, eu já decidi ficar. E outra, mesmo que eu quisesse ir agora nem tem como. Eu não tenho um par, nem um vestido. E aonde vou arranjar um vestido a essa hora? –Eu disse desanimada.

-Toc Toc. –Minha mãe finjiu bater na porta do meu quarto que estava aberta- Olha querida, eu tenho um vestido guardado que foi daquele casamento que eu fui. E eu acho que ele cabe em você.

-Perfeito Tia, pode trazer por que é com ele mesmo que ela vai. – Disse Gabi mandando na minha mãe.

- Ok, já volto. –Minha mãe disse.

 As meninas me puxaram da cama e me colocaram dentro do chuveiro e praticamente me deram um banho. Meia hora depois eu já estava maquiada, e com um penteado muito bonito que Bianca fez (Ela aprendera o penteado lendo revistas de moda). E logo minha mãe trouxe o vestido. Era um vestido, longo tomara que caia muito bonito, mas tinha um problema: ele era vermelho. O tema do baile era preto e branco.

↓  (vestido) ↓

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- Há não. Vermelho chama muito atenção meninas! Acho melhor eu ficar em casa. –Eu disse sentando na cama.

- Nada disso, você vai com ele mesmo ninguém mandou você vender o seu outro vestido! – Gabi falou me levantando da cama enquanto Laris colocava a sandália em mim e Bianca as luvas pretas até o cotovelo.

- Sério que precisa de luvas? É só um Baile, gente! – Assim que falei isso elas me encararam.

- Só um baile não. O primeiro, único e ultimo baile de formatura querida.- Disse Laris me levantando.

-Prontinha! –Falou as três de frente para mim tampando o espelho a minha frente.

-Ei, da licença eu quero ver como que eu to! – Empurrei elas para poder me ver. Eu estava linda, e diferente. Eu até desconfiei se era eu mesma, as meninas fizeram milagre em mim. –Obrigado meninas e me desculpa por atrasar a suas vidas.

-Há que isso! Nós adoramos te vestir. –Brincou Gabi.

-Ta! Mas agora vamos! –Disse Bianca apontando para a porta da frente.

- Ok! – Eu disse pegando a minha bolsa de mão. Nós nos despedimos dos meus pais e pegamos o elevador para descer.

 Entramos na limusine e os acompanhantes das meninas estavam lá. Daniel, o par da Bianca. Samuel o par da Gabi e Thiago o par da Laris. E eu segurando vela. A viagem da minha casa até o baile não foi muito demorada. Todos saíram da limusine e aos poucos foram entrando. Eu estava nervosa, eu ia entrar sozinha, mas Gabi percebeu que eu estava nervosa então me deu a sua máscara. Eu a coloquei e me senti melhor. Afinal, eu estava irreconhecível ainda mais com a máscara ninguém ia saber que era eu que estava entrando sozinha. E que com certeza iria tropeçar e rolar a escada.

 Eu respirei fundo. E desci da limusine e foi para a entrada. Estavam todos lá. E quando eu digo todos é todos. Até Michael que eu não queria ver. Mas eu entrei e quando eu entrei as portas se fecharam atrás de mim. Acho que eu era a ultima a entrar. E quando eu entrei parecia que todos estavam com os olhos na minha direção, até olhei para trás para ver se tinha alguém atrás de mim. Olhei para minha roupa para ver se tinha algo de sujo ou rasgado. Mas não tinha. Desci as escadas lembrando de dar um passo de cada vez “esquerda, direita...” eu pensava, e quando reparei todos ainda me olhavam. As meninas estavam no final da escada quando me juntei a elas.

-O que tá acontecendo? O que tem de errado comigo? Há lembrei sou a única de VERMELHO! –Gritei baixo.

- Ei! Você ta linda amiga. Por isso que todos prestaram atenção em você. –Disse Gabi sorrindo.

-Mas eu queria ao contrário. Eu queria ser tipo... Invisível. –falei chateada.

-Mas amiga, ninguém sabe que você é você. Ninguém desconfia. Agora vai dançar, por que se você realmente não quer que descubram que você é você não vai querer ficar perto de nós. –Disse Bianca.

-É verdade. Mas eu não vou dançar. Vou pegar algo para beber e ficar no canto. –Eu disse indo em direção a mesa de bebidas. Peguei a bebida e fui para um canto. Todos estavam dançando na pista super empolgados e eu lá sozinha, “Tudo bem!” Pensei “Eu não caí da escada, as pessoas param de me olhar, agora é só ficar quietinha na minha e me tornarei invisível!”

 A festa ainda rolava, já tinham se passado mais de 1 hora que eu estava lá sozinha e minhas amigas estavam dançando com seus pares, então decidi ir pegar algo para beber. Eu estava me servindo quando senti alguém chegando por trás de mim. Era Michael. Ele estava totalmente bêbado, o que me surpreendeu porque ele nunca foi de beber.

- Ei gatinha, todo mundo ficou olhando pra você heim?! Sabe como entrar em uma festa. –Disse ele querendo me agarrar.

 Eu sabia que não podia falar se não ele descobriria quem eu era. Então dei um tapa na cara dele e saí correndo em direção oposta. E como eu era muito desastrada acabei esbarrando de cara com alguém e caí no chão.

-Aí!! –Eu gritei assim que caí no chão.

-Opa! Desculpa! –Ele disse, eu reconhecia essa voz de algum lugar mas não me lembrava na hora, porque ele estava com uma mascara tampando os seus olhos. Ele me levantou e disse. –Eu sou muito desastrado. –E sorriu. Ele tinha um sorriso lindo.

- Não... –Disse eu tentando disfarçar a voz. –Eu sou muito, muito atrapalhada. Estava correndo de um idiota que tentou... –Parei de falar.

- Tentou...? –Perguntou curioso.

-Tentou me agarrar. –Terminei com muita vergonha.

-Há! Esses idiotas! Não conseguem ver uma menina linda já querem cair matando. Quer beber algo? –Disse ele sorrindo.

-Pode ser. –E sorri para ele e fomos até a mesa de bebidas. Michael não estava mais lá. Assim tomamos a bebida e começamos a conversar. Eu ainda não sabia quem ele era, mas sentia que o conhecia de algum lugar. Todos dançavam muito. Eu queria dançar, mas tava muito bom o papo e só estava tocando musica chata. Então começou a tocar uma musica que eu adorava “Love, Sex, Magic” - do Justin Timberlake e Ciara.

-Nossa! Essa musica é muito boa. Quer dançar? –Ele me chamou já me puxando para o meio da pista. –Eu não aceito “Não” como resposta. –Sorriu e começamos a dançar. Ele era ótimo, sabia exatamente o que estava fazendo. Nossos corpos estavam totalmente em sintonia. Ele era quente, bem a musica era quente. Mas ele era muito bom naquilo. Quando percebi só estávamos nós dois na pista dançando todos tinham parado para nos ver. Se eu não estivesse dançando ficaria muito envergonhada. Mas quando eu dançava sentia que eu era outra pessoa e ninguém estava ali para me apontar o dedo e começar a julgar. E ainda mais naquela noite, ninguém sabia quem eu era. Quando percebi, eu não estava mais controlando meu corpo, eu simplesmente o seguia, o corpo dele me guiavam. A musica acabou todos aplaudiram eu sorri pra ele. E logo depois começou a tocar a musica  “Sway” na versão das  The Pussycat Dolls. Eu ia saindo da pista quando ele me puxou pelo braço me fazendo colar nele e começou a me conduzir. Ele era firme, sabia exatamente para onde queria me levar e eu ia. Quando percebi não estava mais em mim, não controlava meu corpo. Meu corpo estava seguindo seus passos. Eu e ele tínhamos uma bela sintonia. E quando eu mal esperava estávamos muito perto um do outro quando a ‘musica acabou. Ele me puxou para escaparmos da multidão que se formava e fomos para um lugar que estava mais vazio. Paramos e sentamos em uma espécie de fonte.

-Quem é você? –Perguntei assim que recuperei o fôlego.

-Não. Quem é VOCÊ? –Ele disse dando ênfase no “Você”.

-Olha, no três nós tiramos as máscaras. –Disse.

-Ok! –Concordou.

-1... 2... 3... –Tiramos as máscaras. Quando vi quem ele era não acreditei.

-VOCÊ? –Os dois disseram juntos. Ele não acreditava que era eu. E eu não acreditava que era ele. Só depois que caiu a fixa. Ele era o Nathan. O amigo do Michael, era meu amigo mas não tão amigo.

-Quem diria, heim?! Aquela menina, toda cheia de vergonha. Toda marrentona, dançando daquela forma no palco. Olha se eu não te conhecesse te daria um beijo. –Ele disse sorrindo.

-HAHA! Quem diria?! Olha você, aquele garoto, todo bobo e desajeitado. Nunca imaginaria que fosse você. –Eu disse rindo dele.

-Pois é, isso só mostra como achamos que conhecemos alguém. –Disse ele se aproximando de mim.

-É.  –Eu disse me levantando. –Bom foi ótimo dançar com você. Mas acho que vou embora, estou muito cansada. –Menti.

-Você mente muito mal. Vamos ficar aqui conversando. Prometo que não vou dar em cima de você, por mais que a tentação seja grande. –Disse ele colocando a mão no peito. Eu me sentei e começamos a conversar.  


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