Eu e Michael começamos a namorar. Ele era um fofo comigo, já íamos fazer 3 semanas de namoro, e eu tinha decidido que queria que meus pais o conhece-se. Eles já se conheciam mas como meu amigo e não como meu namorado. E eu não sabia muito bem como eles iriam reagir, afinal seria um choque pra eles. Mas eu já tinha 16 anos, e achava que eles não iriam se importar tanto. “Eles já namoraram, já foram adolescentes, eles vão entender que eu já não sou mais criança e vão concordar que eu namore em casa” Eu pensava. Mal eu sabia na confusão que isso ia dar.

- Michael, quero que você conheça meus pais. E quero que você peça a permissão deles para nós namorarmos. Tá?! –Disse eu fazendo biquinho.

- Nem pensar! Eu conheço seus pais já. Pra que isso. Não precisa querida. –Disse ele um pouco inseguro.

-Mas... mas meus pais são do tipo antigo. Principalmente meu pai. E eu não quero ficar namorando escondida. Ou você pede a permissão ou você pode me esquecer. –Disse eu irritada.

-Ei! Calma! –Disse. Ele respirou fundo e continuou. –Ta bom! Vou pedir a permissão. Pode ser nesse sábado?!

-Claro! –Disse eu sorrindo.

-O que eu não faço por você, heim?! –Disse ele e logo depois me deu um selinho.

 E sábado chegou. Eu estava muito nervosa. Quando acordei senti um pouco de arrependimento. Eu vi que o clima na minha casa não estava muito legal. Minha mãe me apoiou mais meu pai. Ele ficou de cara emburrada. Acho que ele também está nervoso. Liguei pro Michael pra saber onde ele estava, e pedi pra ele não se atrasar de jeito nenhum. Michael chegou e não se atrasou. Fomos todos se sentar, meu pai foi muito simpático com ele e tranquilo, minha mãe também tudo estava indo bem até que:

- Então... é Michael né?! –Perguntou meu pai. Michael simplesmente assentiu. –Que faculdade você vai fazer?

- Pai! Estamos só no primeiro ano?! –O repreendi.

-Sim querida, mas você já sabe o que quer da sua vida. Só quero saber se ele não é mais um desses garotos que não estão nem aí pra nada e que já tem um planejamento pro futuro. –Disse meu pai me encarando.

-Pode deixar querida. –Disse Michael, me acalmando. Então respondeu meu pai. –Sim senhor, eu já sei o que vou ser. Eu pretendo me formar, e trabalhar logo que terminar a escola. Vou ser advogado. Ou juiz quem sabe.

- Hó que bom querido. Isso mesmo, estuda pra conseguir um bom emprego. –Disse minha mãe sorrindo, simpaticamente. 

  Então o resto do almoço foi muito bom. Meu pai aceitou que nós namorássemos. Minha mãe adorou ele. E meu pai também gostou. Afinal quem não gostaria, ele era tão fofo, educado e lindo.

 Depois disso ficou bem e tranquilo. Eu estava namorando com alguém maravilhoso, meus pais apoiavam o nosso namoro. Eu estava feliz e muito confiante. Uma confiança que eu jamais achei que teria. Eu confiava mais em mim, e a cada dia confiava mais nele.

 Um ano se passou. Estava próximo o nosso aniversário de namoro. Ele me chamou para sair em algum lugar, que ele não queria me contar de jeito nenhum, ele queria fazer surpresa. Chegou o dia, eu não sabia o que vestir. Não tinha nada que eu pudesse usar, eu nem sabia aonde eu ia. Então decidi usar uma blusa branca e uma saia preta de cruz (Eu não gostava de usar saia mas decidi mudar um pouco), com uma jaqueta preta de couro e um salto fechado.

   ↓ (roupa) ↓

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 Ele me mandou uma sms mandando eu descer que ele estava me esperando lá em baixo. Me despedi dos meus pais e desci. Quando cheguei lá, não o achei. Fiquei procurando, e procurando e nada. Então eu ouço ele chamar meu nome e me virei e lá estava ele muito lindo. Ele estava com uma calça jeans preta, uma blusa branca e uma jaqueta jeans preta e sapatenis. Seu cabelo estava do jeito que eu gostava, estilo “não to nem aí pro meu cabelo”. E seu olhos estavam fixados em mim.

-Oi amor. –Eu disse mas ele estava parado como se não soubesse quem eu era. – Ei, que cara é essa?

- Amor...?! – Ele disse pasmo como se tivesse visto um fantasma. Me aproximei dele e dei um tapa no ombro dele e que logo reagiu alisando aonde eu tinha batido –Ai!

-Ué, você fica aí igual um maluco olhando pra mim como se tivesse visto um fantasma. Será que eu to tão estranha assim pra ter te assustado?! –Perguntei já começando a ficar insegura do que estava vestindo. –Olha se você esperar mais um pouquinho eu vou trocar de roup...

-Não! Não precisa. É que eu não te reconheci. Você está mais alta. Mais linda. Ta perfeita. Ta diferente. Ta usando saia! Acho que nunca te vi usando saia! Quase não te vejo direito, você fica se cobrindo com suas calças jeans e seus moletons. Eu até me esqueço a linda e perfeita namorada que tenho. –Disse ele sorrindo.

 Eu sorri e lhe dei um beijo que ele logo retribuiu. Foi quente e demorado.

- Então vamos?! – Disse interrompendo o beijo e limpando a boca dele de batom. –Estou mega curiosa pra saber onde nós vamos.

- Aé. Já ia me esquecendo... –Ele tirou um lenço vermelho do bolso e vendou meu olhos. –Prontinho! Vamos?

- Mas o que?! Eu vou assim?! Totalmente sem saber pra onde ir? –Disse com medo.

- Confia em mim você vai gostar. Vamos! –Disse ele me puxando.

 Esperamos um pouco e entramos em um carro. Provavelmente era um taxi. Logo depois saímos eu não fazia ideia para onde ele estava me levando. Umas meia hora depois ele tirou a venda. Minha visão estava embaçada eu não consegui ver direito onde eu estava, mas depois de piscar algumas vezes consegui ver. Era tão lindo. Um piquenique a noite e a luz de velas. Bem, eu não sabia onde estava. Mas depois eu descobri. Mas estava tudo tão lindo.

-Feliz aniversário de um ano... –Disse me entregando uma pulseira linda, que tinha dois corações escrito “Para sempre juntos”. Ele sorriu e disse. –Então o que achou?!

- É tão lindo... É perfeito! – Eu sorri e lhe dei um abraço bem forte.

-vamos comer? Estou cheio de fome. –Ele disse sorrindo e apontando para uma cesta que estava do lado de duas taças e as velas. –Então senhorita, o que deseja comer?

- Um o que temos para essa noite. –Eu disse sentando ao seu lado.

 Ele abriu a cesta e tirou uma pizza de dentro da cesta e um pote com morangos com chocolate e uma garrafa, que parecia ser de vinho.

- Você é louco? Eu não bebo. E você também não. –Eu disse tirando a garrafa da mão dele.

-Calma querida! – Ele disse. –É suco de uva. –Ele pegou a garrafa da minha mão e colocou na taça.

-Ata! –Disse eu sorrindo envergonhada.

 Ele me serviu, nós comemos e começamos a conversar coisas aleatórias.

-Ei, eu... –ele respirou fundo e continuou. –Eu te amo. Eu sou totalmente doido por você, minha louquinha. -E me beijou.

-Eu também sou louca por você. Totalmente louca por você. – Sorri e retribui o beijo.

  E voltamos a conversar. Então eu percebi que estava tarde e estava na hora de irmos.

-Vamos, está ficando tarde. E meu pai não gosta que eu chegue tarde. -Eu disse sonolenta.

- Há vamos ficar mais um pouco. Por favor, que tal irmos lá pra casa. –Ele disse sorrindo me olhando com um olhar suspeito.

- Eu sei que seus pais não estão em casa. –Disse grossa. –E eu não vou pra sua casa, sozinha com você. E você sabe que meu pai gosta que respeite o horário dele. E ele odeia quando eu durmo fora. Então nem vem insinuando nada. E vamos. –Comecei a puxa-lo pelo braço mais ele era bem mais forte que eu, ele acabou me puxando para cima dele. Eu acabei caindo. Bati  no ombro dele que me beijou. E ficamos lá deitados nos beijando por um bom tempo até que eu levantei de disse. –Temos que ir e A-G-O-R-A. –Disse pausadamente. Ele levantou rapidamente, percebeu que eu falava sério.

-Ok. Vou ligar para o táxi. –Ele ligou. O táxi chegou em 5 minutos. E 10 minutos depois eu cheguei em casa. Minha mãe e meu pai estavam  no seu quarto vendo TV. Eu os avisei que havia chega e fui para o meu quarto me joguei na cama e fiquei olhando para minha pulseira. Então levantei fui tomar um banho. Depois do banho tomado, eu me deitei com meu pijama de panda peguei meu celular e o fone apertei play e tocou a musica “Silver Lining (Crazy 'Bout You)” da Jessie J. E eu me lembrei daquela noite:

Diga que sou louca

Em um mundo quando ninguém, ninguém entende

É bom finalmente encontrar alguém, alguém que possa

Você me conhece, melhor do que conheço a mim mesma

Não me importo com o que dizem,

Não me importo com o que este mundo acha

Temos um ao outro, isso é tudo de que precisamos

E você me mostra

Não preciso de mais nada

Diga que sou louca

Diga que sou uma tola

Diga que sou louca

Talvez seja verdade

Mas sou louca por você.

[...]

  E quanto mais ouvia a musica mais lembrava das coisas boas que passei com ele nesse 1 ano. Foi muito bom, ele me fez muito bem. Todas as maluquices que fizemos juntos, todas as risadas que demos juntos. Todos os abraços e os beijos. Tudo foi muito bom. E me perdi nos meus pensamento e na musica e acabei dormindo. Mais dormi de uma forma diferente. Eu dormi muito feliz, dormi querendo reviver tudo de novo. Dormi querendo que amanhã fosse hoje de novo.