O Senhor dos Anéis: o Senhor do Fogo escrita por ririneu


Capítulo 4
Wargs


Notas iniciais do capítulo

Escrevi este capítulo como um brinde para os que estão gostando.



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  Nas Montanhas geladas do Norte, diversas pegadas cobriam o chão coberto de neve. As pegadas eram dos anões que haviam saído de Minas Mória, antigo lar de Balrog e dos goblins, para caçar. O inverno fora rigoroso, mesmo nos padrões dos anões, o que tornara a caça estéril, e a comida, rara. Uma expedição foi mandada por Dain, agora o Rei dos anões de Mória, para procurar comida mais ao Norte. Muitos dos anões que ali estavam gostariam de estar nos quentes e confortáveis salões de Mória, mas isso não era possível.

 Alguns eram voluntários, mas poucos eram os que estavam ali por vontade. Embora Dain não fosse nenhum tirano, mas um bom Rei, havia sido obrigado a mandar a expedição. Eram em torno de dez anões, todos armados com um arco e uma pequena adaga de caça. Os pequenos capuzes lhes cobriam parcialmente o rosto, suas armaduras de mithiril estavam cobertas por peles de alces, e suas botas eram inteiramente de peles marrons com um pouco de veludo para esquentar. Suas longas barbas, que lhes caiam até os pés, estavam cobertas por um manto níveo.

 Caminhavam todos juntos para produzirem calor mutuo, o que diminuía um pouco a sua velocidade. Estavam todos quase congelados. Haviam deixado Mória já fazia seis dias, e nesse tempo, haviam feito vários acampamentos, mas quase sem conseguir fazer fogo, visto que havia uma grande nevasca há três dias. Um deles, um anão um pouco mais alto que os da sua espécie, com uma barba marrom, com olhos da cor da terra e um falcão no braço, de repente avistou um ponto negro perto perto de uma árvore, com longos cornos marrons. Apontou na sua direção e os outros anões olharam esperançosos e viram um alce robusto e forte que, ao velos, começou a correr para dentro da pequena floresta.

 Os anões o seguiram com um grande entusiasmo, e começaram a mover-se com uma velocidade anormal, considerando suas pequeninas pernas. O seu líder, Marum, o anão com olhos marrons, pegou o pequeno arco das costas, e os outros seguiram seu exemplo, o alce estava numa clareira, olhando tudo a sua volto com olhos que expressavam grande medo. - Agora ele é nosso - disse Marum mandando o falcão que estava no seu braço pousado a frente, para interceptar a presa.

 De repente, uma grande sombra negra, coberta por neve, saltou em cima do alce, deixando os anões paralisados no meio do caminho, com as flechas já prontas para serem disparadas. Um uivo alto e assustador percorreu as montanhas, sendo seguido por outros. Os anões estavam cercados por uma matilha de lobos. Todos os anões prepararam-se para lutar. A sombra do lobo que havia pulado em cima do alce começou a aproximar-se, e quando ela passou por um pequeno raio de luz, deixou os anões mais brancos que a neve que os cobria.

 Um warg peludo e de pele negra estava a olhá-los, com uma grande cicatriz que cobria seu olho esquerdo. Mais um warg apareceu ao lado do preto, sendo desta vez marrom, sendo seguido por outro, e outro... Antes que qualquer anão pudesse dizer algo, estavam cercados por dezenas de wargs; não havia escapatória.

 Uma flecha foi disparada do arco de Marum, sendo seguida por mais nove. Os anões haviam feito um circulo em volta de seu líder. Marum sabia que nada podia ser feito, assim como seus companheiros. Tirou apressadamente um pedaço de papel da mochila, de onde tirou também uma pena, e começou a escrever. Os wargs saltaram em cima deles.

 Um warg mordeu um anão na perna, e outro saltou junto, mas caiu do meio do caminho com uma flecha em seu ventre. Outro warg salto, abocanhando a mão de um anão, que gritou de dor e tirou do cinto uma faca que cravou na cabeça do warg, mas mesmo assim este não soltou. Um anão caiu, e logo seu corpo começou a ser arrastado para o sinistro circulo de wargs. Mais wargs saltaram, sendo seguidos por outros, e igualmente seguido por duas flechas, pois havia ainda dois anões que tinham distância suficiente para usar o arco. Mais dois anões caíram.

 Marum escrevia desesperadamente uma mensagem para Dain. O falcão pousou no seu braço, dando estridentes gritos, na esperança de poder ajudar seu mestre. A mensagem terminou de ser escrita. Marum sabia que já estavam perdidos. Afagou calmamente o seu amigo e companheiro, colocando a mensagem no pé do falcão, amarrada a um nó. Mais dois anões caíram. A ave relutava em ficar, mas acabou deixando o braço, e voou tristemente sobre o céu.

 Um sorriso quase sarcástico saiu da boca de Marum. "Nunca pensei que terminaria assim..." pensou consigo, antes de tirar duas pequenas adagas de seu bolso. Mais dois anões caíram. Um anão foi abocanhado na cabeça, tombando em seguida. O último caiu, deixando Marum sozinho. O circulo faminto de wargs parou de repente, apreciando o funesto espetáculo com grande deleite. Marum não perdeu tempo. Pegou dois frascos que havia em seu bolso, bebendo seu conteúdo e colocando um pouco em suas adagas. O warg preto aproximou-se,  entrando no circulo.

 Marum arremessou uma adaga, mas o ágil warg negro esquivou-se, causando apenas um leve ferimento. O warg avançou com a boca escancarada, que paracia ser sorriso. Suas garras rasgaram o ventre de Marum, mas este foi salvo do pior, graças a sua couraça. Num movimento com a mão, Marum atirou sua adaga, mas o warg saltou, esquivando-se. Aproveitando o impulso do pulo, foi para frente, abocanhando o braço do anão, o que originou uivos de exaltação pela parte dos wargs, e um grito de dor pela parte de Marum. O ferimento era fatal, e o sangue escorria abundantemente de seu braço. Com um derradeiro esforço, levou a adaga restante, que por sorte estava na sua mão boa, para cima, fazendo-a cair com ímpeto, o warg negro soltou o braço, esquivando-se.

 O anão caiu de joelhos enquanto o warg chefe virava suas costas ao adversário, indo em direção a seus companheiros. Antes de cair no chão, vomitando sangue, Marum sorriu, caindo no chão, ao lado de seus companheiros. O líquido vital escorria abundantemente por seu braço, até que a vida sua esvaiu. Havia cumprido sua missão. O seu corpo estava repleto de veneno, e os wargs o comeriam, mas muitos morreriam juntamente. Quanto ao warg líder, ficaria com um eterno ferimento nas suas costas, graças ao mortal veneno embutido na adaga.


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