O Senhor dos Anéis: o Senhor do Fogo escrita por ririneu


Capítulo 2
O Sonho




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 Aragorn caminhava altivamente pelos corredores da grande cidade de Minas-Tirith, caminhando com passos largos, envergando um manto branco, característico dos Reis de Minas-Tirith, usando uma coroa com uma pedra branca no centro da coroa, com um desenho esculpido nela mostrando a Árvore Branca, usando num cinto cravejado de pedras preciosas Anduril, a Espada dos Reis. Enquanto caminhava pelos antes sombrios e frios corredores de pedra, pensava em como sua vida havia mudado desde que conhecera o hobbit Frodo, do qual guardava profunda amizade e respeito, lembrava de como era sua vida antes disso; era antes apenas um guardião, considerado por todos como um "ladrão" ou algo parecido. Desde a grande guerra nos Portões Negros, agora era o Rei da antes decadente cidade de Minas-Tirith, agora próspera.

 Muito tempo havia-se passado, e nesse tempo grandes coisas haviam sido feitas, entre elas a reconstrução de Minas-Ithil, antes dominada pelos maléficos seres do Senhor das Sombras. Agora muitas pessoas, de Rohan e de outras cidades, como Esgaroth, rumavam para a Torre da Guarda, em busca de refúgio e para começar uma nova vida.

 O Rei de Gondor havia conseguido, entre muitas outras coisas, uma Aliança com os Elfos e Anões, e havia conseguido reforçar a Aliança entre Rohan. Muitos dos Primogênitos ainda permaneciam na terra, e começavam a aumentar de quantidade, ao invés de diminuírem, como fora antes da Sombra ter reaparecido.

 Aragorn não estava, nessa manhã, indo apenas administrar a cidade. A muitas luas havia tido um sonho, tal como Boromir e Faramir uma vez, mas um pouco diferente. Sonhava quase todas as noites, que uma sombra avançava cautelosamente sobre as antes devastadas montanhas de Mordor. Uma voz profunda e sombria cantava uma canção fúnebre nos seus sonhos, e logo após era seguida por uma risada maléfica, parecida com um uivo. A canção era parecida com essa:

 

 Uma nova Sombra virá,

 Do fogo ela se reerguerá,

 Nas Fendas da Perdição,

 O Anel escapou da Destruição.

 

 Com exércitos negros ele marchará,

 Com uma força que a todos dominará,

 Homens, Elfos e Anões,

 Nenhum escapará,

 A Terra-Média ele conquistará.

 

 

 A mensagem era clara o bastante para o descendente de Isildor ignora-lá, mas mesmo assim, sentia que devia pedir ajuda e conselho de Elrond. Boromir havia sido um dos melhores e mais velozes homens da Terra-Média, e mesmo assim demorara mais de cento e quinze dias para chegar até a Última Casa Amiga (conhecida também como Valfenda), e nesse tempo, coisas demais poderiam acontecer. O Rei chamou um jovem, agora já não tão jovem como nos tempos antes da guerra, mas mesmo assim o melhor batedor que Aragorn poderia encontrar.

 O jovem tinha uma espada larga, feita para ser empunhada nas duas mãos, tinha cabelos castanhos, e olhos negros e profundos. Na bainha tinha uma pequena espada, um escudo nas costas, e ainda um arco, junto com o escudo. Tinha um capacete prateado, e usava uma armadura com o símbolo de Minas-Tirith: uma árvore prateada, com um fundo um pouco negro, misturado com castanho.

 -Preciso de um favor seu, meu leal amigo - disse Aragorn, num tom calmo.

 -Tudo que meu rei precisar, - respondeu Faramir.

 -Preciso que vá a Valfenda, sem levantar suspeitas, e de isto para Elrond - disse entregando uma carta - Você pode abri-la e ler o que nela está escrito, mas não aqui. Começo a desconfiar de muitas coisas que estão acontecendo.

 Sem contestar as ordens do rei de Gondor, Faramir pegou a carta na mão, guardando ela numa parte qualquer de sua armadura prateada. O jovem retirou-se pouco depois, deixando o Rei sozinho ao lado da Árvore Branca. "Espero que não seja tarde demais" pensou ainda o Rei, antes de retirar-se para os aposentos e preparar-se para administrar a Torre da Guarda. 


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