Até Parece Conto De Fadas escrita por broken angel


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Hey hey hey mais cedo dessa vez. Um novo capítulo em duas semanas we, agora fiquei feliz. Segunda semana de faculdade, mas eu consegui fazer esse capítulo. Aproveitem. E esse capítulo é dedicado à Sweet Harmony PORQUE ELA FEZ UMA RECOMENDAÇÃO LINDA DE MORRER s2



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Ally acordou no dia seguinte. Seu travesseiro estava encharcado das lágrimas da noite passada. Seu coração estava doendo, e também sua cabeça. Sentou-se na sua cama e olhou para a janela. Uma pequena fresta de luz passava pelo espaço entre as duas cortinas. Levantou-se e foi até a janela, para abri-la. O sol ainda estava nascendo, então presumiu ser ainda seis e meia.

Ela só acordava sete horas, sua aula começava às oito. Decidiu não ficar na cama mais e foi para o banheiro. Vinte minutos depois já tinha tomado banho e escovado os dentes, mas ainda estava com sua camisola. Já que ninguém acordava antes das sete ela desceu para a cozinha, para preparar algo pra comer.

Não estava com muita vontade de fazer ovos mexidos, nem panquecas, então pegou o cereal e o leite, e colocou ambos numa tigelinha. Sentou-se a mesa e começou a comer. Até aquele momento não pensou em Austin. Estava ocupada fazendo suas coisas que nem precisou pensar nele. Mas agora, sentada sozinha, comendo cereal, não havia algo que requeria sua atenção.

Não sabia agora como iria ser sua vida. Mesmo tendo contado tudo para Austin eles ainda não estavam conversando. Estavam mais bravos um com o outro, e não tinha o que fazer. Somente com o tempo se resolveriam. Talvez. Respirou fundo, contendo uma lágrima bem a tempo de ouvir passos na escada. Olhou para a porta e viu uma cabeleira loira olhando para seus tênis. Era Austin.

Ele levantou os olhos e os olhos de ambos se encontraram. Ele parou, sem piscar. Cinco segundos depois desviou os olhos e foi para o armário pegar o cereal, e depois para a geladeira, pegar o leite. Sentou-se a mesa com a tigela na sua frente e começou a comer, somente olhando para seu cereal boiando no leite.

Ele não dormir sequer um minuto. Não cochilou. Só ficou olhando para cima, com os braços atrás de sua cabeça, pensando no que tinha acontecido. Algumas lágrimas rolaram de seus olhos para o travesseiro, mas ele as secou rapidamente. Quando levantou hoje seus olhos não estavam vermelhos, e nem estava com olheiras.

Ambos comiam em silêncio, só ouvia-os mastigarem o cereal. Começou a ficar difícil respirar na cozinha, para os dois. Tentaram comer um mais rápido que o outro para sair logo dali, mas Ally acabou primeiro. Levantou-se, colocou a tigela na louça, mas nem a lavou, iria demorar demais. Saiu andando apressada.

Austin olhou em tempo de ver que ela estava com a camisola que ele adorava. Era rosa, e de cetim. Pouco apertada em cima, e solta da cintura para baixo. Batia na metade da coxa da garota. Suspirou, fechando os olhos. Colocou os dois cotovelos na mesa e passou as mãos pelo rosto e pelos cabelos repetidas vezes.

Essa garota só conseguia deixá-lo louco, mesmo estando bravo com ela. O amor que sentia por ela era mais forte que qualquer coisa. Durante a noite ele pensou inúmeras vezes se deveria deixar tudo de lado e ir no quarto dela se desculpar por tudo que acontecera, mas não fez. O orgulho masculino era mais forte. E era ridículo. Não queria deixá-la. Não queria que outro entrasse em seu lugar. E não iria.

Se levantou rapidamente, saiu da cozinha e subiu as escadas. Foi para frente do quarto da garota, e hesitou. Levantou o punho, mas não bateu. Ficou encarando a porta, com o punho levantado. Abaixou-o suspirando, e se virou, indo para as escadas. Mas a porta se abrira nas suas costas, e ele se virou na hora.

Ally o olhava já pronta para a escola e com a mochila nas costas. Ficaram se encarando, pela segunda vez, em menos de dez minutos, mas ninguém disse nenhuma palavra. Faltou coragem para Austin dizer algo. E ela, mesmo querendo ele para si, ainda estava brava. Quebrou o contato visual e desceu as escadas, para depois sair e ir pra escola. Austin suspirou, passando mais uma vez as mãos no rosto, e grunhindo. Voltou para a cozinha para terminar seu café da manhã.

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Ally mandou uma mensagem para Trish dizendo que estava na biblioteca da escola, e para encontrá-la lá. Enquanto esperava a amiga pegou seus cadernos e começou a fazer os deveres de casa atrasados. Eram muitos porque depois que brigara com Austin não ficava mais com vontade de fazer nada. E eles sempre estudavam juntos. Então ela se lembrava dele. Mas estando na biblioteca ela iria conseguir fazer. Não tinha muitas pessoas. Somente mais dois garotinhos mais novos que ela.

Demorou meio hora para Trish chegar lá, mesmo sua casa sendo cinco minutos perto.

– Você pode me dizer por que me acordou sete horas da madrugada pra vir na biblioteca? – ela disse assim que entrou na biblioteca, e recebeu uma advertência da bibliotecária. Sentou-se na mesa que a amiga estava. – Que foi que aconteceu?

– Bom dia Trish – Ally olhou, sorrindo para a amiga.

– Não tem nada de bom – disse com mau humor. Ally sabia que Trish não gostava de acordar antes das dez pras oito.

– Você falou com o Austin? Por isso sumiram os dois ontem o dia inteiro? – Ally, que ainda estava sorrindo, parou, e fez uma cara triste.

– A gente conversou. Mas brigamos de novo.

– Vocês o que? – ela disse um pouco alto, recebendo outra advertência da bibliotecária.

– Nós discutimos porque ele não entendeu o porquê de eu ter feito o que fiz. – ela deu de ombros.

– Eu vou matar esse Austin Moon. Como ele pode fazer isso. Todos já fizemos burradas na vida, mesmo que a sua tenha sido a pior de todas, quase te desmoralizou, quase te fez ser uma puta, quase fez você perder seu pai e seus amigos, mas você se arrependeu.

– Obrigada Trish, me consolou muito. – Ally disse com ironia.

– O que quero dizer Ally é que como seu amigo ele deve entender.

– Eu disse isso pra ele. Disse que ele não pode me julgar. Ai ele disse que eu fiquei brava sobre ele e a Kira, mas uma coisa não tem nada a ver com a outra.

– Bom, ambos fizeram burradas.

– Mas a dele não tem nada a ver com a minha. – disse um pouco brava.

– Eu sei Ally, mas ele ainda está chateado de você ter escondido isso por tanto tempo.

– Eu também estou chateada por ele ter beijado a Kira. Ele sabe que nós duas não nos suportamos.

– Mas você sabe que ela parece pulga. Não sai do pé dele. Na festa ele corria dela.

– Vai defender ele? – Ally arqueou uma sobrancelha.

– Não. Quero que vocês se entendam. Larga desse orgulho idiota e vai falar com ele. Diz que não se importa se aconteceu aquilo com a Kira, você ainda o quer como amigo. Ou algo mais – Trish disse maliciosa.

– Como algo mais sendo que mesmo não tendo nada com ele a gente briga feito cão e gato? E ele não quer mais saber de mim. Ele me repudia pelo que fiz – disse brava.

– Vou dar um jeito nisso – ela disse sorridente e se levantou. Perto da porta gritou sobre o ombro – Te vejo na aula.

– Pelo amor de Deus, isso aqui é uma biblioteca – a bibliotecária disse brava, olhando para a porta. Trish fingiu não ouvir e Ally sorriu.

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– Dez! Dez! DEZ! – Trish gritou, andando atrás do garoto. Ele se virou rapidamente, com cara de medo.

– O que eu fiz dessa vez? – colocou as mãos na frente de seu rosto.

– Não fez nada, babaca. Mas vai fazer.

– Sabia que esse dia chegaria – disse dramaticamente.

– Que? – ela disse sem entender nada.

– Eu não vou dirigir enquanto você rouba a loja de doces Trish – ele disse olhando para a garota.

– Roubar o quê? Tá louco menino? – ela deu um soco no braço de Dez, que recuou dois passos. – Eu quero que fale com Austin para ele largar de ser um orgulhoso idiota e ir falar com a Ally. Falar que a desculpa de ter escondido seu passado dele.

– Não vai adiantar.

– Se você insistir vai.

– Ele não me ouve.

– Claro que ouve. Você é o melhor amigo dele.

– Awn, você acha? – ele juntou as mãos, de um jeito sonhador.

– Foco, seu idiota – deu outro soco no braço dele.

– Dá pra parar de me bater? – disse bravo.

– Se você não desviasse do assunto.

– Sabe, nem sempre a melhor opção é a violência.

– Você não presta atenção no que eu falo.

– Claro que presto, só estou continuando o assunto.

– Não, você nunca está no assunto.

– Claro que estou.

– Não, você não está. O assunto era... – ela parou. – Qual era o assunto mesmo?

– Viu. Você que não fica no assunto. – disse convencido, cruzando os braços.

– Ah é? E você sabe qual é? – ela ergueu uma sobrancelha.

– É... Sobre... Ah esquece – ele descruzou os braços, bravo. – Olha o Austin ali – ele apontou e acenou para o garoto.

– Isso! Austin. Vai falar com ele.

– Sobre o quê? – Dez olhou para ela sem entender nada.

– Ai meu Deus, você é muito idiota Dez. – disse brava – Sobre a Ally, vai falar sobre a Ally – o empurrou, para perto do amigo e saiu de lá.

– E ai cara? – Austin cumprimentou o amigo. – Por que a Trish saiu quando eu cheguei?

– Porque eu preciso falar com você, e ela nos deixou a sós.

– Conversar? Sobre?

– Ally.

– Não quero falar dela – ele suspirou e começou a andar.

– Mas eu quero – Dez o fez parar. – Por que não para de ser orgulhoso? Vai falar com ela.

– E já falei com ela ontem.

– E?

– A gente discutiu.

– Por quê?

– Porque ela é irritante e jogou na minha cara sobre a Kira.

– E o que você disse?

– Eu disse da história do passado dela.

– Então os dois estão errados. Ela te contou a história?

– Contou.

– E mesmo assim não a perdoou? – Dez ergueu os olhos.

– É muito complicado.

– Mas você não está aqui pra dizer se é complicado ou não. É pra entender a Ally.

– Quero ver se fosse você no meu lugar.

– Lembra que eu gostei dela já? Era nessa época Austin. Eu fiquei muito bravo com ela. Mas no fim esqueci de tudo. A Trish também esqueceu. E ela foi a mais atingida. Ally trocou ela, não confiava mais, não se falavam mais, e discutiram. Mas no fim ela perdoou a Ally. E tudo ficou bem. Você pode perdoá-la se quiser.

– Não é tão fácil assim Dez – ele começara a ficar bravo.

– É sim. Só esquecer do seu orgulho.

– Mas e se toda hora que eu estiver com ela lembrar dessa história?

– Só se concentrar na pessoa que está na sua frente, porque ela não é nada igual àquela dessa história. Pensa nisso. – Dez deu um tapa fraco no ombro do amigo e saiu.

Dez estava certo. Ally mudou. Ele conheceu a Ally nova, a Ally meiga, que se importa com todos e sempre quer ajudar. Pra quê ele iria ficar se lembrando da Ally antiga que fazia várias burradas, uma seguida da outra, somente pra chamar a atenção de seus pais? Se ela era agora assim não tinha o porquê de se lembrar da antiga. Era somente, como Dez disse, olhar para a pessoa na sua frente pra ele não se lembrar mais da antiga.

Estava decidido. Quando a ver irá conversar com ela. Fazer as pazes. Eles ficaram muito tempo sem se falar. Era quase um mês com brigas, discussões, lágrimas. Iria acabar com isso. Eles iriam voltar a ser como eram antes. Não iriam mais ficar um longe do outro. E com isso poderiam até ter algo mais sério. Ambos sabiam que se gostavam. Era somente questão de tempo para ficarem juntos.

Até a hora de ir embora da escola Austin não tinha visto Ally, e já estava preocupado. Fora atrás de Trish, perguntar da amiga.

– Ela foi embora. Não queria assistir a última aula e foi pra casa. Por quê? – Trish olhou-o com interesse.

– Eu quero falar com ela.

– Finalmente – ela disse alegre, batendo palmas. – Então Dez conseguiu convencê-lo? Me lembra de dar uma bala pro ruivo.

– Uau, você mudou nesse fim de semana – Austin riu.

– Eu só quero ver vocês dois juntos de novo.

– Você verá – ele sorriu e saiu da escola. Andou rápido até a Sonic Boom. Quando chegou lá só viu o Sr. Dawnson. – Onde está a Ally?

– Deve estar no quarto dela. Por quê? – perguntou com interesse.

– Eu precisava falar com ela.

– Mas vocês não estão mais se falando. Ou voltaram a se falar?

– Vamos voltar agora – ele disse sorrindo para o homem.

– Olha, filho, eu sei que é ruim ficar longe da Ally. Eu já passei por isso. – disse sério, olhando bem no fundo dos olhos do garoto. – Mas nesses dias que vocês estavam separados ela estava muito triste, cabisbaixa. Seus olhos sempre estavam vermelhos e inchados. E ela não fazia mais nenhum trabalho escolar. Não sei se foi por causa disso, mas não quero que isso aconteça de novo.

– Não vai Sr. Lester. Eu prometo.

– Você prometera antes cuidar dela.

– E é isso o que estou fazendo. Não se preocupe. Eu vou cuidar dela. Como eu prometi – sorriu, tentando passar segurança. O Sr. Dawson assentiu, com certa relutância. Então Austin subiu as escadas e foi direto para a porta da garota. Bateu duas vezes.

Entra – ele ouviu lá de dentro. Respirou fundo e abriu a porta. A garota estava deitada na cama. O olhou surpresa, e se sentou, quando ele fechou a porta.

– Eu queria falar com você Ally – ele disse, se virando para ela e passando uma mão na outra.

– Fala – ela disse. – Se quiser sentar – ela indicou a cama.

– Eu... Queria... Nós... – ele começava, mas logo parava. Olhava para a garota, mas desviava. Respirou fundo várias vezes antes de voltar a falar. – Eu quero falar com você.

– Você já disse isso – ela disse sorriu, encorajando-o.

– Ally...

– Sim.

– Eu... Eu queria me desculpar pela discussão de ontem, pelo que disse ontem. Eu não deveria te julgar, eu sei, mas eu estava tão bravo que não medi minhas palavras. E depois de tanto tempo sem nos falarmos eu joguei tudo na sua cara. Você não merecia minha ira. Eu estava muito chateado por você ter escondido esse segredo por tanto tempo, mesmo nós termos tanto tempo juntos, sozinhos. – ele disse rápido, parecendo uma, metralhadora. Olhava bem nos olhos marrons da garota. Ela sorriu, e um frio na sua barriga começou a consumi-lo.

– Você não precisa se desculpar. Se tem alguém pra se desculpar aqui, sou eu – ela disse, e ele discordou. – Não, Austin, sou eu sim. Eu não deveria ter te escondido nada, você é meu amigo. E eu realmente não deveria ter tocado no assunto Kira. Eu também estava brava. Queria que você me entendesse. – ela suspirou, e sorriu de lado. Pegou nas duas mãos dele e apertou-as. Ele sorriu também, se aproximando mais dela. Soltou suas mãos nas delas e vou para a cintura da garota. Puxou-a mais para ele e enterrou seu rosto no cabelo da mesma. Ela passou os braços nas costas de Austin, apertando-o e colocando o rosto em seu pescoço. – Não vamos brigar nunca mais – sua voz saiu abafada.

– Nunca mais – ele concordou, apertando mais a cintura da garota.

– Eu te amo Austin – ela disse, e sorriu, fechando os olhos.

– Eu também te amo Ally – ele fez o mesmo. Ficaram por muitos segundos naquela posição, um passando a mão nas costas do outro, fazendo carinho, sentindo o calor do outro. Aquele momento era o mais feliz de ambos. Não queria acabar com ele. Mas por fim se separaram e ficaram com os rostos muito próximos.

Ally subiu as mãos pelo tórax dele até chegar em seu rosto, onde começou a acariciá-lo. Ele sorriu. Subiu uma das mãos até a nuca dela. Puxou-a mais para perto. Um sentia a respiração do outro. Elas se misturaram, não sabiam distinguir qual estava mais forte de qual. Ele se inclinou, fechando os olhos, e beijando o lábio inferior dela. A esse toque ela fechou os olhos, sentindo passar a eletricidade, que ela sempre sentiu quando estavam muito próximos, por todo seu corpo. Ela retribuiu o beijo, beijando o lábio superior dele. Fizeram esse gesto mais duas vezes e se separaram. Olhavam no fundo dos olhos e podiam ver a felicidade neles. E naquele momento, o buraco que abrira no coração de cada um, fechara de uma vez por todas. E, realmente, nunca mais iria se abrir novamente.


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Notas finais do capítulo

Não queria fazer a reconciliação deles nesse capítulo, porque sou má, e queria fazer no próximo, fazer com que vocês ficassem ansiosas, mas ai descobri que eu sou boazinha, então fiz nesse mesmo. Como sabem, a fic tá acabando, então aproveitem esses últimos capítulos. Ainda não sei mais quantos vou fazer. Obrigada por lerem.