A noite estrelada e clara parecia um convite à paz. O rei caminhava pacificamente, apesar de maltrapilho pela longa viagem. Passos rápidos e decididos.
Como estrelas que caem em um único ponto, outra figura tbm chegava, convocado por Sarah de Taça. Havia também outro que se preparava para chegar, com sabor amargo na boca.
Havia um selo que protegia aqueles inocentes aos assuntos do submundo das mitologias e apenas os envolvidos ou convidados podiam ultrapassar, e o rei abria esse portal para si. Com o gélido cosmo, ele requeria a abertura do Santuário como cavaleiro que também era.
-Quem está aí? - indagou uma voz, em tom de alerta. - Identifique-se ou prepare para enfrentar o mais grandioso dos cavaleiros de prata!
- Os tempos não são de brincadeira, Gutto, se perguntar ao invés de atacar você pode morrer! - resmungou o visitante real. - Sou eu, Artur de Boieiro!
Artur abriu uns botões do sobretudo que vestia, deixando o brilho azulado da armadura se mostrar, e logo em seguida, Gutto saltou do alto das pedras onde estava para encarar o velho amigo.
-Está com um jeito diferente!
-Me deixe passar, tenho assuntos urgentes a tratar!
Seus passos começaram quando de repente o ar pareceu deformar-se e um homem com armadura diferente caiu, desacordado. Estava enrolado num cachecol vermelho que vinha do nada e crescia até revelar uma mão nua.
-Isso é...
-Teleporte. - completou Artur a frase do Cérbero. A figura logo revelou-se um rapaz de cabelos platinados, e em sua testa as manchas que o identificava como um lemuriano, a roupa lembrava vagamente um quimono e segurava o longo cachecol, prendendo o homem.
-Ora, ora, parece até uma comitiva!
-Vaskevicius de Grou! Quanto tempo! - disse Gutto com um sorriso no rosto.
-E o que é is... Isso...! - o semblante de Artur ficou gélido como as terras que governa. - Um soldado raso deva!
-Uau! Pensei que estavam só tentando atrapalhar meu trabalho em Jamiel, mas estão tão espalhados assim?
-Meu povo foi atacado um exército deles comandado por outra deva. Ainda bem que construímos abrigos subterrâneos e conseguimos recuar a maioria. - suspirou o rei. - Vim avisar Atena.
Vaskevicius sorriu:
-Então temos uma missão parecida, Boieiro. Não quer me acompanhar no interrogatório desse deva?
-A presa é sua, cavaleiro de Grou, e o problema também é seu.

Geovanne de Urso foi um dos primeiros que a amazona de Taça avisou sobre reunir os cavaleiros e vinha o mais rápido que podia.
A esta altura, seu mestre, Luiz de Touro, devia estar se reunindo com os demais dourados, e como seu único pupilo, achou melhor retornar do que ajudar a convocar outros cavaleiros.

Havia um imenso campo de rosas em algumas partes do Santuário, como pequenas barreiras de contenção. Yuki visitava um deles, o seu preferido e que ajudava a cuidar quando era um cavaleiro de bronze de Dourado. Agora que a armadura de Altar o escolhera, assim com a aprovação de Atena, ele vivia parte de seus dias com a deusa aprendendo coisas novas para sua nova função. Atena estava oculta como a filha da amazona de Libra e do Grande Mestre, e tivera todo um treinamento para se tornar a amazona de prata de Altar. Quem desconfiaria que ela seria a deusa da guerra e da justiça?
Yuki era pupilo do cavaleiro de Peixes, e tinha imunidade ao veneno das rosas, crescera ao redor delas e estar com elas era bom.
"É bom rever vocês... Logo estarei em batalha..."
-Huhuhu... Parece que antes de tudo, irei me divertir destruindo um inseto!
-Quem está aí? - indagou o cavaleiro de Altar, se preparando para enfrentar quem quer que fosse.
-Sou um exterminador de vermes!
A figura saiu de seu esconderijo e por fim, mostrou-se, com uma brilhante e agressiva armadura jade com detalhes que mostravam que sua forma original é a de um dragão.
-Eu, Ryuga, o rei dos Dragões, em nome de Kali-sama, irei exterminar a todos vocês.