Desde que proferi aquelas malditas palavras minha vida se transformou em um inferno, se é que eu posso chamar isso de viver. Afastar Roza de mim foi como arrancar meu coração. Nunca vou me esquecer da sua cara de dor quando disse que não a amava mais e do meu desapontamento por ela ter acreditado nisso tão rápido, essa foi a maior mentira que eu já contei em toda a minha vida.

 Não sei nem descrever o que senti quando ela desmaiou, meu desespero foi enorme, eu rapidamente a levei para o hospital da corte e só quando a dra.Olendzki me garantiu que ela estava bem eu fui embora. Mais tarde descobri que o desmaio havia sido provocado por uma forte anemia o que era muito estranho, já que e quase impossível de um damphir adoecer.

-Guardião Belikov- Hans me chamou e pela sua cara tinha a impressão de que não era a primeira vez.

-Me desculpe Hans- ele murmurou um “não tem problema”

-Você já pode ir andando para o estacionamento, esta quase na hora de partirem-

-Ok, já vou indo então – sai rapidamente da sala, eu estava contando os minutos para vê-la.

Fui informado hoje de que Abe Mazur, o pai da minha Roza, estava na corte e iria leva-la juntamente com a Princesa Dragomir ao shopping. Eu e mais seis guardiões pessoais de Abe além da própria Rose iriamos fazer a segurança.

-Sr.Mazur, Princesa- cumprimentei-os

-Dimitri já disse para esquecer as formalidades, apenas Lissa-

Abe me deu apenas um aceno de cabeça.

- Já estamos prontos Sr.Mazur, partiremos quando quiser-

-Só falta a minha fi...-  ele nem conseguiu terminar

-Não falta mais. Desculpa pelo atraso baba-

Rose estava linda, usava um vestido vermelho soltinho e sapatilhas pretas. Trazia em seu pescoço o colar que eu havia lhe dado de formatura. Ele era simples, um cordão de ouro branco com um pingente em formato de rosa. Fiquei surpreso por ela ainda usa-lo.

-Pronto vamos logo antes que Abe mude de ideia em relação a me emprestar o cartão sem limites-  ela disse rindo. Que saudade eu sentia da sua voz.

Nos dividimos em dois carros, como Rose eu seriamos os guardiões “de perto” fomos no mesmo carro com os morois.

Chegamos ao shopping e os outros guardiões se espalharam pelo lugar, nossa comunicação era feita por radio.

Roza chamava a atenção de todos os homens daquele lugar, ela e Lissa passaram por todas as lojas e pela quantidade de sacolas tinham comprado em todas elas também. A certa altura elas reclamaram de fome e a “pausa para o lanche” demorou mais que o esperado. Já estava anoitecendo para os humanos o que significa que logo os strigois estariam caçando, precisávamos voltar para a segurança das wards.

Já estávamos no estacionamento do shopping quando Rose parou e fez uma careta, ela se abaixou um pouco, as mãos escoradas nos joelhos e ficou assim por um tempo quando se endireitou ela estava pálida e entendimento  passou por suas feições. Quando ela finalmente falou sua voz não passava de um sussurro

-Strigois!!-

Quatro guardiões arrastaram Lissa e Abe para o carro e saíram dali o mais rápido possível ficando apenas eu, Rose, Stanford e Pavel, que eram guardiões de Abe.

Rapidamente empunhamos as estacas prontos para o ataque. Dez strigois nos cercaram o maior deles parecia ser o líder, eles se concentraram em nos três ignorando Rose, eles não a viam como uma ameaça. Se aproveitando disso ela estaqueou dois pelas costas. Stanford e Pavel deram fim em mais três.

O líder partiu para Rose e eles começaram a lutar, como ela estava sexy, acho que Stanford estava pensando o mesmo que eu e quando ele parou para olha-la um strigoi quebrou o seu pescoço e logo depois fugiu. Um strigoi que pelo seu tamanho deveria ter sido um damphir antes de ser transformado deu um chute no joelho de Pavel, ele fingiu cambalear e quando estava perto o suficiente o estaqueou.

Eu estava esfiando minha estaca no ultimo strigoi quando o som de algo se quebrando e um grito agudo chamou a minha atenção, era Rose. Sua estaca estava no chão e pelo ângulo em que aquele desgraçado segurava o seu braço ele estava quebrado. Por ultimo o strigoi deu um soco em sua barriga e quando ela se curvou de dor ele puxou seus cabelos expondo sue pescoço e sussurrou algo em seu ouvido. Nesse momento sai do transe em que estava e parti para cima dele, o filho da mãe jogou Rose contra uma pilastra e fugiu.

Me virei para para ajuda-la e  perdi o chão. Minha linda Roza estava desmaiada, seu braço quebrado estava retorcido e a poça de sangue a sua volta se misturava com o seu vestido vermelho. Gritei para que Pavel abrisse o carro em quanto a pegava em meus braços.

-Roza acorde, pelo amor de deus Roza, abra os olhos-

O sangue não parava de escorrer por suas pernas deixando-a cada vez mais pálida e fazendo com que meu desespero aumentasse mais a cada segundo. Pavel dirigia rápido e eu rezava para que ela ficasse bem.

Os trinta minutos ate a corte foram os mais longos de toda a minha vida, eu liguei para Abe avisando o que tinha acontecido e ele nos mandou ir direto para o hospital da corte. Chegando lá já havia uma equipe a nossa espera, deitei Rose na maca e eles a levaram. Agora a única coisa que eu podia fazer era rezar, eu a amava e não podia perde-la.