Darkness Feed escrita por S A Malschitzky
Notas iniciais do capítulo
Bem, já deu de postar hoje.
Amanhã volta as aulas e talvez (como eu já avisei antes) eu não poste tanto quanto eu postei nas férias.
Boa leitura e até amanhã
Shan está agarrada em meu tórax, praticamente me deixando sem ar e sua respiração ofegante me deixa preocupado.
Seguro seus ombros, antes que ela decida desabar no chão.
- Como é? - pergunto encarando a porta do quarto.
- Carter. - Ela repete.
Franzo o cenho e pego a arma que deixei dentro da gaveta de mesinha de cabeceira, destravo-a e ando com Shannon agarrada ao mu braço até a sala de estar.
É, apesar de todas as loucuras de Shannon, desta vez, esta é real.
- Carter? - pergunto encarando seus cabelos loiros ensopados de sangue.
- Olá. - Ele se levanta do sofá e sorri. - Shannon.
- Como chegou aqui? - pergunto ignorando seu olhar para o pijama curto demais de Shannon.
- Eu segui vocês. - Ele ri. - Vocês estavam ocupados demais para perceberem minha presença. Não é mesmo?
Sannon engole em seco e bate o pé, impaciente no cão.
- Carter. - Ela se afasta de mim e anda até ele, com a cabeça baixa e olhos na direção do chão. - Eu... - Ela o encara. - Eu sinto muito.
Lágrimas começam a brotar de seus olhos, caindo sobre suas bochechas e caindo no chão, depois de passar por seu queixo.
- Está tudo bem. - diz ele envolvendo seu braço nos ombros de Shan e beija o topo de sua cabeça. - Está tudo bem. Você não teve culpa.
Shannon levanta o olhar, ficando na ponta dos pés, segurando o pescoço de Carter e antes que eu possa dizer não ou impedir, os dois começam a se beijar e eu encaro os dois, mais pasmo do que já estive em toda a minha vida.
Shannon beija os lábios sujos de sangue de Carter e isso me dá nojo, só de pensar o que ele fez ela passar.
- Nathan. - Meus ombros são empurrados, enquanto a voz ecoa em minha mente, chamando meu nome várias vezes. - Nathan.
Abro os olhos e me deparo com os olhos verdes esmeralda arregalados de Shannon, com suas mãos segurando meus ombros e o corpo inclinado sobre mim.
- Nathan. - Ela repete, encarando meus olhos estreitos.
- Hã? - pergunto esfregando os olhos e encarando-a com os olhos esreitos por causa da imensa janela no quarto dos pais de Shan.
- Coloque uma camisa. É para você. - Ela encara meus olhos e sorri.
- Hã? - repito.
- Tem uma carta para você. - digo. - O carteiro está na porta. Vai logo. - Ela dá um tapa em meu ombro, me empurrando para sair da cama. - Vai, Nathan. - Ela me empurra com mais força, conseguindo me deixa fora da cama.
Me levanto e estico os braços á frente do corpo, estalando minhas costas.
Esfrego o cabelo e giro a maçaneta, puxando a porta e encarando o carteiro com uma caixa branca e amarela nas mãos.
- Sr... - Ele lê o adesivo colado na caixa e me encara sorrindo. - Nathan Jones?
- Nathan Jones Jr. - Corrijo.
- Ah. - Ele para de sorrir e suspira. - Pode entregar isso para seu pai?
- Eu... - digo encarando a caixa. - Eu não vivo com o meu pai. Aliás, ele vive bem longe, desculpe.
- Olha, já é a décima sétima vez que entrego este pacote em casas diferentes e me dizem a mesma coisa. Você é o que tem mais em comum com este cara então, pelo amor de deus, pegue esta droga de pacote. É muito importante e parece que era urgente para ser entregue ao seu pai.
- Ok. Só que não sou eu. - Me encosto a porta e suspiro, encarando o formato da caixa, me lembrando sobre algo que ouvi meu pai dizer no telefone uma vez, um ano antes que eu pudesse fugir.
- Não, não, não. É urgente. Eu preciso disso agora. É. Salvará a humanidade. Agora envie este pacote o mais rápido possível.
- Quer saber? Me dá isso aqui. Eu dou um jeito de entregar para ele. - O homem sorri aliviado e acena com uma das mãos, segurando a mochila verde escura e andando pelo corredor na direção das escadas.
Esboço um sorriso e volto para dentro, segurando a maçaneta e fechando a porta, com a caixa gelada em minhas mãos.
- O que era?
- Era para o meu pai. - digo encarando a caixa.
- E porque você pegou? - Ela ri e anda em minha direção. - Você vai lá?
Ela arregala os olhos, assustada.
Nego com a cabeça, andando na direção da cozinha e deixando a caixa em cima do balcão, abrindo as gavetas atrás de alguma faca ou tesoura.
- Era a décima sétima vez que o carteiro tentava entregar este pacote e nunca conseguiu, e então... Decidi ficar com ele.
- Ah. - Ela me encara e empurra uma faca pontiaguda pelo balcão e sorri, cruzando os braços.
- Obrigado. - Esboço um sorriso e corto o pacote branco da caixa, encarando a caixa de papelão e abrindo-a, revelando uma caixa de metal pequena.
Destravo-a e abro-a, fazendo sair uma fumaça branca de gelo seco.
- Que místico. - diz Shannon rindo e ficando ao meu lado.
Balanço a mão, fazendo um vento até que a fumaça se vai e uma pilha de papeis brancos com códigos e números - que me fazem ficar tonto com a quantidade absurda de informações- está alinhada dentro no espaço da espuma preta como suporte dentro da caixa.
- Sei que isso é do seu pai e que você pode até não saber, mas o que é isso? - pergunta Shannon.
Suspiro e começo a rir, com a ideia cutucando minha cabeça.
- Isso não era para estar comigo. - Fecho a caixa de metal e tendo colocar todos os pacotes de volta, até que ela segura meu braço.
- O que é isso? - Ela encara meus olhos.
Engulo em seco e encaro seus olhos.
- Pode ser... A cura.
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Até amanhã