Darkness Feed escrita por S A Malschitzky


Capítulo 49
Isso não era para estar comigo...


Notas iniciais do capítulo

Bem, já deu de postar hoje.
Amanhã volta as aulas e talvez (como eu já avisei antes) eu não poste tanto quanto eu postei nas férias.
Boa leitura e até amanhã



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/375332/chapter/49

Shan está agarrada em meu tórax, praticamente me deixando sem ar e sua respiração ofegante me deixa preocupado.

Seguro seus ombros, antes que ela decida desabar no chão.

- Como é? - pergunto encarando a porta do quarto.

- Carter. - Ela repete.

Franzo o cenho e pego a arma que deixei dentro da gaveta de mesinha de cabeceira, destravo-a e ando com Shannon agarrada ao mu braço até a sala de estar.

É, apesar de todas as loucuras de Shannon, desta vez, esta é real.

- Carter? - pergunto encarando seus cabelos loiros ensopados de sangue. 

- Olá. - Ele se levanta do sofá e sorri. - Shannon.

- Como chegou aqui? - pergunto ignorando seu olhar para o pijama curto demais de Shannon.

- Eu segui vocês. - Ele ri. - Vocês estavam ocupados demais para perceberem minha presença. Não é mesmo? 

Sannon engole em seco e bate o pé, impaciente no cão.

- Carter. - Ela se afasta de mim e anda até ele, com a cabeça baixa e olhos na direção do chão. - Eu... - Ela o encara. - Eu sinto muito.

Lágrimas começam a brotar de seus olhos, caindo sobre suas bochechas e caindo no chão, depois de passar por seu queixo. 

- Está tudo bem. - diz ele envolvendo seu braço nos ombros de Shan e beija o topo de sua cabeça. - Está tudo bem. Você não teve culpa.

Shannon levanta o olhar, ficando na ponta dos pés, segurando o pescoço de Carter e antes que eu possa dizer não ou impedir, os dois começam a se beijar e eu encaro os dois, mais pasmo do que já estive em toda a minha vida.

Shannon beija os lábios sujos de sangue de Carter e isso me dá nojo, só de pensar o que ele fez ela passar.

- Nathan. - Meus ombros são empurrados, enquanto a voz ecoa em minha mente, chamando meu nome várias vezes. - Nathan.

Abro os olhos e me deparo com os olhos verdes esmeralda arregalados de Shannon, com suas mãos segurando meus ombros e o corpo inclinado sobre mim.

- Nathan. - Ela repete, encarando meus olhos estreitos.

- Hã? - pergunto esfregando os olhos e encarando-a com os olhos esreitos por causa da imensa janela no quarto dos pais de Shan.

- Coloque uma camisa. É para você. - Ela encara meus olhos e sorri.

- Hã? - repito. 

- Tem uma carta para você. - digo. - O carteiro está na porta. Vai logo. - Ela dá um tapa em meu ombro, me empurrando para sair da cama. - Vai, Nathan. - Ela me empurra com mais força, conseguindo me deixa fora da cama.

Me levanto e estico os braços á frente do corpo, estalando minhas costas.

Esfrego o cabelo e giro a maçaneta, puxando a porta e encarando o carteiro com uma caixa branca e amarela nas mãos. 

- Sr... - Ele lê o adesivo colado na caixa e me encara sorrindo. - Nathan Jones?

- Nathan Jones Jr. - Corrijo.

- Ah. - Ele para de sorrir e suspira. - Pode entregar isso para seu pai?

- Eu... - digo encarando a caixa. - Eu não vivo com o meu pai. Aliás, ele vive bem longe, desculpe.

- Olha, já é a décima sétima vez que entrego este pacote em casas diferentes e me dizem a mesma coisa. Você é o que tem mais em comum com este cara então, pelo amor de deus, pegue esta droga de pacote. É muito importante e parece que era urgente para ser entregue ao seu pai.

- Ok. Só que não sou eu. - Me encosto a porta e suspiro, encarando o formato da caixa, me lembrando sobre algo que ouvi meu pai dizer no telefone uma vez, um ano antes que eu pudesse fugir. 

- Não, não, não. É urgente. Eu preciso disso agora. É. Salvará a humanidade. Agora envie este pacote o mais rápido possível.

- Quer saber? Me dá isso aqui. Eu dou um jeito de entregar para ele. - O homem sorri aliviado e acena com uma das mãos, segurando a mochila verde escura e andando pelo corredor na direção das escadas.

Esboço um sorriso e volto para dentro, segurando a maçaneta e fechando a porta, com a caixa gelada em minhas mãos. 

- O que era? 

- Era para o meu pai. - digo encarando a caixa.

- E porque você pegou? - Ela ri e anda em minha direção. - Você vai lá?

Ela arregala os olhos, assustada.

Nego com a cabeça, andando na direção da cozinha e deixando a caixa em cima do balcão, abrindo as gavetas atrás de alguma faca ou tesoura.

- Era a décima sétima vez que o carteiro tentava entregar este pacote e nunca conseguiu, e então... Decidi ficar com ele.

- Ah. - Ela me encara e empurra uma faca pontiaguda pelo balcão e sorri, cruzando os braços.

- Obrigado. - Esboço um sorriso e corto o pacote branco da caixa, encarando a caixa de papelão e abrindo-a, revelando uma caixa de metal pequena. 

Destravo-a e abro-a, fazendo sair uma fumaça branca de gelo seco.

- Que místico. - diz Shannon rindo e ficando ao meu lado.

Balanço a mão, fazendo um vento até que a fumaça se vai e uma pilha de papeis brancos com códigos e números - que me fazem ficar tonto com a quantidade absurda de informações- está alinhada dentro no espaço da espuma preta como suporte dentro da caixa.

- Sei que isso é do seu pai e que você pode até não saber, mas o que é isso? - pergunta Shannon.

Suspiro e começo a rir, com a ideia cutucando minha cabeça.

- Isso não era para estar comigo. - Fecho a caixa de metal e tendo colocar todos os pacotes de volta, até que ela segura meu braço.

- O que é isso? - Ela encara meus olhos.

Engulo em seco e encaro seus olhos. 

- Pode ser... A cura. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até amanhã