Darkness Feed escrita por S A Malschitzky
Notas iniciais do capítulo
e ai povu?
Ese capt ficou meio grandinho e eu não tinha acabado ele ainda, assim que eu continuo no próximo capt.
Vejo que já é de manhã e ouço mais duas respirações á minha esquerda e á minha direita.
Suspiro e cubro meus olhos.
- O que vocês estão fazendo aqui? - digo tentando ficar calma.
- Bom dia. - diz Nathan. - Pera ai, - Ele me encara. - Vocês?
- Olha para o lado Sr. Jones. - digo encarando seus olhos. - É uma surpresa muito agradável. Principalmente depois do que eu disse.
Ele se levanta e encara Carter.
- Ei. - sussurro observando-o tirar uma arma debaixo do travesseiro. - Não.
- Calma. - diz ele tirando uma bala da arma e colocando-a perto de meu pé, fazendo-me sentir o gelado da arma. - Não vou matá-lo. Só vou dar um susto.
- Nathan... - digo.
- Shh. - diz ele, - Se não ficar quieta, eu atiro no nariz dele.
Ele - não sei como e nem porque - tira um pedaço da bala e segura-a de cabeça para baixo, tornando-a um copo bem pequeno de bronze.
Ele leva a mão até o nariz de Carter, colocando a pólvora dentro de sua narina esquerda, mas percebendo que nada aconteceu.
- O que, era para exatamente, acontecer? - pergunto me sentando na cama, com as costas encostadas na parede fria e cruzando os braços.
Ele me encara.
- Já parei. - digo observando-o.
Nathan vê que Carter está respirando pela boca e arqueia as sobrancelhas, levando as mãos até sua boca e apertando os lábios avermelhados de Carter, forcando-o a respirar pelo nariz.
Ele se engasga e se levanta da cama, tossindo e soltando um pó preto do nariz.
- O que eu falei sobre ficar longe da Shannon? - diz Nathan observando-o tossir. - Que atiraria no seu nariz não é? Pois sinta-se agradecido por eu ter só colocado a pólvora.
- Você enfiou pólvora no meu nariz?
- Na sua narina esquerda. - diz Nathan com o dedo levantado.
- Vocês podem me dizer que merda que vocês estão fazendo aqui? A noite inteira? Sua namorada vai dar um tiro na sua narina esquerda só para você aprender a respeitá-la. - digo. - E vocês por acaso ouviram minhas palavras? Eu disse para me deixarem sozinha.
- Ele ia para seu quarto. - diz Nathan.
- Eu sou o namorado dela. O único errado é você Nathan. Minha irmã é sua namorada, mesmo sabendo que ninguém leva a Georgia a sério, você que deveria estar lá.
- Pois é. Mas tem um porém. Eu prometi para o irmão dela. - diz Nathan com o indicador pressionado contra o peito de Carter.
- Eu estou sabendo dessa promessa, tanto que você colocou pólvora no meu nariz! - grita Carter.
- Narina esquerda.
- Dane-se! - grita Carter, realmente irritado. - Saia!
- Não. - diz Nathan.
- Saiam vocês dois! - grito me levantando da cama e vendo que meu pijama pode estar um tanto curto demais.
Os dois me observam e eu pigarreio, fazendo-os olharem em meus olhos.
- Não. - dizem os dois de braços cruzados.
- Tá. - Dou de ombros e saio do quarto batendo a porta.
Nathan abre a porta e os dois saem do quarto.
- Ok, então vocês vão me seguir para qualquer lugar que eu estiver? - cruzo os braços e encaro os olhos dos dois. - É isso?
- Mais ou menos. - diz Nathan. - Se ele for te seguir, sim. Principalmente com esse pijama curto.
- Pare de olhar para meus peitos. - digo cruzando os braços.
- Estou olhando para suas pernas. - Ele ri.
- Pare! - grita Carter.
- Você também. - digo. - Parem de olhar para mim! Olhem para a Georgia.
- Ela é minha irmã. - Carter torce o nariz e faz uma careta de nojo. - Mas para você serve.
- Já olhei de mais para Georgia ok? - Nathan encara Carter com o canto dos olhos. - Enfim, pode ir tomar café.
- E vocês dois vão me seguir? - pergunto praticamente já sabendo que a resposta obviamente é sim.
- É. - dizem os dois.
Solto um grunhido e desço as escadas, vendo Georgia virar uma xícara de café dentro da boca.
- O que foi? - pergunta ela. - Seu pijama encolheu?
- Dê um jeito no seu namorado e no seu irmão e dê um jeito de os dois ficarem longe de mim. - digo.
- Onde Nathan estava? - pergunta ela com uma das mãos na cintura e outra apoiada no balcão de granito da pia. Escuto passos e ela encara alguém atrás de mim. - Onde estava?
- No quarto da Shan. - Ele dá de ombros e Georgia atira a xícara branca na parede atrás dele e encara seus olhos com raiva. - Enlouqueceu?
- Ela não está errada. - diz Carter.
- Nathan Jones! - grita ela. - Pode me dizer porque? E o que estava fazendo?
- Cumprindo a promessa que fiz para Abe e não vai ser você que me impedirá de cumpri-la até o final de minha vida ou até que isso seja resolvido.
- Ah não? - Ela cruza os braços. - E vai ser quem?
- A Shan. - diz ele arqueando as sobrancelhas.
- Como assim, eu? - pergunto. - O que eu tenho a ver com a sua promessa para o Abe. Não Nathan, o problema é só seu e do Abe, que no caso está morto, assim que... É só seu.
- Mas é por sua culpa.
- Eu não fui imprudente quando você fez essa maldita promessa.
- Mas eu sabia que você seria.
- Porque? - Cruzo os braços e solto uma risada. - Ah tá, você achou que convivendo com você eu ficaria igual?
- Funcionou. - Ele arqueia as sobrancelhas. - Se não funcionasse, eu nunca precisaria contar da maldita promessa. E sim, é problema seu. Ok. Vá se vestir, tomaremos café da manhã na casa do meu pai.
- Eu disse que vocês não sairiam. - diz Carter.
Nathan tira a arma do cinto e tira uma das balas de bronze, enfiando na narina esquerda de Carter.
- Considere isto como um aviso. - Nathan puxa meu braço e subimos as escadas. - Vá tomar banho e colocar outra roupa. Se não, você vai assim mesmo. Meu pai vai adorar, mas acho que Carter não.
- Desde quando se importa com o que Carter pensa?
- Desde quando quer ficar de pijama curto na frente do meu pai? - Ele levanta uma das sobrancelhas e cruza os braços.
Reviro os olhos e vou até o quarto.
Tomo banho e troco de roupa, colocando um short jeans e uma blusa branca.
Escovo os cabelos e desço as escadas.
- Shannon. - grita Nathan. - Vem logo.
- Nós vamos junto. - diz Carter segurando o braço de Georgia.
Encaro os olhos de Nathan que suspira.
- Vamos logo, ok? - diz ele com a chave na mão e a outra mão na maçaneta. - Vocês vão atrás.
- Porque? - pergunta Georgia.
- Vocês já estão indo, não reclamem. Vamos. - diz Nathan um tanto irritado.
Georgia e Carter se entreolham e entramos no carro.
Os dois se acomodam na caçamba da camionete e Nathan murmura alguns palavrões ao fechar a porta e as janelas.
- Eu vou lá atrás. - digo com a mão na maçaneta. - Georgia vem aqui e eu vou com Carter.
- Se fizer isso eu dou um tiro no Carter e o local não vai ser bom. - diz Nathan encarando meus olhos.
Tiro a mão da maçaneta e me ajeito no banco, com a cabeça encostada ao vidro.
- Porque quer tanto ficar com o Carter? O que ele tem de tão especial? - pergunta ele encarando a estrada.
- Ok. E se eu ficasse com você. O que você tem de especial?
- Bem, primeiro. Eu era amigo do seu irmão. Segundo. Eu vivi com você por quase dois anos. Terceiro. Eu trago geleia de m,orango. Quarto. Eu fiz você sobreviver. Quer mais algum motivo?
- Você deixou meu irmão morrer. - murmuro.
- Não foi bem assim ok?
- Então como foi? - pergunto encarando-o. - Você nunca me contou como foi. Posso considerar até que você matou ele Nathan.
- Se duvida de mim, para quê quer que eu conte? - Ele me encara. - O caso é que, você não precisa ficar com o Carter.
- Mas eu quero.
- Mas porque? Essa é minha pergunta. O que ele fez?
- Eu gosto dele Nathan. Assim como você gosta da Georgia. Porque você gosta da Georgia.
- Eu tenho motivos. Você tem certeza que quer escutá-los?
- Não quero saber. - digo e suspiro. - Eu estava me lembrando, a gente tomava as vacinas todos os dias. E não tomamos mais.
Ele freia o carro e me encara com os olhos arregalados.
Georgia e Carter nos encaram pelo vidro de trás.
- E só agora você vem se lembrar disso?
- Quem as conseguia era você. - digo. - Não eu.
- Ok. Eu vejo se meu pai tem algumas. Mas não me faça esquecer ok?
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O próximo tem o John.