Darkness Feed escrita por S A Malschitzky
Notas iniciais do capítulo
tá eu amei fazer capt com momentos Shatan então ai vai mais um pouco.
Minha nuca continua doendo, mas está melhor do que antes.
Não foi um corte profundo, minha cabeça bateu em um cascalho que estava no fundo da fonte e deu no que deu.
Obviamente ainda estou pensando no que aconteceu.
No que Nathan disse - sem querer ou intencionalmente -, no que fez.
Talvez ele estivesse bêbado.
Porque ele concertaria um carro enquanto estava bêbado?
Nathan.
Carter ainda não voltou da tal oficina e Nathan continua a observar aquele maldito motor de carro.
Ele vai mesmo fingir que nada aconteceu?
Não sei, mas é o que eu vou fazer.
Eu gosto de Nathan, mas ainda gosto mais de Carter. Mesmo sabendo que enquanto os dois ficarem no mesmo espaço juntos, cara a cara comigo, isto me levará a loucura.
Observo-o pela janela, o dia já está acabando e nem Carter nem Georgia deram sinal de vida.
- Como vai o pescoço?
Olho para trás e Carter sorri.
- Ah oi. - digo. - Bem. Nathan fez um curativo.
- É. Ele disse que faria. - Ele larga as chaves do carro em cima da cama.
Não em que circunstâncias.
- Não está doendo? - pergunta ele colocando a mão em meu pescoço. Mesmo negando com a cabeça, sim está doendo. Muito mais agora com sua mão pressionando-a. - O que foi? Está com a cabeça longe?
- É. - digo. - Estou um pouco tonta.
- Não é melhor deitar? Nathan disse que ouviu o estalo de sua cabeça quando caíram na fonte. - Ah, porque ele estava muito preocupado com a minha cabeça batendo na fonte. - Tem certeza de que não está doendo?
- Minha cabeça foi furada por um cascalho, Carter. O curativo já está feito. - Ele cruza os braços e me encara. - Ok. Está doendo um pouco. Mas eu estou bem. Vou me deitar, vá jantar ok?
- Eu não estou com fome. - Ele levanta uma das sobrancelhas.
- Carter... - digo.
- O que foi? - pergunta ele.
- Vá jantar. - digo pausadamente.
- Não estou com fome. - diz ele pausadamente. - E além disso, você não é minha mãe.
- Sua mãe não cuidava muito de você. - digo, logo me arrependendo. - Desculpa. Eu não quis dizer...
- Só falou a verdade. Minha mãe nunca cuidou de mim. Maria foi praticamente minha mãe. Ah, eu não quero falar sobre isso.
- Você não quer falar. - digo encarando seus olhos.
- Verdade. - Ele segura minha cintura e me beija.
Obviamente - e como esperado por mim e por Nathan - os beijos viram quase empurrões na direção da cama e já estou cansada disso.
Nathan já está no meu pé tempo suficiente.
Quando abro os olhos por um mísero segundo, Carter já está sem a camisa e suas mãos estão segurando a barra de minha blusa.
Escuto um tiro e vejo o furo no vidro da janela.
Empurro Carter e corro até a janela.
Nathan me encara, com a arma na mão e olhar furioso.
Encaro seus olhos e ele aponta bravo para o chão.
- Fique ai. - digo.
- Tá. - diz Carter um tanto irritado.
Desço as escadas correndo e ando até o carro.
- Qual o seu problema? - grito chegando mais perto.
- Qual o seu problema? - diz ele colocando a arma em cima do carro. - Já disse que não.
- Você não é meu pai, você não é meu irmão. Você não tem nenhum controle sobre mim! - grito. - Pare de tentar me controlar.
- Vai se arrepender.
Solto uma risada.
- É eu acho que não. - Me aproximo mais de seu rosto e pressiono o dedo contra seu peito. - Se fizer isso de novo, vou atirar na sua cabeça.
- Estarei esperando. - Ele cruza os braços e se encosta no carro. - Tenta de novo para você ver. Aquilo foi só um susto, na próxima ele vai literalmente morrer em cima de você.
Ando na direção da mansão e entro na cozinha.
Corro e pego um copo, servindo-o até a borda de água e bebendo em goles rápidos.
- O que houve? - Maria acaricia meus cabelos.
Termino de beber o terceiro copo de água.
- Ela está tentando morrer afogada. - diz Nathan andando em nossa direção.
- Nada. - digo encarando-o. - Não aconteceu nada.
- Onde está o Carter? - pergunta Nathan de braços cruzados. Consigo ver a arma em seu bolso da calça. Ele me encara. - Shan?
- Não sei. - digo. - Vou para meu quarto. Boa noite.
- Mas e o jantar? - pergunta Maria. Nathan começa a subir as escadas.
- Não estou com fome.
Corro e quando alcanço Nathan, ele já está indo na direção de meu quarto.
Abro a porta do quarto dele e o empurro para dentro fechando e trancando a porta.
- Você ia fazer isso? - pergunto encarando seus olhos.
- O que? - pergunta ele confuso.
Tiro a arma de seu bolso.
- Porque estava no seu bolso? - Ele ri. - Nathan Jones Jr.
- Shannon Miller. - diz ele com uma voz irritante. - Sempre está no meu bolso. Pare de ser estúpida.
- Não sou eu quem leva uma promessa idiota do meu irmão. - digo.
- Primeiro: É, sou eu. Segundo: Não é idiota. É muito, muito sério.
- Não parece tão sério. Pelo menos para você não é.
- Porque eu sou o Nathan. Eu não levo a sério. Nunca e levei e a princípio, não vou levar nunca.
- Então porque eu deveria?
- Porque... - Ele suspira e olha para o lado. - Sinceramente? - Concordo com a cabeça. - Seu irmão disse que era importante. Que seria importante para você. Ele achou que você fosse se importar. Não que levasse isso como qualquer coisa. Que fizesse como eu.
- Mas você não prometeu á Abe isso. - digo.
- É, não prometi. Mas deveria ter prometido.
Valeria mais a pena.
- Você nunca se importou comigo. Sempre disse que era para eu fazer o que eu quisesse, e eu nunca fiz nada de errado. Porque agora se importa?
- Porque está se tornando perigoso.
- Para quem?
- Para todo mundo.
- Ah. Tchau Nathan. - Ando até a porta, destranco-a e vou para meu quarto, vendo Carter sentado na ponta da cama, encarando a janela. - Oi.
- Foi ele, não foi?
- Mas é claro que foi. - digo me sentando ao seu lado. - Ele disse que se ele vir de novo, o próximo alvo será você.
- Mas o alvo já era eu.
- Ele quis dar um susto, só. - digo sorrindo. - Cadê a Georgia?
- Não sei. Maria disse que fez umas amizades e ficou por lá. - Ele dá de ombros. - Ok. É melhor eu ir.
- Está bem. - digo e ele beija o topo de minha cabeça. - Boa noite.
- Boa noite. - Ele fecha a porta e eu solto um grunhido.
Certamente, eu com certeza ainda matarei Nathan.
Coloco um pijama e deito-me debaixo das cobertas.
Fecho os olhos e começo a escutar o barulho de alguma coisa batendo na parede.
- Ah não. - digo levantando-me e indo até a janela.
Outro bicho preso na janela, se debatendo para sair.
Seu braço etá preso no buraco da parede e ele não pena nem em movê-lo.
Corro até o quarto de Nathan, abro a porta e acendo as luzes.
- Que merda é aquela? - grito.
Ele se senta na cama e esfrega os olhos, tapando-os com as mãos.
- Primeiramente, boa noite. - diz ele.
- Tem outro bicho preso na minha janela. De novo. - digo. - Vai lá matar. Agora!
- Você não é minha irmã, nem minha mãe. Você não tem controle sobre mim. - Ele se cobre com as cobertas. - E você não pode dormir no quarto do Carter.
- Mas o bicho vai entrar em meu quarto quando se soltar. Eu vou morrer Nathan.
- Mas não vai morrer se dormir aqui. - diz ele e ri. - É sua única escolha.
- Vou dormir na sala. - digo abrindo a porta.
- Apague as luzes.
Apago as luzes e ando até meu quarto.
Pego as cobertas e o travesseiro e corro para fora do quarto.
Desço as escadas e me ajeito no sofá.
Escuto alguém descer as escadas e vejo que é Carter.
- Melhor nem vir aqui. - digo.
- Eu vim pegar água. - diz ele rindo. - O que houve?
- Nada. Vá pegar sua água.
- Ok. - diz ele acariciando meus cabelos e andando na direção da cozinha.
Fecho os olhos e finalmente consigo dormir.
**
Abro os olhos e encaro a porta do quarto de Nathan.
Suspiro, viro o corpo e encaro sua nuca.
Me sento na cama e respiro devagar.
- Nathan? - digo.
- Hm. - diz ele em um grunhido.
- Nathan.
- Que foi?
- Olhe para mim.
- Tem algum presente?
- Como assim?
- Está com roupa?
- Estou.
- Então o que há de especial.
- Olhe para mim.
Ele vira o corpo e me encara.
Começo a lançar-lhe tapas e socos.
- O que estava pensando quando me trouxe para cá?- digo ainda socando-o.
- Eu vou ficar roxo! - grita ele segurando meus punhos. - Pare de reclamar! Eu matei o maldito bicho no seu quarto, mas ficou um fedor dos infernos lá dentro. Tirei você do chão. Sim você caiu no chão e trouxe você para cá. E eu nem ao menos encostei em você. Considere-se sortuda. Ou azarada, não sei mais como seu cérebro funciona.
Ele se vira e cobre a cabeça com as cobertas.
- Porque fez isso? - pergunto.
- Não se deixa uma mulher no chão, a menos que você também esteja. E seria um pouco estranho nós dois deitados no chão. - Ele suspira. - Explicado? Nem um obrigada? Nada? Por ter te tirado do chão?
- Obrigada. - digo de braços cruzados. - Agora tchau.
Me levando e ele agarra meu braço, ainda coberto pelas cobertas.
- Eu quero uma coisa, antes de ir.
Fico imóvel, já sabendo o que está por vir.
- O que?
- Eu tirei você do chão, acho que mereço um beijo.
Ele continua segurando meu braço.
- Isso é o que você acha. Eu não vou beijar você.
- E se eu fizer isso?
- Eu vou dar um tapa na sua cara.
Ele se descobre, ainda segurando meu braço e envolve minhas pernas com as suas, me prendendo.
- Vale a pena.
Ele segura meu pescoço e me beija. Empurro-o e dou o tapa mais forte que dei em toda a minha vida em seu rosto.
Posso ver a marca de minha mão em sua bochecha. Ele estala a língua.
- Como eu disse, valeu a pena.
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até despois moçada