Darkness Feed escrita por S A Malschitzky


Capítulo 29
A fonte


Notas iniciais do capítulo

Beeeem, moçada.
(Especial de aniversário)
Estou postando á essa hora e logo aviso que este capt é especial pq o dia é especial (pelo menos pra mim, pra vocês pode até não ser neh, mas enfim).
É MEU ANIVERSÁRIOOO.
(podem mandar um dane-se, mas só queria que vocês soubessem)
enfim, nesse capt vai ter uma coisa que vocês queriam á muuuuuuito tempoooo e eu não vou dizer o que é, mas vocês já meio que sabem já neh? Vocês são mais espertos que a Shan.
Bem Shipadores de Shatan ai vai mais um capt.
(Esse vai ser com todo amor, carinho e pqp eu tava loka loka loka pra postar esse capt!!!! ♥ ♥)



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Sinto o calor em meu rosto e movo os braços acima da cabeça, me espreguiçando.

Suspiro e olho para trás, quase me jogando da cama com os batimentos cardíacos a mil.

– Carter? - pergunto encarando seu rosto.

– Oi. - Ele abre os olhos, sorri e se inclina em minha direção. Empurro seu peito, confusa e ele franze o cenho. - O que houve?

– Nada é só... - Encaro seus olhos. - Que horas eu vim?

– Sei lá. - Ele ri e dá de ombros. - No meio da noite. Você não disse nada e deitou ao meu lado.

– Ah. - digo. - Tá.

– Sério. O que houve?

– Nada. - digo e sorrio, me debruçando sobre ele e beijando-o. - Nadinha.

Sorrio, desesperada.

Eu não estava no quarto de Nathan?

Ele não havia dito que eu não podia dormir no quarto de Carter?

Será que eu tinha mesmo um bicho preso na janela ontem a noite?

– Eu vou lá no meu quarto e já volto ok? - digo tirando as cobertas grossas de cima de mim.

Ando até meu quarto e encontro o quarto de Nathan vazio.

Chego no quarto e corro para a janela, vendo alguns pedaços de pele presos á janela. Um corpo queimado e em decomposição no andar de baixo.

É. A história do bicho era mesmo verdade.

Só falta saber se eu fui ao quarto de Nathan ou se fui direto para o quarto de Carter, praticamente pedindo para que ele leve um tiro.

Tiro meu pijama e entro no chuveiro.

Tomo um banho rápido e tento assimilar o que aconteceu, para achar a resposta e a teoria certa.

Teoria 1:

Eu não consegui dormir com o barulho do bicho.

Fui para o quarto de Nathan, na esperança que ele fique irritado por eu ter acordado-o e deixe que eu durma no quarto de Carter.

Ele disse não e eu deitei em sua cama.

Adormeci.

Teoria 2:

Eu escutei o bicho.

Estava encontrando pelo menos um motivo para me deitar ao lado de Carter.

Fui até seu quarto.

Deitei ao seu lado.

Adormeci.

Sonhei que não conseguia dormir por causa do bicho, fui até o quarto de Nathan, pedi para dormir no quarto de Carter, ele disse não, deitei ao seu lado, adormeci.

Acordei ao lado de Carter, totalmente confusa.

Suspiro e desligo o chuveiro.

É, pode ser a segunda opção.

Saio do chuveiro e coloco uma outra roupa.

Seco o cabelo com uma toalha e vejo Nathan apoiado no carro, olhando para o motor.

Desço as escadas correndo e corro até ele, empurrando seu ombro ao tropeçar na grama e quase cair por cima dele.

– Bom dia. - diz ele rindo e segurando meus braços.

– Posso falar com você? - pergunto.

Suas mãos estão sujas de graxa preta, sua camiseta vermelha velha também.

Sorrio ao vê-la no mesmo estado de sempre e ele concorda com a cabeça, limpando as mãos em um pano laranja e se encostando no carro.

– Fala. - diz ele.

– Ontem a noite... - Pigarreio. - Eu por um acaso fui para o seu quarto? Falando sobre bichos presos...

– Na janela. - Ele ri. - É. Sim, o que tem?

– Eu pedi para dormir no quarto do Carter? - Ele concorda com a cabeça e encara meu quase decote na blusa laranja por alguns segundos e depois encarando meus olhos. - E você disse não. - Ele concorda com a cabeça, novamente. - E eu dormi...

– Você adormeceu na minha cama. Sim.

– É. Eu achei que isso tivesse acontecido, não que eu estivesse esperando que você me abraçasse e aquela coisa toda. Sinceramente achei que você estivesse bêbado ou coisa parecida, mas dane-se. - Suspiro. - Só que eu acordei hoje de manhã. No quarto do Carter. E como você acabou de dizer, eu adormeci na sua cama.

– Vem aqui. - Ele segura meu cotovelo, me levando para uma parte que eu nunca havia visto da mansão.

Um labirinto vivo com plantas verdes e frescas. Uma fonte com a água esverdeada e cheia de folhas com folhas envolvendo-a completamente e deixando uma camada fina de musgo nas paredes de cimento branco.

Paramos na frente da fonte e eu encaro os olhos de Nathan.

– Você fez aquilo. - digo. - Me levou para o quarto do Carter.

Ele olha para o lado, com os braços cruzados.

– Porque?

– Sei lá. Não achei certo ficar a noite inteira abraçado em você, na minha cama, enquanto sei que gosta do Carter e que você poderia ter a eterna dúvida se eu fiz alguma coisa enquanto você estava inconsciente.

–Tá. - digo cruzando os braços. - E a promessa para Abe?

Ele ri.

– Isso eu já deixei de cumprir faz tempo. - Ele continua rindo.

– Como assim? - pergunto.

Ele ri mais uma vez.

– Você é lerda, não? Está na cara que vocês dois já transaram á um tempão e eu não sei porque continuo levando isso a sério. Você não é mais a irmãzinha inocente do Abe. Você já é uma... - Ele engole em seco e encara meu decote novamente. - Mulher.

– Pode parar de olhar para meus peitos? - digo irritada e cruzo os braços, cobrindo meu busto. - Nathan. Eu e Carter não... Transamos ainda.

Ele encara meus olhos e franze o cenho.

– Como assim? - Ele cruza os braços e encara meus olhos com os olhos azuis apertados. - Tá. E você quer mesmo que eu acredite que no dia em que chegamos vocês dois ficaram a noite inteira conversando e tomando chocolate quente?

– E ficamos. - digo. - Eu não fiz a mesma coisa que você ok?

– Ele é gay? - pergunta ele com a boca aberta e uma cara estranha.

– Não. - digo. - Ele não é. Sabe disso porque viu ele em cima de mim no sofá.

Ele mostra as palmas das mãos, fecha os olhos e suspira.

– E porque esse desespero? - digo. - Porque alguém gostaria de me comer?

Ele segura meus ombros.

– Porque alguém não gostaria de comer você? - Franzo o cenho e ele estala a língua. - É, eu não deveria ter falado isso alto.

– Nathan Jones... - Começo a me afastar dele. - O que você quis dizer com isso? Você já pensou em...

Continuo encarando seus olhos um pouco assustada.

– Olha. Eu não vou negar. - Ele ri. - Desculpa se eu sou homem e assumo meus erros. Não sou que nem o Carter que deixa as oportunidades irem assim no ar.

– Nathan! - grito.

– O que foi? Achou que eu nunca pensei em você? Que só achei que fosse a irmãzinha inocente do Abe? - Ele ri. - Eu sei que tem um lado seu que é bem melhor e mais mais espertinho do que esse ai.

– Cala a boca.

– Não, eu não vou calar minha boca! Eu comecei agora tenho que continuar. O que quer que eu diga sobre isso? Ah Shannon, me desculpe por ser homem.

– Quero que guarde seus pensamentos obscuros para si mesmo e não diga-os para mim.

– Como se você não gostasse de ouvir verdades.

Aperto os lábios e empurro seu tórax com a maior força que posso, fazendo-o se desequilibrar e tropeçar na mureta da fonte.

Ele agarra meu braço e nós dois caímos dentro dela.

Bato a cabeça nos azulejos na fonte e fico um pouco tonta.

Me empurro para a superfície e o encaro.

– Você... - Ele me encara bravo, mas logo começa a rir.

Começamos a rir e de repente começamos a jogar água um no outro, como suas crianças idiotas.

Até que paramos e nos vemos encostados um no outro, com os rostos próximos.

– Desculpe-me por ser homem. - diz ele.

Arqueio as sobrancelhas e aperto os lábios.

– Ok. - digo encarando seus lábios.

Ele ri e morde o lábio inferior, nos fazendo rir novamente.

A água se movimenta, batendo em minha barriga, abaixo de meus seios.

Continuamos nos encarando, até que ele segura meu queixo e aproxima mais os nossos rostos, fazendo-me beijá-lo.

Minha mão para em seu pescoço e sua mão se movimenta na água até minha cintura.

Talvez eu esteja tonta de mais com a batida na cabeça na fonte, mas tenho que admitir que o beijo de Nathan não é nada ruim.

Não é a toa que as garotas ficam com ele noites inteiras. Eu poderia ficar o resto do dia aqui.

Mas ele se afasta de mim e coloca a mão entre meus cabelos.

– Você está sangrando. - diz ele encarando meus olhos.

Sinceramente, fiquei com uma imensa vontade de dizer dane-se e continuar em seus lábios, mas tenho quase certeza de que se fizesse isso, Carter apareceria e não seria nada bom.

– O que? - pergunto um pouco tonta.

Ele tira a mão de meus cabelos e coloca a frente de meu rosto, mostrando o sangue e me fazendo sentir o corte em minha nuca.

– Ai. - digo, ficando um pouco tonta.

– Vem, precisa sair dessa água. Pode estar contaminada.

– Não. - Agarro seu braço. - Não vai acontecer nada. - Suspiro. - Está tudo bem. É só um corte pequeno.

– Tá, mas eu meio que não quero ficar nessa água. Mas se quiser, fique á vontade.

Começamos a rir e ele sair da fonte, me ajudando a levantar e me virando de costas para ele, segurando meu cabelo para o lado.

– É, até que não foi tão mal. Só um curativo e está feito.

– O que houve com vocês dois?

Olho para trás e vejo Carter de braços cruzados e o cenho franzido pra nós dois e nossas roupas molhadas.

– Estávamos conversando aqui, eu tropecei, segurei o braço dela e... Caímos na fonte.

– Ah. - diz Carter. - Ela se cortou?

– Foi pequeno. Eu cuido disso.

– Tá. Eu tenho que tentar concertar o carro com Howard então... Eu vejo vocês depois. Vamos tentar achar uma antiga oficina.

– Cadê a Georgia? - pergunta Nathan.

– Saiu com a Maria. Porque precisa de sapatos quando tem bichos querendo comer sua pele. - Carter sorri e volta para a entrada da mansão.

Nos encaramos e começamos a rir.

– Ok. Agora que ele já foi embora... - Nathan segura meu pescoço e nos beijamos novamente.

Dou tapas em seus braços e ele me solta.

– Você é um garoto muito atrevido mocinho. - digo ofegante. - Muito, muito atrevido.

– Você também não é santa. Aposto que quis continuar ali naquela fonte com esses lábios nos meus. Nem venha mentir para mim. - diz ele também ofegante. - Fala sério, só tem a gente aqui dentro.

– O problema é que Georgia é sua namorada e Carter é meu namorado.

– Eu vi primeiro. - diz ele indignado.

– Viu o que?

– Você. Teoricamente eu tenho mais direito de ficar com você do que ele.

– Só que tem um probleminha. Eu gosto do Carter.

Cruzo os braços e ando na direção da mansão.

– Mas prefere o meu beijo.

Paro de andar e fecho os olhos, não sabendo o que responder.

O encaro e ele ri.

– Parou de andar. Isso quer dizer sim.

– Quer dizer que você é um idiota.

– Mas você ainda prefere o meu beijo.

– Cala a boca. - digo voltando a andar.

– Me diz, quem vai fazer o curativo em seu pescoço?

– Pode fazer para mim?

Encaro seus olhos.

– Claro. - Ele anda até mim e chegamos a porta da mansão. - Por um beijo.

Encaro seus olhos com uma cara séria.

– É o meu preço.

– Estou achando que você gostou mais do beijo do que eu. - digo.

Ele dá de ombros e pisca.

– Quer um curativo? Eu quero um beijo. Carter vai perguntar porque está com a cabeça sangrando e o que você vai responder?

– Que você não quis fazer.

– Mas eu disse que faria.

– Cala a boca e vai pegar a droga do curativo. - digo apontando para o armário com os suprimentos para primeiros socorros.

Me sento no sofá, sem ao menos me importar com minhas roupas molhadas.

Sinto-o sentar atrás de mim. Suas mãos movem meu cabelo para o lado e sinto algo gelado e ardido em minha nuca.

– Ai. - digo.

– Quer virar um bicho? - pergunta ele. - É. Eu acho que não. - Ele termina o curativo e bate a mão na perna. - Pronto Shan.

Ele se levanta e eu me levanto também.

Seguro seu pescoço e o beijo novamente.

Ele se afasta e ri.

– Eu estava brincando. Mas ok.

Balanço a cabeça e reviro os olhos, subindo as escadas e vendo-o rir sozinho no andar de baixo.



















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Notas finais do capítulo

bueno, esse ai valeu por dois ein?
Mas vale a pena. Era especial.
FELIZES COM O ATO DE SHATAN?
É OBVIO QUE ESTÃO. EU QUERO REVIEWS OK? MUITOS REVIEWS.
QUERO NADAR EM REVIEWS.
MUAHAHAHA.
kkkk amo vocês e aliás, quero reviews.