Casais Improváveis escrita por Valerie Grace, Lady Salvatore, Hiccup Mason, Bess, Sherlock Hastings


Capítulo 78
Bellamy Blake & Clarke Griffin


Notas iniciais do capítulo

OLAAAAAAAAAAAAAA PESSOAL!
Então, eu ainda existo sim e continuo fazer muitas viagens no novo modelo da Tardis (consegui comprar uma azul e roxa, super legal!). Mas, trouxe aqui um dos meus OTP's mais sofridos e amados de todos: Bellarke da série The 100. Alguém assiste? Eu shippo esses dois mais do que eu e Thor (sim, shippo mesmo) e como a série não os fazem canon, então fiz essa one! Gente, eu sou uma pessoa romântica pra escrever mesmo, e juro que tentei não deixar meloso hahahaha estou pensando em fazer ones mais "hots" nas próximas, mas estou só pensando.
Espero que gostem!
Enjoy!



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Tema: The 100

Ship: Bellamy Blake & Clarke Griffin

High Love

Clarke POV

“Você deve ir. Era apenas uma fraqueza”.

Essas palavras estavam metralhando minha mente de forma incessante desde saíram de minha boca. Eu não parava de pensar no quão estúpido elas eram agora, depois de já terem sido pronunciadas. Porque eu disse aquilo? Foi a maior mentira que falei.

Minhas unhas estavam encurtando cada vez mais enquanto meus dentes as roíam numa forma frustrada de extravasar a raiva que estava de mim mesma. Não demoraria até que começasse a morder meus dedos.

“Ele já deve ter ido. Eu o mandei para morte sem piedade”.

Meus olhos não possuíam um foco, era como se estivessem no modo automático: funcionavam, mas de forma robótica. Eu estava visualizando as milhares de forma que Bellamy poderia morrer no Mounth Weather.

E se o transformassem em um Ripper?! Eu não conseguiria... Eu não conseguiria pará-lo, e então, eu acabaria morrendo nas mãos dele; mãos frias e sem emoções, mãos que não pertenceriam mais ao Bellamy. Não poderia suportar vê-lo dessa forma.

Lembrei-me do sofrimento de Octavia quando encontrou Lincoln assim, e em como, nem mesmo Bellamy, teve coragem de mata-lo.

Mas eles também poderiam simplesmente drenar todo o sangue dele naquele laboratório sinistro e cheio de assassinos loucos para fazer experiências. E então, eu não teria que mata-lo, mas teria que assisti-lo morrer em sofrimento.

Apertei os dedos em meus lábios e senti meus olhos queimarem. Tentei conter o choro, mas meu corpo começava a se arrepiar com as ideias terríveis que tive, então acabei deixando alguns fios escorrerem em minha bochecha. Não as limpei, fiquei apenas mirando o nada enquanto sentia raiva de minhas atitudes.

“Você matou o Finn”.

Eu jamais esqueceria isso, mas eu consegui. Isso que me fez perceber o que realmente estava dentro do meu coração: Porque eu consegui matar o Finn mesmo estando apaixonada por ele?

A resposta era muito fácil: Eu não estava apaixonada por ele.

E agora, nesse momento de reflexão, eu percebi que estava apaixonada por outra pessoa, e que isso aconteceu sem eu perceber. Foi como cair em um sonho, você não lembra como caiu ou o que causou, só sabe que está caindo e então acorda.

Foi exatamente assim que me apaixonei por Bellamy: Devagar e inconscientemente.

Mas eu não estava relutando esses sentimentos, só estava frustrada por ter descoberto no momento em que o mandei embora. Eu não precisava fazer isso, ou pelo menos dizer daquela forma. Bellamy fez coisas por mim, acreditou em mim quando ninguém mais o fazia, me apoiou e me ajudou a sobreviver. E como retribuição eu o mando para o lugar mais isolado e perigoso da Terra. Estúpida Clarke.

Olhei para o céu estrelado e percebi que não havia se passado muito tempo, nem perto de uma hora. Bellamy não deveria estar na estrada, ele ainda devia estar arrumando suas coisas e pegando equipamento com Raven.

Levantei de supetão e comecei a correr sem nem processar o que estava fazendo. Dane-se a razão, eu cansei de seguir a razão o tempo todo, eu não precisava agir como a Lexa, eu não era ela. E eu não vou deixa-lo morrer sem saber disso.

Minha respiração estava quente e minhas pernas formigavam durante a corrida. Mas nenhuma sensação física iria me impedir. Eu iria até ele.

Passei direto pelas pessoas, inclusive minha mãe, acho que alguém chamou pelo meu nome, mas não estava com tempo para eles agora. Continuei a correr deixando todos para trás.

“Bellamy, não vá, não vá, por favor.”

Entrei na nave e fui direto para a sala da Raven, ele teria que estar lá, ou pelo menos ter passado.

Parei com o rosto quase colado na porta e a abri sem rodeios. A porta rangeu e foi com tudo para trás, ficando escancarada. Raven me encarava como se tivesse visto uma bomba explodir, e do lado dela, estava Bellamy.

Um sorriso se estendeu pelos meus lábios enquanto minhas mãos suavam, parecia uma garotinha que acaba de encontrar seu primeiro amor.

– Raven, - disse ofegante – poderia nos dar um minuto? – pedi sem explicações, depois eu arrumaria tempo para contar a ela.

Ela nem ao menos hesitou, acenou com a cabeça e saiu da sala, fechando a porta com calma depois.

Tinha que recuperar o fôlego, mas não queria fazer isso agora, meu corpo estava agindo sozinho, e ele decidiu se aproximar de Bellamy.

Ele me encarava com uma expressão assustada, pronto para receber a pior noticia que eu poderia lhe dar.

– Você... – meu fôlego não tinha se recuperado em nada – Você não pode ir.

Meus olhos focavam os dele sem hesitação, mas sentia minha barriga congelar a cada vez que pensava no que dizer.

– O que aconteceu? – ela parecia muito preocupado, sem a mínima noção do que estava acontecendo.

– Não há nada... Nada de ruim. – respirei fundo – Nenhum ataque ou coisa parecida.

– Então, o que há? – sua expressão suavizou e ele me fitava mais relaxado.

– Há... – Droga. – Tive vontade de me socar naquele instante. Como fui travar agora?! Ele está aqui, apenas diga! – Eu...

– Você? – ele cerrou os olhos tentando me decifrar.

Respirei fundo mais algumas vezes e fechei os olhos, tentando achar as palavras certas. Mas não via nenhuma. Eu estava travada.

Não! Eu não posso falhar agora! Eu vim até aqui por um motivo, e eu irei cumpri-lo!

Então, sem pensar no que estava fazendo, inclinei-me sobre ele e colei nossos lábios com pressa. Um choque percorreu todo o meu corpo e senti um formigamento se espalhar da minha barriga até as costas.

Bellamy passou as mãos pelo meu rosto e o afastou um pouco. Fiquei aflita de que ele estivesse prestes a dizer que não sentia o mesmo; algo que eu não havia cogitado.

– Até que enfim, princess. – ele sorriu de forma sedutora e me deu um beijo verdadeiro.

Afundei minhas mãos em seus cabelos cacheados, sentindo a textura macia dos mesmos. Bellamy colocou as mãos em minha cintura e puxou-me contra seu corpo, depois me envolveu com os braços, mantendo-nos unidos.

Estava muito quente ali, mas não era um calor incomodo como em dias de sol, era algo novo que eu não conseguia explicar. Era um calor que fazia meu corpo relaxar e se retesar ao mesmo tempo.

Afastamos nossos lábios por um instante, respirando e processando tudo que tinha acabado de acontecer.

– Não vá. – sussurrei com a voz rouca – Não vá ao Mounth Weather.

– Eu tenho que ir. – ele acariciou meu rosto com uma mão – Mas eu prometo que voltarei vivo, princess.

– Mas... Me desculpe pelo que disse. – o pânico do que poderia acontecer com ele me tomava novamente – Você não é minha fraqueza, você significa muito... – travei. Droga.

– Você sempre significou pra mim Clarke. – fiquei surpresa ao ouvir isso.

As lágrimas rolaram, eu não podia conter o choro com ele ali e a chance de perdê-lo.

– Não vou conseguir suportar se eles... – não terminei a frase, mas ele entendeu.

– Ei, - ele limpou minhas lágrimas com os dedos – eles não vão conseguir me matar. Eu vou fazer isso por você, pelo nosso povo e nossos amigos. Eu tenho muita motivação de vencer.

Sua voz era tão confiante que era impossível tentar argumentar ao contrário, ele realmente estava determinado a cumprir aquela missão.

Ficamos um tempo em silêncio enquanto meus pensamentos se turbilhoavam. Sabia que não podíamos ficar ali para sempre, então aproveitei a minha chance antes que me arrependesse depois.

– Eu te amo. – falei devagar, reunindo toda coragem que possuía.

Os olhos dele brilharam e sua boca se esticou num sorriso involuntário.

– Eu te amo, princess. – ele me deu um beijo na testa – E prometo que voltarei pra você.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? *---------------*