Casais Improváveis escrita por Valerie Grace, Lady Salvatore, Hiccup Mason, Bess, Sherlock Hastings


Capítulo 31
Susana Pevensie & Pedro Pevensie


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!
Essa one é do tema As Crônicas de Nárnia, shipper Susana x Pedro!
Obrigada a Tricya pela recomendação! *o*
Espero que gostem!
Enjoy!



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Tema: As Crônicas de Nárnia

Shipper: Susana Pevensie e Pedro Pevensie

Just Tonight

Sentia-me solitária durante esses tempos que estive longe de meus irmãos. Estou feliz por estar em uma cidade grande com meus pais e orgulhosa por eles terem escolhido a mim para viajar com eles, mas nada pode substituir meus irmãos. Jamais pensei que iria sentir tanta falta deles, principalmente de Pedro, meu irmão mais velho. Estava tão acostumada a pedir conselhos para ele, ajuda-lo a cuidar de Lucia e Edmundo, dividir as responsabilidades depois que nosso pai fora para guerra. Agora tenho que me cuidar sozinha e não tenho ninguém para conversar.

Na noite passada fui a uma festa glamorosa com meus pais e tive que passar todo o tempo ouvindo eles se gabarem de minha beleza, como se eu só tivesse isso de bom. Saudades dos meus tempos em Nárnia quando era uma rainha e guerreira respeitada, quando minha beleza era apenas um atributo trivial.

Hoje eu tinha o dia de folga só para mim, meus pais foram para uma reunião ou algo parecido e eu poderia finalmente conhecer a cidade. Vesti-me e peguei as cartas que tinha escrito para meus irmãos, iria até o correio e depois iria caminhar.

Enquanto seguia para o correio avistei um rapaz loiro e alto ao longe em frente uma loja e congelei. Pedro? Poderia ser ele? Meu coração acelerou e senti um sorriso se formar no meu rosto. Apressei o passo e no momento que ia me atirar em cima dele percebi que não era meu irmão. O sorriso desapareceu de minha face e continuei caminhando como se nada tivesse acontecido.

Como eu pude ser tão burra?! O que, afinal de contas, Pedro estaria fazendo aqui? Seria tolice demais pensar que ele pudesse viajar de tão longe apenas para me ver? Pois é o que eu faria, iria até o interior somente para visita-lo, porém com meus pais sempre me vigiando isso seria impossível, eu teria que continuar tendo esperanças de que ele viria me ver. Afinal depois de tantos meses se comunicando apenas por cartas seria muito legal da parte dele.

Eu havia decorado cada palavra de cada carta que recebi de Pedro. Não sei explicar essa conexão que tenho com ele, Pedro é meu porto seguro, meu confidente, meu protetor. Ele era muito importante para mim, e isso não é pelo fato de ser meu irmão, pois não sinto o mesmo com Edmundo ou Lucia, eu os amo obviamente, mas com Pedro é algo muito mais forte.

Postei as cartas no correio e voltei para casa. Durante o percurso de volta sentia uma pontada no peito cada vez que via irmãos brincando ou até mesmo brigando.

Entrei desanimada em casa e pendurei meu casaco ao lado da porta. Tirei os sapatos que estavam me apertando e logo ouço um barulho vindo da cozinha.

Congelei com os sapatos na mão. Outro barulho. Coloquei meus sapatos no chão e peguei um guarda-chuva que estava ali perto. Não era um arco, mas iria servir. Caminhei cautelosamente até a cozinha e parei encostada na porta. Mais barulhos. Seria um ladrão?! Respirei fundo e abri a porta rapidamente com o guarda-chuva erguido, mas fiquei chocada com o que acabara de ver.

– Ei! Calma Susana! – disse Pedro assustado.

Deixei o guarda-chuva cair no chão e fiquei paralisada.

– Pedro? – perguntei debilmente.

– Não me reconhece mais? – indagou desapontado – Eu sabia que bastariam alguns meses para...

Ele não continuou, pois eu corri e me atirei em seus braços o aperto fortemente.

Senti-o ficar estático de surpresa, mas logo retribuiu meu abraço gentilmente.

– Pedro! Pedro! Eu estava com tanta saudade! – disse inalando seu perfume e certificando de que não era um sonho.

– Eu também estava com muitas saudades Susana! – me afastou delicadamente – Pensei que tivesse se esquecido de mim.

– Eu jamais o esqueceria! Você que me esqueceu! – acusei fazendo bico.

– Ah! Você fica tão adorável quando fica bravinha! – zombou rindo.

Dei-lhe um tapa no ombro e comecei a rir junto.

– Mas é sério Pedro, eu achei que não iria mais te ver. – admiti tristemente.

Ele parou de rir e suspirou. Começou a passar a mão em meus cabelos.

– Por um momento eu também Su, mas essa ideia era insuportável. – disse franzindo a testa – Por isso vim para cá, deixei tudo de lado para te ver.

– Sério? – indaguei demonstrando muita animação.

– Claro, mesmo só podendo passar essa noite, mas eu vim.

– Apenas essa noite? – indaguei tristemente.

– Infelizmente. – suspirou – Você sabe que se pudesse ficar mais eu ficaria. – acariciou minha bochecha.

– Então venha, tem que me contar todas as novidades! – peguei sua mão e o puxei escada acima em direção ao meu quarto.

– Porque não conversamos na sala? – perguntou ele assim que entramos.

– Porque aqui ninguém vai nos incomodar. – respondi sentando no pequeno sofá – Venha Pedro! – bati a mão no espaço ao meu lado e ele sentou.

– Então, como estão os estudos para a faculdade? – perguntei.

– Bem, são puxados e quase não tenho tempo livre, mas irá compensar quando conseguir entrar para medicina. – respondeu parecendo cansado.

– Você deve estar exausto! – passei a mão em sua cabeça – Não tem nenhum tempo livre?

Ele ficou em silêncio por um tempo enquanto eu acariciava sua cabeça. Achei estranho, pois ele me olhava como nunca havia feito antes. Mas eu gostei daquilo, sabia que era com aquele mesmo olhar que eu olhava para ele.

– Às vezes eu tenho, como esse por exemplo. – tirei a mão de sua cabeça um pouco envergonhada.

– Então você usa seu tempo livre para me ver? – perguntei deixando escapar um pouco da minha satisfação – Porque não vai visitar sua namorada?

– Su! Você sabe que eu não tenho namorada.

– Vai me dizer que não cortejou nenhuma garota nesses meses? – ergui uma sobrancelha.

– Pois é a verdade. Não tenho olhos para outras garotas. – ele congelou subitamente como se tivesse dito algo errado – Mas e você Su, - fugiu do assunto vermelho – deve ter muitos pretendentes.

Eu queria saber o porquê dessa reação dele, mas resolvi não forçar.

– Não me interesso por nenhum. – afirmei.

– Ainda não esqueceu o Caspian, não é? – indagou parecendo triste ao lembrar-se disso.

– Eu não penso nele desde nossa última visita a Nárnia.

– Não se arrepende de não ter ficado lá com ele? – perguntou olhando para as próprias mãos.

– Nem um pouco, eu não o amava, achei que sim, mas não. Não é ele quem eu quero. – o que acabei de dizer?

– Então quem é? – perguntou me olhando curioso.

Senti meu rosto esquentar e então tudo se encaixou. Todo começou a fazer sentido, meu quebra cabeça estava resolvido. Então era isso? O tempo todo?! Eu não conseguia acreditar! Isso não era certo! Eu não podia estar apaixonada pelo meu irmão! Isso é um escândalo! É pecado!

Senti meu coração apertar e minha respiração ficar pesada. Involuntariamente uma lágrima desceu pelo meu rosto. Sentia-me devastada. Por quê?

– Susana! – exclamou Pedro se ajoelhando a minha frente – O que houve?

– Pedro... – choraminguei sem coragem de olhá-lo.

– Su! – ele limpou minhas lágrimas – O que aconteceu?

– Não me toque... Isso é errado... – murmurei afastando sua mão.

– O que fiz? – perguntou preocupado.

– Perdão irmão! – me ajoelhei a sua frente e curvei meu corpo colocando a cabeça no chão – Perdão! Perdão!

– Susana! – exclamou assustado me levantando com força e fazendo-me encará-lo – Por Deus, o que aconteceu?!

Encarei seus olhos por um longo momento. Eram tão lindos! Ele era lindo! Sempre tão gentil comigo, e carinhoso... Tão doce! É impossível não se apaixonar por ele! Perdi-me em pensamentos e não percebi quando me aproximei e o beijei.

Estava completamente fora de si, o beijava sem medo, minha mente já não raciocinava, a razão perdeu para o coração. Estava entregue aos meus sentimentos. Passei meus braços pelo pescoço dele e o empurrei levemente para trás, fazendo-o deitar. Senti suas mãos percorrerem minhas costas e aprofundei o beijo. Passei minhas mãos por seu peito e logo adentrando debaixo de sua camisa. Ele desceu as mãos até minhas coxas e continuou até começa a subir a saia de meu vestido. Sentia-me pegar fogo, mas ele parou quando sua mão quase chegou a minha roupa intima. Ele abriu os olhos assustados e eu pulei para longe dele me dando conta do que estava prestes a acontecer.

– Pedro! – exclamei ofegante.

– Susana! – exclamou se levantando.

– O que foi isso?! Porque não me impediu? – perguntei corando como uma pimenta.

– Você ainda não percebeu? – indagou ofegando.

– Percebi o que? – o encarei.

– Eu estou apaixonado por você Su.

– Está? – murmurei abrindo um sorriso.

– Sempre fui. – admitiu.

Novamente joguei-me em seus braços.

– Eu também o amo Pedro! Culpei-me tanto por isso! Mas não consigo ficar longe de você!

– Eu também Susana! Jamais imaginei que sentia o mesmo! Não sabe o quanto estou feliz!

Afastei-me e o encarei. Começamos a rir e depois voltamos a nos beijar.

Certo? Errado? Eu não saberia dizer. Mas naquela noite deixaríamos o nosso coração falar. Naquela noite nos permitimos amar um ao outro. Não sei se vamos dar certo, se vamos ficar juntos para sempre, quem sabe? Depois dessa noite tudo é possível.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? *-------------------------*
Pessoal, agradecemos o carinho de vocês e os autores tentam sempre atender sugestões de vocês, então não se exaltem, lemos todos os reviews e anotamos as sugestões no nosso staff, mas não queremos escrever a one de qualquer jeito, então não fiquem bravos se sua sugestão não for publicada, não significa que não foi anotada.
Bjonas!