Who Is Red John? escrita por Miss Tunney


Capítulo 7
Não se distraia, Teresa!




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/375286/chapter/7

Lisbon temia aquela famosa expressão facial de Jane que dizia ''tive mais um daqueles planos mirabolantes que quase te fazem perder seu emprego''. Mas, como sempre, ela respirou fundo e contou até dez. Parece ter dado certo.

Lisbon: O que vamos fazer?

Jane: Não sei se você vai gostar da ideia...

Lisbon:  Fala logo!

Jane: Ah..nós só..precisamos de uma mulher jovem, bem vestida, bonita e...que pareça ser rica. Só isso.

Lisbon: O que? 

Jane: Ah! E também preciso que você ligue para a tal associação e diga que há uma mulher disposta a doar uns...hm...dez milhões de reais. -Lisbon deu uma falsa gargalhada.

Lisbon:  Isso só pode ser piada. Isso vai virar notícia, Jane.

Jane: Eu sei. É exatamente isso que queremos!

Lisbon: Mas Jane...

Jane: Faça isso. Arranje uma mulher, ligue para Cristine e marque um encontro nesse restaurante que fica aqui na esquina.

Mas era óbvio que, mesmo discordando, Lisbon ia fazer o que Jane havia sugerido. Ela sempre fazia. Sempre...

RESTAURANTE

Lisbon e sua equipe estavam disfarçados, observando a mulher que eles tinham contratado para ser a ''cobaia'' deles. Cristine ainda não havia chegado e a equipe estava esperando quem iria se aproximar da mulher. Para surpresa de todos, o prefeito se aproxima, puxa uma cadeira e senta do lado da moça.

Lisbon: Impossível!

Jane: Eu disse que algumas pessoas podem ser piores do que imaginamos.-Cho e Rigsby cercaram Leonard, que se revoltou.

Leonard:  Porque estão aqui? Eu não fiz nada de errado! -Jane saiu de trás da árvore onde se escondia com Lisbon. Mas ela ficou lá sozinha, ainda chocada pelo prefeito ter aparecido lá. O advogado de Leonard, Dr. Blake, aparece por lá.

Dr.Blake: Agente Lisbon! -Lisbon se assustou com a presença  repentna dele.

Lisbon: Oh!  Me assustou...

Dr.Blake: Sinto muito, Teresa. Mas, você está cometendo um erro.

Lisbon: Ah é? E porque?

Dr.Blake: Meu cliente é inocente. -Lisbon bufou.

Lisbon: Isso é que todos dizem.

Dr.Blake: Agente,  tenho certeza que ele é inocente. Você acha mesmo que um homem como esse é capaz de matar a próprima esposa?

Lisbon: Eu não achava, mas...

Dr.Blake: Além disso, eu tenho provas.

Lisbon: Provas?

Dr.Blake: Sim, fiz uma pequena investigação amadora e descobri muitas coisas sobre a noite do assassinato. Tenho até fotos.

Lisbon: Sério? Onde? Cadê todo esse material? Eu preciso averiguá-los.

Dr.Blake: Ótimo! Está tudo no meu escritório. Me acompanhe? -Lisbon o acompanhou até seu escritório, quando chegaram lá Blake sugeriu a ela que deixasse sua bolsa no carro porque não iriam demorar.

Lisbon: Então...aqui é seu escritório? -Lisbon estranhou o lugar.

Dr.Blake: É sim. Desculpe a bagunça.

Lisbon: Onde está o material?

Dr.Blake: Ah sim! Claro. Vou pegá-lo. Sente-se, Teresa, fique a vontade. -Lisbon se sentou e Blake saiu daquele cômodo fechando a porta. Na mesma hora ela se levantou com o impulso do espanto de ter visto aquela porta se fechar. Porque Blake fechou a porta? E o que o pensar ao ver que a porta não só estava fechada, como trancada? Lisbon simplesmente começou a gritar e bater incessantemente na porta. Mas o que será que estava acontecendo ali?

De repente uma série de pensamentos e conclusões viram á tona em sua cabeça. E pouco a pouco ela raciocinou que Blake não tinha material nenhum, que talvez não fosse quem todo mundo pensasse que ele fosse, que era o criminoso que ela tanto procurava, que ela havia deixado sua bolsa com sua arma no carro, e o pior: que ela estava presa nas mãos dele. Por Deus, ela estava presa!

Não, dessa vez ela não devia ter se distraído dessa forma. Não podia ter vacilado. Lisbon só sentiu as batidas de seu coração novamente quando deslizou as mãos pelos bolsos da calça jeans e sentiu algo. Era seu celular. Oh céus, era um milagre! O celular não estava na sua bolsa. Estava com ela o tempo todo. Sem pensar duas vezes discou o número de Jane. Ele não atendeu, então ela resolveu deixar uma mensagem de voz: ''Jane, nós pegamos o cara errado...''. Mas antes que ela pudesse terminar, Blake entra na sala e arranca o celular de Lisbon.

Blake: Isso fica comigo.

Lisbon: O que foi que você fez seu filho da mãe?

Blake: Eu? Não fiz nada.- Ele ria.

Lisbon: Foi você não foi? Matou Angeline e aquelas outras mulheres...

Blake: Realmente é uma pena que só eu e você saibamos disso não é?

Lisbon: E o que você quer de mim?

Blake: Tire as acusações contra Lenard. -Isso foi estranho. Porque Blake ia querer que Leonard fosse inocentado? Ele levaria a culpa em seu lugar. Blake só teria a ganhar. 

Lisbon: Porque quer que eu faça isso? 

Blake: As pessoas vão achar que acabou. Vão ver que o assassino foi preso e ficarão aliviadas. Quero que elas saibam que ele ainda está solto e que tenham medo. Muito medo.

Lisbon: Você é doente!

Blake: Me dê suas algemas.

Lisbon: Não!

Blake: Me dê logo... -Lisbon negou mais uma vez e Blake não teve pena. Contornou o pescoço dela com as duas mãos e começou a pressioná-lo até seus olhos ficarem vermelhos e ela começar a tossir.

Blake: Acho que você ainda não entendeu quem é que manda aqui. Agora me dê essa porcaria de algema, vadia! -Com as mãos trêmulas, ela entregou as algemas a ele. Blake algemou os pulsos de Lisbon e a deixou no chão.

Lisbon: Se quiser que eu retire as acusações, terá que me soltar de qualquer jeito.

Blake: Você não vai sair daqui, Teresa. Pelo menos não viva.  Posso mandar uma carta para o Procurador Geral assinada por você.

Lisbon: Se não precisa de mim para isso, por que,  afinal, estou aqui?

Blake: Sabe...no início eu até queria seus serviços mas...agora vejo que você realmente faz o meu tipo.

Lisbon: Não tenho medo de você.

Blake: Quanta autoconfiança! Aprendeu isso com seu amiguinho médium?- Sim, Lisbon sabia que Jane sempre matia a calma e o controle em situações como essa.

Lisbon: Ele não é médium...

Blake: Que seja!

Lisbon: Eu não...

Blake: CALA ESSA BOCA! Sua voz já está me irritando.-

No restaurante, Cho e Rigsby estavam prontos para levarem Leonad ao CBI,  mas Jane ligou seu celular e recebeu a mensagem de voz de Lisbon. ''Jane, pegamos o cara errado''. O que será que ela queria dizer? Será que ela sabia quem era o cara certo? E onde diabos ela estava?

Jane: Soltem Leonard! Ele não é assassino.

Leonard: Oh, Graças a Deus!

Rigsby: Então quem é o assassino?

Jane: Não sei mas acho que Lisbon está com ele.... Ou, ele está com Lisbon.

Cho: O que?

Jane: Alguma coisa aconteceu com ela...

Cho: Onde ela está?

Jane: Não sei.

Rigsby: Ela te ligou?

Jane: Ligou sim.

Rigsby: Então fala!! O que ela disse?

Jane: Tem algo estranho acontecendo. Eu acho que....

Cho: Acha o que?

Jane: Não...deve ser paranoia minha. -Jjane estava se paralisando aos poucos.

Rigsby: Acha o que?

Jane: Que....

Cho: O que???

Jane: Lisbon foi sequestrada!


 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não me matem, mentalistas loucos. Me doeu muito escrever cada palavra deste capítulo. Desculpem, hehe.