Acordei acorrentada, presa na parede. Enquanto recuperava a consciência, ia olhando ao redor, tentando reconhecer o lugar em que estava.

O lugar era uma sala pequena e úmida, feita de rochas. As janelas tinham grades e só dava para entrar um pouquinho da luz do sol. Eu estava em cima de uma cama de solteiro, meio improvisada.

Quando percebi que lugar era aquele, entrei em pânico.

“ Não... NÃO!!! Não era para isso acontecer! “

Olhei para a minha barriga, verificando se estava tudo bem. Graças a Deus, nada tinha ocorrido comigo nem com o bebê.

A porta se abriu e Dark surgiu em minha frente. A raiva me consumiu completamente.

-VOCÊ?! O QUE QUER COMIGO?!

Ele deu a mesma  risada macabra que eu vi em meu sonho, o que me fez estremecer por dentro.

-Calma, não precisa se estressar. Vai fazer mal para o bebê. Por que não conversamos?- dizia ironicamente.

-ME SOLTA! AGORA!

- Hora, hora,hora, mas essa é uma cela de cinco estrelas! Tem até cama!- voltou a rir.

- EU VOU ACABAR COM A SUA RAÇA,DARK!

Dessa vez ele soltou uma gargalhada, olhou para a porta e disse “ entre”.

Nisso Haku entrou. Parei de gritar na mesma hora.

- Haku, você será o guarda-costas da nossa convidada de honra. Talvez assim, ela fique quietinha, ou então...- ele pegou uma faca e veio em minha direção, colocando-a em minha barriga.- ... terei que matar o bebê.

-Eu prometo parar de gritar. Não machuque o meu filho, por favor. Faço tudo o que você quiser.

Ele riu novamente e disse:

- E você vai fazer tudo o que eu quiser, ou então, você já sabe o que vai acontecer.

Congelei nessa hora, após essa minha reação, ele saiu rindo, deixando Haku comigo.

Olhei para Haku chorando. Queria ir abraçá-lo, mas não podia. E não era só as correntes que me impediam disso.

- Haku, por favor... Não deixe fazerem nada com nosso filho.- disse abaixando a cabeça. Não conseguia mais encará-lo, doía muito saber que não conseguia salva-lo.

Algumas horas depois, Dark entrou novamente, mas dessa vez junto com um guarda.

- Já esta mais calminha?- perguntou de forma sarcástica

Somente olhei para ele e abaixei a cabeça. Não seria bom para mim e nem para meu filho caso eu continuasse enfrentá-lo.

- Pode me soltar, prometo não fazer nada.

- Vou solta-la, afinal não faz sentido matá-la, ainda.

Olhei para ele com frieza

- Haku cuidará de você se tentar algo.