Forbidden Fire escrita por Victória Miranda


Capítulo 3
31 de maio de 2010


Notas iniciais do capítulo

KIRIDAS DO MEU CORAÇÃO :) OBRIGADA POR TEREM COMENTADO NESSE ÚLTIMO CAPÍTULO. MEU, ESTOU MUITO FELIZ, SÉRIO! Adorei cada review que vocês deixaram e prometo que irei responder assim que possível ok?
Bom, esse capítulo não está tão bom como eu gostaria que estivesse (tive que escrever correndo, porque estou em semana de provas, triste, eu sei). Mas irei caprichar no próximo hihihihi ;)



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Capítulo 3 - Caroline POV
 

- Você não vai mesmo falar comigo? - Niklaus perguntou pela quinta vez durante o percurso da casa do Tyler até a minha casa. Eu, como resposta, continuei com a cara fechada, olhando incessantemente para a janela do carro - Tudo bem. Se você não quer falar, não fale então.

Ele esticou o braço e ligou o rádio. No mesmo instante, Third Eye Blind invadiu o carro, ao som de Jumper. Maldita hora! Pensei com raiva. Eu adorava essa música e nem podia cantar, senão o Klaus iria pensar que eu já estava calma, ou pior ainda, que eu já tinha o perdoado.

- Você errou o caminho. A rua da minha casa era por ali - eu disse quando ele passou direto pela entrada que nos levaria de volta para casa.

- Eu sei, Caroline. Estou te levando para comer alguma coisa. Você não comeu nada a noite inteira.

- Nossa, não sabia que tinha ganhado um novo pai! - revirei os olhos, fazendo questão que ele visse.

- Para de reclamar, garota. Só estou cuidando de você, como sua mãe pediu - ele abriu um sorriso cínico, como se estivesse se divertindo com tudo isso - Chegamos. Eu abro a porta para você.

Ele desceu do carro e deu a volta, até chegar à porta do passageiro. Com agilidade, abriu a porta e esticou a mão para que eu a segurasse. Desci com cuidado do automóvel, mas passei direto por ele, fazendo questão de esbarrar bruscamente meu ombro no dele.

Pelo canto dos olhos, pude vê-lo apressar o passo para poder me acompanhar. Ele passou por mim rapidamente e, num gesto de cavalheirismo, abriu a porta da lanchonete para que eu pudesse entrar.

- Aquela mesa ali do fundo está boa para você? - ele apontou para uma das únicas mesas vazias do estabelecimento. Apesar de já ser mais de duas horas da manhã, o local continuava cheio. Balancei a cabeça em afirmação, respondendo a pergunta.

Com calma, ele puxou a cadeira e gesticulou para que eu me sentasse ali.

- Obrigada - dei um sorriso fraco, sentindo-me um tanto confusa. Em um momento ele me trata como criança, mas logo em seguida, muda completamente de comportamento e se assemelha a um galã de filme.

- Não há de que - Niklaus sorriu para mim e se sentou à minha frente - O que você vai querer comer?

Peguei o cardápio que já se encontrava em cima da mesa e passei direto pela página das saladas e grelhados.

- Hambúrguer com duplo queijo, bacon, maionese e ketchup, por favor - pedi à garçonete assim que ela se aproximou de nossa mesa. Ela me encarou da cabeça aos pés, com um olhar de desprezo, provavelmente por causa do meu pedido pouco saudável.

- E você, já sabe o que quer? - dessa vez ela olhava para Niklaus. Na verdade, o verbo "olhar" não se encaixa bem nessa situação. Ela estava secando, praticamente devorando o garoto com os olhos.

- Ah sim... Eu vou querer o mesmo que a senhorita aqui. Só que com uma folha de alface - ele piscou rapidamente para a atendente, cujas bochechas tornaram-se coradas no mesmo segundo. Ela sorriu timidamente e se retirou em direção ao balcão.

- Você não presta, Niklaus! - comentei rindo da situação, afinal, ele conseguiu deixar a mulher desconfortável.

- Eu? O que foi que eu fiz? - ele ergueu as mãos na altura do peito, fingindo não saber do que eu estava falando.

- Você sabe muito bem! Você deu em cima dela bem na minha frente. E detalhe: Você tem uma namorada. Você se lembra da sua namorada, não lembra?

- Eu não estava dando em cima dela. Eu só pisquei para ela. Caroline, você viu como ela ficou sem graça? - ele soltou uma gargalhada genuína, parecendo ser uma criança inocente.

A risada dele era tão contagiante, que logo me vi imitando sua ação. Não tive como evitar.

[...]

- Acho melhor voltarmos para casa - Klaus disse, após pagar a conta - Já é tarde e sua mãe deve estar preocupada.

- Falando assim, você até parece um bom moço - comecei a provocá-lo.

- Caroline, eu sou um bom moço.

Não consegui encontrar nada melhor a fazer, além de dar risada. Porque, aqui entre nós, aquilo só podia ser uma piada.

- Na maioria das vezes, pelo menos - ele tentou se corrigir, o que me fez rir ainda mais.

Levantamos-nos da mesa, e da mesma forma como ele havia feito ao chegarmos, abriu a porta da lanchonete e, em seguida, a do carro para mim.

- Obrigada - sorri gentilmente, antes de me sentar.

- Não há de que - ele abriu aquele sorriso incrível, que deixava à mostra seus dentes extremamente brancos - Então Caroline, creio que você já tenha me perdoado, não é mesmo?

- Não mesmo! - fechei a cara e fiz bico, para demonstrar que ainda estava brava. Mas bem no fundo, sabia que não estava mais.

- Sério mesmo? Eu te trouxe até aqui, paguei um lanche e te fiz rir várias vezes. E não tente negar.

- Não fez nada além da sua obrigação, querido.

- Como você é teimosa! - ele fez uma careta, me fazendo rir, mesmo contra a minha vontade - Mas agora é sério. Me desculpa! Eu não devia ter atrapalhado vocês dois...

- Não devia mesmo, eu nunca mais vou ter a chance de beijar o Tyler.

- É claro que vai. Tenho certeza que agora ele deve estar morrendo de vontade de te beijar. Acredita em mim, Caroline - ele disse, ao ver minha cara de desconfiada - Eu sou um homem, sei como as coisas funcionam.

- Que seja! Não quero falar sobre isso com você.

- E por que não?

- A gente não tem tanta intimidade assim, Niklaus.

Ele ficou quieto, olhando para a rua deserta e praticamente escura. Não demorou muito para que Klaus estacionasse na frente de casa.

- Chegamos.

- Obrigada por ter me acompanhado essa noite.

- Por nada - ele sorriu - Só mais uma coisa: não dê tudo o que ele quer agora de uma vez. Dá uma enrolada nele, Caroline.

- Você ainda está falando do Tyler? - perguntei, sem entender direito qual o objetivo dessa conversa.

- É que... Olha ali - ele indicou com os olhos a direção para onde eu deveria olhar.

- O que ele está fazendo aqui? - perguntei, já sentindo um frio intenso na barriga.

- Nós dois sabemos, né Caroline. Mas se você quiser, eu entro e te dou cobertura.

- Você faria isso?

- Só não demora, está bem?

Niklaus desceu do carro e, fingindo que Tyler nem estava ali, entrou em casa pela porta da garagem. Respira, Caroline. Ele é só um garoto. Muito lindo e encantador. Mas é só um garoto.

Assim que Tyler me viu, levantou-se do gramado e veio em minha direção.

- Tyler, o que você está fazendo aqui a essa hora?

- Eu precisava te ver - ele sorriu de lado, de um jeito muito sensual - Esse cara aí nos interrompeu mais cedo, então eu decidi vir para... Ah, você sabe.

- Mas e a festa? Como você saiu de lá?

- O pessoal está tão entretido que nem deve ter sentido a minha falta...

Ele se aproximou ainda mais e segurou a minha mão direita. Devia fazer isso direto, já que era tão confiante. Ele agia com muita naturalidade, enquanto eu quase mal conseguia ficar em pé por conta das minhas pernas bambas.

O pior de tudo é que eu nunca tinha ficado assim. Pelo menos, não depois do meu primeiro beijo. Ficar com garotos era algo normal para mim, ou para qualquer outra garota da minha idade. Acontece que estamos falando de Tyler Lockwood, o garoto pelo qual eu sempre tive uma quedinha. Ou talvez, uma mega queda, mas isso também não importa mais.

- Tudo bem se eu te beijar, linda? - Tyler perguntou, enquanto colocava uma mecha teimosa de cabelo atrás de minha orelha.

Levantei o meu rosto, para poder olhar melhor nos olhos dele.

- Você nem imagina como eu quero te beijar agora, Caitlin!

- Espera um pouco... - imediatamente, me afastei dele - Você me chamou de Caitlin?

- Você deve ter ouvido errado, Caroline - ele retrucou confiante.

- Não. Eu sei bem o que eu ouvi. Fala sério, Tyler!

- Caroline, esquece isso - ele segurou minha cintura, com o objetivo de me puxar para perto dele.

- Não toca em mim, por favor. É melhor você procurar outra garota para ser seu brinquedinho essa noite.

Sem pensar duas vezes, dei as costas a ele, deixando-o ali fora, sozinho. Como eu sou burra! Eu repetia incessantemente em minha mente. Eu achava mesmo que ele pudesse gostar de mim? Qual é o meu problema, afinal?

Assim que pus meus pés dentro de casa, tranquei a porta da garagem, e ao me virar, esbarrei com tudo em alguém.

- Niklaus! Você me assustou!

- O que aconteceu? Por que você já entrou? - ele perguntou, ignorando completamente o fato de eu quase ter tido um infarto por causa do susto.

- Ele é um idiota.

- Bom, disso eu já sabia - mesmo no escuro, percebi que ele dera um sorriso. Babaca! Eu toda triste e ele zombando da minha cara.

- Obrigada pela sua consideração. Boa noite, Niklaus.

- Não, Caroline, espera - ele me segurou pelo pulso e, com cuidado, me puxou para perto dele. Por sinal, perto demais, para o meu gosto. Lentamente, passou o dorso da mão pela maçã do meu rosto - Eu sinto muito por estar agindo como um idiota.

Espero que esteja escuro o bastante. Ele não pode me ver corar! E isso era tudo com que eu me preocupava naquele momento. 


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Notas finais do capítulo

Vou esperar os comentários de vocês. Quem tiver alguma sugestão para dar, fiquem à vontade, por favor. Beijinhos.