My Daddy Is Zeus escrita por Rookie


Capítulo 3
III – Fico no time azul


Notas iniciais do capítulo

Mais um pra vocês! Eba! *-*



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– Capítulo Três 

Fico no time azul

Sonhei que estava deitada em uma campina. O céu era tão azul que poderia ficar o dia inteiro apreciando a vista. Mais ao fundo, uma pequena cidade colorida e aparentemente feliz crescia aos poucos. Eu me sentia completa ao olhar para tudo aquilo, como se eu tivesse arquitetado tudo.

Ao meu lado, uma toalha de flores estendia-se onde por cima estavam frutas, sanduíches de geléia e de atum, e sucos variados. Era um piquenique. Peguei um cacho de uva próximo a mim e tirei duas uvas para degustar. Uma risada vinda das minhas costas fez um sorriso brotar dos meus lábios. Joguei a cabeça para trás e contemplei o casal que se divertia. Detectáveis

Era minha mãe e meu pai. Tinha certeza disso, pois se pareciam com o casal da foto que guardava no bolso. O homem, com seus cabelos pretos, olhos azuis penetrantes e barba por fazer, corria contornando uma árvore na tentativa de capturar a mulher. Esta, de cabelos curtos róseos, olhos verdes que transmitiam conforto e simpática, ria compulsivamente fazendo caretas quando o homem agarrava o ar frustrado.

– Mebuki, venha aqui! – Meu pai disse entre risos.

– Ora John, venha me pegar se for capaz. – Zombou Mebuki.

Eles deveram mais algumas voltas na arvore, enquanto eu gargalhava da brincadeira. Minhaa mãe fez um biquinho quando meu pai inverteu o sentindo em que ia e a agarrou pela cintura. Ela deu o sorriso mais bonito que eu já tinha visto, poderia iluminar toda a pequena cidade ao fundo, e seu pai a beijou. Foi intenso, tanto que precisei coçar a garganta para eles me notarem. Minha mãe colocou a mão na cintura parecendo aborrecida e ao mesmo tempo envergonhada. Seu rosto estava muito vermelho.

– Será que não pode namorar nesse país? – Brincou. Ela vinha andando em minha direção sorridente. Meu pai adquiriu um tom severo no olhar. Estranhei.

– Aconteceu alguma coisa papai? – Perguntei.

– John, deixe a menina sonhar – Repreendeu Mebuki.

– Você não deveria estar aqui. Sonhar é muito perigoso para um semideus... Aconselho de acorde antes de tudo virar um pesadelo.

– Mas... Eu não entendo. Você não me parecer ser um Deus.

– Um Deus? Sakura é melhor ir para a sombra. Está tendo alucinações. – Disse minha mãe preocupada. Fixei meus olhos no dela, depois olhei ao redor e por fim voltei ao meu pai.

– Estou na minha forma humana. Às vezes venho visitar a sua mãe aqui para confortá-la. Você está no Elísio criança e nunca mais deve voltar aqui. – Os olhos dele eram frios e cruéis. Iguais aos meus quando ficava muito irritada. A questão era: quem era ele?

– Quem é você? – Perguntei.

– Sou sua ultima esperança e seu pior pesadelo.

Então o sonho mudou. Agora eu estava em um castelo sombrio com jardins de flores esquisitas. Meu corpo tremia, mas não era de frio. Ao olhar para os lados o fogo parecia consumir tudo e pessoas gritavam pedindo por socorro. Um barco flutuava a muitos metros em cima da minha cabeça e uma placa a minha frente dizia: Bem-vindo a Mundo Inferior.

– Sempre soube que você não tem limites – Uma mulher

– Perséfone, por favor, deveria saber que o deus dos mortos não tem mesmo.

Um homem vestido com roupas de rock muito parecida com as minhas antes de serem queimadas pelas fúrias articulava em cima de um trono de ossos. Vestia um sobretudo negro pesado que parecia se agitar e estremecer, formando imagens de rostos em agonia, como se almas perdidas estivessem tentar escapar da roupa. Ele tinha um sorriso de escárnio nos lábios e brincava com um anel de caveiras.

Não precisava de apresentações para eu saber que aquele era Hades, o deus dos mortos.

– O amor não pode ser vencido, querido. É o destino dele.

Perséfone era muito bonita. Os mitos sobre as disputas entre ela e Afrodite agora pareciam bem reais para mim. Ela vestia um vestido cor de beterraba com um véu negro e um espartilho da mesma cor. No seu pé, um salto alto fazia parecer à deusa da morte. Embora fosse a deusa da terra e da agricultura.

– Meus filhos servem as trevas, seria tolice aquele moleque se apaixonar. Só estou tentando seu um bom pai.

– Um bom pai? Marido sabe que você nunca será. Eu odeio aquela criança com todas as minhas forças, mas o destino dele já está traçado.

– O destino pode mudar Perséfone. Minhas amigas a feriram, mas da próxima vez as mataram.

Perséfone suspirou entediada como se já tivesse tido aquela conversa com ele muitas vezes. Eu não sabia sobre quem era o menino, mas sabia que a garota a quem Hades se referia era eu. Um calafrio percorreu a minha espinha. Ter o deus dos mortos na sua cola não era nada bom, e eu não precisava ser uma especialista para saber disso.

Eu sabia que estava invisível dentro daquela sala enquanto observava a conversa com atenção, mas Hades direcionou o olhar para mim assim que terminou de falar e sorriu maldoso deixando claro para nunca dar-lhe nada pontudo quando tiver visitar em sua casa. Eu era uma penetra.

– Uma intrusa! Ótimo, que coisa boa. – Ele se levantou e Perséfone ficou ao seu lado com um olhar triste. – Escute garotinha, se intrometa nos meus planos e garantirei sua passagem direto para os campos de punição, ou sai do meu caminho e a deixarei viver. Alias, fique longe dos meus domínios.

Acordei com fortes dores de cabeça. Coloquei imediatamente a mão no meu bolso para pegar minha moeda-espada e cortar no meio Hades, mas eu não usava mais os meus jeans. As fúrias já tinham ido embora, eu não estava mais no beco fedorento e muito menos estava morta. Pelo menos até agora. Meu corpo tinha sido enfaixado e demorei muito para conseguir me sentar.

Observei que sentada em uma maca de madeira, e que existia uma fileira imensa delas a minha direita. Uma enfermaria. Em volta vi meninos loiros de olhos azuis andarem apressados em suas armaduras gregas brilhantes. Eles eram tão bonitos que mesmo não me olhando, fizeram-me corar. Um pouco mais ao fundo, uma grande porta dava para um vale cheio de arvores e sons abafados vinham de lá.

Sai Weyne, meu melhor amigo, entrou trotando com suas pernas de bode peludas. Ele usava uma camiseta laranja escrita Acampamento Meio-Sangue e usava um colar que prendia sua flauta de bambu. Ele sorriu quando me viu acordada e retribui da mesma forma.

– Finalmente você acordou, já estava ficando preocupado. – Sai disse. Sua voz estava distante e um eco enorme zumbia na minha cabeça. Ótimo, eu tinha ficado surda.

– Não consigo te escutar direito! Acho que estou surda! – Gritei esquecendo-me de que era eu que não estava escutando.

Sai revirou os olhos parecendo aborrecido com o meu escândalo. Metade dos meninos bonitos com armaduras gregas olhou para nós assustados. Eu acessei um pouco abobada com o estilo surfista deles, mas Sai tratou dispersar-los. Fiquei emburrada. Não era todo dia que se encontrava uma enfermaria com tanta gente bonita.

– Isso foi culpa da viagem. Daqui a pouco ele estará aqui e poderá de ajudar. – Sai disse mais perto de mim. Assenti mesmo não sabendo de quem ele falava.

Ele pegou uma jarra de vidro na cabeceira ao lado de minha maca e serviu-me um copo cheio de um liquido esquecido. Levantei meus braços, que incrivelmente não foram danificados, e peguei o copo das mãos dele. Levantei levemente como se fizesse um brinde e bebi tudo em uma golada só. Assuntei-me quando senti o gosto de pizza de mussarela com rosbife e milkshake de chocolate. Olhei incrédula para o copo e depois para Sai, que tinha um sorrisinho malicioso nos lábios.

– Isso é incrível! O que é essa coisa?! – Gritei.

– É o néctar dos deuses. Chamamos de Ambrosia.

– Maneiro! Onde é que estamos?

– No acampamento meio-sangue. É o lugar mais seguro para pessoas como você.

– Como viemos para aqui? Eu me lembro de estar morrendo... E depois a morte me puxou para a parede...

– Obrigado, mas não sou a morte. – Outra voz disse. Olhei em direção do som abafado e meu coração falhou uma batida. Talvez duas.

Ele era o menino mais lindo que já tinha visto. Possuía os cabelos pretos como a noite, em um corte repicado na parte de trás e arrepiado. Sua franja caia na lateral do rosto másculo com traços fortes, sua pele era alva e ele tinha um olhar envolvente e profundo, duas pedras ônix perfeitas, que abrigava milhares de segredos. Vestia uma blusa do AC/DC com um jeans preto meio rasgado com um all star vermelho. Na bainha carregava sua espada também preta. Ele não sorria, muito menos parecia estar gostando de estar ali, mas parecia intrigado comigo. Abaixei a olhar, envergonhada.

– Sasuke ela está com seqüelas da viagem. – Sai disse.

– Espera. Foi ele quem me salvou? – Gritei de volta. Ele olhou-me serio e encolhi na minha maca. Geralmente eu não tenho vergonha na presença de outros meninos, mas ele me fazia tremer da cabeça aos pés.

Sai abriu a boca para falar alguma coisa, e realmente disse, mas eu não escutei porque estava concentrada demais em cada movimento de Sasuke. Quem sabe ele não era um deus grego. Não é o que dizem quando um garoto é muito bonito? Fiz uma careta. E se ele fosse realmente um deus grego e fosse o meu pai? Aquilo seria tão estranho quanto ir ao McDonald e comer a salada da promoção. Sasuke encostou seu dedo indicador na minha testa e pronunciou palavras estranhas. Aos poucos, como mágica, minha audição foi voltando ao normal. Os sons antes abafados se agitaram até tornarem-se vozes. Suspirei aliviada.

– Será que você pode me dar um pouco mais dessa briosia?

– É ambrosia. – Corrigiu Sai. – E não, não posso.

– Ora que maldade senhor Weyne. Eu estou com muita fome! – Disse emburrada.

– Aguarde o banquete. Francamente Sai, você deveria explicar as coisas direto. Se tomar uma quantidade significativa do néctar você pode virar pó. – Sasuke disse.

– Você é sempre tão bem humorado assim? – Perguntei.

– Quiron pediu para você a levar ao capture a bandeira. Dê uma armadura para ela e depois volte a suas tarefas. Acho que ela consegue se enturmar sozinha depois. – Sasuke disse me ignorando.

Depois disso, ele colocou as mãos no bolso, me dirigiu um ultimo olhar gélido e saiu pelas portas principais. Sasuke poderia ser um garoto muito bonito, mas era muito perverso e rude. Eu conseguia perceber isso perfeitamente, não só pelos seus pequenos atos agora, mas também pelo brilho fosco do olhar dele. Eu nem o conhecia, mas podia sentir que ele passara por muitas coisas ruins assim como eu. Decidi que dividir o meu sonho estranho com Sai por hora. Ele parecia muito empolgado me amostrando o Acampamento.

Tinha uma colina onde um enorme pinheiro crescia majestoso. A baixo e mais ao fundo uma grande bosque parecia não ter fim. Sai disse que era muito perigoso ir ali sozinha, pois monstros atacavam quase sempre, embora existisse uma fronteira mágica que impedia os mortais de ver o Acampamento. Campos de treinamentos e escada com lavas em uma parte mais afastada. O refeitório perto de uma grande fogueira que parecia ser uma tradição ali. Um anfiteatro, campos de vôlei frequentados pelos filhos de Apolo, uma pequena forja utilizada pelos filhos de Hefesto e por fim a Casa Grande, onde o diretor do Acampamento e o diretor de atividades viviam. A poucos metros de distância, 12 chalés em formato de U eram facilmente detectáveis com suas majestosas decorações. Era ali em que os semideuses ficavam após serem reclamado por seus pais. A praia que pegava parte do mar de Long Island e os estábulos. Eu me sentia mais do que nunca em casa e sorria atoa por qualquer coisa. As pessoas olhavam curiosas para mim, e pela primeira vez fiquei contente por descobrir que elas passavam pelos mesmo problemas que eu.

Sai, assim como foi ordenado, pegou uma armadura grega para mim com um garoto filho de Hefesto chamado Rock Lee. Ele tinha um cabelo em formato de tigela e sobrancelhas grossas que o deixavam muito esquisito. Ele piscava compulsivamente que me fez questionar se ele estava dando mole para mim ou tinha um tique nervoso. Sorri um pouco assustada para ele, e tratei de me afastar o mais rápido possível. Com um pouco de dificuldade vestia minha armadura. Aquilo pesava três vez mais do que eu, mas parecia ter sido feita sobre medida para mim. Como se o sobrancelhudo tivesse previsto minha chegada.

O menino-bode me orientou sobre a captura da bandeira. Era uma brincadeira tipica do Acampamento que acontecia quase sempre sendo o objetivo claro: Capturar a bandeira do time oposto. Existia o time vermelho e o azul. Sai disse que a anos o time vermelho vem ganhando por conta da ajuda dos chalés de Atena e Ares junto. Estratégias de batalha e guerreiros natos juntos. Fazia muitos anos que ninguem morria nas batalhas, só alguns que saia gravemente feridos, e isso me aliviou de certa forma. Nada mais animador do que ter sido quase morta por benevolentes e futuramente ferida por semideuses muito experientes.

Entramos na floresta seguindo os gritos de entusiamos. Os campistas se concentravam perto de uma preta com formado de punho que apontava para o céu. Sai sussurrou em meu ouvido que a chamavam de Punho de Zeus. Seus capacetes misturavam-se em vermelho e azuis. (N/A: esqueci como se chama o capacete) Ninguém parecia notar que eu era uma novata - agradeci mentalmente por isso - pois estavam muito concentrado em um homem que da cintura para baixo era um cavalo. Centauros. Devia ser esse o nome, e ele vestia uma blusa ridícula com os dizeres: Sou um pônei de festa!

Campistas hoje retornaremos com nossas atividades! Infelizmente a solicitação da retomada das corridas de bigas foi negada. - Ele disse e alguns campistas fortes e de olhar raivosos gritaram irritados.

– Isso é uma injustiça! - Gritou um.

– Capture Quíron! - Gritou outro, fazendo os campistas rirem.

– Sempre muito espirituoso Gaara. - Quiron disse. Ele irradiava sabedoria e poder, o que me fez para para admira-lo um pouco. Quiron estranhamente lembrava meu vizinho Bobby. - As equipes já esconderam suas bandeiras? - Perguntou.

Uma menina ruiva de óculos com uma cara de esquilo queimado e capacete vermelho assentiu positivamente. Ao seu lado um garoto de pele bronzeada, cabelos loiros e olhos azuis com um capacete azul fez um sinal positivo com o polegar dando uma piscadela para o homem-cavalo. Ele me lembrava os meninos da enfermaria.

– Ótimo. Antes de começarmos nossa atividade gostaria de apresenta-los nossa nova campista. - Ele apontou para mim e todo o meu corpo congelou. Cerca de duzentos campistas olhavam para mim intrigados. Eu deveria estar mais vermelha do que uma maça, e tive que me encolher um pouco para o lado de Sai, que tinha o riso travado na garganta. - De um passo a frente Haruno Sakura.

E apesar de minha mente gritar para mim ficar perto de Sai, meus pés pareceram tomar suas próprias atitudes e obedeceram a Quiron. A minha moeda-espada cresceu dentro do meu bolso e tive que tirar-la rapidamente para que eu não ficasse só de roupas de baixo na frente de todo mundo. Quieron arqueou as sobrancelhas como se conhecesse aquela arma, e logo depois abriu os braços como se fosse abraçar alguem.

– Seja bem-vinda ao Acampamento Meio-Sangue. Espero que meus campistas sejam simpáticos. - Disse. E o mesmo grupo de olhar furioso gargalhou se divertindo com as palavras de Quiron. - Por favor, escolham-a para algum time.

Olhei para a concentração. O ruiva e o loiro trocaram olhares como se dissessem silenciosamente: Fica com ela você. Ela vai acabar com o meu time. Ótimo, eu seria rejeitada mais uma vez. Sasuke apareceu no meu campo de visão e acenou discreto para mim. Ele vestia uma armadura negra e um capacete vermelho. Sussurrou algo no ouvido da ruiva que sorriu maliciosamente, logo após isso, lançou um olhar para Quiron e fez um sinal negativo com o dedo indicador. Eu estava fora do vermelho. Suspirei entediada. Já tinha passado por aquilo tantas vezes que nem mais me importava. Dei um passo para trás e coçei a garganta:

– Tudo bem. Acho que eu posso ficar sentada com eles ali - Apontei para meia duzia de garotas e garotos que apreciam estar mais preocupados com as unhas e os cabelos do que com o que acontecia ali. Eles me olharam feio quando propus aquilo.

– Ei seu pônei velho. Eu fico com ela! - O garoto loiro gritou. O sorriso dele era tão bonito que acho que poderia desmaiar.

Continua....


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Notas finais do capítulo

Nossa esse capitulo foi bem movimentado hein? o que vocês acharam? No proximo teremos a captura da bandeira *-*
Beijos!