A Usurpadora -cinco Anos Depois escrita por Renata Ferraz


Capítulo 17
Capítulo 17- cai a mascara


Notas iniciais do capítulo

Não resisti e tive que postar mais um, espero que gostem.



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Paulina olhou fundo nos olhos de Patricia abraçou-a e chorou profundamente.

Patricia: Paulina eu não estou entendendo, o que está acontecendo com você?

Paulina: Estou muito abalada pelo meu filho.

Patricia: Eu te conheço e seu que você é uma pessoa forte, e sei que não é só isso, me fala o que é pode confiar em mim.

Paulina: eu confio em você Patricia você sempre foi uma ótima amiga.

Patricia: então me conta o que está acontecendo talvez eu possa te ajudar.

Paulina : Ninguem pode me ajudar.

Patricia: Calma Paulina me fala, pode desabafar sei que você está precisando.

Nesse momento o telefone toca.

Patricia: Só um momento que eu já volto.

Patricia: Alô?

Piedade: Oi Patricia, como está a Paulina?

Patricia: Está bem vovó, acabou de tomar café e agora estamos conversando.

Piedade: Posso falar com ela?

Patricia: Claro.

Paulina atende o telefone.

Paulina: Oi vovó, tudo bem?

Piedade: Tudo filha, e você como está?

Paulina: Estou bem. as crianças já foram para a escola?

Piedade: Sim, menos a Paulinha, a professora dela está doente.

Paulina: Ela está dando muito trabalho?

Piedade: Não, ela está na piscina com Debora e o Julio está tomando conta.

Nesse momento Paulina deixa o telefone cair e fica paralisada, sua filhinha estava com aquele monstro e ela não podia fazer nada.

Piedade: Alo? Paulina?

Patricia: Oi vovó, sou eu a Paulina foi ao banheiro.

Piedade: Ela está bem?

Patricia: Sim está, depois eu te ligo.

Piedade: Está bem minha filha, cuide bem da Paulina.

Patricia: pode deixar, tchau vovó.

Patricia desliga o telefone e vai até Paulina.

Patricia: Agora me conta o que está acontecendo.

Paulina: Não está acontecendo nada.

Patricia: Paulina eu te conheço, eu vi como você ficou agora, o que a vovó te falou para você ter ficado assim?

Paulina: só estou triste pela perda do meu filho.

Patricia: Paulina eu não vou insistir, mas se você quiser conversar estarei aqui.

Nesse momento Paulina abraça  Patricia, começa a chorar e diz.

Paulina: Só espero que nunca duvidem do meu amor por Carlos Daniel.

Paulina sobe para seu quarto chorando e Patricia fica sem entender.

-

Carlos Daniel estava distraído na fabrica quando seu telefone toca.

Carlos Daniel: Alô?

D . Reginaldo: Senhor Bracho,  aqui é o doutor Reginaldo, tem como o senhor vir aqui no hospital, preciso conversar com o senhor é urgente.

Carlos Daniel: Sim claro, estou indo agora mesmo.

Rodrigo: O que foi?

Carlos Daniel: O médico de Paulina disse que quer falar comigo urgente.

Rodrigo: Eu vou junto, você não está em condições de dirigir.

-

Patricia vai até o quarto de Paulina e a encontra chorando na cama, ela se aproxima senta ao seu lado e abraça Paulina.

Paulina: Não estou agüentando mais.

Patricia: Isso mesmo Paulina, bota para fora.

Paulina: Minha vida tem sido um inferno desde que a Leda voltou.

Patricia: Leda continua implicando com você?

Paulina: Não, é muito pior.

Patricia: Me conta Paulina.

Paulina: Patricia eu fui estuprada.

-

Carlos Daniel e Rodrigo chegam até o hospital e encontram doutor Reginaldo.

Carlos Daniel: Doutor esse é meu irmão Rodrigo.

D. Reginaldo: Prazer em conhece-lo.

Carlos Daniel : Mas o que aconteceu?

D. Reginaldo: Vamos  conversar.

Carlos Daniel: Meu irmão também pode ir?

D. Reginaldo: Sim senhor Bracho, mas é um assunto muito delicado.

Carlos Daniel: Está me deixando preocupado.

Os três foram para a sala do doutor Reginaldo.

D. Reginaldo: Senhor Bracho achei estranho sua esposa abortar de uma hora para outra, ela não tinha mais sinal de descolamento e também a idade gestacional que ela estava não apresentava mais esse risco e ela estava seguindo o repouso como o senhor me disse, então eu tomei a liberdade de fazer alguns exames  e tem uma coisa que eu não contei ao senhor naquele dia.

Carlos Daniel: O que foi doutor?

D. Reginaldo: Fiz um exame de sangue e encontrei uma substancia muito forte, um calmante muito forte mesmo.

Carlos Daniel: eu tinha colocado um calmante no suco dela naquela dia, ela estava muito nervosa.

D. Reginaldo: O senhor não entendeu, essa substancia é tão forte que não pode ser vendida, é um calmante injetável que só é usado em ultimo caso, geralmente em pacientes psiquiátricos.

Carlos Daniel: Não estou entendendo, como isso é possível?

D. Reginaldo: eu não falei nada no dia para não constrange-lo, mas sua esposa estava com as partes intimas machucadas e encontrei sêmen  quando estava examinando-a.

Carlos Daniel:Doutor eu juro que não a toquei, ela não estava se sentindo bem, fiquei ao lado dela mas não fiz nada.

D. Reginaldo: Então só há uma explicação.

Carlos Daniel: qual?

D. Reginaldo: Sua esposa foi violentada.

Carlos Daniel não estava acreditando no que acabara de escutar.

Rodrigo também não, ambos ficaram sem reação.

Carlos Daniel: O senhor tem certeza doutor?

D. Reginaldo:  infelizmente sim senhor Bracho.

Carlos Daniel: Eu preciso falar com ela agora.

Carlos Daniel e Rodrigo se despedem do médico e vão correndo para casa.

-

Patricia: Paulina isso é muito grave, porque você não contou ao Carlos Daniel?

Paulina: eu quis contar Patricia, mas ele falou que mataria meus filhos seu dissesse alguma coisa.

Patricia: Calma minha amiga esse pesadelo vai terminar.

As duas ficaram ali em silencio, apenas uma compreendendo a outra com olhar, quando ambas escutam gritos vindo da sala.

Carlos Daniel: PAULINA.

Rodrigo: Calma, Carlos Daniel.

Patricia desce correndo limpando o rosto que estava com vestígios de lagrimas.

Patricia:Mas o que está acontecendo aqui?

Carlos Daniel: Cade Paulina?

Patricia: está la em cima, o que aconteceu?

Carlos Daniel  sobe direto sem responder.

Patricia: Rodrigo, o que está acontecendo?

Rodrigo: nós acabamos de chegar do hospital onde Paulina estava internada, o médico de Paulina queria conversar com Carlos Daniel. Ele  contou que Paulina foi violentada.

Patricia: eu sei, foi o canalha do marido da Leda.

Rodrigo: Paulina te contou?

Patricia: Sim, está sofrendo muito.

-

Carlos Daniel: Me diga que é mentira?

Paulina: Mentira o que Carlos Daniel?

Carlos Daniel: Eu já estou sabendo de tudo, quem foi?

Paulina: Quem falou?

Carlos Daniel: Seu médico, ele fez uns exames e me chamou para conversar.

Paulina começa a chorar e abraça Carlos Daniel.

Paulina: Foi  o Julio, foi horrível, eu não estava aguentando mais, ele me forçou, naquele dia  na biblioteca ele me trancou la e depois no  nosso quarto quando você saiu. Ele me obrigou a ser infiel com você meu amor, ele me humilhou de todas as maneiras possíveis, eu queria morrer, não queria passar por aquilo de novo..

Carlos Daniel: Meu amor porque você não me contou antes?

Paulina: ele me ameaçou, disse que ia matar as crianças.

Carlos Daniel: ORDINARIO, EU MATO ELE!!!!!!!!

Carlos Daniel desce as escadas que nem um louco, Rodrigo tenta impedi-lo de sair, mas sua fúria é tanta que ele empurra Rodrigo pega o carro e sai cantando pneu.

Carlos Daniel: ESSE DESGRAÇADO ME PAGA!!!


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