No jornal, mais uma manchete que dizia: "Morto em beco, vários ferimentos, vitima encontrada sem sangue algum"

Estava acontecendo muitos ataques como esse, todos ocorriam logo após que o sol sumia no horizonte, na escuridão que este deixava quando sumia. Psicopátas só podia. Não deixavam nenhum rastro, pistas, marcas, digitais, nada.

Como isso pode ser possível?

E lá continuava ela, sentada na frente do computador, lendo uma de várias notícias que diziam a mesma coisa, sempre. Isso era uma coisa que a garota não conseguia compreender, como não achavam nada, nenhum vestígio de quem ou o que possa ter feito aquilo, era o principal assunto aonde morava o que ultrapassasou as contas que Taylor fez, achava que isso seria só mais um assassino querendo as primeiras páginas e a atenção tanto de policia quanto da população. Infelizmente estava errada.

Era a coisa que mais a irritava, estar errada em um pensamento e quando isso acontecia, a primeira coisa que fazia, consertá-lo com pensamentos lógicos. "Nem tudo é tão lógico assim" Esse é o principal comentário de sua amiga, claro que não está certo. Para tudo o que acontece tem uma explição plausível.

Não há?

E eram os recentes casos na madrugada que tiravam seu sono fazendo-a passar cada vez mais tempo em livrarias, sebos e no computador, querendo, ambicionando a resposta.

Como uma obcessão.

Não, claro que não era aquilo, Taylor tinha certeza disso. Olhou no pequeno espelho que havia jogado mais cedo em sua escrivaninha, seus olhos verdes claros com o toque de castanho estavão vermelhos, não vermelhos cor de sangue mas sim vermelhos de cansaço, ela precisava dormir. Mas não queria, poderia fazer isso mais tarde, não agora no meio de sua pequena investigação, não. Logo o relógio marcou três e meia da manhã, e ela tinha muito o que fazer ao amanhecer, também quase desmaiava em cima de seu laptop pelo sono, infelizmente ele ganhou.

Deitou-se com a mesma roupa que estava, morta para trocar pelo pijama, e a cama estava tão...Confortável. Suave.

Assim que a menina se entregou aos sonhos algo entrou em seu quarto pela porta, parou na frente da tela na qual a garota estava digitando a pouco, dando uma longa olhada seguida a um suspiro, apertando a tecla "deletar" virou o corpo com um só movimento delicado, o garoto de cabelos castanhos aloirados inclinou o corpo até os lábios tocarem a orelha dela.

- A curiosidade matou o gato, será que a matará assim como ele?