Seu corpo magro e com poucos atrativos passou pela garagem de Dom, o grandão mexia no carro de Brian, o branquelo estava deitado no banco da frente, dormia calmamente, como se estivesse na sua cama. Mas pelo contrario estava cansado das horas ali dentro e Dom não terminava seu carro.
 Dom parecia nervoso, negava com a cabeça por de baixo do capô aberto, olhava em algo dentro do motor. A garota não entendia nada daquilo, mas se interessava em passar horas ali sentada vendo Dom trabalhar.
- Assim o Brian troca de mecânico... – brincou encostando seu corpo no carro de Brian. Dom levantou apenas o rosto e sorriu, sua atenção voltou para o carro.  
- Não pode trair família assim... – Dom se afastou do capô após apertar algo no motor, estava todo suado e sujo. – não me olha com essa cara de nojo, eu quero um abraço... – Dom abriu os braços, a garota riu se afastando do rapaz e trombando em alguém, ouviu um xingo. Uma voz grossa e gostosa de se ouvir. Seu corpo ficou em direção de onde vinha á voz, estava um pouco assustada, Dom ria da cena. Um moreno pouco alto, não era Ramon. Sua pele era mais clara, tinha uma beleza diferente, era encantador, porem parecia metido e mala.
- Não quero saber, Brian e Dom corre essa noite...COMO É? NÃO DESLIGA, NÃO DES... Filhos da puta. – Não era com a garota os xingos, seu olhar estava no celular e logo teve a visão da garota. Encantou-se com tamanha beleza, travou por alguns segundos, era uma linda garota. Um pouco menor que seu corpo, um cabelo moreno e comprido, batia na altura de sua cintura quase tocando em sua bunda, não tinha um corpão das mulheres que era acostumado a passar noites, mas aquela encantava seus olhos pela primeira vez, era diferente, porem linda. Um shorts curto, deixava a mostra seus lindas coxas, bem cuidadas e lisas, - boa para um bom aperto. Foi o que pensará ao encarar seu lindo corpo. Uma camiseta branca, era um pouco maior na parte de trás, provavelmente tamparia sua bunda e aquilo não era legal para o moreno. Era de ombro caído, deixava sua pela branca e delicada a mostra, uma alça preta a mostra, provavelmente de seu sutien, aquilo era sexy para o moreno. – Quem é? – O moreno olhou para Dom e logo voltou á atenção para o corpo perfeito a sua frente. A morena gostou daquilo.
- Melinda... – Respondeu antes de Dom. O moreno sorriu, havia gostado da atitude da garota.  
- Como ela disse, Melinda... – Dom respondeu sorrindo, logo percebendo o sorriso sacana do moreno, um sorriso de quem havia gostado da atitude da garota. Dom o conhecia.
- Sou Tej... – Sua mão esquerda ficou no rosto da moça, seus lábios tocaram em sua bochecha, quase próximo de seus lábios, o doce perfume da moça invadiu suas narinas, junto a seu forte invadindo as da moça, que sentiu seu corpo arrepiar, nada exagerado que fosse mostrado em sua pela. – Não consegui colocar vocês essa noite... – Tej se afastou, caminhando em direção de Dom, os dois foram ao fundo da oficina, largando  a garota ali a frente, Brian ainda dormia dentro de seu carro.
Por alguns segundos a garota pensou em ir embora, mas era inicio de férias, seus pais haviam viajado a confiança de seus pais em Dom era tão grande, que haviam liberado a moça de passar o tempo de férias na casa do grandão, mas apenas com uma condição. Ligaria para eles todos os dias e prometeria nunca passar as noites de rachas com o grandão e seus amigos. Havia mentido, passaria todas as noites possíveis ao lado de Dom nos rachas. Não ia voltar para casa, não ficaria no tedio total, ficaria ali na oficina e se divertiria suas férias completa junto á Dom.
- A morena² de Dom já chegou.... – Letty comentou descendo a pequena escada diante de sua casa, ao lado da oficina. Ela estava arrumada, seu perfume forte fez Melinda sorrir, era tão gostoso e doce. – Desculpe por ontem não falar com você, não sei o que deu em mim...Não se preocupe, não tenho ciúmes de você com meu homem... – Letty virou o pouco de sua cerveja em mãos contra sua garganta. Tentou oferecer a garota, mas antes que pudesse dizer algo, Dom saiu da oficina ao lado de Tej que novamente falava ao telefone.
- Ela não vai beber Letty... – Dom tocou os lábios da garota e virou seu corpo em direção de Milena. – Não vou correr essa noite pequena, desculpe... – Dom sorriu desanimado para a morena, que apenas deu de ombros. Por dentro ficou chateada, havia esperado tanto tempo por suas férias, tanto tempo para entrar dentro de um carro e correr junto a Dom. Não seria aquela noite.
- QUANTAS VEZES TEREI QUE DIZER QUE É O DOMINIC TORETTO QUE VAI CORRER? – Tej gritou, atraindo a atenção de todos e fazendo Brian pular dentro do carro.
- Caralho... – Um resmungou saiu do loiro, que havia batido sua cabeça contra o teto de seu carro. – Dom terminou? – Brian falava saindo do carro com a mão em sua cabeça, doía pouco. – Oi Mi... – Sua atenção voltou para Dom.
- Não adianta Brian, não corremos essa noite.... – Brian xingou baixo, girando um pouco e caindo sobre o banco novamente.
- Que porra... – Xingava dentro do carro.
- VOCÊ OUVIU DIREITO ARROMBADO? DOMINIC TORETTO? EU POSSO TE MATAR? E SE FOR? – Tej parecia nervoso para Melinda, que apenas olhava o moreno.
- Ele parece aqueles agentes de banda nervosos, que não dorme nenhum minuto... – Melinda comentou para Dom, mas seus olhos não saiam do moreno. Tej estava elegante aos olhos da moça, uma camiseta branca regata, colada ao corpo. – Como Dom usava. Tinha pouco musculo comparado a Dom, mas estava na media e se mostrava um moreno gostoso, uma bermuda preta, era larga em seu corpo. Um ternis branco e como os de jogador de basquete. Era careca, não tinha cabelo algum na cabeça, uma pouca barba. Era atraente aquele homem.
- Ele é tipo isso... – Dom e Letty responderam juntos rindo. Melinda encarou o casal e logo voltou a atenção para Tej.
- Coitado... – Dom e Letty riram mais ainda. Talvez não estivessem rindo das palavras de Melinda e sim de seu olhar em direção do moreno, que falava em seu celular. Os olhos da garota não piscavam, estavam travados em Tej. Dom e Letty já sacavam tudo.
- Desculpe Dom.... – Tej voltou aos amigos, seu celular era guardado no bolso de sua bermuda. – Não consegui colocar vocês...
- Foi mal Mi... – Dom olhou para a morena, que sorriu de lado. Ainda estava chateada. Tej olhou para a garota e logo olhou para Dom, a garota sentiu algo arrepiar dentro de si por causa de seu olhar.
- Como assim? – Tej sacava as coisas, mas queria apenas se fazer ali diante deles.
- Mi ia correr comigo. Claro não ia dirigir, mas ia me acompanhar...Mas acho que será na próxima... – Dom e Tej conversaram com o olhar, o moreno sorriu. Letty abaixou o rosto, deixou seus cabelos negros cobrirem seu rosto e o som de sua risada invadiu os ouvidos de Melinda. A morena não entendia nada, mas os três amigos já entendiam tudo.
- Ué, ela corre comigo... – Tej encarou a morena e novamente Dom. – Pode, certo? – Dom sorriu, olhando para Melinda, a garota sorriu constrangida. Poderia ser legal, mas Tej, logo o Tej?
- Eu não sei.... – Respondeu baixo, quase sem som.
- Ele vai matar a garota... – Brian saiu de dentro da oficina, Tej olhou o loiro que apenas levantou os braços como um refém. – Não estou mentindo.
- Eu que salvei sua pele aquela vez, acha que um bom piloto não faria isso? – Brian mostrou o dedo, indo em direção da casa, mas antes que entrasse voltou a olhar o grupo. – Cuidado Melinda, se gosta de viver não cai nessa. – Brian riu, mas correu em direção da casa ao ver Tej correr em sua direção. Os dois sumiram pela porta.
- Vai com ele Mi, o Tej corre bem...é um dos nossos melhores. – Letty falou se soltando de Dom, parou ao lado da garota e olhando em seus olhos. – E você passa mais tempo com ele... – Sussurro em um tom que Dom não ouvisse, piscou para a garota e foi em direção de sua casa. Por uns segundos Melinda não entendeu a garota, mas logo caiu a ficha e sorriu de lado.
- Pode ir, eu estarei lá também. Se acontecer algo, eu mato aquele preto... – Dom puxou a garota para um abraço. Os dois tinham uma amizade forte, iniciada com a garota tendo apenas 13 anos, os dois se aproximaram. Não ouve malicia e muito menos segundas intenções, os dois se tratavam como irmãos. No inicio Dom negava a amizade, temia o pai da garota, mas logo conseguiu a confiança e viraram como irmãos. Mesmo Dom sendo mais velho, a garota o amava, tinha um irmão mais velho que nunca teve.