Treinando O Papai escrita por Bia Snow


Capítulo 2
Capítulo Um


Notas iniciais do capítulo

Hey povo do meu coração :DTô tão feliz e saber que ToP ( Sigla da fic), foi tão bem recebida por vcs *----* , Vinte e Sete reviews no primeiro capitulo , assim fico in Love com vcs meus amores ... Por isso trago mais esse capitulo novo pra vcs , espero que fsotem e que comentem tão bem como no anterior .Obrigada a todas que comentaram , vcs são todas DIVAS
Boa Leitura ..



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Capítulo Um

Nina ainda continua parada na minha frente e eu encaro a foto sem acreditar que isso está acontecendo na minha vida .

Nina se abaixa novamente e fica remexendo na sua malinha e retira um papel de lá e ela me entrega.

– O que é isso? – pergunto enquanto pego o papel ainda meio nervoso com toda essa situação inusitada.

– Minha “ceitidão” de nascimento – ela diz

– Sua certidão? – pergunto a corrigindo e ela sorri assentindo.

Pego o papel e leio as seguintes palavras, mas somente as que me interessam.

Declaro que no dia seis de setembro de 2009, nasceu uma criança do sexo feminino, pesando 3,5 kg com 47 cm, Essa que recebe o nome de Nina Everdeen Mellark, filha de Peeta Mellark e Katniss Everdeen.”

Leio novamente a data de nascimento dela e minha mente faz umas contas malucas e o resultado me mata. Ela nasceu oito meses depois que fui embora. Oito meses depois que deixei Katniss. Isso quer dizer que quando fui embora ela já estava grávida!

Glimmer tira o papel da minha mão e lê e eu fico olhando pra bela garotinha na minha frente . Olhando assim, ela se parece comigo, mas seu gênio é totalmente da Katniss.

– Isso deve ser falso Peeta, essa Katniss deve ser mais uma vadia que quer tirar dinheiro seu. – Glimmer diz jogando o papel no chão e a garotinha a encara com fúria nos olhos.

– Minha mamãe não é isso ai, não! – diz Nina brava.

– É sim sua pirralhinha , agora vaza daqui sua peste. – diz Glimmer a empurrando para fora da porta.

Os olhos de Nina se enchem de lágrima e ela sai correndo, e isso me deixa com o coração apertado, não sei nem dizer o porquê.

– Viu o que você fez, ela é só uma criança Glimmer! – digo bravo com toda essa situação.

– É uma pirralha isso sim, você não vê meu amor? Ela é uma mini golpista!

– Glimmer, ela é uma CRIANÇA, larga de ser paranóica! - e tento correr atrás da garotinha que desceu pelas escadas, mas Glimmer segura meu braço fazendo com que eu a encare.

– Não acredito nisso, você vai defender ela? – ela me pergunta e sua expressão é de choque em seu rosto.

– Eu vou ver onde ela está, eu não sou um monstro Glimmer! – digo nervoso querendo ir logo atrás da garotinha pra tentar tirar essa história a limpo.

– Ee vou embora daqui, não vou ficar aqui vendo você pagar de idiota! – diz ela e sai pela porta me deixando e eu vou em direção as escadas do prédio.

Desço dois lances de escada e encontro ela conversando com... Cato?

– Cato?

– Hey mano, conhece essa garotinha linda aqui? – pergunta Cato. – Ela ta chorando porque uma bruxa má falou mal da mãe dela . Ela mora aqui? – Cato me pergunta e Nina me olha com os olhinhos cheios de lágrimas. E isso me deixa mal.

– Vem aqui Cato. – o chamo no canto para que ela não ouça.

– Que foi cara?

– Essa garotinha, ela chegou em minha porta agora, e disse que é minha filha cara. – digo nervoso e Cato me olha chocado.

– O QUE? COMO ASSIM? – Cato grita e vejo Nina dando um pulinho de susto provavelmente.

– Shiiiiiiu cara, é isso que você ouviu. Ela me trouxe a certidão dela, e lá ta o meu nome como o pai dela.

– E quem é a mãe? – ele pergunta e toda aquela loucura volta para minha cabeça.

– Ai que a coisa complica. A mãe dela é a Katniss! – digo nervoso e passando a mão pelo meu cabelo.

– Katniss? Aquela Katniss? A Katniss Everdeen? Aquela da história que você me contou?– ele pergunta chocado.

– Você por acaso conhece outra Katniss imbecil? É lógico que é essa Katniss!

– Meu Deus, você teve uma filha com a Katniss? – Cato pergunta e coloca a mão na boca.

– É o que eu to custando pra acreditar Cato! Quando eu sai de Del Mar, San Diego ela não estava grávida.

– Quantos anos ela tem?

– Faz seis anos mês que vem.

– Cara, é lógico que ela é sua filha. Ela nasceu pouco tempo depois que você tava aqui. Você deixou sua namorada grávida e sozinha! Que canalha! – ele diz meio rindo, mas não consigo ver graça nessa situação.

– Cato! – ralho com ele e o idiota me olha como se pedisse desculpas. - Não diz isso, você faz assim eu me sentir um lixo.

– Mas você fez uma coisa ridícula.

– Eu não sabia da existência de uma filha minha, porra! – digo nervoso e Cato me sensura com os olhos quando vemos Nina nos olhar.

– Cara, mas agora você sabe, o que vai fazer? Deixar passar mais seis anos da vida da sua filha sem ter ela por perto? Posso não ser o cara mais certo pra te dar conselhos Peeta, mas os minutinhos que conversei com a garotinha, vi que ela sente falta do pai, mesmo nunca ter passado uma hora com ele.

– O que ela te disse?

– Quando a encontrei, ela tava chorando e eu perguntei o porque, ai ela me disse que uma bruxa loira má falou que a mamãe dela era uma vadia e que ela queria apenas conhecer o papai dela.

– O que eu faço Cato? – pergunto e dou uma olhada em Nina e a vejo brincando com os dedinhos.

– Sabe o que você tem que fazer? Crescer! Poxa cara, você já tem vinte e seis anos e parece que tem dezesseis. Acho que ter essa garotinha na sua vida vai ser bom pra você!

– Cato, eu não sei cuidar de criança. Não cuido nem de mim, imagine de uma menina de seis anos!

– Mellark, ninguém nasce sabendo como ser pai. Você vai ter que treinar!

– Eu to ferrado cara! – passo a mão pelo cabelo, um tique que tenho quando estou nervoso.

– Sua primeira lição é não falar palavrão na frente dela. Ela é menina, não pode aprender essas barbaridades com o pai. – diz Cato rindo.

– Do que se ta rindo animal?

– De você! Cara, você é papai, tem noção de como soa engraçado aos meus ouvidos?

– Não enche. - bufo irritado.

– Tá, parei. Vou no apê da Clove, depois eu passo lá na sua casa pra ver como você está se saindo.

– Não me enche inferno. Eu tenho que falar com a Katniss. Quero saber o motivo de ela ter escondido isso de mim por todos esses anos.

– Eu acho isso meio óbvio cara.

– Porque diz isso? – pergunto confuso

– Pelo o que você me contou, você não disse coisas legais pra ela quando decidiu vir embora, e as noticias que saíram ao seu respeito não eram muitos favoráveis ao seu lado. Acho que ela não queria ver sua filha no meio disso tudo, e também ela não queria estragar sua chance de ficar famoso.

– Isso não é motivo Cato!

– As mulheres sempre tem seus motivos Mellark, aprenda isso.

– Tá, vai lá ver a sua. – digo o empurrando.

– Eu já vou. – ele se vira pra Nina. – Eu sou o tio Cato princesa, qualquer coisa que esse bobão fizer ou te falar conta pra mim que eu bato nele ta. – diz ele rindo e bagunçando o cabelo de Nina.

– Tá. – ela diz rindo.

– E da bruxa loira má também. – diz ele e fala baixinho pra ela, como se fosse um segredo. – Cá entre nós princesa, eu também não gosto dela! – diz ele e Nina leva as duas mãozinhas na boca e da risada.

– Cato! – o repreendo.

– O que? Não posso ensinar a ela que é bonito mentir! A Glimmer é uma bitch mesmo!

– Não fala assim dela, você sabe que eu curto...

– Você curte o que ela te dá, não que você gosta dela.

– Eu nunca disse que gosto dela. – digo bravo.

– Mais ela acha que vai ser a futura senhora Peeta Mellark, então meu caro amigo, fique esperto! Ela ainda pode arruinar as coisas com a sua filha.

– Pode deixar que com ela eu me entendo.

– Tudo bem. – ele se agacha na frente da Nina e olha pra ela – O tio Cato aqui vai ir ver a namorada, depois eu vou passar lá na casa do seu pai pra gente brincar ta princesinha.

– Você promete? – ela pergunta com os olhinhos azuis brilhando.

– Prometo, agora vou indo. – ele beija o topo da cabeça dela e se dirige para o andar de cima. – Juízo Mellark.

Reviro os olhos e me agacho para ficar na altura da minha filha! Cara, como é estranho pra mim dizer isso.

– Desculpa Nina pelo o que a Glimmer disse sobre sua mãe viu.

– Minha mamãe é uma princesa. – diz ela baixinho e eu sorrio.

– Eu sei Nina, sua mãe é uma princesa sim.

– E eu a princesinha. – ela diz sorrindo e não consigo negar que essa garotinha já me conquistou!

– Isso mesmo, você é uma princesinha. Agora vamos sair daqui?

– Ok. – diz dando de ombro e se levantando.

Seguro a mão dela e volto em direção ao meu apartamento. Quando chegamos à porta ela para e pega novamente o ursinho dela e o agarra.

– Vem, entra. – digo e ela entra agarrada ao ursinho, e eu pego a malinha dela e coloco pra dentro.

Nina caminha pelo apartamento apenas olhando tudo ao seu redor e ela para quando vê um enorme pôster meu na parede. Meu primeiro trabalho como modelo.

– É você?

– É sim, eu era bem mais jovem quando tirei a foto. – digo e ela sorri.

– É bonito.

Sorrio pra ela.

Nina caminha até o sofá e se senta. Sento-me de frente pra ela e coloco a mão nos joelhos e fico a olhando. Então resolvo fazer algumas perguntinhas para minha... filha!

– Onde você mora Nina?

– Del Mar, San Diego com minha mamãe e com minha vovó e com minha titia.

– E o seu avô? – pergunto, será que o senhor Everdeen e a senhora Everdeen se separaram?

– Minha mamãe diz que ele foi embora quando eu era pequenininha, ele ta num lugar melhor, é o que ela me disse. – diz Nina e eu congelo.

Como assim ele morreu? Como Katniss nunca me disse isso? E agora eu não sei nem o que sentir, já que sei como Katniss era apegada a seu pai e eu não estava lá com ela nesse momento tão difícil.

A vinda dessa garotinha só fez a minha cabeça virar uma confusão. Outra pergunta ronda minha cabeça e logo faço.

– E sua mamãe não namora ninguém? – pergunto temendo a resposta.

– Não, ela não “namola”. Ela só sai com o tio Gale.

– Tio Gale é legal com você? – pergunto, me lembro muito bem de Gale, ele era o melhor amigo de Katniss na época da escola. Katniss era dois anos mais nova do que eu , então quando ela estava com 18 anos eu já estava com 20 .

– É, ele e a tia Prim “namolam”.

– Sério? – pergunto sorrindo, pelo menos Gale não ficou com Katniss e sim com Prim, isso é novidade pra mim. Prim é apenas um ano mais nova do que Kat e sempre soube que ela tinha uma queda enorme pelo melhor amigo da irmã.

– Aham.

– Entendi... Mas como você veio até aqui?

– De ônibus. – diz ela e eu me espanto.

– Como?

– Minha mamãe me deixou eu vir ver você.

– E porque ela não te trouxe pessoalmente? – pergunto, porque essa história esta me deixando intrigado.

– Porque ela teve que viajar. – diz ela dando de ombro.

– Porque sua mãe nunca trouxe você aqui?

– Porque ela diz que você é muito famoso e não ia ter tempo de nos ver e que ela não queria atrapalhar a fama que você sempre quis. – diz a garotinha e isso me mata por dentro.

– Ela disse isso pra você Nina ?

Ela balança a cabeça negativamente

– Não, eu a ouvi falando isso pro tio Gale.

– Entendi, mas porque você resolveu vir aqui me ver só agora Nina?

Ela disfarça e olha pro ursinho na mão dela

– Em? Diz pra mim. – digo levantando seu rostinho e fazendo a mesma olhar pra mim.

– Porque é meu aniversário logo, e dessa vez eu queria eu mesma vim convidar você, para a mamãe não dizer que não conseguiu falar com você e eu ficar sem meu papai na minha festinha. – diz ela olhando pras mãozinhas e o que ela diz acaba comigo.

– Sua mãe dizia isso? Que não conseguia falar comigo?

Ela assente.

– Ela diz que você é muito ocupado, que não tem tempo pra ir pra lá. – ela diz abraçada no ursinho sem olhar pra mim. – Mais se o senhor fosse eu poderia dizer que você é meu papai mesmo, as meninas más da minha escolinha iam acreditar quando eu digo que você é meu papai. – ela fala e me olha sorrindo.

– Elas dizem o que quando você fala que sou seu pai? – pergunto pra ela curiosa em saber a resposta.

– Que eu to mentindo, que você não é meu papai, e que eu não tenho um papai. Elas são más comigo. – diz ela tristonha e isso me deixa triste, como ver uma garotinha tão linda dessa e não se sentir triste?

Minha cabeça está a mil por horas. Não consigo encaixar que tenho uma filha. Nunca pensei em ter filhos, muito menos que eu já tinha uma filha. E muito menos que eu tinha essa filha com Katniss Everdeen. Será que eu to sonhando? Como cuidarei dessa garota? Preciso falar com a Katniss!

– Tenho que falar com sua mãe e...

– Minha mamãe não pode falar com você. – diz ela rapidamente e me interrompendo.

– Porque não? – pergunto confuso e estranhando a reação dela

– Porque, porque, porque pra onde ela foi não tem telefone. – diz ela sorridente e com cara de que ta aprontando

– E a sua avó e sua tia? – pergunto

– Elas não têm mais telefone. – diz ela e eu estranho.

Mas deixo pra lá quando a vejo sorrindo para Mika, minha cachorrinha. Ela é uma Yorkshire.

– Que linda! – diz ela sorrindo e indo em direção a Mika, porém Mika não é muito chegada a afeto, ela consegue ser bem brava quando quer.

– Ela morde, cuidado! – digo e Mika fica olhando para Nina e Nina para ela.

– Sério, não parece. – diz ela e senta no chão e bate as mãozinhas no colo chamando Mika, que para meu espanto ela vai em direção a Nina e deita no colo dela.

– Parece que ela gostou de você. – digo e Nina me olha rindo.

– E eu dela, é muito fofa. – diz ela acariciando a pelagem de Mika. – Sempre quis ter uma cachorrinha, mas minha mamãe tem alergia.

– Eu sei uma vez eu tentei dar um cachorro pra ela, mas ela quase morreu de tanto espirrar. – digo lembrando-me da cena...

Sete anos atrás

– Amor, o que você ta aprontando? – pergunta pela milésima vez uma Katniss com os olhos vendados.

Tinha comprado um presente pra ela e queria que fosse surpresa.

– Calma amor, você verá assim que for a hora, e eu não estou aprontando nada. Palavra de Peeta. – digo rindo e a guiando para sentar na minha cama.

– Amor, amor, olha lá o que você vai fazer. Se eu te conheço bem, isso não vai prestar.

– Há há , muito engraçadinha você! Eu aqui querendo fazer uma surpresa no seu aniversário e você me trata assim, muito legal a namorada que eu tenho. – digo fazendo manha e sinto Katniss tatear meu corpo até chegar a meu rosto.

– Eu to brincando meu amor, sabe que eu te amo né? – diz ela fazendo um bico irresistível, e eu o mordo.

– Eu também to brincando. Agora fica ai quietinha que vou pegar seu presente. – digo e vou pegar o pequeno filhote de cachorro que comprei pra ela.

Ele era pequeno e beje, e coloquei um laço vermelho para dar mais fofura ao pequeno cachorro.

– Vamos conhecer a mamãe, campeão. – digo e pego o cachorrinho na cestinha dele.

Volto para meu quarto com o pequeno cachorro em meus braços . Quando me aproximo de Katniss ela começa a espirrar.

– Atimm. – ela espirra e depois coça o nariz.

– Tá tudo bem amor? – pergunto e ela assente.

– Posso tirar isso dos meus olhos? – ela choraminga.

– Pode, seu presente está em minhas mãos. – digo e ela sorri, mas logo depois ela faz uma careta e...

– Atimm. – ela espira de novo. – Atimm. – e de novo e coça o nariz feito doida.

– Amor, se ta legal mesmo?

– Tô Peeta , vou tira-a-a a atim. – e mais espirro.

– Caramba Katniss , o que te deu?

– Eu não sei. – ela diz e tira a venda dos olhos dela.

– TARAMM. – grito e estico o cachorrinho na direção dela.

– AHHH! - ela grita, mas não de emoção, mas sim de pânico e me deixa sem entender nada!

– O que foi isso Katniss?

– É isso que tá me dando - a-a-atimm – alergia. - diz e ela se levanta e fica longe do pequeno felpudo em meus braços e coçando o nariz que já está mais do que vermelho.

– Você nunca me disse que tinha alergia a cachorro amor. – me explico pra ela.

– Agora você já - a- a- atimm - e mais um espirro – Sabe.

– Vou tirar ele daqui antes que te dê um treco aqui. – digo e levo o cachorro pro quarto de Finn.

Coloco o pequeno animal no quarto do meu irmão e logo volto para meu quarto onde encontro Katniss tomando um comprimido.

– Pra que é isso? – pergunto me jogando na cama.

– Antialérgico. – diz ela depois de engolir o mesmo e guardar a caixinha em sua bolsa;

– Me desculpa, eu só queria te fazer uma surpresa. – bufo irritado me jogo na cama e coloco o travesseiro em cima do meu rosto.

Sinto a cama afundar ao meu lado e logo sinto algo me envolvendo num caloroso abraço e a mesma dá um beijo em meu rosto.

– Não se sinta assim meu amor, você não sabia,o cachorrinho é uma graça , pena que tenho alergia. - diz ela rindo.

– Era meu presente pra você. – digo com bico – Agora não tenho nada pra te dar.

– Amor, só por ter você aqui, ao meu lado é o melhor presente que você poderia me dar, acredite nisso. – diz minha pequena e tira o travesseiro do meu rosto e beija meus lábios em um terno beijo.

– Feliz aniversário de 17 anos meu amor. – digo a puxando pra mais perto de mim.

– Obrigada meu amor. – diz ela rindo e eu a puxo para mais um beijo.

– Nunca irei te deixar minha linda.

Ela me encara sorrindo e com os olhos brilhando

– Você promete?

– Prometo, para todo sempre estarei do seu lado. – ela sorri e selamos essa promessa com um beijo...

Mas eu não cumpri essa promessa !”

– A mamãe me deu um peixinho, mas eu queria é um cachorrinho. – diz ela brincando com Mika, e a mesma fica toda brincalhona. Não sei o que deu nessa cachorra. – Ela é fofinha.

Dou risada, achando muito fofa ela e Mika brincando.

– Você ta com fome Nina? – pergunto e vou para a cozinha e vejo Nina se levantando para me seguir

– Tô – diz ela com sinceridade, por isso que criança é feliz, nunca mente pra agradar ninguém.

– Que tal cereal com leite?- pergunto pegando uma caixa de cereal no armário da cozinha.

Vejo Nina se aproximar com Mika no colo.

– Eu quero, eu amo cereal!

– Com leite ou yorgut?

– Leite.

Pego duas tigelas e encho do cereal e coloco leite. Coloco na bancada e como o banco é alto, Nina não alcança, mas parece que ela ficou com vergonha de me pedir ajuda.

– Quer uma forçinha ai pra subir? – pergunto segurando o riso.

– Quero. – ela diz envergonhada.

Caminho até ela, e ela coloca Mika no chão e eu a pego no colo e coloco ela sentadinha no banco próximo a bancada e entrego a colher pra ela.

– Obrigada Peet.a – ela diz e então raciocínio o que ela diz...

Ela me chamou de Peeta e não de pai. Será que ela fica com vergonha de me chamar de pai? Mas cara, isso ainda não entrou de maneira nenhuma na minha cabeça. Como eu posso ser pai! Então é bom que ela não me chame assim por enquanto...

Fico a olhando e reparando em cada mínimo detalhe nela. Bom, seus cabelos e olhos puxaram para mim. Mas o narizinho dela é igualzinho o de Katniss. Ela tem o mesmo olhar que Katniss tem, e uma mesma pintinha na bochecha. Ela é uma mistura perfeita minha e da minha ex namorada.

Nina termina de comer e a manhã logo se transforma em tarde e deixo Nina assistindo tv enquanto eu estou aqui na cozinha apenas martelando todas as perguntas que formam em minha cabeça.

– E ai cara, como foi a tarde com sua filha? – pergunta Cato quando entra na cozinha.

– Nem me diga, eu não sei o que fazer Cato, a criança mais próxima que tive de mim foi o Finnick, e ele só é dois anos mais novo do que eu. Eu não sei o que fazer. – digo colocando a cabeça apoiada em minhas mãos.

– Calma Mellark, você vai dar um jeito.

– E se ela não for minha filha Cato? E se isso for um golpe mesmo? – pergunto, mesmo nem eu acreditando nisso.

Cato me olha como se eu tivesse dito a maior idiotice do mundo, mas o pior foi que eu falei mesmo.

– Eu não ouvi isso né Peeta Mellark? Como você ousa imaginar que ela não é sua filha? A garota é sua cara, sem tirar nem por. Ela parece demais com você! Isso é algo que você não pode negar, ela é sua cara!

– Você acha isso?

– Claro que sim!

– Eu só to perdido, não é todo dia que uma garotinha entra em sua vida dizendo que é sua filha! Eu não sou um monstro que vou enxotar ela daqui dizendo que não tenho filha, mas também não consigo aceitar que tenho uma filha e nunca soube dela. É tudo muito confuso pra mim. – digo e enterro o rosto em minhas mãos.

– Eu te entendo, mas você pode contar com a minha ajuda e a de Clove, sempre estaremos com você!

– Obrigado Cato, isso significa muito pra mim! Mas, cadê a Clove?

– Tá com a Nina. – diz ele e ele pega uma banana e descasca para comer.

– Nem pede mais né animal. – digo rindo e ele me olha com desdém.

– Idiota mesmo. Coitada da Nina. – diz ele caminhando em direção a sala e eu vou atrás e vejo Nina e Clove brincando de... boneca?

– Assim ela fica bonita tia Clove. – diz Nina mostrando uma bonequinha com dois rabinhos, um de cada lado da cabeça.

– Ah Nina, a minha também ficou bonita. – diz Clove mostrando a dela, que tava com duas tranças.

– A minha ficou mais. – ela diz sorridente arrumando a roupinha da sua pequena boneca.

– Ahh Nina. – reclama Clove e então ela me vê e Cato as observando. – Olha lá o tio Cato e seu pai, vamos perguntar pra eles qual das duas está mais bonita? – pergunta Clove para Nina e a mesma assente toda alegre.

– Qual ta mais bonita Peeta? A minha ou a da tia Clove? – Nina me pergunta.

– Hmmm. – fingo que estou analisando e a vejo me encarando com aqueles dois lindos enormes olhos azuis.

– Diz logo Peeta. – reclama Clove impaciente.

– As duas estão lindas. – digo, e vejo Nina ficar tristonha. – Mas a da Nina está muito mais bonita. – digo e Nina abre o maior sorriso lindo.

– Obrigada Peeta, viu tia Clove a minha ficou mais bonita.

– Ah foi trapaça, seu pai queria te agradar. – diz Clove rindo e fazendo cosquinhas em Nina.

– Pa-a-ara tia Clo-o-ve! – ela pede rindo feito doida e Clove para e Nina fica rindo sozinha e depois boceja e coça os olhinhos.

– Acho que tem aqui com soninho. – diz ela e Nina ri.

– Eu não to com sono. – e então ela boceja novamente.

– Eu acho que ta sim. – digo.

– Amor, vamos? – Cato a chama e vai em direção a namorada e eu vou atrás.

– Vamos sim. Tchau princesinha. – Clove dá um beijo na bochecha de Nina e Cato faz o mesmo.

– Boa noite tio Cato e tia Clove.

– Tchau Peeta, qualquer problema com ela, é só nos ligar ta. – Cato me diz e Clove vem e fica ao meu lado.

– Não a magoe viu senhor Peeta Mellark, se não vai ver a minha fúria. – diz a baixinha.

– Hey, controle sua namorada Cato. – dou risada e Cato abraça por trás a namorada.

– Vamos baixinha, deixa o papai ai se virar.

– Só to dando um aviso pra esse ai. Ai dele se magoar essa menina. Ela já me conquistou.

– Isso é verdade, essa menina tem o dom de nos fazer ficar apaixonada por ela. – Cato diz.

– Igualzinha ao pai. – digo rindo e eles reviram os olhos.

– Boa noite Mellark. – eles se despedem e vão embora.

Eu fecho a porta e logo a tranco, quando me viro, a vejo sonolenta no sofá e eu sorrio pra pequena garotinha sentada na minha frente. Ela ta conseguindo conquistar meu coração.

–Vamos dormir senhorita Nina?

– Vamos. – ela boceja mais uma vez e se levanta. – Aonde eu vou dormir? – ela me pergunta.

– Tem um quarto de hospedes aqui, vem que te levo.

– Tá. – ela diz e se levanta do sofá, ela pega seu ursinho e eu pego sua malinha e a conduzo até o quarto de hospedes.

Chego à porta e a abro, não é nenhuma maravilha, é apenas um quarto a mais, onde quem costuma ficar aqui é Cato ou meu irmão quando vem me visitar. Tem uma cama de casal, um guarda roupa e uma TV. Simplesinho, mas que vai servir pra ela.

Ela já a tinha tomado banho e já estava de pijama. Agora era só a colocar para dormir.

– Vem Nina. – a chamo e ela vem e deita no lugar que mostrei pra ela. – É confortável? – pergunto enquanto a arrumo na cama.

– Aham, é gostosa. – diz ela dando pulinhos na cama.

A cubro e dou o urso pra ela.

– Boa Noite Nina. – digo e dou um beijo na testa dela.

– A mamãe sempre me conta uma historinha antes de dormir. – diz ela com um biquinho fofo.

– Historinha? – pergunto e a encaro confuso.

– É do meu livrinho de historinhas, ta na minha bolsa. – diz apontando pra sua mochila.

Levanto-me e pego a malinha dela e retiro um livro que está intitulado como “Contos de Fadas!”

Volto para cama e me sento do lado dela com o livro no colo .

– É esse aqui?

– É sim, você conta uma pra mim? – ela me pede com a maior cara de gatinho do Shrek e com os olhinhos azuis brilhando.

Tem como negar algo pra ela?

– Tá Nina, eu conto.

– Eba. – ela comemora batendo palminhas.

– Qual você quer? – pergunto e ela pega o livro da minha mão e começa a folhear o mesmo e vendo os desenhos nas páginas.

– Esse aqui. – ela diz me entregando o livro na página de uma história.

– Cinderela, é essa aqui mesmo que você quer?

– É sim.

– Então ta, vamos lá.

Me arrumo na cama do lado de Nina, e ela encosta a cabeçinha no meu ombro e consegue ver os desenhos da historinha e começo então a ler...

– “Era uma vez no tempo dos reis e rainhas, uma linda menina que se chamava Cinderela. Ela morava com uma madrasta, muito má! A madrasta de Cinderela tinha duas filhas. Essas irmãs de Cinderela eram duas moças muito egoísta e que não gostavam de trabalhar. Em casa, era Cinderela que tinha de fazer tudo. Um dia Cinderela ajudou as irmãs a se vestirem para um grande baile. Mas sua madrasta havia impedido Cinderela de ir ao baile, pois tinha afazeres domésticos para terminar. Delegou tanta coisa à Cinderela que ela jamais terminaria em tempo de ir ao baile. Pobre Cinderela!”

– Ela é muito má com a Cinderela né. – diz Nina olhando para o livro e apontando para a madrasta.

– É mesmo né.

– E as irmãs dela também. Ainda bem que eu não tenho irmã. – ela diz e eu me assusto com sua fala.

– Mas se você tivesse uma irmãzinha ou um irmãozinho, eles seriam bonzinhos com você.

– Mas e se não fosse? – ela me pergunta e me olha.

– Ai sua mamãe e seu papai iria brigar com ele.

– Você e a mamãe vai ter outro filho? – ela me pergunta com certo receio na voz.

– Não Nina, claro que não. Você por enquanto é a minha única filhinha. Vamos continuar? – digo desviando do assunto de irmão.

– Aham. – ela concorda e eu volto para minha leitura.

– “Seus amiguinhos, inconformados com a situação, se puseram a trabalhar, para confeccionar um lindo vestido para que Cinderela, pudesse ir ao baile também.Sim, o vestido estava pronto e Cinderela podia ir ao baile, como suas irmãs.Ela estava linda!

Mas, Cinderela não conseguiu terminar o seu serviço, portanto não iria ao baile, tão esperado! De repente, do azul aparece sua madrinha para ajudá-la. A madrinha de Cinderela agitou a varinha de condão. Olhou para Cinderela, escolheu o vestido mais bonito e com sua varinha mágica, transformou-a numa princesa! Uma abóbora que havia na cozinha logo se transformou numa bela carruagem. Seus amiguinhos, a fada madrinha os transformou em cocheiro e mordomo. Todos queriam colaborar e levar Cinderela ao baile. A roupa velha de Cinderela virou um vestido de cetim.

– Vá e se divirta. - disse a velhinha- Mas trate de voltar para casa antes de bater meia-noite.”

– Olha como ela ta linda. – diz Nina apontando para a Cinderela com o seu vestido transformado.

– Linda mesmo, ela ta uma verdadeira princesa.

– Eu também queria um vestido assim.

– Que tal comprarmos um amanha pra você? Uma fantasia de Cinderela? – digo sorrindo com a minha ideia, queria sei lá, agradá-la um pouco.

– Eu quero, eu vou amar Peeta. – diz ela me abraçando e eu sorrio com esse gesto dela.

– Então amanhã vamos comprar, agora vamos terminar essa historinha, que á passou da hora de criança dormir. – e eu então continuo contando a história.

– “E Cinderela chega ao baile. Logo o príncipe se encanta e a tira para dançar. No palácio, a beleza e a simpatia de Cinderela conquistaram a todos. O príncipe dançou com ela muitas vezes. O tempo passou depressa e, para surpresa dela, o relógio do palácio começou a bater meia-noite.

Cinderela logo se lembrou do aviso da madrinha. Assustada, Cinderela fugiu correndo, mas deixou cair um pequenino sapato de vidro. O príncipe pegou o sapato e decidiu que havia de casar com a sua dona que havia conquistado o seu coração. Uma carta do reino chega à casa de cinderela anunciando a chegada do príncipe. O príncipe procurou por todo o reino. Finalmente chegou à casa onde morava Cinderela.

As irmãs experimentaram calçar o sapato, mas seus pés eram grandes demais. Até que chegou a vez de Cinderela, depois de muito custo pois a madrasta havia trancado a pobre moça. Mas com a ajuda de seus amiguinhos,ela consegue chegar a tempo de poder provar o sapatinho.

O sapato deu certinho no pé de Cinderela. Vibrando de alegria, o príncipe pediu Cinderela em casamento. O rei estava feliz porque seu filho havia encontrado uma linda moça que se tornaria a mais linda princesa de seu reino. Portanto, viveram felizes para sempre.” – fecho o livro e Nina ta quase fechando os olhinhos – Fim !

– Eles viverão felizes para sempre né? – ela me pergunta, mesmo tendo uma enorme batalha em não se render ao sono.

– Sim, como em todo conto de fadas. – digo e beijo sua testa.

– E porque você e a mamãe não teve o “felizes para sempre” ? – e essa pergunta me surpreende, porque eu não sei o que dizer.

– Porque nem todos tem um final feliz Nina =, mas isso não é assunto de criança . Agora feche os olhinhos e vamos dormir, ok?

– Ok. – ela diz.

Eu a ajeito na cama e a cubro e ela agarra o ursinho.

– Boa noite Peeta. – ela diz e eu dou mais um beijo em seu rosto.

– Boa noite Nina, qualquer coisa estou aqui do lado.

– Tá bom. – e então ela se rende ao sono e fecha os olhinhos.

Eu saio do quarto e deixo a porta entre aberta e vou para meu quarto e também a deixo aberta. Depois de fazer a minha higiene e colocar um pijama eu vou até meu armário e pego um velho álbum de foto de lá de dentro.

Sento-me na cama com o objeto meio empoeirado devido ao tempo que ficou guardado, retiro um pouco do pó e o abro e então eu vejo as nossas fotos.

Fotos da minha adolescência em Del Mar, San Diego com meus amigos de escola, com meus pais, meu irmão e com Katniss.

Não irei dizer que minha adolescência foi um lixo, porque não foi. Só por eu ter namorado Katniss fez minha adolescência valer a pena. Namorei com Katniss por três anos. Mas isso é algo que não quero me lembrar, magoei muito ela quando sai de Del Mar, San Diego e acho que ela nunca seria capaz de me perdoar, mas irei tirar essa historia a limpo, do porque ela nunca ter me contado sobre a existência de Nina.

Ah se vou descobrir, ou eu não me chamo Peeta Mellark!

E é com esse pensamento que mergulho no mar dos sonhos, onde é povoado por uma garota linda dos olhos cinzentos que eu tanto amei um dia! Ou será que ainda amo?


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Notas finais do capítulo

Acreditam que já tenho leitores fantasminha ??Não escrevo para fantasmas pessoal , é bom que comentem em !Se teve um tempo pra ler seis mil palavras desse capitulo , vai ter uns minutinhos pra dizer o que achou da fic né ?Beijos e até mais ...A historinha foi retirada de um livro de contos :D