Jade M. E A Prisão Dos Deuses escrita por Sabidinharaiodesol


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oi, Duda roubou a minha vez de postar :((( sua malvada :((( enfim ... Vamos à Jade.



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Não sonhei; mas, quando acordei, me assustei da mesma maneira, pois estava em um lugar que nunca tinha visto antes, deitada em uma cama que nunca tinha visto antes, e perto de mim, estava uma garota que nunca tinha visto antes. Para onde Fred teria me levado?

Percebi que não era uma cama, e sim uma maca; era uma espécie de enfermaria. Que horas seriam? Saímos do orfanato antes das 10h da manhã, e, nesse período, eu já tinha desmaiado 2 vezes.

- Ah, você está acordada! - Falou a menina. Ela era linda; seus cabelos eram ondulados, castanhos e queimados pelo Sol, o que os fazia parecer quase loiros; seus olhos tinham um tom intrigante de castanho, quase dourados. Tudo nela parecia brilhar.

-  Meu nome é Lunna. - Ela disse. - Jade, não é? Fred me falou de você. Bem-vinda ao Acampamento Meio-Sangue.

- Acampamento.... Meio... Sangue? - Falei, ainda meio tonta. - C-como assim...? Fred...? E... O monstro? Eu não estou morta?

Lunna riu.

- Não! Acertei uma flecha na Quimera pouco antes dela te incinerar. Mesmo assim, você permaneceu desacordada por... Hã... Algumas horas.

- Quimera... Meio-Sangue...?

Lunna encostou a mão na minha testa.

- Você está melhor. - Falou ela, decidida, e me entregou uma daquelas caixas de suco AdeS, que na verdade, não era AdeS. - Beba isto, e talvez esteja forte o suficiente para caminhar. Então, eu lhe darei explicações.

Não protestei; a bebida parecia com a geleia de uva feita pela cozinheira do orfanato que, aliás, deveria ser a única coisa que ela sabia cozinhar bem. Eu não sentia falta de lá, mas pelo menos era uma lembrança agradável.

- O que é isso? - Perguntei. - É incrível.

- Néctar dos deuses. - Respondeu Lunna, como se não fosse nada demais, o que me fez engasgar.

- Tipo nas histórias mitológicas? Você só pode estar brincando.

- É, talvez. Vamos, levante-se! Vamos caminhar, o sinal para o jantar tocará em breve.

Joguei as pernas para fora da cama e ela me ajudou a ficar de pé.

- Humm.. Qual seria a melhor maneira para começar? - Agora que eu estava de pé, percebi que Lunna era mais alta que eu; provavelmente mais velha, também. - Este lugar é o Acampamento Meio-Sangue. Todas as crianças aqui têm os mesmos problemas, ou quase os mesmos. Isto aqui é um lugar para ficarmos afastados dos perigos que nos perseguem lá fora, bem, na medida do possível.

- Perigos...? Seres que não deveriam ser reais?! A Equidna...

- E a Quimera. Isso aí. Bem, este lugar é a enfermaria. - Afirma ela, saindo pela porta, e acenando com a mão para que eu a siga.

- As crianças... Você quer dizer que eu sou, hã, um erro da genética ou alguma coisa assim?

- Não, mas você está mais perto agora.

Fiquei surpresa quando notei que já era pôr-do-Sol; eu estivera apagada a tarde inteira. Porém não fiz nenhum comentário.

- É um acampamento para crianças semideusas.

- Então é isto? Eu... Sou uma meio-sangue? Uma semideusa? É por isso que criaturas mitológicas estavam atrás de mim, e porque eu estou num acampamento onde posso beber néctar em caixinhas? Sou uma filha de um deus? - Perguntei, atordoada com tantas informações.

- Uma filha de um deus grego, para ser mais específica. Só não sabemos ainda qual. Até o seu sátiro não tem nenhuma ideia, embora...

- Espera aí. Fred? - Uma lembrança acende na minha memória, da Equidna chamando Fred de sátiro. - O menino com pernas de bode?

- Ah, Fred não é o único da espécie! O acampamento tem dúzias de sátiros.

- Ainda assim... Nada disso faz sentido. As pessoas deixaram de acreditar em deuses gregos há séculos, não é? Na verdade, eles nem eram REAIS! Como eu posso ser filha de um deles? Eu, a fracassada Jade, com TDAH e Dislexia, a menina que ninguém quer adotar?

Eu não tinha notado, mas estávamos caminhando por muito tempo. Nessa hora, paramos bem no meio de um semicírculo de chalés; aliás, não era exatamente um semicírculo, e sim, formavam a letra grega, ômega.

Lunna me explicou que era normal para semideuses ter Dislexia e TDAH, já que tínhamos mais facilidade em ler em grego antigo, além de já nascermos com bons reflexos para o caso de... Enfrentarmos alguns monstros por aí.

- Existe um chalé para cada deus grego. - Ela continuou. - Os semideuses ficam nos chalés da sua mãe ou pai deus, mas , enquanto você ainda não for reclamada, ficará naquele ali. - Ela apontou para um chalé com um caduceu acima da porta. - Chalé 11. O chalé de Hermes. 

Suspirei tentando organizar tudo na minha cabeça. Acontecera tudo tão rápido... Eu não pude nem me decidir se gostaria ou não de me mudar para um acampamento onde seria treinada para lutar contra monstros. Talvez meu destino não fosse mais permanecer naquele orfanato pelo resto da minha vida. 

- Quem é seu pai, Lunna? - Perguntei, curiosa.

- Apolo. - Ela respondeu. - O deus do Sol, música, medicina, poesia... E um monte de outras coisas.

- Meio irônico... - Disse. - A filha do deus do Sol chamada Lunna.

A expressão dela se tornou sombria, e imediatamente notei que era um assunto pessoal. Perdão, mas cresci em um orfanato, sem a presença de meus pais, então sempre digo tudo que me vem à cabeça.

- É... Meu pai faz escolhas estranhas. - Ela disse, mas percebi que não era exatamente isso. - Venha, vou lhe mostrar seu chalé temporário.


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Notas finais do capítulo

DEIXEM REVIEWS DEIXEM REVIEWS DEIXEM REVIEWS. Obrigada :3 ~~Bruna



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