Sistema Calculado escrita por Sadah


Capítulo 14
ATO 14




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Aquelas tinham sido nossas primeiras aparições. Nós conseguíamos o que queríamos no final das contas, irritamos nosso inimigo, os mafiosos. Em três semanas assaltando bancos da máfia, eles acionaram suas forças para nos caçar. Éramos monstros que se escondiam em sombras, e quando atacávamos eram logo três bancos de uma vez para que a policia ficassem sem reação.

Nosso clube era um exercito que se espalhava pelo país inteiro. A plebe agora estava a nosso  favor, todos tinham seu ego abalado, todos queriam mudanças. Na noite de sábado Anne e eu fomos dar uma volta para “namorarmos”, ela sempre me queria o bem, por isso, me aplicava os desafios e tarefas mais pesados. Nós voltamos para o teatro, ela não parava de olhar para o seu relógio de pulso, ela subiu as escdas do teatro correndo em direção ao teto do teatro e eu junto, nós víamos um prédio de 80 andares não muito longe do teatro.

- Cinco, quatro, três, dois e um...- disse Anne em forma de sussurro.

Nas janelas negras daquele prédio escuro onde refletiam as estrelas e as luzes da lua naquela noite emergiu em uma explosão um grade punho de fogo naquele prédio.

- Hoje declaramos guerra... – disse Anne olhando para aquela coisa em chamas.

Ela desceu correndo aquele teatro.

- Vista-se logo e pegue a mascara!!!- eu peguei a mascara e coloquei uma jaqueta preta.

Para meu espanto tinha uns caras num carro vermelho, eles estavam com mascaras  e roupas negras.

Nós entramos no carro.

Fomos até uma rua luxuosa, típica de burgueses como diria Anne.

Nós pegamos umas armas que os nossos capangas tinham de sobra, entramos no prédio luxuoso de Swan Good, lá nós fomos saudados pelo porteiro que era membro de nosso clube, nós subimos o elevador, eu reparei que um de nossos capangas continha uma mochila preta e carregada com alguma coisa.

Sacamos as armas, e chegamos ao andar destinado.

Ficava na cobertura.

Íamos eliminar Charles Flech um traficante de drogas muito conhecido.

Chegamos ao andar e seu apartamento. Fomos recepcionados por uns seguranças que sacaram suas armas ao nos ver.

Anne entrou atirando e matou logo os dois.

Nós invadimos aquele apartamento e  matamos Charles Flech a tiros.

O celular de Anne toca.

- E ai? Concluído?- Anne pergunta à voz do celular.

- Sim – respondeu a voz.

Quando entramos no carro e demos um pé daquele lugar, eu via todos os bancos pelo qual passávamos explodindo. Bombeiros iam de um lugar para outro. Policiais correndo de lá para cá. Estávamos declarando guerra ao sistema. Anne dirigiu a palavra aos nossos camaradas no carro e ao que estavam do outro lado da linha.

- Irmãos, quando o sol raiar iremos iniciar o plano D.

Todos respondem que sim e tal.

Eu vejo mais punhos de fogo se formando nos prédios.

Quando chegamos ao teatro tinha muitos de nossos companheiros alí. Eu pergunto pra Anne o que ela estava tramando, pois via um monte de pessoas reunidas e fazendo suas armas de combate.

Sinto a mesma sensação que senti no dia em que conheci Anne.

Sinto a respiração de meus companheiros.

Aquele lugar fedia a suor de homens.

Sentia-me em um abismo cheio de pessoas revoltadas.

Começo a voar dentro daquele teatro.

Os olhos que me olhavam eram de respeito.

Canos quebrados.

Tacos de beisebol.

Facas.

Armas de fogo.

Desmaiei.

Me pesou ver gente morrendo pelas minhas mãos.

No meu sonho eu chorava, via anjos caindo, via todos os anjos, deuses, obras de arte e vejo uma grande possa de sangue e lá estava toda a humanidade. Todo aquele intulho de obras e pessoas estavam amontoados.

Eu voava e não caia.

Tudo se esculpia lá de cima. Meu rosto era o que aquele monte de entulho formava.

Eu acordo em pé com Anne ao meu lado.

Estávamos no palco.

Milhões haviam lá.

Anne começa a falar.

- Meus irmãos, hoje iniciaremos uma nova história! Deixaremos de existir para nossa insignificância e existiremos para um novo mundo...

Me sinto tonto.

- Vamos lutar perante o universo feito pelos filhos de deus e iremos governar o que eles fizeram e em cima desse monte de entulho de pedra faremos um novo mundo...

A cada palavra de Anne era um sufoco.

- Quando entramos nesse teatro víamos uma escuridão sem fim. Aqui provamos que podemos renascer. Aqui nos podemos...

Eu me seguro para fica em pé.

- Quem controlava os fiozinhos que nos faziam andar eram nós mesmos reduzidos a nossa insignificância facilmente influenciável. Hoje nós podemos tudo. Nunca pensei que viveríamos para testemunhar esse dia, o dia em que os estudantes da revolução francesa testemunharam. Um novo amanhecer, vermelho mas não amarelo. Um dia de luz não de trevas. Honraremos hoje o nosso passado revolucionário, esquecido durante anos de conforto e lazer. Hoje tiraremos o poder de homens mau amados, tiraremos o poder daqueles que dizem ser deus para começar uma guerra, mas não! Como diz no decimo sétimo capitulo de são Lucas que o reino de deus está dentro dos homens – Não de um homem mas de todos os homens- vóis somos o povo! Vós temos poder! Vós criamos um verdadeiro paraíso com felicidade feita por vóis mesmos! Hoje lutemos por um futuro melhor! Onde jovens escolham seus caminhos com sabedoria e aos velhos segurança! Uniremo-nos povo! Lutemos!

Ela parecia uma Atena liderando mas eu estava caindo já.

Todos a aplaudam.

Todos gritam.

Todos choram.

Todos erguem suas armas e seus punhos.

Eu caio feito uma pena no chão do teatro

Quem será que eu sou?

Quem será Anne?

Quem será os nossos companheiros?

Quem serão os derrotados?

 “ Os filhos de Deus”

Eu acordo deitado na minha cama. Anne estava acariciando a minha cabeça raspada. Eu vislumbro um anjo desordeiro. Quem será ela.

Ela me ajuda a levantar.

Eu me apoio nela, vislumbro um amanhecer.

Ela me entrega uma arma.

A mascara.

E um beijo na minha boca.

Ela coloca a sua e partimos para uma revolução.

Ela segurava a minha mão com força.


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