Resistência escrita por Luna Malvina Potter


Capítulo 3
Uma ajuda inesperada


Notas iniciais do capítulo

desculpe a demora é que tive o famoso bloqueio criativo
mas ai esta o capitulo espero que gostem
boa leitura



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P.O.V Ben Mason 

Querem saber meu segredo? Querem saber porque, mesmo estando com parte do exoesqueleto os aracnos não podem me controlar?

Ódio. Eu os odeio com todo meu coração e alma. Odeio o que fizeram comigo e acima de tudo os odeio por terem me transformado em um monstro.

Onde passo as pessoas olham torto e cochicham coisas horríveis entre si mesmas sobre mim e nem ao menos desconfiam que posso ouvir tudo, por causa da melhora na minha audição. É claro que o exoesqueleto tem um lado positivo, com ele deixei de ser um nerd que não tinha opinião nenhuma para ser um grande soldado, no entanto os benefícios trazidos não superam o preconceito que constantemente sofro, os pesadelos que tenho, aliás por causa disso não durmo desde que Hal me resgatou e removeu parte do Harnesse que me controlava, e as vozes que escuto tentando me obrigar a obedece-las vinte e quatro horas por dia.

E como se não bastasse tudo isso venho brigando cada vez mais com Hal meu irmão mais velho, ate mesmo ele desconfia de mim e age como se fosse meu pai. O único problema? É que ele ainda não percebeu que eu não sou mais aquele nerd que sofre calado como ele sempre conheceu.

Uma hora havia se passado depois da reunião estava na horario do jantar, minha única refeição.

E o cardápio? Sopa de sobra. Um caldo grosso, viscoso, marrom e mal cheiroso, mas para quem não come o dia inteiro ela se torna um grande banquete nutritivo.

A multidão da resistência fazia fila em torno do enorme caldeirão onde uma senhora baixa e corcunda usando uma toca na cabeça distribuía a sopa.

Rapidamente ocupei meu lugar na fila e então senti aquela mesma sensação horrível? Sensação que aflorava ainda mais o meu ódio. Meu exoesqueleto formigava e aquela mesma voz que mais parecia um chiado como unhas raspando em losas que ecoava em minha mente. "Volte para o seu posto, volte para o seu trabalho"

Aquela voz não só me irritava como também parecia ter o controle sobre meus membros, minhas pernas queriam obedecer, mesmo sabendo que não deveria. Abaixei a cabeça, fechei os olhos com força e tentei controlar minha respiração ofegante. 

Não obtive muito sucesso estava suando frio e infelizmente minha reação não passou despercebida.

Um homem que estava a minha frente se virou, me agarrou fortemente pelo braço e gritou para que todos pudessem ouvir:

-Capitão Weaver aqui está a sua prova, o garoto está se comunicando com o inimigo, é um deles veja não há duvidas disso. - Ele está colocando a vida de todos em risco e não é só eu que penso assim a maioria concorda comigo.

-CALE A BOCA. Gritei enraivecido com meu rosto vermelho. Agarrei o pescoço do homem que me segurava e o obriguei a me soltar.

Ele parecia espantado com minha força descomunal, se não estivesse um pouco aborrecido com o que ele havia dito teria me divertido com a sua expressão. Como era boa a sensação de poder algo que eu nunca havia sentido.

-O que é você? -Isso não é um garoto é uma aberração.

Aquilo foi a gota d'água. Aquele homem corpulento havia conseguido acabar comigo, a dor que senti foi muito pior que tomar um tiro e pode acreditar eu sei muito bem o que é se atingido por uma bala  ainda por cima de fogo amigo se é que eu posso chamar a pessoa que atirou em mim por se sentir ameaçada de amigo.

Quando finalmente pensei em algo para responder me deparei com meu pai e Hal afrontando o homem, não conseguir perceber o que estavam discutindo, estava tão mal que nem ao menos conseguia pensar direito, minha primeira reação foi correr. Correr para longe dessa gente que vivia me sufocando.

Sem perceber deixei que lagrimas escorressem dos meus olhos e me senti fraco e idiota por isso. Passei um tempo isolado ate me acalmar e então percebi que a madrugada se aproximava e a hora do ataque estava quase chegando e ainda não havia carregado a minha arma.

Dentro do comboio o rebuliço do ocorrido ainda não havia acalmado e novamente tive que lidar com o péssimo habito que os serem humanos tem de comentar pelas costas.

Com a arma na mão eu estava muito nervoso. Em uma guerra não é preciso força e sim sorte e experiência duas coisas que eu definitivamente não tinha.

-Ben! Ouvi o capitão Weaver.- Para onde devemos ir?

-Há uma estação de trem a 30 km daqui é lá que está uma das torres de comunicação deles. Informei

A viagem seria um pouco longa, mesmo sentando ao lado de Hal estava entediado, precisava me distrair, mas não tinha nenhum assunto em comum para falar com ele, tudo que me restava era observar a paisagem. Tudo estava tão diferente, casas destruídas, destroços por todo parte fogo destruição, corpos caídos sem vida e cheiro de podridão por toda parte. 

A estação estava toda cercada com barricadas de concreto o que impediu nossos carros e tanques de passar, nos forçando a caminhar ate nosso destino a pé. A principio tudo estava quieto. Quieto demais para o meu gosto.

A estrutura estava lá como eu havia dito, grande e imponente construída através da mão de obra escrava das crianças que são submetidas aos harnesses, infelizmente estava muito bem protegida por mais de 400 Mechs e dois enormes Chitauris leviatãs.

As enormes criaturas do manho de 10 mamutes ou 20 elefantes estavam dormindo e seus roncos eram mais altos que 15 aviões Jumbos ligados. Gozado jurava que as antenas só eram protegidas por Mechs será que eles sabiam que iriamos atacar? Mas como descobriram?

-Ben você não disse que a torre era apenas protegida por Mechs? Disse o Capitão muito nervoso.

-E era! exclamei.

-Bruce consegue lidar com aqueles malditos Leviatãs?

-Creio que nem mesmo o Hulk possa lidar com dois monstros desses ao mesmo tempo.

-Posso ajuda-lo. Se ofereceu Stark.

-Negativo! Sua armadura não está funcionando Tony você lutara ao lado de mim seu melhor amigo usando armas comuns, ate que você possa terminar de concerta-la.

-Ela esta quase pronta só faltam alguns detalhes.

-quase não quer dizer pronta.

-Será que vocês dois podem parar de brigar como duas menininhas patricinhas e me ajudar a decidir o que vamos fazer para destruir essa porcaria.

Ambos assentiram desconcertados.

-Será que posso dar uma sugestão? Manifestou-se o Capitão América.

-Vamos está esperando o que?

-Hulk você tem a força e Thor você tem o raio quero que pelo menos distraiam as criaturas. Gavião você e Peter Johnson ajudem atirando flechas e balas nelas precisam irrita-las. Tony e Tom cheguem a torre e achem um jeito de explodi-las. Natasha você, Capitão Weaver  e eu comandamos o exercito para aniquilar os Mechs.

-Vocês o ouvirão obedeçam! Falo Weaver, as veias de sua garganta saltando para fora.

Antes de obedecer Tony entregou a Weaver onze pequenos pacotinhos.

-São explosivos pequenos mas que fazem um ótimo estrago eu mesmo desenvolvi. 

- Ótimo trabalho Tony. Agradeceu o Capitão dando tapinhas nas costas de Stark. 

O ataque começou sorrateiro, podia sentir que meu coração estava prestes a sair pela boca quando ouvi sete estouros de estourar os tímpanos. Weaver havia acabado com um terço do exercito e ainda restavam quatro pacotinhos. 

Infelizmente o barulho não machucou apenas o meu ouvido ela acordou os dois Chitauris que com o susto lançaram labaredas de chamas de mais de 100 metros de alcance, carbonizando metade de nosso exercito terrestre.

O ataque foi um desastre Hulk tivera noventa por cento do seu corpo queimado e agora se encontrava caído desmaiado. Thor estava exausto os raios que impediam os Chitauris de se aproximarem estavam esgotando suas energias. E para piorar nossa armas não tinham efeito sobre os Mechs que estavam nos massacrando.

Tudo parecia estar ocorrendo em câmera lenta, havia sangue e destroços voando por todo lado, minha perna estava ferida e apesar do clamor da batalha eu já não ouvia mais nada, minha perna estava ferida e eu quase não conseguia conter um grito de agonia.

Tony, papai e América como costumam chama-lo lutavam bravamente atirando e destruindo os robôs com o escudo. Apesar da bravura eles ainda nem ao menos tinham chegado perto da torre.

Estávamos perdidos e então o inesperado aconteceu. Uma enorme clarão azulado que explodiu a torre de cima a baixo.

Logo em seguida avistei uma silhueta cheia de curvas atraentes vindo em nossa direção.

A silhueta pertencia a uma linda e misteriosa garota loira usando roupas incomuns que se aproximou de um Thor cansado e irreconhecível que lutava com todas as suas forças. Ela segurou seu martelo com uma mão fazendo o parar e com a outra ela retirou sua espada cravejada de safiras no punho e com apenas um golpe transferiu uma enorme quantidade de energia que fluiu de seu corpo para a espada e da espada para uma das criaturas.

Com apenas um grito agourento de agonia a criatura se estatelou inerte no chão.

A segunda criatura a atacou com jato de chamas, mas antes que fosse atingida ela cruzou os braços na frente do rosto e um escudo invisível a envolveu junto com um Thor quase inconsciente.

Quem é essa garota? Ou melhor o que é essa garota?

Com algumas acrobacias e piruetas ela se colocou nas costas da criatura grande e desajeitada demais para impedi-la e com um golpe de espada fatal ela fincou a espana na dura e ate agora para os humanos indestrutível carapaça do Leviatã.

O golpe atingiu a coluna deixando a criatura paraplégica. E a ferida resultou em um esguicho de sangue como um hidrante estourado em poucos minutos ela faleceu.

Após o acontecimento que deixou todos boquiabertos, a misteriosa avançou calma e vagarosamente na nossa direção esticou a palma da mão e gritou:

-REDUCTOR.

Em instantes sentiu uma enorme onda calorosa de energia que transformou em pó todos cinquenta por cento dos Mechs e novamente com sua espada golpeou cada Mech que surgia na sua frente. Golpes fatais sucessivos ate não restarem mais nenhum e então ela parou ao meu lado e se virou na minha direção seus olhos azuis me encarando intensamente.

E a pergunta que não quer calar é quem é ela? Ah que saber não interessa ela é incrível.


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Notas finais do capítulo

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