A Rosa Serpenteada escrita por Prince Salazar


Capítulo 29
Lições de família


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo. Espero que gostem.



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POV Scorpius

26 de dezembro

Acordei cedo naquela manhã para tomar café com meus pais e avós. Em seguida eu pedi para conversar com papai e vovô. Contei-lhes mais detalhadamente toda a história sobre o Grimório de Merlin e de eu ser seu herdeiro. Eles não demonstraram tanta preocupação quanto eu esperava, mas pareciam sérios e centrados em tudo que os contava. No final, eles esporam suas opiniões. Ambos estavam de acordo que se tudo fizesse parte de uma profecia, não havia outra forma de escapar, no final, um conflito seria eminente. Advertiram-me para que sempre me mantivesse em alerta para qualquer eminência de ataque.

— Mas não podemos deixa-lo somente com este conselho. Você precisa aprender a se defender como um verdadeiro Malfoy. – disse meu avô.

— Não sei se estou entendendo...

— Sim, você tem razão, papai. – meu pai se levantara de sua cadeira.

— Certo, temos seis dias antes de seu retorno à Hogwarts. Scorpius, vamos tentar passar para você tudo sobre auto defesa e ataque que conhecemos. O que acha? – perguntou Lucius.

—  O.K., então. – a princípio achei estranho aquela proposta, mas concordei na esperança de

Depois da conversa eles partiram para preparar o salão para começarmos nossa aula após o almoço. Segui para meu quarto para dar a refeição diária de Breu que não podia caçar por causa da grande quantidade de neve que diminuía as possibilidades de encontrar alguma presa. Dei-lhe o que era de direito e virei-me de costas para o poleiro enquanto ele comia o ratinho. Fui até a escrivaninha e reli a carta que Rose enviara no dia seguinte.

“Querido Scor,

A ceia de natal fora magnífica, vovó nos surpreendeu novamente com sua magnífica comida. A casa, como você bem deve imaginar, quase não comportou tantos Weasleys e os Potters. Agora mesmo precisei encontrar um lugar para escrever-lhe esta carta, com tantos primos e tios o barulho é eminente e a bagunça é certa. Recusei a terceira taça de sorvete para pode lhe escrever.

Não direi que já sinto saudades. Logo mais nos veremos, eu sei. Contudo, sinto como se faltasse algo em mim e isto sei que é sua ausência. Sei que estamos ligados magicamente por alguma razão e me sinto feliz toda vez que você está feliz.

Devo dizer que gostei muito dos presentes que me enviou, especialmente o colar com o pingente. Alvo mandou dizer que odiou o presente dele, mas sei que é mentira. O fato é que ele tem estado emburrado, Thiago tem estado aqui e não para de tirá-lo do sério, penso que isso não terminará bem. Como sabes, os eles não param de brigar.

Devo dizer também que todos os anos é muitíssimo engraçado ver todos os Weasleys vestidos com os suéters que a vovó Molly tricota para nós. Papai sempre emburrado com o seu tradicional suéter cor de tijolo. Queria muito que visse. 

Bem, sobre mim, não tenho muito o que dizer, mas estando na casa da vovó só posso dizer que tenho comido mais do que posso aguentar. Fora isso, acredito que esteja muito bem.

Não precisa responder.

                                                                                              Rose”

Mas eu pretendia responder. Apanhei a pena e papel. Comecei a escrever.

Minha Rose,

Primeiramente, devo que lhe desobedecer ao seu pedido quanto escrevo-lhe essa carta. Não vou dizer também que sinto saudades, seria uma mentira. Ria o quanto quiser.

Diferentemente da casa dos seus avós, a casa da minha família sempre está tranquila e silenciosa. Somos poucos e sempre calmos. Quero dizer, nunca nos agitamos fora do normal. Daria tudo para ver esta casa cheia de primos e tios, parece-me mais divertido. Mas não imagino meu avô cercado por netos – leia isso sem pensar que não quero perder meu posto como único neto e filho.

Bem, não tenho muito o que contar. Dá-me mais tempo e logo terei. Vou parar de escrever agora porque a sineta para o almoço foi tocada a um minuto atrás. Peço desculpas por só ter escrito agora.

Até mais,

                                                                                      Scorpius”

Usei a coruja da família para enviar a carta, para isso pedi ao chefe dos outros elfos para fazer isto por mim. Segui apreçado para o almoço. Sentei-me ao lado de mamãe no lado esquerdo da mesa, todos já haviam começado a comer.

— Desculpem o atraso, estava despachando uma carta.

— Tudo bem querido, começamos neste instante. – falou minha mãe.

O almoço não demorou mais de meia hora. Satisfeito, descansamos mais meia hora na sala de desenho. Vovó cantou uma de suas canções preferidas enquanto vovô tocava uma arpa dourada. Partimos todos para o salão onde todos os móveis haviam sido removidos para a aula daquela tarde. Todos se livraram de suas capas e ocuparam algum lugar no salão.

Vovó começou exibindo uma série de movimentos de etiqueta com a varinha a qual eu deveria repetir em sequência. Segundo ele, eram fundamentais para manter o equilíbrio e aumentar a potência dos feitiços na hora do ataque. Em seguida, vovô mostrou-me feitiços variados de seu arsenal, todos perigosos, mas que não poderiam ser encarados como arte das trevas. O fato é que uma das penas de reclusão de um ex-comensal da morte era abandonar todo e qualquer artifício mágico que fosse pertencente ao lado das trevas.

Em seguida, papai mostrou-me como defender-se de dois atacantes ao mesmo tempo. Vovô e vovó tomaram o lugar nesta posição. Vi meu pai se esquivar várias vezes de muitos feitiços e executar o Feitiço Escudo várias vezes. Todos moviam-se muito rapidamente, como se duelar lhes fosse natural. Até mesmo minha mãe parecia muito vorás em batalha.

A aula daquele dia ficou apenas naquilo. No final, tive que decorar todos os feitiços que vovô me ensinara que estavam contidos em uma dúzia de pergaminhos antigos.

POV Narração em terceira pessoa

Todos os Weasleys adultos estavam ocupados naquela tarde, o Sr. e a Sra. Potter, Sr. e a Sra. Ronald Weasley foram visitar Haggrid no Três Vassouras como se acostumaram a fazer depois do Natal. Apenas o Sr. e a Sra. Weasley mantiveram-se em casa com os netos que passavam as férias de Hogwarts. James e Fred descansavam também na casa.  

*BUM*

— Por Merlin, o que é isso? – o Sr. Weasley ergueu-se de sua poltrona e largara sua coleção de lápis trouxas no chão.

— Arthur! – gritou de algum cômodo da casa uma sra. Weasley em desespero.

*BUM*

O sr. e a sra. Weasley se encontraram correndo no corredor centra enfrente a escada.

— Vó, são James e Alvo, eles vão se matar.... – gritou uma moça de longos cabelos ruivos. Os ex-membros da Ordem da Fênix subiram as escadas apressados e cuidadosos com a idade. Foram até o terceiro andar ofegantes.

No corredor que dava para o lado leste da casa, James e Alvo travavam uma verdadeira batalha, havia sangue e ódio no rosto de ambos. Alguns Weasleys netos estavam perplexos e gritavam a todo estante.

— Para com isso Alvo...

— James!

— Idiotas!

— Parem...

O sr. Weasley sacou sua varinha e executou tão rapidamente dois feitiços de desarmamento nos dois netos que ninguém conseguira perceber o que tinha acontecido. A Sra. Weasley bufando de raiva e avermelha partiu na direção dos Potters, ela agarrou ambos pela orelha.

— O que pensam que estão fazendo? – berrou. – James, me poupe, você como mais velho deveria dar exemplo. Alvo, eu esperava mais de você...

— Não foi minha culpa vovó, foi esse merdinha... – disse James sentindo a dor na orelha.

— Não seja sínico James, diga que foi você, cretino.

— Basta! – disse Sr. Weasley uma voz grave e séria, sua face estava contraída e sisuda. Molly olhou no rosto do marido, em raras ocasiões ele ficara daquele jeito, todas as vezes fora quando Fred e Jorge passavam do limite em algumas de suas brincadeiras. Molly soltou os netos. – Primeiro, os dois permaneceram silenciosos até que eu os permita falar. Segundo, pouco me importa quem começou o quê. Terceiro, desçam imediatamente para a sala.

A sra. Weasley executou um Feitiço Restaurador no andar. O assoalho fora recomposto. Quadros concertados. Moveis emendados. Portas recolocadas em seus devidos lugares.

Quando o Sr. Weasley estava à frente dos netos ele começou a falar de tal forma que nunca havia falado nem com seus filhos. O sr. Weasley não era mais o mesmo depois da guerra, por causa da morte de seu filho e amigos. Ele falou aos netos com seriedade e justiça, sem levantar a voz ou alterar-se. Os rapazes pareciam mudos frente ao avô, tão pouco desviaram a atenção de suas palavras. 

Segundo os outros Weasleys e a pequena Lucy Potter, James e Alvo estavam extremamente mudados depois que voltaram da conversa com o Sr. Weasley. Nenhum atreveu-se a perguntar o que se passara – o que não significa que não desejavam saber. Nem mesmo a Sra. Weasley fez menção de perguntar. Mas olhou o marido nos olhos o que ele os contara.

Nem James ou Alvo falaram o resto da tarde. Os Weasleys os deixaram em paz. Mas Lucy tentou falar com ambos sem sucesso. O sr. Weasley proibiu a todos de contar ao Sr. e a Sra. Potter do ocorrido. Mas ambos perceberam o silencio sepulcral de seus filhos e, assim, foram ter com Lucy explicações, mas ela compreendia que quando seu avô lhe pediu segredo, não deveria contar mesmo. Despistou seus pais dizendo que ambos haviam ficado tristes porque um velho jogador da seleção Irlandesa de Quadribol falecera no dia anterior – e de fato havia acontecido isso. Eles não puderam desconfiar de nada, pois Lucy nunca mentia para eles, pelo menos não até agora.


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