A Rosa Serpenteada escrita por Prince Salazar


Capítulo 27
O separar, não significa o fim de tudo


Notas iniciais do capítulo

Mil perdoes pela demora a postar. Eu posso explicar a vocês. Eu ia escrever este capítulo na sexta que se passou. Contudo, eu recebi uma ótima notícia. Emfim, sou calouro Letras Português em um Instituto Federal na minha cidade, bem, houve uma festa em comemoração dada por meus pais e havia sido um dia muito longo e cansativo. Logo após esse acontecimento, me acorreu de haver um bloqueio criativo. Por isso que está cheio de POVs. No entanto, como eu estarei bastante ocupado nos próximos meses, me dedicando não só a universidade, mas também, ao cursinho preparatório para o vestibular(pois minha vontade é cursar Arquitetura) , vou tentar escrever e postar os últimos capítulos de nossa história até a primeira semana de Março. No mais: Boa Leitura!



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28 de novembro

POV Rose

Mesmo sendo o baile daqui a dois meses, muitos garotos de Hogwarts já estavam convidando as suas garotas desejadas. Não era difícil ver algumas meninas carregando rosas vermelho vibrante pelos corredores. Houve um protesto frente a sala do professor Flitwick por parte dos alunos que foram excluídos de participar do baile, os três primeiros anos pediam direito de participarem.

Eu não fiquei chateada quando Scorpius apareceu na mesa da Grifinória para me desejar um bom dia e ele não tenha mencionado nada sobre o baile, era óbvio que iriamos juntos, a final somos namorados. Rox, por sua vez, dispensara três pretendentes somente naquela tarde. Segundo os critérios criados por ela ou eram idiotas demais, ou eram de uma séria muito abaixo da dela. O professor Neville ensinara a todos a como conjurar rosas bem bonitas, por mais que fosse um feitiço transfigutório, ele não hesitara em mostrar a mágica.

07 de dezembro

POV Scorpius

Dezembro era um mês muito monótono em Hogwarts, por efeito de estar perto das festas, muitos professores abandonavam conteúdos para exigir a entrega de carradas de deveres de casas passados todo fim de aula. Professor Fourteberry não poderia estar mais exigente, ele estava prometendo cancelar a visita de alguns alunos a suas casas se estes não entregassem os deveres antes do dia quinze. Em resumo, passei boa parte do tempo auxiliando Lírio a resolver os questionários de Transfiguração Humanoide Nível Três.

– Senhor Pucey! – disse o professor de transfuguração jogando uma folha de pergaminho sobre a mesa em que meu primo estava sentado – Responda-me, o senhor recebeu ajuda para realizar essa tarefa?

– N-Não, professor! – disse Lírio arregalando os olhos.

– Entendo. Menos dez pontos para a Sonserina. E senhor Malfoy, dá próxima vez deixe seus colegas se afundarem sozinhos... – ele olhou para mim e uma veia de sua têmpora saltara bruscamente.

– Mas... – tentei me defender mas Rose beliscara meu braço.

– Não caia na provocação – disse ela sussurrando para mim. Calei-me. Meu olhar era furtivo sobre o homem. De repente chamas brotaram da ponta do Chapéu cônico que o professor usava naquela manhã. Rose dera um gritinho nervoso. Ele demorou um tempo para perceber o que estava acontecendo. Ele arrancou o chapéu flamejante e o jogou no chão e começou a pisoteá-lo para apagar as chamas.

– Que diabos está havendo aqui? – perguntou ele com uma expressão de fúria. Após as risadas cessarem o professor, enfurecido, sentara-se em sua cadeira e olhara a turma como se encontrasse o culpado. Tivemos lição de casa em dobro para fazer naquela noite.

– Você está louco? – perguntou Rose quando estávamos nos dirigindo a outra sala de aula.

– O que foi? – perguntei sem entender.

– Por que você usou seus poderes para fazer aquilo? – perguntou ela.

– Não fiz de propósito, já disse, não controlo nada – falei subindo a alça da mochila mais para cima do ombro.

– Scorpius, acho que você deveria pedir auxilio para algum professor. Talvez a professora McGonagall possa ajudar...

– Não, eu estou muitíssimo bem. E agradeceria se você parasse de falar sobre isso? – não me sentei junto a Rose naquela aula, estava cansado dele ficar falando desses poderes.

15 de dezembro

POV Rose

Alvo me faz lembrar a cada vez que nos encontramos que é culpa minha que Scorpius está se afastando de nós. Não tenho culpa se procuro resolver os problemas da maneira mais racional o possível. As emoções de Malfoy têm variado cada vez mais, e isso tem feito com que seus poderes rajam a todo instante negativamente para aqueles que são afetados. Alexander Nott está a três dias na Ala Hospitalar por está com dificuldades para respirar após ter discutido com Scorpius no banheiro masculino. Até mesmo Lírio sofrera com o mal humor do primo e acabou tendo as vestes misteriosamente descosturadas, bem não foi uma visão muito bonita no salão principal. Embora que já esteja decorado com doze arvores natalinas e várias guirlandas, a decoração deste ano superara a do ano anterior.

Estava caminhando em direção a Biblioteca com Demétria que insistira em me acompanhar, segundo ela não queria ficar na Torre da Grifinória. Olhei pela janela do corredor, o doce crepúsculo se misturava em uma chuva rala de neve branquinha. Entramos na biblioteca, era sempre frio por entre as estantes. A bibliotecária se recusava a aumentar a intensidade da caldeira, que ficava nas masmorras, para não estragar alguns livros antigos. Sentamos em uma mesa vazia e começamos a redigir um texto sobre Criaturas Noturnas.

– Você sabe se o Alvo convidou alguém para o baile? – perguntou Demi de repente.

– Não, não sei mesmo. Por que a pergunta? – falei em quanto revirava as páginas de meu livro de Defesa Contra As Artes das Trevas.

– Por nada não... – ela passou uma mecha do cabelo para trás da orelha e sorriu.

– Você não está pensando que ele vai te convidar? – perguntei indiscretamente.

– Não, o que? De onde você tirou essa ideia? Você está bem Rose? – disse ela encabulada.

– Sei muito bem que.... deixa para lá. Vamos voltar para o texto – recomecei a rabiscar a folha de pergaminho. Contudo, Demétria parecia bastante desconcertada com minha insinuação.

18 de dezembro

POV Scorpius

Passei os últimos dias que se antecediam nossa volta para casa enviando cartas para meus pais insistindo para que eu passa-se o natal com Rose na casa dos avós dela. Infelizmente, eles parecem imutáveis quanto a decisão. Embora eu tenha me afastado esses últimos dias de Rose e Alvo, mas meu coração ainda clamava para estar na presença de meus amigos, em especial Rose. Mas meu poder de certa forma me assusta. Já tentei contatar o espiro de Merlin e Viviane, mas eles não vieram em meu socorro. Eu entendi, devo por mim mesmo entender tudo o que está se passando.

Dessa forma, sou obrigado a passar meu tempo livre escutando as idealizações do “Baile Perfeito” que Cath imagina. Como também, tenho que aturar a insistência de Lírio para ajuda-lo em transfiguração, mas não vou cair no mesmo erro, o professor Fourtenbarry já está me deixando de saco cheio. Tento ao máximo não chamar a atenção nas aulas dele para não me prejudicar.

Estava sentado no corredor do sétimo andar em um banco extenso de madeira. Era perceptível minha desanimação. Meus olhos estão fitados em uma guirlanda de pinhas penduradas no teto, há fadinhas cintilantes em volta. Alguém descansa o corpo ao meu lado. Exalava um forte cheiro de lavanda e loção pós barba. Era o garoto que se oferecera como voluntário para o comitê do baile. Seu nariz, extremamente fino, estaca avermelhado por conta do frio. Ele fungou.

– Tudo bem? – perguntei com um ar de preocupação.

– Sim... só estou com alergia – disse ele sorrindo.

– Ah, achei que estava...

– Chorando! – ele sorrio de novo – Todos acham isso!

Não disse mais nada apenas crispei a boca.

– Você vai passar o natal aqui em Hogwarts? – perguntou ele.

– Não, com meus pais – respondi, fiz menção de me levantar mas ele voltara a falar.

– Eu também não, mas meus pais estão na Alemanhã, estão em uma missão diplomática para o ministério – disse ele com muita importância – Então provavelmente passarei o natal na casa de minha avó... ela é biruta!

– Seu eu fala-se isso de minha avó, meu avô me matava, eu acho! – disse rindo.

– Não tem problemas, até meus pais dizem. Além do mais, meus avós não vivem juntos a anos... que besteira minha, meu nome é Hans King! – disse ele mudando de assunto repentinamente e me estendendo a mão direita. Apertei. Estava fria e úmida.

– Scorpius Malfoy! – falei soltando a mão do garoto em seguida.

– É eu já sabia. Aliás, quem não sabe? – perguntou ele. Franzi a testa.

– Desculpa, eu preciso ir agora... mas, melhoras com sua alergia – falei apanhando meu livros e me levantando.

– O.K., a gente se vê por ai! – disse ele com a voz rouca e lançou uma piscadinha, que estranho, depois seguiu pelo lado oposto.

23 de dezembro

POV Rose

A locomotiva de Hogwarts zarpara a mais de duas horas, descíamos para o sul e a paisagem era mutável pelo lado de fora da janela. Eu descansava a cabeça no colo de Scorpius, ele passava suas mãos macias pelos meus cabelos. Sim. Estamos de bem novamente. Foi uma surpresa na verdade, ele simplesmente voltou a falar comigo, mas fez um final para que não houvessem desculpas.

Alvo estava sentado no banco oposto limpando sua vassoura e Demétria estivera vasculhando o malão.

– Eu vou tentar ao máximo passar a noite na sua casa – sussurrou Scorpius para mim.

– Ah, espero que você consiga, eu quero passar esse natal com você! – sussurrei.

– Terminei! – disse Alvo guardando o estojo de limpeza de vassouras de volta no malão.

– Eu também terminei. Eu estava limpando meu malão! – disse ela retirando uma sacolinha de papel tufado.

– O que é isso? – perguntou Malfoy.

– Penas e papeis velhos – disse ela.

– Por que você não fez isso em Hogwarts? – perguntei.

– Não tive tempo. Estava ocupada com os treinos de Quadribol!

Afeita que o sol ia se despedindo e seu alaranjado terminava de tingir a neve fofinha nos prados em volta de Londres, o expresso de Hogwarts fora parando paulatinamente quando a bucólica capital da Inglaterra fora surgindo. Scorpius carregou meu malão até desembarcarmos na plataforma 9 3/4, a fumaça que expelia da máquina atrapalhava a visão. Nós nos juntamos a Hugo que procurava por algum sinal de nossos pais. Scorpius saiu em disparada em direção a uma mulher muito magra com os cabelos presos em um coque, era a senhora Malfoy. De longe sorrir para ela.

– Ai estão vocês! – disse alguém as nossas costas.

– Fred? – falou Hugo. Fred Weasley, era um garoto alto com a pele morena e os cabelos crespos que tomavam boa parte de sua cabeça.

– O que faz aqui? – perguntei.

– Vovó Weasley mandou eu vir apanhar os dois, seus pais estão muito ocupados. Aliás, não só vocês, mas todos os outros!

– Certo então! – disse Hugo desapontado, era notório pelo fato de que nossos pais não tivessem aparecido.

Os Weasleys e os Potters foram se juntando em entorno de nós, até mesmo Lucy que não parecia muito feliz em estar ali conosco, fora obrigada por Fred. Para surpresa de todos, Molly Weasley II apareceu no meio da multidão, ela tinha os cabelos ruivos presos em um rabo de cavalo e seus óculos de armação preta estava fora de orbita.

– Por Merlin, eu achei que vocês já havia partido para a casa da vovó! – disse ela colocando uma mão sobre o ombro de Lucy.

– Podemos ir logo? – disse Lucy emburrada. Lily revirara os olhos, era perceptível a antipatia delas.

– Só um minutinho, por favor! – sai em direção a Scorpius veio em minha direção, quando a senhora Malfoy saiu para cumprimentar a mãe de Lírio Pucey.

– Eu não estou prometendo, mas darei o meu jeito! – disse Scorpius me abraçando.

– Por favor, fuja se poder! – passei os braços em volta do tronco dele e apertei.

– Pode deixar! – ele encostou os lábios no meu. Pude sentir Fred e Molly II segurarem a respiração a nossas costas, eles não sabiam que eu estava namorando. Muito menos Scorpius Malfoy. Foi difícil tira-lo dos meus braços. Mas Lírio viera chamar o primo para irem.

Voltei a me juntar com os Weasley, eles esperavam impacientes.

– Como iremos para casa da vovó? – perguntou Lily.

– Bem, a casa é muito longe para irmos de carro... quatro de vocês ainda não sabem aparatar. Acho que vamos ter que ir por chave do portal!

– Uhum, eu consegui com o papai no departamento de transportes mágicos que ele liberasse uma para levarmos vocês para casa! – disse Molly II retirando um pano velho da bolsa. – Só precisamos encontrar um lugar vazio para usarmos.

Dito isso, apanhei a gaiola onde Castanha estava e o coloquei em um carrinho. Atravessamos a passagem e seguimos até chegarmos a avenida de frente a estação. Seguimos pela York Way, passando por uma lanchonete de fachada verde mata com um grande M amarelo estampado, onde se lia McDonald’s. A neve estava encardida na calçada. Entramos em uma biboca entre dois prédios de tijolos marrons. Hugo se tremia de frio. Molly II retirara o lenço da bolça novamente e passara para os Lily, Lucy, Hugo e Louis segurarem.

– Esperem um segundo... – ela olhou para o relógio no pulso. –, em um minuto!

Os quatro Weasleys mais jovens aguardaram e Molly II. Em um estalo forte que cortou a biboca desapareceram. Restaram apenas eu, Alvo e Fred que desaparatamos em seguida. Nossos pés tocaram sobre a sombra de uma casa do século dezessete com a iluminação fraca que vinha de dentro. Haviam quatro jovens caídos na neve no jardim ao lado, Molly II ajudara-os.

– Viagem difícil? – perguntei a eles.

– Nem me falei! – disse Hugo emburrado tirando a neve dos cabelos. Entramos para o calor da casa, onde fomos recebidos por Vovó Weasley que vinha correndo da cozinha, ela abraçou todos de uma só vez.


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Notas finais do capítulo

Primeiro: Leiam a nota do capítulo, é importante!
Segundo: Comentem, por favor!
Terceiro: Até o próximo!