A Rosa Serpenteada escrita por Prince Salazar


Capítulo 26
A surpresa de Horácio


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pela demora pessoal. O capítulo acabou saindo como eu não gosto, cheio de dialogos, mas ele é aquele tipo de capítulo que é complemento de outro e introdutor doe próximos. Espero que gostem!
Boa leitura



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27 de novembro

POV Scorpius

Os dias que se antecederam nada mais aconteceu, tanto eu quanto Rose conseguimos nos acalmar. Mesmo assim ainda é muito difícil estar ao lado dela, principalmente quando trocamos afetos um pelo outro. Mas eu sinto que estamos mais fechados um com o outro. Talvez seja por causa dos sonhos que ainda tenho com ela.

Os professores estão intensificando a matéria de N.I.E.M’s conosco, o nível está cada vez mais acelerando. Estou dividindo meu tempo entre os deveres de casa e os treinos de Quadribol. Precisamos vencer a próxima partida se quisermos ir para a final com a Grifinória que lidera apenas por uns dez pontos a nossa frente. Minha última meta é derrotar Fergus Finnigan. É verdade que também nossa convivência não tem sido nada fácil, inúmeras vezes já peguei ele tentando me dar rasteiras pelo corredor, nós ficamos nos empurrando e é sempre preciso alguém para evitar um conflito pior. Rose jura que eu não toquei nele naquele dia. Eu de fato não estou obtendo sucesso em controlar o Nihil Manus. Estou me sentindo como se voltasse a ter dez anos quando fiz metade do aparelho de jantar da minha avó ficar grudado no teto da sala de jantar, eu estava irado naquele dia, pois minha mãe não me deixara sair para dar uma volta de vassoura sem a presença de meu pai.

– Senhor Malfoy! – chamou-me o professor Longbottom.

– Sim? – voltando a prestar atenção na aula.

– Você poria dizer qual é a pior mordida de uma Orquídea Dentada? – perguntou o professor.

– Ah, claro! – respirei fundo e pensei. – Seria a Orquídea Verde?!

– Exato. E de acordo com a idade, qual seria a idade para uma dessas Orquídeas proporcionar maiores danos em um bruxo? – perguntou ele. Essa eu não lembrava, pelo menos eu achava que não.

– Dezesseis anos! – afirmei incerto. Rose levantou a mão, ela parecia desesperada para responder. O professor me olhara decepcionado.

– Sim, Rose Weasley?

– A resposta é vinte anos! – disse ela orgulhosa.

– Muito bem... – o professor continuou a aula sem interrupções, no final passou um trabalho sobre Bubotúberas.

Segui com Rose e Alvo para o salão principal, os dois não paravam de falar o quanto era excitante saber que a festas de final de ano estavam se aproximando e os muitos pratos que sua avó fazia. Particularmente, eu nunca conheci a matriarca dos Weasleys, mas pelo que Alvo, Rose e Hugo dizem ela parece ser uma mulher com um dom para cozinhar. Acabei me lembrando que papai mandara uma resposta definitiva sobre a festa de natal na casa dos Weasleys.

– Como assim vocês não vão? – perguntou Rose.

– Eu sei, me desculpe. Mas mamãe insistiu para passarmos o natal na casa da Tia Daphne...

– Eu não acredito. Como meu pai vai conversar com você e ver que seus pais são legais? – perguntou a ruiva.

– Eu não sei tá... por mim eu passaria meu natal com você, é tudo o que eu quero! – falei. Adentramos o saguão de entrada.

– Cara, você já tem dezessete anos, por que não diz simplesmente que vai passar o natal conosco? – perguntou Alvo tirando os flocos de neve dos cabelos.

– Eu não posso fazer isso, meus pais estão em uma situação delicada com meus avós. Não quero deixa-los na noite de natal – expliquei.

– O.K., eu vou escrever para meu pai e dizer que você não vai... mas é uma pena, vamos torcer para eu pai não voltar atrás – disse Rose tristonha.

– Na verdade eu escrevi para ele essa manhã me desculpando e agradecendo pelo convite...

– Você é surpreendente Scorpius, nunca perde a chance de não fazer as coisas erradas. Você é se duvida um homem inglês! – disse Alvo rindo. Rose parecia sem resposta, acho que ela não acreditava que eu poderia escrever para o pai dela.

Subimos as escadarias até o sétimo andar onde passaríamos o tempo livre daquela manhã. Sentamos em um pátio quadrado cercado por vitrais.

Lacarnum inflamari! – falei apontando a varinha barra um bote de um litro e uma bela chama azulada pairou dentro dele. Ficamos os três juntos um do outro nos aquecendo.

– Vocês acham que aquela história dos bonecos já acabou? – perguntou Rose.

– Não, meu pai disse que tem uma equipe de busca atrás do Grimório desaparecido... acho que todo o Reino Unido foi revirado mas nada foi encontrado! – disse Alvo.

– Mas eles não procuraram em Hogwarts? – perguntei.

– Você não acha que quem roubou o Grimório escondeu-o dentro de Hogwarts? – perguntou Alvo irônico.

– Bem, se você não percebeu, o ladrão entrou e saiu do castelo sem ninguém ver... não é estranho? – disse. Os dois primos se entreolharam.

– Mas enfim, você contou para o seu pai que você é herdeiro de Merlin? – quis saber Rose.

– Claro que não. Eu prefiro que ele descubra por acaso... seria muito estranho eu escrever uma carta assim: Caro papai, hoje eu descobrir que sou herdeiro de Merlin. Não é fantástico?

– Não seja tão insensível! – disse Rose chateada.

– Pelo menos eu acredito que a Mcgonagall não contou nada dessa história de herança para o Ministério. Acho que ela não acredita de fato! – falei.

– Melhor assim. Eu sei muito bem como é ter algo que as pessoas acham surpreendente, é impossível ir a qualquer lugar com meu pai sem ser aliciado por bruxos que são gratos de mais pelo que ele fez – ele fez uma pausa e passou a mão na bochecha -, eles gostam de aperta a bochecha dos filhos de Harry Potter!

Eu rir, mas Rose concordou com Alvo:

– Realmente, eu me lembro quando eu era pequena e a avó do professor Neville nos encontrou no Caldeirão Furado, papai e mamãe deixaram-na aperta minha bochecha, para uma idosa ela é bem forte.

– Eu nunca tive esse tipo de atenção. Agradeço!

– Pronto, agora estamos quites... – Alvo levou a mão até minha bochecha e apertou o máximo que pode.

– Eu não pedi para você... ai, isso dói mesmo! – esfreguei a mão no rosto freneticamente, só depois que os dois pararam de rir foi que senti um arde no rosto, era Rose que havia me dado um beijo onde alvo apertara.

– Pronto, não chore... – disse ela. Alvo se debulhava em risadas.

– Já chega vocês dois... – já não estava calmo, as chamas azuladas deram cresceram e era possível ver a linga de fogo ultrapassar o limite do pote. Alvo parara de rir. Rose arregalara os olhos.

– É isso, você quando tem oscilações no emocional ativa seu poder! – disse Rose.

– O quê? – perguntei.

– Veja quando você fica com raiva, alegre ou triste sua magia, Nihil Manus, ativa... vai, tenta fazer as chamas aumentarem de novo! – falou ela.

– Não, eu não sei fazer isso...

– Vai logo Scor! – disse Alvo.

– O.K.! – mirei meus olhos em direção as chamas, mas nada fluíra. – Não consigo!

– Ei Malfoy, já te disse que é a Grifinória que vai ganhar o torneio esse ano? – falou Alvo mudando de repente o rumo da história.

– Não mesmo Potter, Sonserina é a melhor e todos sabem disso!

– Aqueles trasgos montados em vassoura? – disse o moreno, pude sentir faíscas saírem dos meus olhos naquele momento. As chamas voltaram a se elevarem.

– Há, é isso! – disse Rose. – Muito bom, Alvo!

– O.K., será que só eu estou percebendo que isso não é bom? – falei.

– Como assim? – perguntaram eles.

– Eu não consigo controlar, e se eu acabar machucando alguém?

– Você não vai Scor! – disse Alvo.

– Você vai melhorar essa habilidade, você é um bruxo incrível...

– Não Rose. Diga-me uma coisa boa que eu fiz uma vez na vida? – eles se entreolharam e sorriram.

– Você nos livrou várias vezes da turma do Nott. Você sempre nos protegeu e nos ajudou quando mais precisávamos! – falou a ruiva.

– Você venceu o clube de Duelos três anos seguidos, eu jurava que o Tiago iria te derrotar ano passado! – disse Alvo.

– Tá bom. Eu só fiz isso por que eu sou assim, não é porque eu sou incrível...

– Você lembra Rose aquela frase que meu pai falou no natal passado? – perguntou Alvo.

– Lembro, foi Dumbledore que disse a ele: “Não são nossas atitudes que mostram quem realmente somos, mas sim nossas escolhas” – eles arquearam a sobranceia e sorriram.

– Eu preciso ir...- levantei-me do chão e segui pelo corredor. Senti os olhos deles me acompanharem. Eu não pedi nada disso. Eu não pedi fama, glória e reconhecimento. O chapéu seletor só me colocou na Sonserina porque sou um Malfoy.

Naquele dia não voltei a falar com Alvo e Rose, estava com medo de que eles retornassem a tocar no assunto. Não queria falar sobre aquilo. Segui em direção ao campo de Quadribol onde o capitão do time nos fez voar até a cauda de nossas vassouras congelarem, estava realmente frio. Subi de volta para o castelo com Marlene Wilkers e Gaia Bletchley.

Foi realmente surpreendente o que acontecera após o jantar. Todos os alunos do quarto ano em seguinte foram convocados a estarem no Salão Comunal da Sonserina naquela noite. Assustei-me bastante quando vi o corpanzil do professor Horácio próximo a lareira, ele tinha uma taça de vinho nas mãos

– Silencio por favor! – disse ele fazendo seus bigodes salpicarem gotículas de vinho quente.

– Pois bem... – retornou a falar quando todos estava silencioso. –, a diretora McGonagall decidiu retornar uma antiga tradição, o baile da primavera!

Muitos alunos pareciam surpreso. Nunca ninguém havia ouvido falar daquele baile.

– Exatamente, é uma tradição antiga na qual o professor Black quando era diretor achava que era totalmente desnecessária. Dessa forma, o seu sucessor não aderiu novamente o festival aos dias comemorativos de Hogwarts. Contudo, eu achei que já era hora de retornar esta antiga tradição, fui até a diretora e concordou felizmente com a ideia. O baile está marcado para dia quatorze de fevereiro e é apenas para os quartanistas em diante!

Ouve uma algazarra de algumas garotas e só pararam quando o professor retornara a falar:

– As regras são bem claras, todo e aquele que perder mais de cinquenta pontos para sua casa durante os meses que se antecedem o dia do baile serão cortados destes privilégios. Não me decepcionem Sonserina ou sofrerão uma punição ainda mais severa vindo de mim. – todos olharam-no com espanto. Então ele riu. – Segundo, é exclusivamente o cavalheiro que deve convidar a dama, e este deve entregar uma rosa vermelha.

– E se eu não quiser aceitar a rosa? – perguntou Gaia.

– Então você não precisa ir com aquele rapaz, minha cara! – explicou o professor. – Mas alguma dúvida?

– Onde vamos encontrar rosas? – perguntou Alexander Nott.

– Meu jovem, conjuração de rosas vocês aprendem no primeiro ano... será que é muito difícil fazer uma? – disse o professor tomando um gole de sua taça.

– Professor? – perguntou alguém em um canto escuro da sala.

– Sim, diga? – perguntou Slughorn procurando o emissor da voz.

– E se eu quiser convidar alguém do terceiro ano? – disse a voz.

– Não há problemas. Mas só os alunos do quarto ano em seguida é que tem livre acesso para participar do bar, mas se um terceiranista for convidado não tem problemas – disse ele esvaziando a taça.

– O.K.! – disse a voz.

– Para terminarmos, cabe os monitores da casa participar do comitê do baile, juntamente com as outras casas. E estes devem juntar um grupo de seis ou mais pessoas para ajuda-los! – assim que ele terminou de falar caminhou em direção a saída. – Bons sonhos a todos! – desapareceu pela passagem.

Reuni-me com quente por insistência dela para decidirmos quem deveríamos recrutar. Eu estava com muita dor de cabeça para pensar em quem teria coragem de organizar o baile com a gente. Sentamos em uma mesa de mogno negro e ficamos analisando as possibilidades.

– O que você acha de Marlene e Gaia? – perguntei, ela estava demorando muito para pensar.

– Elas causariam uma grande desordem, mas se forem para ajudar a pendurar enfeites no teto, acho que a habilidade de voo delas ajuda! – disse ela.

– E a Persephone, ela leva jeito com isso! – disse mirando a loira do outro lado da sala.

– Com certeza - ela começou a anotar os nomes em um caderninho.

– Com licença! – um garoto que Scorpius nunca havia notado surgiu a sua frente. Ele tinha uma estatura média, seus olhos eram verde água, cabelos negros estavam firmemente partido para o lado formando um topete. Seu nariz era fino e arrebitado, tipicamente inglês. Ele parecia pertencer a nobreza. Lábios finos e rosados. Ele sorrira.

– Sim, em que podemos ajudar? – perguntou Cath parecendo animada em vê-lo.

– Eu gostaria de participar do comitê do baile! – falou ele com uma voz suave.

– Ah, tudo bem. É Hans King seu nome, certo? – perguntei.

– Exatamente! – disse ele sorrindo para mim. Acho que ele não tem muitos amigos, nunca havia reparado nele antes.

– Você é de que ano Hans? – perguntou Rose.

– Sexto ano. Bom, até mais! – disse ele acenando e saiu em direção ao seu dormitório.

– Você conhecia ele? – perguntei a Rose.

– Não, mas acho que ele é do clube de xadrez de bruxo. De qualquer forma, faltam apenas mais um para selecionarmos! – disse Cath.

– Pega o Lírio, ele nem vai fazer questão – falei já me levantando, mas ela me puxou para sentar de novo.

– Claro que não. A gente tem que escolher quem vai ajudar, é capaz do Lírio destruir tudo! – falou ela jogando os cabelos para trás.

– Eu escutei meu nome! – disse meu primo que estava sentado em uma poltrona próximo. – Foi bem você né, Catherine?

– Claro que fui eu! – disse ela amarrando a cara.

– Não se preocupe eu não vou te convidar para o baile, acho que ninguém vai, mas caso contrário eu peço para o Flin Morgan te convidar! – disse ele se aproximando. Lírio se referia ao quintanista que tinha orelhas muito grande e dentes defeituosos.

– Muito engraçado você Lírio... – disse Cath apanhando seu caderninho e saindo correndo para o seu dormitório.

– Eu disse alguma coisa? – perguntou meu primo.

– Vai dormir Lírio! – falei seguindo para o meu dormitório também. Apenas Trence Higgs estava lá, ele parecia memorizar alguma coisa.

– Ah, Malfoy é você! – disse ele desapontado.

– Quem você queria que fosse? – perguntei tirando minha roupa e apanhando o pijama.

– Ninguém...

– Então continue a falar sozinho! – disse ríspido.

– Não estava falando sozinho, eu estava estudando – mentiu ele.

– Conta outra – digo passando a cabeça pelo buraco da blusa.

– O.K., eu estava treinando para convidar a Persephone Montague para o baile! – disse ele.

– Ui, vai ser difícil aquela ali... – acho que era a primeira vez que eu estava tendo uma conversa daquelas com ele.

– Por que você diz isso? – perguntou ele fechando a mão em soco.

– Ela só sai com quem é importante, não que você não seja. Você é um ótimo apanhador!

– Sou mesmo, mas isso não basta? – perguntou ele.

– Para Percephone nada basta. Ela gosta de estatuo! – digo me cobrindo com a coberta.

– Droga... – ele parecia chateado, acabou que deixando o quarto batendo a porta com muita força.


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Notas finais do capítulo

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