A Rosa Serpenteada escrita por Prince Salazar


Capítulo 13
A iniciativa da cobra


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, tudo bom com vocês? - disse Sabrina Sato.
Brinks. Mais um caps para vocês que eu gosto tanto. Um beijo para a Littlered7 pelo seu último comentário. Bem, eu tive uma ideia. De traze um de meus leitores para dentro da escola, e este vai entrar para fazer parte de alguns capítulos que no futuro decidirei. É simples, todos aqueles que quiserem participar desse sorteio precisão favoritar a história e depois enviar suas características para mim pelas mensagens pessoais.
No mais, boa leitura!



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9 de setembro

P.O.V Rose

Uma semana se passara do ocorrido e não teve um único dia em que Scorpius não tentara furtivamente falar comigo, contudo, eu não dizia um única e singular palavra. Foi na última sexta-feira à noite, eu havia ido a biblioteca fazer uma pesquisa sobre Aritmancia, estava eu sem sucesso tentando apanhar um livro no alto da estante. Mãos muito brancas cortaram a frente da minha tocando levemente e segurando justamente o livro que eu precisava, era Scorpius que apanhara e me entregara o livro e saíra andando em direção a próxima estante. Ele tinha o olhar fixo em uma folha de pergaminho antigo, acredito que era algum arquivo histórico que havia na biblioteca. Observei ele desaparecer atrás de uma pilha de livros me deixando verdadeiramente espantada, foi a primeira vez em dias que ele tinha me visto e não falara nada.

Estava terminando de comer meu café da manhã quando Barry Corner, o monitor chefe veio até a mesa da Grifinória, ele trazia um rolo de papel na mão e uma expressão nada boa no rosto.

– Weasley! – chamou ele.

– Oi?! – respondeu eu, Louis e Roxanne.

– Rose Weasley, foi o que eu quis dizer – falou ele apontando com o rolo de papel para mim.

– Sim Barry, algum problema? – perguntei depositando minha xicara na mesa.

– Não, não... a professora McGonagall pediu para algum monitor levar os alunos do primeiro ano para as estufas – nesse momento eu olhei pela vidraça do Salão Principal, uma fina chuva caia do lado de fora e o céu estava cinza claro.

– Certo, por que eu? – perguntei expressando minha lastima.

– Por que os outros já foram para a sala de aula e eu não achei alguns – disse ele começando a andar. – Me quebra esse galho e prometo te livra do patrulhamento quando você quiser!

Olhei furiosa para Barry saindo do Salão, terminei de tomar o café e fui até o Saguão de Entrada onde um considerável número de estudantes do primeiro ano estavam me aguardando. Eles vestiam capas de chuva de cor purpura com o brasão da escola e galochas pretas.

– Pois bem, eu irei leva-los até as Estufas, por favor tomem cuidado, pois o gramado deve estar cheio de lama – digo já vestindo uma capa de chuva também.

– Espera Rose! – gritou alguém que vinha das escadarias.

– Que isso? – digo ao ver Scorpius se aproximar de mim e dos primeiranistas trazendo sua vassoura de corrida na mão.

– Barry me contou que você vai levar o primeiro ano para as estufas, então eu pensei, e se eles escorregarem na lama e se machucar. Então chamei o time de Quadribol da Sonserina, eles toparam! – neste momento todo o time de quadribol da Sonserina vinha saindo da porta que levava para as masmorras, todos tinham estatura para serem mais velhos do que aparentavam, até mesmo Marlene e Gaia as duas únicas garotas do time.

– Uou! – disse um novato corvino assim que viu a vassoura de Scorpius.

– Não, não... em hipótese alguma vamos voar. E se eles caírem das vassouras? – perguntei com uma expressão enfurecida no rosto.

– Primeiro, somos ótimos pilotos. Segundo, eles vão estar a salvo. Terceiro, não vamos voar muito longe do chão, iremos planar praticamente! – disse Scorpius.

– Certo, mas quem autorizou você a fazer isso? – ele parecia ter preparado tudo, me mostrou um papel com a autorização do professor Slughorn. Fiquei bastante receosa quanto aquela ideia, mas por fim cedi.

Cada jogador da Sonserina levou dois primeiranista em suas vassouras, eu recusei o convite de Scorpius de me levar em sua vassoura e disse que ia andando até as estufas.

– Rose, tem certeza que você não quer ir voando? – perguntou ele quando afundei minha perna em uma poça cheia de lama já na metade do caminho.

– Tenho sim, obrigada! – falei seguindo meu caminho. Quando eu estava descendo um pequeno barranco de terra eu escorreguei, mas Scorpius que planava ao meu lado segurou firme em meu cotovelo evitando com que eu caísse na lada. Ele me puxou para cima da vassoura contra minha vontade e assim acelerou com a vassoura até a estufa número um. Eu praticamente pulei para o chão assim que chegamos, professor Longbottom estava na porta da estufa fazendo a contagem dos últimos alunos que chegaram.

– Muito bem, é ótimo ver que todos chegaram aqui limpos pelo menos, só não garanto a volta. Dez pontos para o time da Sonserina pela iniciativa! – disse ele recolhendo as novatos para dentro da estufa.

– E você Rose, o que faz aqui? – perguntou ele ao me ver.

– Eu que fiquei encarregada de traze-los professor Longbottom, mas Scorpius preferiu fazer as coisas do jeito dele! – disse com desdém.

– Ah, certo. Eu receio que seja hora de vocês retornarem para o castelo – falou o professor entrando na estufa.

– Vem, vamos. Está quase na hora da aula de Defesa Contra as Artes das Trevas – disse Scorpius dando espaço para que eu senta-se em sal vassoura novamente.

– Nem pensar! – digo seguindo em direção a Gaia. – Você me dar uma carona de volta?

A garota olhou bem para mim e pensou duas vezes antes de responder, quando dei por mim todo o time da Sonserina havia arrancado de volta para Hogwarts só restando Scorpius.

– Você é uma aluna da Grifinória, é claro que eles te dariam uma carona! – falou Scorpius dando a vassoura dele para mim.

– Que isso? – digo olhando amedrontada para vassoura.

– Volta sozinha pro castelo, vai voando. Deixa que eu volto andando! – disse ele fazendo com que eu pegasse na vassoura.

– Não, não. Você sabe que eu não consigo pilotar essa coisa... – digo devolvendo a vassoura para ele. – O.K., eu deixo você me levar de volta para o castelo!

Ele sorrio de orelha a orelha e voltou a montar na vassoura. Ele ficou na frente e eu atrás sentada de ladinho. O vento frio batia em nossos rostos no momento que subíamos em direção ao castelo, eu pude sentir o doce cheiro de eucalipto que vinha de suas vestes. Segurei ainda mais firme na cintura dele assim que passamos por uma área mais íngreme.

Ele aterrissou a vassoura assim que tocamos o chão de pedra do Saguão de Entrada que por sinal estava vazio a não ser por uns poucos alunos atrasados, parecia que os sineta já havia tocado indicando que era hora da aula. Eu e Scorpius seguimos em silencio em direção a sala de Defesa Contra as Artes das Trevas, abrimos a porta com cuidado, mas por alguma razão o professor ainda não chegara. Sentei-me na primeira carteira vazia e Scorpius sentou-se ao lado de Lírio seu primo. Arquibaldo Price, chegara cinco minutos depois, o professor de DCAT era um tanto peculiar. Era um homem que aparentava ter um pouco mais que cinquenta anos, usava uma capa preta e uma máscara cobrira metade de seu rosto. Alguns alunos disseram que ele perdera a outra metade em uma luta com um lobisomem.

– Bom dia, de pé, de pé! – ordenou o homem que parecia carrancudo. Ele nos levou até uma sala ao lado onde havia bonecos de tamanho real, com a coloração marrom claro e não tinham rosto, eles acenaram para os alunos que iam entrando na sala.

– Defesa pessoal! – disse o professor no centro da sala quando todos haviam chegado. – Como vocês reagiriam se fossem atacados de surpresa pelas costas...

Um boneco marrom pulou em cima do professor, apertando com o braço o pescoço dele. O professor tentava tirar o braço do boneco mas ele era mais forte, ele então apanhou sua varinha lançando um feitiço direto no rosto do boneco que voara para o lado oposto da sala.

– Fantástico! – disse Fergus batendo palmas para o professor assim como os outros alunos.

– Muito bem agora cada um encontre um boneco e apenhe suas varinhas, usem todo e qualquer feitiço que faça com que quem está te atacando seja empurrado para o lado oposto. Sejam espertos senhores, não vão usar feitiços que possam acabar machucando a vocês próprios.

Fui em direção a um boneco, ele fez uma reverencia para mim antes que eu ficasse de costa para ele. Segurei firme no punho da minha varinha quando ele veio para cima de mim e passou a segurar-me passando os braços de madeira por debaixo da minha axila e segurando minha cabeça. Com muito esforço tentei mirar minha varinha na direção de sua cabeça, mas meus movimentos eram mínimos, então mirei a varinha para baixo na altura do abdome dele.

Alarte Ascendare!” – eu não pronunciei o feitiço, apenas pensei em minha cabeça. Um jato de luz amarela acertou o boneco fazendo o mesmo ser impulsionado para o alto soltando-me e caindo no chão com um estrondo.

– Muito bom garota! – disse o professor reanimando o boneco com um aceno da varinha.

Fiquei observando os demais bonecos atacaram meus amigos, o boneco de Alvo o segurara firme e segurava a mão que ele empulhava a varinha, só que ele conseguira acertar o boneco com um feitiço expulsório arremessando-o para trás. Scorpius havia recebido um “mata leão” de seu boneco, o rosto dele já estava ficando roxo quando ele conseguiu mirar direto no queixo do boneco acertando-o com um feixe de luz vermelha fazendo com que o boneco solta-se seu braço, o loiro se levantara mais rápido ainda e conjurara cordas para prende-o.

– Nossa, muito bom Malfoy, você usou o feitiço desarmado com muita esperteza e depois imobilizou seu adversário sem causar-lhe sérios danos, cinco pontos para Sonserina por genialidade – Scorpius olhara para mim e sorrira, ele sabia que eu não passava uma aula se quer sem arrecadar pontos para minha casa.

Quando a aula terminou todos estavam doloridos demais por conta dos apertos que os bonecos causaram, Taylor Wood vinha com a mão em suas partes intimas pois o boneco de fantoche apertara naquele lugar que você está pensando. Foi constrangedor e nojento.

POV Scorpius

Eu andava pelo corredor ao lado de Lírio e Alvo, olhando Rose que ia a um metro de distância a nossa frente, perdi o tempo que fiquei admirando o andar dela.

– Vamos Scorpius! – chamou Lírio que me empurrara para descer em direção as masmorras para irmos a sala de poções. Rose ia a frente e fora uma das primeiras a entrar na sala, corri para chegar logo e tomar o lugar do lado dela.

– A não Malfoy, por favor! – disse ela pondo a mão sobre o banco ao seu lado.

– Que foi? Não posso me sentar aqui, acho que não está reservado! – digo ironicamente. Ela soltou um muxoxo baixinho e afundou a cabeça em cima da mesa.

O professor deu algumas instruções para começarmos a preparar a Poção da Verdade. Rose começara a preparar sua poção sem prestar atenção em mim, eu olhei para o outro lado da sala e vi que Alvo não tinha um pingo de interesse em preparar a dele. Comecei a picar as descurianas e jogar no caldeirão com a água fervendo. Rose picava a sua descuriana com muita cuidado e jogava devagar no caldeirão. Só que quando chegou na parte que tínhamos que jogar Aranhas Tecelãs no caldeirão Rose praticamente imobilizara, mesmo que elas estivessem mortas, poucos sabiam mas ela tinha medo de qualquer aranha, sendo pequena ou grande.

– Deixa que eu te ajudo... – digo jogando três Aranhas Tecelãs no caldeirão dela. Ela me olhou como que fosse brigar comigo mais logo depois ela abaixou a cabeça e disse um obrigado muito baixinho que quase não escutei.

– Não tem de que! – falei colocando veneno de Lobalug* no meu caldeirão. Logo em seguida terminei minha poção acrescentando penas de dedo-duro fazendo com que a primeira etapa da poção ficasse pronta.

Rose terminara a sua também porque ela tinha um sorriso no rosto, provavelmente a poção dela tinha ficado amarelo claro como a minha. No final da aula o professor Slughorn parabenizou os alunos que conseguiram terminar de fazer a primeira etapa da poção, em seguida ele mandou deixarmos nossos caldeirões maturando a poção e quem não conseguira sucesso mandou jogar o resto fora na pia.

– E lembrem-se, façam uma redação sobre a Poção da Verdade! – disse ele fechando sua maleta e passando por mim e Rose. – Meus jovens, será que terei a companhia dos dois em um jantar na minha sala sexta à noite, reuniãozinha do Clube do Slughorn?

– Claro professor, conte comigo – disse apertando a mão gorda do homem.

– Ah, claro... será uma honra! – disse Rose sem expressar muita animação.

O professor seguiu em direção a porta dando uma barrigada em Roxanne assim que ele passou por ela.

– Obrigado! – disse Rose para mim.

– O que? Ah, sim. Não tem de que... é pra isso que servem os amigos – digo dando um beijo na bochecha dela e saiu correndo da sala no instante que ela atira um frasco de bexiga de peixe bolha em mim com raiva.

*(animal mágico encontrado no Mar Morto)


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Notas finais do capítulo

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