A Rosa Serpenteada escrita por Prince Salazar


Capítulo 11
De volta a Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

Mais um para vocês, é tão bom quando eles voltam para Hoggy!
Boa leitura!



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01 de setembro

POV Scorpius

Fazia meia hora que o Expresso de Hogwarts deixara a plataforma 9 3/4, eu havia chegado um pouco atrasado e não tive tempo de procurar por Alvo, provavelmente ele se juntara ao time de Quadribol de sua casa ou aos últimos Weasleys que ainda frequentavam Hogwarts. Eu estava em um vagão coletivo onde todos os alunos que ocupavam as poltronas eram da Sonserina, em especial alunos do quinto ano em diante, uns sextanistas haviam pregado em uma das paredes uma bandeira com o brasão de nossa casa e receberam salvas de palmas dos demais. Eu estivera todo esse tempo escutando Persephone contar como foi suas férias na Grécia. Mas por um momento meu pensamento focou em qual vagão Rose poderia estar e com quem.

– Malfoy? – alguém me chamara.

– Oi, Cath! – Cath era uma quintanista que se tornara recentemente monitora, a garota tinha os cabelos negros presos em um rabo de cavalo e mais brilho labial do que lábios.

– Bom, o Monitor Chefe pediu para fazermos a patrulha nos vagões sete e oito – disse ela olhando pelo canto do olho um grupo de garotos que estavam arremessando aviões de papel magicamente alterados em direção a garotas sextanistas.

– O.K., vamos! – digo apanhando meu distintivo de monitor no bolso e pondo sobre o uniforme.

Juntos eu e ela seguimos em direção ao vagão sétimo vagão só parando para advertir alguns alunos da Lufa-Lufa que estavam pondo a cabeça para fora da janela do trem.

– Quem está por esses vagões? – perguntei ignorando a garota que passara mais brilho labial.

– Em sua maioria são alunos da Grifinória – disse ela olhando por dentro das cabines.

– Não é meio estúpido o Barry ter mandado a gente para essa área? – digo notando a cara feia de algumas pessoas dentro das cabines ao nos verem. Barry era monitor chefe, pertencia a casa da Lufa-Lufa.

– Sim, mas os monitores da Corvinal insistiram em patrulhar os vagões em que a Lufa-Lufa estava e visse versa. Então, Barry não teve escolha e nos mandou para esses vagões – os grifinos faziam uma suada dentro de suas cabines.

– Sonserina fede! – gritou alguém de dentro da cabine assim que nos viam passar.

– Muito obrigado, igualmente a sua casa! – digo sorrindo para o garoto três anos mais novo que eu.

– Eles são uns animais, se você quer saber. Preferiria ter ido no vagão da Lufa-Lufa eles tem medo de nós – disse Cath Bulstrode.

– Não sei se gosto da ideia de ser temido – digo olhando a vegetação do lado de fora passar como um borrão.

– Hum! – pigarreou ela.

Sem prestar atenção por onde eu estava andando, acabo que dar de encontra com a pessoa por quem eu procurava tanto naquele dia. Ela segurava a cabeça como se estivesse prestes a se desprender do corpo, seus cabelos ruivos estavam presos em um coque. Ela já estava vestida com o uniforme e o distintivo brilhava em seu peito.

Ela me olhou assustada e ficou muda, como se fosse proibido falar.

– Oi! – digo abobalhado olhando profundo em seus olhos azuis.

– Vamos Rose! – diz Fergus Finnigan o outro monitor da grifinória, ele tinha os cabelos cor de palha elevados em um topete charmoso. Fergus segurou Rose pela cintura com delicadeza e a empurrou para continuar andando. Senti uma pontada de ciúme e amarrei a cara. Ela nada disse nada, apenas continuou seu caminho passando por mim e por Cath.

– Rose Weasley está namorando o Finnigan? – perguntou Cath aboblhada.

– Claro que não! – digo calmo, mais com incerteza.

Continuamos nossa patrulha até o vagão oito onde me encontrei com Alvo que conversava com alguns de seus primos, acenei para Louis e Roxanne. Como também, Lysander e Lorcan Scamander que liam ambos edições diferentes de O Pasquim ao mesmo tempo.

– Alvo, como vai? – digo entrando na cabine deixando Cath continuar a patrulha sozinha.

– Vou bem, e você Scor? – perguntou ele.

– Mais ou menos, mais deixa isso pra lá... alguma novidade? – digo apanhando um bocado de doces da mão de Louis que me xingou em francês.

– Você fica tão afeminado falando em francês, Louis! – disse Roxanne para perturbar seu primo. Arrancando risadas exageradas dos gêmeos e de Alvo.

– Tenho sim! – disse Alvo após respirar fundo depois de tanto rir. – Agora que Tiago se formou eu vou poder ocupar o lugar dele no time, vou fazer testes para apanhador.

Não era esse tipo de novidade que Scorpius queria ter ouvido. Ele esperava que Alvo soubesse algo de Rose que poderia lhe contar.

– Ah, boa sorte! – digo sorrindo amarelo. – Preciso voltar a minha patrulha.

Procuro Cath por todas as cabines seguintes até encontra-la discutindo com um quintanista da grifinória.

– Já chega Cath, você sabe que não devemos discutir com os alunos – digo puxando a menina pelo ombro tirando da vista do quintanista.

– Eles me irritam! – diz ela corando.

– Vamos voltar para o nosso vagão, acho que já estamos dispensados.

Assim que chegamos em nosso vagão estava uma zorra, meu primo Lírio estava sobre uma das mesas gritando freneticamente:

– Nott melecão! – Nott estava no centro de todo os alunos, ele conseguira dar um jeito na acne e no narigão. Mas seu cabelo ainda estava verde e gosmento. Havia sido eu quem desejara que aquilo acontecesse quando lancei o feitiço sobre ele. A verdade é que meus feitiços tem uma longa durabilidade quem nem o professor Flitwick consegue explicar. Nott estava com a mão no rosto, ele estava sendo humilhado como ele humilhara a muitos todos esses anos que estivera em Hogwarts. Nem seus amigos estavam a seu lado naquele momento.

Revesus est! – ordeno acenando com a varinha em direção aos cabelos do garoto. A azaração cessara instantaneamente fazendo os negros cabelos do rapaz voltarem ao normal.

– Agora já chega pessoal, vão se aquietando! – disse Cath ordenado a Lírio que parasse de pular sobre a mesa.

– Você tem que ser uma estraga prazeres... – disse meu primo a Cath que seguiram em direção a uma poltrona e se sentaram.

– Nott, você está bem? – perguntei olhando para o moreno que tinha os olhos muito vermelhos.

– Você foi o culpado disso, e você vai...

– A faça-me o favo e vá catar dilátex no rio da sua avó! – digo passando esbarrando nele. Ele sempre tinha essa frase de vingança estupida.

Sentei-me ao lado de Persephone novamente e comecei a pensar em Rose e se ela estava mesmo namorando aquele Finnigan. Se eu estava com medo, sim estava. Por que? Porque ele foi considerado o mais atraente entre as garotas da torre da grifinória, segundo Alvo.

Encostei minha no cabeça no colo da Persephone que começou a passar a mão em meus cabelos, ela sabia o que eu sentia por Rose e eu sabia o que ela sentia por mim.

POV Rose

Que estúpida eu sou, eu tive a chance de falar com Scorpius mais não consegui falar. Ainda bem que o Fergus me tirou dali o mais rápido o possível. Mas eu vi o quanto ele ficou bravo ao me ver com Finnigan, para ser sincera isso o deixou ainda mais fofo e charmoso.

– Então Rose, eu estava pensando se você não gostaria de ir a Hogsmead comigo no próximo passeio? – perguntou Fergus.

– Nossa Fergus, ainda tem muito tempo e é melhor você não esquecer que esse ano temos N.I.E.M’s e acho melhor não perdemos tempo com essas bobagens...

– Se isso foi um não, era só ter dito! – falou ele baixando a cabeça.

– Eu não sei, eu preciso pensar, tem muita coisa acontecendo agora! – digo segurando seus ombros.

– Tudo bem, mas pensa com carinho Weasley! – disse ele entrando em uma cabine onde estavam alguns de seus amigos, Ele sorrio pra mim e fechou a porta da cabine.

Segui meu caminho em direção a cabine onde meus amigos estavam, passei por um grupo de Lufanos no corredor que cantavam músicas natalinas, mesmo a gente estando em setembro. Abaixei-me muito rápido assim que o corvo da Demétria Robins(filha da Demelza Robins) passou voando pelo corredor com ela atrás.

– Oi Rose, dia difícil! – disse ela acenando para mim e seguindo em direção ao seu animal de estimação.

– Lucy? – digo ao deparar com minha prima beijando um garoto que era um ano mais velha.

– Sai daqui Rose! – disse ela me empurrando para fora do vagão. Tio Percy iria pirar se visse essa cena.

Hugo estava parado em frente a uma cabine olhando as horas em seu relógio.

– O que foi Hugo? – perguntei para ele que estava com uma cara muito emburrada.

– Estou dando privacidade ao casal! – disse ele apontando para o interior da cabine. Pelo vidro da porta pude ver Lily beijando Charles como se fosse engoli-lo.

– Vem, vamos pra minha cabine... – digo puxando ele em direção a cabine onde Alvo estava.

– Até que fim, você chegou! – disse ele, realmente já estava escurecendo e estávamos quase chegando a estação de Hogsmead.

– Oi pessoal! – disse Hugo acenando desanimado para as pessoas que estavam ali. Ele não gotava muito da excentricidade dos Scamanders.

– Huguinho! –disse Rox pulando em cima dele para apertar suas bochechas.

– Para garota, tá achando que tenho dois anos! – disse ele empurrando Rox para o outro lado da cabine, ela caíra em cima de Louis que empurrara para cima dos gêmeos.

– Já chega! – disse ela se levantando e arrumando a roupa. – É muita palhaçada para minha pessoa. Sou uma dama! – disse ela imitando Dominique. Todos na cabine riram.

– Vocês nem sabem quem eu vi se agarrando com Taylor Wood?! – digo assim que todos se acomodaram em seus lugares.

– Nossa prima Lucy! – digo surpreendendo todos menos os gêmeos que não entenderam nada.

– Eu preciso tirar uma foto dessa cena e mandar para o tio Percy, ele vai dar só na cara daquela v...

– Calma Rox, não é pra tanto – disse Alvo tampando com a mão a boca da morena.

– Tira essa mão nojenta da minha boca! - falou ela limpando a boca com a veste.

Para variar, os gêmeos começaram a soltar uma pérola da viagem que fizeram ao exterior com seus pais que são naturalistas e catalogadores de animais mágicos do imaginário popular bruxo. Eles encontraram até agora uma espécie desconhecida que alguns bruxos mais antigos diziam existir antes dos trouxas expandirem seu território.

O trem foi diminuindo sua velocidade até parar de uma vez na estação, segui com meus parentes até as carroças olhando de longe Scorpius com alguns sonserinos. Entrei na carruagem escutando Lysander falar que conseguia ver os Testrálios mais Lorcan dizia que era mentira de seu irmão.

No banquete de boas-vindas, após o professor Slughorn fazer a seleção dos primeiranista para suas casas, a diretora McGonagall deu algumas informações e bom retorno aos veteranos. O jantar começou bem silencioso arrancando suspiros dos primeiranistas que se assustaram com o aparecimento da comida. Eu olhei para o outro lado do salão, na mesa da Sonserina, Scorpius conversando com Lírio. Acabei que por deixar o suco de abobora cair da minha boca molhando um pouco minha blusa. Rox, Alvo e Louis começaram a rir até que um deles se engasgou com a comida.

Assim que o banquete terminou eu levei os primeiranistas para a torre na grifinória.

– Senha, por favor! – disse a Mulher Gorda.

– Sapo esguicha, mas não morde! – falei em bom tom para que todos os alunos escutassem. Mas mesmo assim uma garotinha de maria-chiquinha perguntara para uma coleguinha o que eu havia falado.

Entramos na torre nos surpreendendo com a quantidade de outros alunos que já estavam ali, e como sempre uma zorra. Subir para meu dormitório jogando-me em minha cama, sentindo minha cabeça girar. Logo depois cai no sono sem ter tirado minhas vestes.


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Notas finais do capítulo

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