A Busca Pelo Irmão - Livro Um escrita por Dreams


Capítulo 18
Capitulo 18° - Tentativa De Fazer uma Reunião.


Notas iniciais do capítulo

Mas um cap, o livro vai se chegando no fim... Será que algo mais acontecerá?



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18° Capitulo

Tentativa De Fazer uma Reunião.

Danilo L.

Algumas conselheiras de Deméter nós aconselharam a ficar e nós acomodar no chalé, Mislayne intervir “Não ficaremos por bastante tempo”, mas as conselheiras pareciam não ouvir, simplesmente pegaram nossas bolsas e colocaram em um armário, nós retiramos do chalé que era bem grande por sinal. Beliches espalhadas por um tipo de corredor largo, mais ao fundo estavam os banheiros.

Perguntava-me como algo tão grande como aquele acampamento, não era visto por nenhum mortal, mas me lembrei da Névoa. A Névoa é o que impede de os mortais descobrirem o que realmente está acontecendo no mundo. Um exemplo e se o céu ficar revoltado, resultado em um temporal, causando maremotos, tsunamis. Simples, e Zeus e Poseidon tendo um pequeno desentendimento.

Essa foi uma breve explicação que Mayra, que entende bastante de mitologia, tinha dito há mim alguns dias atrás quando estávamos cruzando o país.

Seguimos para um grande templo, que ficava bem próximo da torre, na entrada tinha dois pilares de sustentação que se erguiam até se conectar com o teto que era bem grande, no alto estava escrito “Δημήτηρ, que significa Deméter em grego antigo.

Adentramos no local, para fazer uma breve reunião, e rever os fatos que tinham ocorrido, tudo isso sugerido por Mislayne, é claro.

Estávamos sendo guiados por Daniella, que não desgrudava do meu braço, aquilo não tinha me incomodado, mas Mislayne deixava claro, que aquilo a incomodava, mas não entendia o motivo.

Ela nós deixou em uma pequena sala oval, se despediu em dando um beijo no rosto, e fechou a porta deixando todo o grupo sozinho.

Mislayne Revirou os olhos

–Ufa! Ainda bem que ela saiu, não aguentava mais aquilo.

–Aquilo o que? – Perguntei.

–Ah! E... Esquece. – Mislayne fechou a cara.

–Vamos para de enrolação e falar sobre o assunto importante, toda essa bagunça que causamos. – Falou Victor.

–Não causamos nenhuma bagunça, simplesmente viemos resgatar Thiago e aconteceram imprevistos. – Disse Bruno.

Thiago acenou com a mão a Bruno.

–E desde já agradeço.

–Podemos focar? – Questionou Erlan.

Então, um garoto invadiu a sala, sem más nem menos, derrubou alguns livros que estavam nas estantes que decoravam a sala.

–M-me desculpe, e que-que quando eu-eu soube que vocês, semideuses esta-estavam aqui, n-não poderia perder essa oportunidade. – Não sei se o garoto era realmente gago, ou estava nervoso, sorria alegremente, em meio ao cabelo castanho bagunçado e pele morena, olhos agitados percorriam a sala inteira a procura de algo, suas mãos agitadas pareciam procurar uma utilidade para tudo.

Atrás do garoto, vinha outro garoto, com uma armadura grega prata brilhante, com o símbolo de Deméter no peitoral e no cinturão, era mais alto que o outro garoto, que também era baixo, o guerreiro devia ter uns dezenove anos, cabelos loiros escuros, pele branca quase morena, e olhos castanhos, segurava uma lança.

–Ei! Fábio, não tinha dito que não era para incomodar os hospedes. – O guerreiro segurava o garoto no qual tinha chamado de Fábio pelo colarinho da camiseta de manga comprida.

–Mas... E-eu não fiz n-nada demais. – Gritava o Fábio tentando sair das garras do grandalhão.

–De jeito nenhum. – O guerreiro voltou o olhar para mim. – Desculpe Fábio, ele e filho de Hefesto, e vive aqui conosco para nós ajudar, ele não irá mais incomodar vocês.

Fábio fez um bico em seguida abriu um grande sorriso.

–Ei! Se precisar de ajuda, com tudo, ferramentas, barcos, eu posso ajudar. – Acho que quando o garoto estava mais calmo, não gaguejava tanto.

–Pode deixar. – Sorri para Fábio.

A expressão do garoto mudou, estava surpreso com a minha resposta, então novamente sorriu, fazendo seus olhos se estreitar.

O Guerreiro se retirou com Fábio, deixando todos sozinhos novamente, mas agora senhor Brown ficou na frente da porta, certificando nenhuma outra invasão.

Colocando Tudo a Limpo.

Davi Ismael N.

Falar algo serio com aqueles caras era algo impossível, ninguém parava quieto, ou deixava só um falar, era igual quando tinha algum trabalho em grupo na escola, era uma verdadeira bagunça, até Danilo com seu aspecto de líder não conseguia comandar o grupo.

Bruno era o que mais fazia piadas nos momentos sérios, era bom, distraia o grupo, mas ele era indevido em alguns momentos.

–Podemos tentar fazer uma reunião seria? – Gritou Mislayne.

–Mas isso está sendo serio, pelo menos para mim. – Debochou Bruno.

Mislayne fuzilou Bruno com os olhos.

–Finalmente conseguimos resgatar Thiago.

–Novamente agradeço a todos. – Thiago estava repleto de ataduras e esparadrapos no corpo, mas mesmo assim esboçava um sorriso.

–Mas por que Cratos iria querer Thiago. – Observou Victor.

A expressão de Thiago ficou obscura, seu sorriso foi tomado por um olhar triste direcionado ao chão.

–Sei pouco do que ouvi eles comentarem quando eu estava preso, mas disse que precisava atrair Danilo e a todos, mas principalmente Danilo.

Danilo levantou as mãos.

–Novamente eu! Por que sempre eu?

–Você e filho de Zeus, isso não está evidente? – Comentou Victor.

Thiago direcionou o olhar para Danilo.

–Não e somente por que ele e filho de Zeus, isso e por causa do nosso sobrenome.

–Lerman? – Questionou Mislayne.

–Isso... Mas não posso falar muito sobre isso, a questão é, ele também disse que os oitos... Estão destinados a algo, algo grande.

O silencio tomou a sala.

–Mas somos realmente nós, os oitos? – Falei.

–Não sei, nunca ouvi nenhuma profecia sobre isso, ou nenhum comentário. – Falou Thiago.

–Nem eu. – Disse Erlan levantando a mão.

Novamente o silencio pairou a sala, todos procuravam um ponto fixo para olhar, menos o rosto de alguém, fiquei nervoso, poderia eu, estar destinado a salvar o mundo, não era bem a minha cara, um garoto franzino, de media estatura, que usava óculos, e tinha dislexia e déficit de atenção.

Se eu contasse essa historia para a minha irmã, na hora ela iria gargalhar na minha frente.

A reunião tinha tomado rumo algum, não tínhamos respostas algumas até o momento.

–Mas teremos que deter Cratos, isso e uma certeza. – Falou Victor.

–Mas Cratos sozinho contra todos os semideuses, contra todos os deuses, se acha que ele terá chance de ganhar? – Disse Bruno.

–Cratos não iria lutar sem um plano. – Advertiu Danilo. – Ele e bem frio e calculista, certamente tem algum plano em mente.

–Isso você pode ter certeza. – Riu Thiago.

–Mas não podemos esquecer-nos de Anna. – Interviu Bruno se levantando.

Tinha me esquecido de Anna com toda aquela luta e batalha que havia acontecido, ela tinha se sacrificado juntamente com Barbara para que eu, Bruno e Fernando tivéssemos conseguido sair a salvo da caverna, pelo menos a mim e Bruno.

Não conseguia pensar na possibilidade de elas estarem mortas, minha vontade de ir atrás dela tinha voltado, mas sem pistas ou algo assim, era quase impossível.

Bruno não demostrava estar abalado com a perda do irmão, mas me perguntava como estava o psicológico dele, devia estar arrasado, prometi e mim mesmo que conversaria com ele caso voltássemos para o acampamento.

–Nos iremos fazer buscas até Anna, pode ter certeza. – Sorriu Danilo para Bruno, o que confortou o garoto um pouco.

–Agora, o que faremos a seguir. – Disse Victor.

–Vamos retornar para o acampamento. – Sorriu Sr. Brown.

Naquele momento ouve uma batida na porta, rápidas batidas, todos levantaram ao mesmo momento, fazendo a sala ficar um pouco apertada.

Para nossa segurança, era somente uma garota que encontramos na floresta, fazia parte do grupo de André, o qual ajudamos contra uma pequena luta contra guerreiros de armaduras negras, não tinha como a esquecer. Grandes olhos castanhos que brilhavam, e cabelos longo e liso.

–Mayra já está parcialmente recuperada, querem falar com ela. – Disse a garota enfiando a cabeça entre a porta.

–Claro. Isso e ótimo, acho que podemos partir. – Falou Erlan.

Isso me animou.

Retorno Tão Esperado.

Mislayne W.

Mayra estava de muleta, claro, uma muleta improvisada. Foi estranho ver ela naquela situação, com curativos e ataduras pelo corpo, sua perna enfaixada, e com duas muletas embaixo de cada braço, sempre a vi como uma garota forte e imponente, que não fugia de nenhuma luta, mas vela daquela maneira. Mostrava que também era frágil, era humana. Mas ela continuava esboçando um sorriso no rosto, mesmo com Danilo e Victor abraçando-a com tanta força que pensei que ela iria explodir.

Trocamos poucas palavras com ela, em seguida, seguimos ao chalé para arrumarmos nossas mochilas, Bruno pegou uma remessa extra de doces e ambrosia, disse “nunca se sabe quando ficaremos com fome ou em apuros”.

Sr. Brown invocou sua van encantada, já imaginei vários animais de estimação, agora com essa vida de semideusa, esperava todo tipo de animal mitológico ou monstro, mas uma van encantada, nunca veio a minha mente, ele assobiou, e depois de quarenta segundos, a van surgiu de dentro da floresta seguido por uma nevoa, parou a frente do Sr. Brown, levemente amassada, Sr. Brown comentou que quando chegasse no acampamento ia reformar a van. “Vou revesti-la de bronze celestial”, acrescentou o ciclope, e explicou a todos que a van ficou vagando pela floresta procurando ele, quando foram atacados pelos guerreiros, fizeram um estrago na pobre van, mas nada grave.

Embarcamos na van. Danilo se despediu de Daniella, nem quis ver a cena melosa, a garota chorava, “ela mal o conhece”, pensei, ela entregou uma pulseira a Danilo, que guardou em seu bolso e abraçou a garota.

–Vamos Danilo, estamos com pressa. – Gritei ajudando Mayra subir na van.

–Da para prestar um pouco de atenção em mim. – Advertiu Mayra quase no chão.

–Desculpa. – Falei rindo.

Danilo embarcou na van, e acenava com a mão para Daniella.

André comentou que se precisasse de algo, era só chama – lós. Era um favor que fariam por ter ajudado a salvar o acampamento deles. Pelo visto André era o conselheiro chefe do acampamento de Deméter na floresta amazônica.

Não sabia, mas aquela van poderia voar, mas naquela altura, nada para mim era surpresa. Alcançamos as nuvens, e Danilo insistiu tanto para ficar para fora da van, que Sr. Brown aceitou a proposta do teimoso de olhos azuis. Ele saiu da van e ficou sentado no teto, certificando de que nenhum monstro iria atacar.

Mayra ficou no banco da frente juntamente com Victor “cuidando” dela, por que ele ficava mais nervoso do que realmente ajudava, Bruno ficou ao lado de Sr. Brown para ver as nuvens a frente, Davi, Erlan e Thiago ficaram nos segundo banco, com Erlan contando todas as aventuras e Thiago respondendo com acontecimentos do acampamento. “Ei, lembra-se daquela semideusa bonita, então, ela sai em missão, até agora nada” ou “fizemos uma reforma na pista de corrida, ficou sensacional”, esse era uns dos comentários de Thiago, fiquei sozinha no banco de trás, queria que Danilo estivesse ao meu lado, pelo menos para me fazer companhia, mas o teimoso queria ficar no teto.

Então a conversa de Thiago e Erlan foi interrompida por um grito.

–Brown! Brown! Acelera essa van! – Gritou Danilo batendo com toda força no teto da van.

–Mas o que está...

Olhei para a janela da van, um grupo de fúrias e um tipo de águia com cabeça deformada se aproximava de nós.

–Mas que droga, semideuses não podem fazer uma viagem tranquila e calma? – Falou Bruno levantando as mãos.

Iria ser difícil derrotar as aves dentro da van, iriamos depender do Sr. Teimoso.

A Ideia de Ficar No Teto, realmente não foi boa.

Danilo L.

Enquanto eu aproveitava a brisa que as nuvens me proporcionavam, o sol acariciando meu rosto, a calmaria dos céus, senti algo estranho, na verdade, um cheiro estranho.

Quando olhei para minha direita, avistei ao longe, um grupo de fúrias e águias com cabeça deformada, vindo em nossa direção. Elas gritavam e berravam algo que nem eu entendia, mas acho que não eram elogios pelo sucesso da missão.

Avisei a todos na van, Sr. Brown deve ter engatado a quinta marcha e acionado o turbo da van. A “lata-velha” de Brown tomou uma guinada e acelerou entre as nuvens, me segurei na fenda entre as portas do fundo da van para não cair, mas parecia cena de desenhos animados antigos.

Já que estava nos céus, invoquei uma tempestade, raios começaram a iluminar entre as nuvens, trovões fortes como uma bateria em um show de rock faziam a van estremecer. Torcia para Sr. Brown ter grande habilidade no volante, pois era difícil ver entre as nuvens negras que dominaram os céus.

Algumas águias e fúrias eram acertadas pelos raios, restado nem uma única pena, outras voltaram pela condição do tempo, depois de alguns minutos, mais nada nos perseguia.

Adentrei a van pela janela.

–Não sai mais lá fora, e serio.

Mislayne sorriu para mim.

–Você fez um bom trabalho.

Ela colocou seu braço em volta da minha cintura, e se aconchegou em meu peito, olhei com espanto, mas a envolve com meu braço, ainda enfaixado.

–Espero que não recebamos nenhum ataque, caso isso aconteça, chegaremos a poucos minutos.

O que eu mais precisava era de um descanso, desde a caverna do Erlan, não tinha parado uma hora sem lutar, claro, teve o instante que fiquei na enfermaria, mas em seguida sofremos outro ataque.

Neste momento lembrei-me de Daniella, fechei meus olhos e coloquei minha cabeça sobre as pernas de Mislayne, o incrível foi que ela deixou sem protestar.

De olhos fechados lembrei-me das palavras de Daniella. “Não se esqueça de mim, se puder venha me visitar”, prometi a garota que viria fazer um passeio de Pégaso com ela. Em seguida me entregou uma pulseira, nela tinha uma flor de trigo, e pequenas bolas verdes, três em cada lado, “protegendo” a flor de trigo, era uma pequena lembrança de Daniella.

Depois de muito pensar na despedida, acabei sendo dominado pelo sono, e novamente, Pesadelo.

Fim do Capitulo

Autor da História: Danilo Silva.

Editora da Ortografia: Mayra Bellini.

Redator: Erlan Carvalho.

Capa: Davi Ismael Amorim.

Baseado na história de Rick Rordan: Percy Jackson e os Olimpianos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, se possível avaliem e comentem... Tudo de ótimo sempre.. Vlw, flw... Até mais
Dan



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