Depois daquela linda aula de surfe, e da noite maravilhosa que tivemos no mesmo dia, eu acordei no apartamento de Chloe que por incrível que pareça continua sendo o mesmo, bom estava pensando que queria realmente que ela estivesse mudada, as coisas já estavam difícil o bastante para eu ter mais uma decepção. Após alguns minutos, ela também acordou e perguntou.

- O que você quer no café da manhã?

- Eu queria uma torta maça, mas você não pode ir comigo comprar deve ter um paciente te esperando. –Eu disse.

- Não. – Ela disse

-Sempre tem, ai você sai correndo, eu entendo isso, você é médica tem que trabalhar, salvar as “regiões femininas”. – Eu disse.

- Hoje, eu não tenho, por que estou de férias faz dois dias, e vou tomar café da manhã coma minha garota. – Ela disse enquanto estávamos no banheiro fazendo a rotina de higienização pessoal.

- Então vamos àquela padaria que tem perto da sua casa, e você vê o que escolhe lá, eles fazem uma ótima torta de maça. – Disse Eu comia essa torta às vezes quando eu dormia no apartamento dela.

- Tudo bem, você pode tirar o dia de folga, eu queria muito, mas muito mesmo, curti esse dia inteirinho com minha antiga nova namorada, o que você me responde pode? – Perguntou fazendo bico.

- Posso sim, não tirei minha folga semanal, você sabe como funcionam as coisas na imobiliária, as folgas não tem dia certo, igual ao hospital, mas como ultimamente estou com crédito, eu acho que eu consigo uma folga hoje, não tem nada de tão urgente para fazer hoje. – Eu disse dando um beijo nela. – Vou ligar para o meu trabalho agora e pedir. – Fiz. –Alo, chefinho , aqui é Bree, eu queria saber que minha folga semanal  desta  semana, pode ficar para hoje? Perguntei.

- Sim, Bree. Você sabe que os pedidos de Bree Montgomery são sempre tratados como especiais aqui nesta imobiliária. – Disse o meu chefe.

- Pedido Aceito, nem precisei convence ele muito não, sou funcionaria queridinha de lá. – Eu disse.

- Que sorte a minha, pois vou ter um dia maravilhoso, com a melhor namorada do mundo – Ela disse abriu a porta da padaria para mim.

- Obrigada, Chloe, mas você também é uma dama, então não precisa ser cavalheira comigo. – Eu disse e senti na mesa.

- Mas a minha garota merece. – Ela disse. - Você já fez isso para mim algumas vezes antes. – Ela disse.

- Eu lembro. –Eu disse. – Uma torta de maçã, por favor. – Eu pedi.

- Eu vou querer Waffles com Nutella, por favor. – Ela disse.

- Isso deve ser bom, me dá um pedaço do seu que eu te do um pedaço do meu amor. – Falei isso e caminhei com meus dedos até ela, e continuei subindo os braços dela, e depois fiz um carinho e sorri.

- Sim, eu quero saber como é essa torta de maçã que você tanto fala deve ser ótima. – Ela disse e seu s dedos caminha até minha mão parada na mesa e ela pós a mão sobre a minha. Então chegou nossos pedidos e cortamos o primeiro pedaço e demos na boca uma da outra e nos olhamos e sorrimos.

- Esse Waffles com Nutella é divino. – Eu disse.

- E essa torta de maçã, olha a partir de hoje te dou muito mais credibilidade quando assunto é comida. – Ela disse. – Hm, esse Waffles está mesmo maravilhoso. – Ela disse após por um pedaço na boca. – Você fica linda de manhã sem maquiagem, com essa cara de sono, sabia? – Ela Disse.

- Você também, tanto que eu adorava nossos beijos quando acordávamos com bafo e tudo. – Eu disse e ri.

- Eu também.  – Ela disse.

                Depois daquela manhã maravilhosa de tarde fomos ao shopping, e foi maravilhoso, tomamos milk shakes e conversamos muito,  senti como se nada tivesse acontecido. De noite fomos a mais um lugar inusitado a “Zakim Bridge”. Chegado àquela noite:

- Por que você me convidou para vir aqui, menina romântica, que apesar de não assumir esse lado, me invita para os passeios mais belos e incomuns que eu já fui ou pensei em ir? – Perguntei.

- Tipo por que pensa quantas pessoas quando tem problemas vêm para esse lugar, algumas só para desabafar sozinhas, outras pensam em pular daqui, as pontes são românticas, pois eles simbolizam a união de dois lugares, além de tudo elas mostram a imensidão das aguas, como somos pequenas. – Ela disse e eu refleti.

- Sabe outra coisa romântica na ponte é que pessoas as atravessam todos os dias, algumas, todos esses dias, elas são como passagens na nossa vida, elas representam as coisas que fazemos para chegar do outro lado. Se você se sente só e por que eu muros, ao invés de pontes. – Eu disse depois fiz uma citação.

- William Shakespeare. – Ela disse e nós ficamos olhando para baixo.

- É. Eu não esqueci o que nós vivemos.  Me Machuquei muito com o termino da nossa antiga relação, Espero realmente que dessa vez nós duas vamos  ficar juntas, já cansei de chorar por você, ou pelas duas seguintes. – Disse baixinho a última parte, todavia ela escutou e mesmo assim me beijou.

- Eu tive alguns relacionamentos com outras garotas também, mas Bree eu tinha certeza que a nossa historia não tinha terminado, pois eu tinha colocado um ponto final, mas naquela hora não sabia que apenas se tratava de um parágrafo. – Ela disse e algumas lágrimas caiam de seu rosto.

- A cada parágrafo que é escrito, o escritor conta uma nova história e só no último nós podemos ter a certeza de que aquela escolha era a certa a ser feita.  – Eu disse isso e sequei com meu dedo a lagrima que escorria no rosto dela. Então  ela buscou meus lábios e selou com beijo muito profundo.

- Você acredita em destino? – Perguntou.

- Não acredito em escolhas. – Eu disse.

- E que escolha nós temos, quando muita coisa inesperada acontece, e como explica nós nos esbarrarmos do nada, e depois de anos, você me dar uma nova chance só por lance, um acaso. – Ela disse.

- Eu escolhi ir ao parque, você escolheu voltar a Boston, você pode me dizer, “mas você não sabia que estava lá”. Eu vou responder, não, contudo nunca disse que nos sabemos aonde nossa escolhas nos levam, você escolhe jogar algum jogo, não escolhe perder, qualquer pessoa escolhe o livro que quer ler ou filme que quer ver, não escolhe se realmente vai gostar, pelo menos não quando é a primeira vez que lê ou assiste,  o melhor exemplo é a pessoa escolhe para onde vai ir, não escolhe quais experiências ela terá nesse lugar, escolhas são lugares que nos conduzem para onde vamos, não onde chegaremos. – Eu disse e vi olhos dela brilhar ao ouvir minhas palavras.

- Me beija de novo. – Foi o que fiz.

                Passou-se três semanas e meia, desde daquele maravilhoso dia que passamos, era um sábado qualquer perto do natal, eu e a Chloe estávamos passeando, caminhando bem feliz quando encontramos:

- Echo, o que está fazendo aqui?  – Perguntei.

- Eu estava indo a uma casa noturna receber.

- Tomara que deslanche.

-Tenho certeza que vai é muito bonita e a Bree me mostrou uma música sua você uma voz muito sexy. – Ela disse e fiquei meio ciumenta.

- Espera um pouquinho Chloe e você também Echo. – Disse isso pois estava recendo uma ligação. - Alô? Alô? Quem é você? Essa voz é muito estranha quem é você? É trote, deve ser a Kelsey. – Eu disse e quando eu me virei, vi Chloe escrevendo seu número de telefone de novo “não resistiu, só porque falei em namoro sério ontem”  foi o que pensei.

                Ao chegar ao meu apartamento:

- Você não resistiu, tinha que fugir do nosso relacionamento, você não suportou tudo isso,  teria que sabotar tudo que tínhamos mais uma vez, pois a primeira não era o bastante para você. – Eu disse.

- Do que você esta falando? –Perguntou.

- De você dando o seu número para Echo. – Eu disse.

- Eu dei meu número para ela, por que eu queria ajudar ela na carreira, Bree eu mudei, mas você continua pressionando as pessoas. – Ela disse.

- Desculpa, eu só fiquei com muito ciúme.

- Você confiou pelo menos um minuto em mim, que eu  não ira fugir de você, que eu estava aqui. – Ela disse.

- Eu confiei, mas não totalmente. – Eu disse.

- Então volte a falar comigo quando confiar cem por cento em mim, não sessenta e três ou qualquer porcentagem que seja.  – Ela disse.

- Eu realmente fui uma idiota, eu devo ter te ferido, até um dia. – Eu disse e ela saiu do meu apartamento.

                Comprei um sorvete, e fiquei escutando música sozinha. Fui na locadora escolhi um filme daqueles bem tristes, o filme era “(500) days of summer “, é sobre um cara que conhece  uma menina que ele se apaixona, mas ela não se apaixona por ele. Quando chega em caso boto o dvd rodar:

- Sua vadia mentirosa, você fica se fazendo, por que joga tão charme para ele se você não gosta, por que deu uma chance, idiota. – Detalhe estou falando com um filme meu caso, não é nada grave.

- Pênis. – Summer disse no filme.

- É uma cadela mesmo, coitado desse garoto ficou apaixonado por uma “vaquinha”, não gosto de você. – Eu disse tomando uma colher enorme de sorvete e depois, as lagrimas caem de meu rosto, enquanto chorava e tomava sorvete, alguém tocou minha campainha.

                Ligeiramente fui atender e despachar quem quer que fosse:

- Espera ai, já vou atender. – Eu disse.

- Ok. – Ela disse.

- Eu estou meio desarrumada, vendo filme, aqui esta tudo bagunçado, então quem que seja, já vou avisando, por favor, me diga o que quer logo, por que hoje não é um bom dia para mim. – Eu disse.

- Aham.  – Ela disse, eu não reconheci a voz da moça, só sabia que era uma voz feminina,  quem seria.

- Aria? – Eu disse.

- Oi, Bree. – ela disse.

- Nem reconheci sua voz. – Eu disse.

- Eu disfarcei minha voz, por que talvez não quisesse me ver. –Ela disse.

- Não tudo bem, o que faz aqui?

- Está perto do natal e do ano novo, foi quando nos conhecemos, não queria te tratar daquela forma. – Ela disse.

- Eu sei que, mas eu fiquei magoada. – Eu disse. - Eu estou horrível agora, você não quer passar outra hora? – Perguntei.

- Estou com saudade.

- Não sei.

- Podemos começar do zero, Meu nome é Aria Fitzpatrick sou jornalista, trabalho no The Boston Globe e você? – Se reapresenta para mim.