Psychotic Mind - Verdade Ou Consequência escrita por Sweet Lolita


Capítulo 1
Capítulo único - Verdade, consequência ou desafio?


Notas iniciais do capítulo

OBS: Leia as notas finais.

Boa leitura!



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Uma garota baixa e pálida, olhos verdes, de bochechas rosadas e longos cabelos louros que chegavam até a sua cintura se aproximou de um casarão antigo, cujas algumas telhas já estavam quebradas e a madeira apodrecendo. Com certeza abandonado. A menina aparentava ter apenas dez anos e sem qualquer intimidação pelas janelas cobertas e cenário obscurecido do local, ela bateu na porta. Esperou por um curto minuto e bateu novamente, não sendo atendida. Desanimada, soltou um longo e pesado suspiro e sentou-se na varada da casa. Os minutos foram passando e nuvens densas se formaram no céu, até que caísse uma chuva nem tão forte. 

 A pequena levantou a cabeça, olhando para a rua vazia e a fitou por um momento até que um garoto um pouco mais alto que ela aparecesse e se aproximasse da casa também. O garoto era pálido, mais que ela, com cabelos lisos e negros que caiam por seus ombros e por seus olhos acinzentados e profundos, deveria ter no máximo doze anos e em sua face estava estampada uma expressão indiferente, como daquelas pessoas que não possuem sentimentos, nem emoções. Sociopata,talvez. Ele se caminhou em sua direção e sentou-se ao seu lado, já esperava não encontrar ninguém na casa também. Os dois permaneceram em silêncio, a menina observava a chuva e o menino fitava o chão, apenas alguns baixos suspiros eram produzidos por eles. Com o passar dos minutos a chuva ficava mais forte e o frio também.

 A menina levantou a cabeça novamente ao ouvir passos se aproximando, já o menino, continuou imóvel. Era um garoto - alto comparado aos outros dois -, pele clara média, seus cabelos eram castanhos, baixos e lisos, cortados na altura da nuca. Seus olhoscor-de-chocolate continham mais vida e brilho do que os olhos das outras duas crianças. Assim como as outras duas, aproximou-se sem expressão da casa e se sentou na varanda. E lá estavam os três, aguardando pela mesma pessoa. Não demorou muito para que se aproximassem mais duas crianças; um garoto baixo, um pouco mais gordo que os outros, pele escura - praticamente negra -, cabelos negros e raspados e olhos escuros como a noite. A outra criança era uma ruiva; baixa, magra, delicada, cabelos cumpridos e cacheados abaixo da cintura, olhos azuis e com sardas em suas bochechas rosadas. Os dois pararam por um momento, debaixo da chuva, observando as outras crianças, em seguida, continuaram a seguir em direção a casa, parando logo em frente aos outros três.

   - Ela também ligou para vocês? - perguntou à ruiva, numa voz dócil e meiga.

 Continuaram em silêncio, apenas a loira respondeu, assentindo. A pequena ruiva suspirou desanimadamente e o garoto de pé ao seu lado bateu na própria testa. Todos levantaram suas cabeças e olharam para a mesma direção; uma garota, também baixa, de pele morena, cabelos lisos e de um castanho-escuro que alcançavam até um pouco acima da cintura e seus olhos eram de um amarelo esverdeado. Ela corria em direção ao mesmo casarão, sua respiração já estava ofegante. Parou em frente às outras crianças e respirou por um momento.

   - Olá pessoal, desculpe pelo atraso. - desculpou-se - Por que não entraram?

   - Você pediu para te esperar. - disse Kira, ou melhor, o garoto de cabelo castanho - Lídia. 

  - Ta, desculpe, mas vamos entrar agora. - falou Lídia.

 Annie - a loira -, Jason - o moreno - e Kira levantaram-se e seguiram para a porta, acompanhados por Demitria, Lídia e Peter. Lídia seguiu tomou a frenteia, empurrando, puxando e empurrando a porta novamente, para que ela se abrisse, era necessário, já que a madeira já estava desgastada e a porta emperrava facilmente nas épocas de chuva. E assim, as crianças entraram uma por uma na casa. Estava escura, completamente vazia, um pouco empoeirada e com várias teias de aranha. Sentaram-se no centro, formando um círculo.

   - Então, pra que você nos chamou? - perguntou Annie. 

   - Estava entediada, achei que poderíamos brincar um pouco. - respondeu Lídia, Kira e Jason reviraram os olhos.

   - Brincar de quê? - perguntou Peter.

   - Verdade ou consequência. - respondeu.

   - Não acredito que nos chamou aqui pra brincarmos de verdade ou consequência. - resmungou Kira.

   - Concordo com ele. - disse Peter.

   - Três. - interferiu-se Jason. 

   - Calma, calma gente... - pediu Demitria.

 Todos se aquietaram e esperaram pelas instruções de Lídia. Ficando em silêncio por um longo minuto, cujo o único som que preenchia o vazia do lugar era o som da respiração de ambos. Lídia suspirou.

   - Fiquei sabendo de fontes confiáveis...

    - Internet. - Peter a interrompeu.

 Lídia o fuzilou com seu olhar, como se dissessecale-a-boca-idiota.

   - Continuando... Houve um caso de seis crianças que foram fazer um jogo inocente de Verdade ou Consequência, mas acabaram todas mortas. - começou Lídia - Uma delas sempre desafiava as outras a fazerem coisas como pular da janela, se esfaquear, tacar álcool e logo em seguida fogo e entre outras. E como estavam sozinhas em casa, não teve tempo de salvá-las. No final, restou apenas o pequeno psicopata, mas ele se suicidou. 

   - E daí? - perguntou Kira.

 Lídia o encarou por um momento.

   - Isso formou uma maldição. - respondeu - As crianças se tornaram seres demoníacos que vagam pela Terra à procura de alguém para brincar, também chamadas de Crianças de Olhos Negros.

 Os outros cinco se entreolharam e em seguida gargalharam. Lídiamudou sua expressão, ficando completamente séria. Eles continuaram a rir por alguns minutos, até que pararam para respirar, se entreolharam novamente e voltaram a rir por alguns breves segundos. 

   - Entendi e você quer que invoquemos essas crianças? - debochou Peter.

    - Não custa tentar e pode ser divertido. - disse Lídia - Afinal, todos aqui gostamos do terror e do sobrenatural, certo?

 Todos assentiram, havendo alguns múrmuros de "sim", "é" e "verdade". 

   - Então, o que acham? - perguntou, já entusiasmada.

 Os outros cinco se entreolharam novamente e depois olharam para Lídia, dando de ombros. Satisfeita, a morena deixou com que um largo sorriso passeasse por seus lábios. Lídia levantou-se, saindo da sala e deixando todos confusos - exceto Jason, que estava pouco se fodendo -. Pouco tempo depois ela volta com uma sacola preta em mãos. A garota simplesmente vira a sacola e deixa com que tudo caia no chão e lá estava um saco com sal grosso, uma vela, um isqueiro, uma faca, seis pedaços de papel rasgados, seis canetas, um alfinete e um livro de magia negra. Lídia desenhou no chão, dentro do círculo formado por seus amigos, uma estrela - usando o sal grosso -. Depois, com a faca, fez seis riscos na vela e a colocou em pé dentro da estrela.

   - Estão vendo esses pedaços de papal? - perguntou - Então, cada um escreve, com a caneta, o seu próprio nome.

 E assim eles fizeram. Peter e Demitria pareciam estar um tanto temerosos quanto ao que fariam a seguir, enquanto Kira, Jason e Annie tão pouco se importavam e Lídia se divertia. 

   - Pronto. - disse Annie.

   - É, escrevemos. - completou Kira.

   - Ótimo. - comentou Lídia - Agora peguem esse alfinete e espetem um de seus dedos, deixando uma gota de sangue cair no papel.

  - Hei, hei, hei! - interferiu-se Demitria - Não quero furar meu dedo!

   - Ah, fique quieta, vamos acabar logo com isso! - disse Peter.

   - Demitria, você concordou em brincar, então, apenas obedeça, não podemos brincar sem o sangue. - persuadiu Lídia.

 Demitria suspirou e, ainda hesitante, concordou, afinal, não havia outra alternativa. As crianças foram repassando o alfinete após furarem pelo menos um de seus dedos e em seguida, deixando com que uma gota de sangue escorresse e caísse sobre o papel. Todos levaram o dedo ferido à boca, chupando o sangue. Lídia acendeu a vela.

   - Agora jovem os papeis no fogo. - ordenou.

 Todos concordaram, sem objeções. E então, um por um, os papeis foram atirados na pequena chama acesa na simples vela e deixaram com que queimassem, mesmo que caíssem no chão.

   - Deixe-me adivinhar, teremos de dar as mãos? - debochou Kira.

 Lídia assentiu. E por fim, para que pudessem iniciar o ritual, Lídia escreveu seu próprio nome no último pedaço de papel que restara e furara seu próprio dedo, assim como os outros, jogando o papel na vela logo em seguida. A morena abriu o livro e o deixou sobre suas pernas, todos seguraram as mãos uns dos outros e Lídia começou a rezar o que estava escrito no livro. Ao terminar a reza, a vela subitamente se apagou. Demitria, Peter e Lídia olharam ao redor, um pouco assustados, mas após um momento de medo, um grande sorriso surgiu nos lábios de Lídia, ela se segurava para não começar a rir. 

   - Olá, prazer em conhecê-los. Já sei o nome de todos vocês e depois irei me apresentar. - disse uma voz feminina e infantil - Vamos jogar um jogo? É um jogo bem simples chamado Verdade ou Consequência, conhecem? Há apenas uma regra: não podemos parar de jogar até que reste apenas um jogador. Ah, e tem outra regra também, desculpe, mas esta é a última, eu prometo. A regra é a seguinte: ou vocês jogaram eternamente comigo, ou morrerão, porque eu nunca perco. - a voz riu - Então, já está na hora de eu me apresentar, não é mesmo? Eu sou uma criatura das sombras, um ser demoníaco procurando alguém com quem brincar, ou melhor, eu sou umaCriança de Olhos Negros.- apresentou-se - Então, vocês aceitam brincar comigo? Vocês não podem recusar...

 Mesmo no escuro, sem conseguir ver as faces de seus amigos, eles olharam ao redor, procurando por algum olhar ou alguma resposta, mas ninguém disse nada.

   - Sim, nós aceitamos. - disse Lídia, apresentando um tom de insegurança em sua voz - Vamos brincar. 

 A vela se acendeu novamente, iluminando o círculo. Apesar de continuar escuro e eles continuarem não enxergando direito, puderam facilmente perceber que não estavam mais no casarão abandonado. Parecia um lugar vago no espeço, completamente negro.

   - Há três opções; verdade, consequência ou desafio. - disse a voz - Alguma pergunta?

   - Sim. - disse Annie - Qual a diferença entre desafio e consequência?

 A voz riu novamente.

   - Desafio, vocês escolhem. E consequência, vocês terão de jogar o dado. - respondeu - Esse é o dado. - e então surgiu um dado próximo à estrela de sal - Há várias opções porque as opções mudam aleatoriamente a cada vez que o dado é lançado. O lado que cair, vocês terão que obedecer.

 Eles engoliram em seco. 

   - Podemos começar? - perguntou a voz.

   - Que seja... - murmurou Jason.

 Uma garrafa surgiu flutuando no espaço iluminado. A garrafa foi girada no ar e permaneceu girando por alguns breves segundos, até que parasse com a tampa virada para Demitria e o outro lado virado para Lídia.

   - Lídia, você pergunta e Demitria responde. - disse a voz.

 Lídia começou a tremer, sentia que aquele jogo havia sido um erro, estava arrependida e com medo. Talvez não fosse apenas um jogo.

   - Ah, ahn... - gaguejou - Verdade, consequência ou desafio? 

   - Verdade. - respondeu Demitria.

 Lídia pensou e pensou, tentando encontrar uma pergunta cuja resposta fosse "não".

   - Você já fez algo ruim, como roubar algo? - perguntou, hesitante.

   - Não. - respondeu Demitria, rápida e direta demais.

 De repente, Demitria começou a se contorcer e a gritar, provavelmente de dor.

    - Mentirosa! - gritou a voz e a dor de Demitria cessou – Você roubou o colar favorito de Lídia no aniversário de cinco anos dela e ainda a fez chorar quando ela te acusou de ladra, sem falar que você matou o gato da vizinha porque ele era mais bonito que o seu.

 Demitria arregalou os olhos, assustada.

   - Jogue o dado! - gritou a voz.

 Demitria pegou o dado e o jogou. O dado rolou quatro vezes e parou num lado cujo estava escrito a letra "P".

   - "P"? - perguntou Demitria - O que isso significa?

   - Pesadelo. - respondeu - Você viverá o seu pior pesadelo, porém, aumentado. - a voz riu malignamente. 

 As órbitas de Demitria enegreceram-se e ela começou a gritar de pavor, medo, horror. Segundos depois, a garota arregalou mais ainda os olhos, ficou paralisada e boquiaberta, com uma expressão de pavor absoluto, como se estivesse vivenciando uma terrível ilusão. Palavras não são o suficiente para descrever. Minutos depois, suas órbitas voltaram ao normal, mas a garota continuou com a mesma expressão e em seguida, voltou a se contorcer de dor. Uma garra saiu de dentro de seu peito, abrindo-o e estraçalhando seu corpo, uma enorme poça de sangue se formou, porém, o sangue não estava vermelho e sim negro. Demitria havia morrido. 

 De menos Jason, que continuava com a mesma expressão indiferente, todos ficaram horrorizados, ardendo em insegurança e morrendo de medo, sentiriam na pele as consequências de seus atos. Não mexa com os espíritos que estão quietos.O cadáver da garota desapareceu, deixando apenas a poça de sangue. A garrafa girou novamente, dando continuidade ao jogo. A tampa da garrafa parou na direção de Peter e o outro lado parou na direção de Kira.

   - Verdade, consequência ou desafio? - perguntou Kira.

   - Verdade. - respondeu Peter.

   - Você gosta de alguém? - perguntou Kira.

   - Não. - respondeu.

   - Mentiroso! - gritou a voz.

 Peter começou a se contorcer e a gritar de dor, assim como havia sido com Demitria.

   - Tá bom, tá bom! Eu admito! - gritou - Eu gosto da Annie!

 Annie arregalou os olhos.

   - Mas que porra é essa?! - Annie se exaltou.

 Peter voltou ao normal e então, a garrafa foi girada mais uma vez, parando com a tampa direcionada a Peter e o outro lado direcionado à Kira.

   - Verdade, consequência ou desafio? - perguntou Kira.

   - Verdade... - repetiu Peter.

   - Quem você odeia? - perguntou.

   - Ninguém, tenho uma boa relação com todos. - respondeu.

   - Mentiroso! - gritou a voz.

 Peter voltou a se contorcer e gritar de dor.

   - Você odeia a Lídia e o Jason! - completou - Jogue o dado!

 Peter pegou o dado e rapidamente o jogou. O dado pulou e rolou várias vezes até que finalmente parasse num lado da qual estava escrito a letra "F".

   - Fim de existência! - a voz riu.

 Um grande buraco surgiu no peito de Peter e esse buraco foi se abrindo e se espalhando por seu corpo. Peter gritava de dor e agonia, mesmo que estivesse sendo uma morte bem rápida, era uma morte muito dolorosa. O buraco foi se expandindo até consumir todo o seu corpo. A garrafa girou, como dito pela voz, o jogo não pararia. A tampa parou virada para Annie e o outro lado virado para Lídia.

   - Verdade, desafio ou consequência? – perguntou Lídia.

   - Ahn... Verdade. – escolheu.

   - Lembra da peça de teatro que fizemos no colégio quando tínhamos sete anos? Então, você quebrou a perna da Pâmela para que a Jennifer assumisse o seu lugar, por quê? – perguntou.

   - Me passa essa merda de dado, me recuso a contar. – falou, espantando os jogadores restantes.

 O dado foi passado para Annie e, sem nenhuma hesitação, ela o jogou. O dado rolou para a escuridão e uma luz surgiu, iluminando-o. No lado da qual o dado havia caído estava desenhada uma estrela dentro de um círculo com espetos.

   - Possessão demoníaca. – disse a voz.

 E de repente, Kira, Lídia e Jason se levantaram, seus olhos estavam obscuros e à medida que os segundos se passavam, eles iam se alterando. A pele das três crianças ficou acinzentada e depois parecia que estava em decomposição, suas órbitas ficaram negras, suas bocas foram costuradas, eles ficaram altos e esqueléticos, suas mãos foram substituídas por garras e seus cabelos caíram. Uma imagem perturbadora. Eles foram se aproximando lentamente de Annie enquanto um grito desumano se formava, os três abriram suas bocas monstruosamente grandes, expondo seus dentes pontudos e afiados e então, rosnaram. Annie correu para a escuridão, a fim de escapar deles, porém, eles eram mais rápidos e apesar da situação, ela não estava com medo, pelo menos não demonstrava estar. Lídia agarrou o pé da garota, puxando-a para si, os três a cercaram e foram arrancando seus membros um por um. Após arrancarem a cabeça, abriram sua barriga e retiraram seus órgãos, os comendo logo em seguida. Houve um baixo assovio que ecoou pelo espaço, fazendo com que as crianças voltassem ao normal e retornassem à estrela. A garrafa foi girada novamente, parando com a tampa virada para Kira e o outro lado virado para Jason. Kira olhou ao redor, observando o corpo dilacerado e desmembrado de Annie e as poças de sangue deixadas por Demitria e Peter. Jogou a cabeça para trás num suspiro pesado.

   - Verdade, consequência ou desafio? – perguntou Jason.

 Kira olhou para Lídia e ela retribuiu o olhar, ele tentava passar uma mensagem de “adeus” para ela e a garota começou a sacudir a cabeça em discordância.

   - Não, não faça isso! – gritou.

   - Desculpe. – falou – Adeus. – ele olhou para Jason – Consequência.

 O dado foi entregue ao garoto e ele o jogou, com uma expressão triste estampada em seu rosto. O tempo se desacelerou e o dado rolou lentamente, antes que ele parasse, Kira cobriu seus olhos, para que não vesse nada. O dado parou e uma risada macabra ecoou. Kira subitamente começou a se contorcer e a gritar. Cortes profundos foram surgindo em sua pele, seu cabelo fora arrancado com brutalidade assim como seus olhos, unhas e dedos. Em seguida, a pele do garoto foi se avermelhando e bolhas foram surgindo – estourando logo após o surgimento – como se estivesse queimando de dentro para fora e assim, Kira explodiu. Suas entranhas voaram sobre Jason e Lídia e se espalharam pela escuridão, desaparecendo segundos tempos. Jason e Lídia se entreolharam, impressionados e antes que pudessem olhar o dado, ele já tinha desaparecido. A garrafa foi girada, parando com a tampa virada para Lídia e o outro lado virado para Jason, a garota suspirou de alívio. “Posso escolher desafio... Afinal, Jason não me puniria tão severamente.” Pensou.

   - Verdade, consequência ou desafio? – perguntou.

   - Desafio. – Lídia respondeu.

 E aos poucos, um sorriso sádico e incontrolável surgiu nos lábios do garoto. Macabro, maquiavélico, maligno. Psicopata.

   - Eu te desafio a escolher consequência. – falou.

 Lídia arregalou os olhos. O dado lhe fora entregue.

   - Não! Eu não quero! Não vou! – gritou – Não!

 E por reflexo, ela atirou o dado, jogando-o para longe. O dado rolou até que parasse num lado com a letra “Q” escrita. Jason continuou encarando Lídia com o mesmo sorriso sádico nos lábios, a garota se contorceu e seus ossos foram se quebrando, alguns deles ficando expostos. Jason não conseguiu se segurar e acabou gargalhando diante do sofrimento de sua colega. A cabeça da garota girou trezentos e sessenta graus até que fosse arrancada, sobrando apenas “a voz” e o garoto no jogo. A garrafa foi girada mais uma última vez, parando com a tampa virada para Jason e o outro lado virado para a escuridão.

   - Verdade! – falou antes mesmo que a voz lhe perguntasse.

   - Não! – a voz riu – Morte!

   - O que?! – gritou o garoto – Isso não vale...

 Antes mesmo que pudesse terminar de falar, aconteceu com Jason o mesmo que havia acontecido com Lídia e a voz ganhara novamente o jogo da Verdade ou Consequência, o riso da criança demoníaca ecoou pelo espaço e agora teria de procurar outras crianças para brincar.    

Verdade ou Consequência... Além do jogo, além da inocência.

 Verdade ou Consequência... Tem coragem, humano?    


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Notas finais do capítulo

Certo, sei que ficou meio tosco, mas as próximas histórias da série Psychotic Mind serão melhores, pode ter certeza disso. Mas, de todo jeito, espero que tenha gostado ^^ Obrigada pela presença, por favor deixe um review com uma critica negativa ou positiva, o importante é comentar.



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