Tudo que Vai Volta Ii escrita por kaka_cristin


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Gentiiiiiiiiiiiiiii quanto tempo!!! to de volta e espero não demorar mt pra continuar com os posts. Ainda to meio louca aqui com a volta da internet, cheia de coisa pra resolver, mas em breve volto a morar no Nyah 100%
Beijos e não me matem, xau!!!
Saudadesx de vcs!



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- Me diga Gerard, qual destas você prefere: Esta...? – Betty jogou a echarpe para trás e fez uma pose com as mãos na cintura e o queixo pra cima com um olhar bastante sedutor. – Ou esta? – Então ela mudou de posição, ficando de costas pra mim e olhando na minha direção por cima dos ombros.

- Impossível escolher. – Eu respondi esparramado no sofá de couro preto do quarto de hotel que ela estava hospedada. – Ambas perfeitas.

- Assim não vale. Você tem que escolher uma das duas. – Ela protestou vindo ligeira na minha direção e se jogando sobre mim. Seus lábios próximos aos meus, seus olhos me olhando fixamente, sua respiração de encontro com a minha. – Então, qual delas você mais gostou? Eu preciso saber qual usar pra propaganda da loja de roupas.

- Bom. – Eu fiz alguns segundos de silêncio para pensar. – A primeira você estava bem sedutora, mas a segunda, eu não consegui parar de olhar pro seu traseiro.

Ela riu.

- Para, seu bobo. Fala sério.

- Acho que a primeira ficou mais profissional.

- Você acha? – Ela me olhava atenta como se a minha opinião realmente importasse pra ela.

- Eu não sei, eu não entendo bem dessas coisas. – Ela fez uma carinha de impaciente. – Mas eu sei que você vai se dar muito bem nessa propaganda, por que você é perfeita.

- Você acha? – Ela fez graça com um beicinho.

- Acho. – Eu sussurrei fitando seus lábios rosados.

Ela aproximou seus lábios do meu ouvido e disse: - E você saberia me dizer qual posição é a melhor para tentarmos agora?

- Também não.

- Não? – Ela achou graça.

- Não. – Eu disse com ímpeto. – Qualquer uma será totalmente prazerosa em te observar.

- Hm, safadinho. – Ela disse mordiscando o lábio inferior. Eu não resistia ao seu charme. Eu suspendi meu rosto para beijá-la, então voltei a deitar minha cabeça sobre o braço do sofá e ela arqueou mais o corpo sobre mim. Passeei minhas mãos pelo corpo dela, apertando suas nádegas com força. Ela gostava de um pouco de selvageria nessas horas.

Vocês devem estar certamente confusos agora, mas deixa eu lhes explicar como tudo isso veio acontecer. Depois do nosso encontro, ou reencontro como Betty gostava de se referir, eu fiquei em dúvida se eu ligava ou não para aquele número que ela havia me dado. Passei vários dias olhando para aquele papel sem fazer exatamente nada depois. Eu não tinha coragem suficiente para ligar, nem mesmo vontade de embarcar em um novo relacionamento depois das minhas tentativas fracassadas de ficar com alguém. Mas o destino foi insistente, e então algumas semanas depois daquele dia, meus pais me convidaram para um evento.

- Ah, vamos, meu filho. Você vai gostar. Vai poder se distrair mais, esquecer dessa menina Natasha. – Minha mãe cantarolou essa última parte.

- Eu sei o quanto vocês estão se esforçando para me ajudar, mas eu não tenho a mínima vontade de encontrar outra pessoa agora. Eu quero me dedicar a mim mesmo no momento.

- Você não tem nada a perder nos fazendo companhia hoje. – Disse meu pai, vestido com mais um de seus trajes estilo anos cinqüenta. – Não estamos querendo te empurrar a ninguém, mas sair um pouco ajuda.

- Como disse seu pai, não queremos te forçar a ficar com ninguém, mas eu ouvi dizer que vai estar cheio de mocinhas lá. – Disse minha mãe sorrindo orgulhosa.

- Mas você deve saber que eu não sou mais um mocinho. – Eu disse debochado.

- Ah filho, deixa disso. Você ainda é meu rapazinho.

Eu sentia que eles ainda não haviam superado que eu havia crescido. No fim das contas, eu acabei aceitando acompanhá-los. Minha mãe ficou toda contente dizendo que suas amigas iriam morrer quando me vissem, pois eu estava lindo, apesar de eu discordar veemente disso. Eu estava ciente que não apresentava a melhor das aparências, minha barba estava pra fazer, meu cabelo eu decidi cortá-lo baixinho para mudar um pouco o visual o que me fazia parecer um maluco recém fugido do manicômio, e eu estava mais magro do que nunca estive antes. Mesmo assim minha mãe fez questão de entrar na casa onde ocorreria a festa segurando um dos meus braços como se eu fosse a pessoa mais importante deste mundo, e eu realmente era, aos olhos dela. A festa era como eu já imaginava que seria, se tratando dos amigos dos meus pais. Você já deve imaginar em que tipo de roubada eu fui me meter. Se você já foi obrigado a freqüentar alguma festa de amigos dos seus pais, você deve saber do que eu estou falando. Passei o começo da festa cumprimentando e beijando os rostos de várias senhoras que eu nunca nem ouvi falar, enquanto sorria falsamente. Minha bochechas estavam doloridas com os meus lábios largamente repuxados. Depois, passei grande parte da festa sentado em um sofá, enquanto os convidados bebiam e comiam ao som de alguma música clássica chata, além do que eu estava constantemente sendo observado por algumas adolescentes, filhas ou netas dos amigos da minha mãe, que me olhavam com curiosidade por eu ser, digamos assim, uma celebridade. Bom, pelo menos o sofá era confortável.

Eu passei minhas mãos nas pernas tentando me tirar daquele desconforto, quando eu a vi, na verdade nós dois nos vimos ao mesmo tempo. Betty estava linda, com um vestido tomara-que-caia de seda pêssego, seu cabelo estava com algumas poucas mechas presas num penteado simples, porém valorizava seu rosto. Ela sorriu instantaneamente ao me reconhecer e se aproximou de mim ainda não acreditando na coincidência.

- Você aqui? – Ela perguntou surpresa ao se sentar ao meu lado, ainda mantinha a boca aberta sem acreditar. – Quando eu ouvi que um famoso estaria presente nesta festa eu não imaginava que fosse encontrar você.

- Pois é. – Eu disse um tanto sem jeito, dando de ombros. - O que está fazendo aqui? – Agora era minha vez de falar.

- Estou com uma amiga, a mãe dela organizou essa festa. – Ela ainda olhou ao redor, acho que procurando pela amiga, mas como não a encontrou voltou a me encarar. – E você, como veio parar aqui?

- Meus pais. – Eu apontei para eles que estavam distraídos conversando, mas como se tivessem audição apurada, o que eu realmente não acredito depois de ter passado essas últimas semanas ao lado deles, se viraram na nossa direção.

- Seus pais? – Ela acenou com a mão que não segurava a taça de champanhe. Meus pais, claro, retribuíram o cumprimento com uma animação fora do comum. – Nossa, eles são uma graça.

- Pois é, não é? – Para a minha sorte ela não viu quando minha mãe pôs as mãos em cada lado do rosto como se nos achasse um casal fofo. – Você não quer dar um pulo lá fora, pra conversar?

Eu inventaria qualquer coisa pra convencê-la a ir pra outro lugar, onde eu pudesse sair das vistas dos meus pais.

- E como você está, morando com os pais? – Ela me perguntou enquanto nos dirigíamos ao fundo da casa.

- Sim. – Eu disse balançando a cabeça. – E você?

- Vivendo num “apertamento”. – Ela fez com a mão indicando o quanto era pequeno seu novo lar.

- Eu pensei que já tivesse voltado para LA.

- E eu pensei que você me ligaria. – Ela disse arregalando os olhos com um sorriso sarcástico nos lábios. Eu não agüentei e comecei a rir. Ela realmente era contagiante.

- Eu realmente tentei te ligar. – Eu enfiei as mãos nos bolsos um tanto sem graça. Eu tinha desaprendido a conversar com uma mulher, principalmente se ela fosse interessante como a Betty.

- E por que não ligou? – Ela se sentou em um banco que havia no jardim e bateu no espaço ao seu lado indicando pra que eu me sentasse.

- Eu estive ocupado. – Eu inventei após me sentar.

- Sério, com o que? – Ela deu um último gole esvaziando sua taça, então virou-se de lado para me observar.

- Eu tenho... Ajudado meus pais. Eles resolveram fazer uma reforma na casa. – Eu inventei.

- Nossa, entende de obra, Sr. Way? – Ela me deu um tapinha na perna. – Você é mais hábil do que eu pensei.

- Bom, nem tanto, mas eu faço o que eu posso. – Eu tentei ser mais modesto.

- Eu vou voltar pra LA só no mês que vem. Eu resolvi ficar por algum tempo depois que recebi alguns convites para trabalho. Acho que vir pra cá me deu sorte.

- Isso é ótimo. – Eu disse sincero.

- Sim. – Ela mordeu o lábio inferior, e eu achei aquilo tão sexy que tive vontade de beijá-la, então afastei rapidamente aqueles pensamentos da minha mente. O que estava acontecendo comigo? Betty era uma... amiga. Eu devia estar pensando em mim nesse momento e não em como fazer para beijá-la sem que ela me desse um tapa no final ou então me recusasse.

- Sabe, eu adorei seu novo visu, ficou tão mais macho. – Ela disse passando a mão na minha cabeça tentando descabelar o pouco que restou de cabelo.

Eu ri.

- Então quer dizer que antes eu não tinha cara de macho?

- Não, não é isso, mas é que... Você está realmente ótimo com esse novo penteado, e essa barba. Não que você nunca fosse lindo, pois eu sempre te achei o maior gato, mas é que agora... – Ela foi ficando séria, seus olhos me olhavam com mais intensidade. – Você está tão... – Seus lábios estavam mais próximos. – Melhor.

E antes que ela dissesse mais alguma coisa, eu avancei os próximos centímetros para que nossos lábios se tocassem. Beijá-la foi realmente ótimo. Fazia muito tempo que eu não sentia aquela sensação de estar beijando uma garota e curtindo isso. Era como beijar a Natasha nos tempos de adolescência, como beijá-la no nosso reencontro. Eu sei que cada pessoa beija de uma maneira diferente, mas o modo como ela beijava era bem similar ao modo como Natasha me beijava. Aquilo era reconfortante.  


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