Semanas haviam se passado e Konan ainda vagava sem rumo. Mas soube que Madara estava finalmente morto. E Tobi/Obito também e Zetsu tinha sumido do mundo.
Konan foi para uma pequena aldeia, estava cansada, fazia três dias que não comia ou dormia direito. E resolveu sentar-se em baixo de uma arvore e cochilou.

▬ Olha vovó! Uma moça desmaiada! – Disse o menino apontando para Konan. E com o barulho ela acordou.

▬ Hã?

▬ Tori! Você acordou a moça. Tudo bem moça? – Disse uma senhora com mais de 50 anos segurando uma cesta de frutas.

▬ Desculpe. – Disse o menino que parecia ter 8 anos.

▬ Não, tudo bem. – Konan olhou para a cesta de frutas e sua barriga deu um ronco alto.

▬ Hum... Parece que a senhorita está com fome. Venha até a nossa casa comer um pouquinho.
Konan ficou relutante em ir, mas estava morta de fome e decidiu aceitar.

▬ Como é seu nome minha jovem? - Perguntou a senhora enquanto servia a sopa para todos.
“Hime...”

▬ Me chamo Hime.

▬ Que legal. – Disse o menino com a boca cheia de sopa.

▬ Que belo nome senhorita Hime.

▬ Obrigada.
E começaram a tomar a sopa. E quando a noite chegou...

▬ Ah, não.

▬ Se quiser pode ficar aqui. Tori dormirá comigo e você na cama dele.

▬ Não quero incomodar, vovó.

▬ Não é incomodo nenhum. E você tá pálida, magrinha demais. Precisa de um descanso.

▬ Tudo bem
O quarto era pequeno, tinha uma cama de solteiro e uma escrivaninha. Pôs sua bolsa num canto e deitou-se olhando para o teto.

▬ Obito... – Sussurrou ela e colocou a mão no peito fechando os olhos.
No dia seguinte.

▬ Bom dia – Disse Konan ao entrar na sala. Sentiu-se tonta e quase caiu, mas Tori a segurou.

▬ Traga ela aqui, Tori, rápido!
Tori levou Konan para o quarto e a Vovó começou a examina-la.
Mais tarde naquele mesmo dia.

▬ Ela tá acordando, vovó! – Disse Tori ao ver Konan abrir os olhos.

▬ Vá brincar lá fora, Tori. – Disse a vovó ao adentrar no quarto.

▬ Sim, vovó. – Ele saiu.

▬ Tome isso aqui, vai se sentir melhor. – Lhe entregou um copo com chá.

▬ O que eu tenho? Estou doente?

▬ Não – Ela sorriu mostrando os poucos dos dentes – Muito pelo contrário. Hime você está grávida.

▬ ... – Konan deixou o copo cair no chão e ficou com os olhos arregalados. – G-Grávida?

▬ Sim, senhorita. Fique aqui, eu cuidei da minha filha e fiz o parto do Tori. Ele poderá nascer bem forte.
5 meses depois.

▬ Olha só, Hime-san! – Disse Tori ao terminar um Tsuru de papel.

▬ Muito lindo Tori. Parabéns. Mas vamos voltar pra casa, vovó pode está preocupada.

▬ Hai. Eu lhe ajudo. – Tori ajudou Konan se levantar.
Konan estava com 8 meses, mas sua barriga parecia está maior do que normal. Seus cabelos estavam no meio das costas e totalmente soltos apenas com uma flor de papel ao lado.

▬ O dia está quente hoje... – Disse ela.

▬ Está mesmo. Você está bem, Hime-san?

▬ Estou. Vamos logo.
A casa tinha ficado um pouco maior, pois tinham criado um cômodo a mais para receber o bebê e Konan.

▬ Bem vindos de volta. – Disse a vovó recebendo os dois com um grande sorriso.

▬ Obrigado, vovó. Estou morrendo de fome!

▬ Então entre e vá lavar as mãos, já vamos comer.

▬ Tá! – Entrou correndo para a casa.

▬ E você? Está com fome também? Aconteceu algo? Tá um pouco cabisbaixa.

▬ Está sim, só estava pensando.

▬ Nele?

▬... Sim.
Quando Konan descobriu que estava grávida, a Vovó ficou curiosa pra saber quem era o pai e Konan contou a história para ela. Menos que ela fazia parte da Akatsuki e qual era seu verdadeiro nome.

▬ Vamos comer, vamos. – Puxou Konan para dentro da casa para almoçarem.
Após o almoço.

▬ Vovó, estou de saída.

▬ Agora? Você acabou de comer. Vá descansar, menina. – Gritou a vovó do seu quarto.

▬ Eu volto logo, eu só quero comprar um kimono que vi.

▬ Tudo bem, volte logo então.
Konan foi até a feira no centro onde comprou um lindo kimono roxo com violetas desenhadas.

▬ Realmente lindo... ai! – Sentiu um chute forte fazendo com que ela soltasse um grito baixo.

▬ Tudo bem, moça? – Perguntou o vendedor.

▬ Está sim. Obrigada – Pegou a sacola e foi em direção da sua casa e sentiu novamente mais um chute fazendo-a perder o ar.
Perto de uma pequena aldeia, um homem encapuzado e mascarado adentrou a vila, em suas mãos tinha um origami meio desgastado no formato de uma borboleta.

▬ Eu sei que ela está por aqui... – Falou consigo mesmo.
Konan resolveu parar encostada numa arvore para respirar, seu bebê estava chutando demais. Começou a suar. Sentiu-se tonta. Iria cair, mas alguém segurou em seus braços.

▬ O-Oque? – Um pouco com a visão embaçado tentou localizar o rosto do seu salvador. Viu algo laranja e se assustou. – O-O-Obito?

▬ Konan? Konan? Konan!? – Segurou ela firme.

▬ Obito! – O abraçou forte e começou a chorar.
Continuaram abraçados por mais alguns segundos, Obito tirou a mascará e seu rosto estava perfeito novamente e ele olhou diretamente para a sua barriga.

▬ O que...?

▬ Obito, seu rosto!

▬ Você está grávida... Não deveria ter vindo. – Ele pôs a mascará novamente e virou de costas.

▬ Ele é seu, Obito!

▬ Meu...? – Ele virou novamente e se aproximou, quando pôs a mão na barriga de Konan pôde sentir um chute e as lágrimas caiam e passavam pela mascará.
Após o encontro, Konan contou tudo ao Obito e Obito explicou o porquê de querê-la longe. Konan finalmente entendeu.

▬ Aishiteru...

▬ Aishiteru...
Konan teve uma menina que no qual colocou o nome de Rin. Construíram uma casa ao lado da casa da Vovó. Konan contou toda a verdade para a Vovó. Ela entendeu e aceitou. Tori foi treinado por Obito e se tornou um grande ninja e líder da pequena aldeia. 5 Anos depois, Konan estava grávida novamente.

▬ Mamãe, mamãe! Papai! – Chegou correndo em direção dos dois que estavam sentados na frente da casa. Rin ganhou os olhos do pai e cabelos da mãe. Era bem alegre e divertida, estava sempre de bom humor e tinha como sonha se tornar uma princesa, como a mãe.