A guerra na Aldeia da Chuva tinha se alastrado além do limite, havia muitos mortos e muita destruição e quem sofriam mais eram as crianças, quando não eram mortas por kunais perdidas ou bombas, ficavam órfãos e morriam de fome.
Entre as poucas crianças que ainda viviam, uma menina solitária, de cabelos azuis perambulava pelas ruas naquela chuva fria em busca de comida, estava tonta, pois estava dias sem comer ou beber nada.
 

▬ Ei, garota! – Gritou um menino que tinha cabelos alaranjados, mas ela não conseguia vê-lo direito a visão estava embaçada.
 

▬ O-Oi... – Disse ela com a voz indo embora, antes que pudesse dizer algo mais apenas desmaiou.

▬ Konan, acorde, vamos. – A voz grossa era inconfundível, era Pain, tinham parado para descansar por dez minutos e Konan cansada acabou cochilando.
Konan era parceira de Pain na Akatsuki, um grupo de ninjas desertores.

▬ Para onde vamos agora? – Perguntou ela, sua voz era suave e soava um tanto quanto meiga e fria.

▬ De volta para a Akatsuki, os outros Pains vêm logo depois. – Disse ele que logo se pôs a correr entre os galhos de arvore.

▬ Hai. – Ela o seguiu.
A sede da Akatsuki era uma caverna relativamente grande, era muito bagunçada e tinha um cheiro horrível. A desculpa de todos que faziam aquela bagunça é que animais farejadores não iriam encontra-los e Konan às vezes se sentia enjoada apenas de adentrar na “sala”.
Hoje tinha reunião, era entediante, pensara Konan consigo mesmo enquanto via um por daqueles rapazes chegarem.

▬Tobi chegou, Pain-sama!
Tobi era o mais alegre de todos ali e mais irritante, Konan já tinha perdido a conta de quantas ameaças de todos ali Tobi já tinha em sua lista, coitado dele, pensou ironicamente.

▬ Então vamos aos relatórios de hoje. – Disse Pain e todos ficaram em silêncio.
Ela esfregou os olhos e bocejou acordando e sentando. Estava quente, olhou e era por causa da fogueira na caverna pequena.
 

▬ Que bom que acordou, toma, come isso. – O garoto de cabelos alaranjados ofereceu uma cesta onde continhas alguns pães e frutas.
 

▬ Obrigada... Mas porque está me ajudando?

▬ Ahh por nada. É sempre bom ajudar os outros. – Ele disse cheio de confiança e sorrio largamente e a azulada corou.

▬ Konan? Konan? Konan? – Disse Pain, fazendo Konan acordar do seu transe.

▬ O que foi Pain? – Piscou algumas vezes tentando ficar “normal”.

▬ Alguma coisa errada? Você não e está se concentrando, Konan. Sabe que não aceito erros aqui.
Ela olhou para os lados e viu que a sala de reunião estava completamente vazia.

▬ Desculpe. Não acontecerá mais. – Ela se levantou e virou o rosto para Pain. Pain nunca tinha falado com Konan daquela maneira, e aquilo tinha magoado ela. Ele só queria saber da organização e de nada mais.

▬ Konan não vire o rosto assim para mim. – Ficou atrás de Konan, sua voz soava furiosa. – Sabe que não hesitar em mata-la.

▬ Eu sei disso, Pain. – Ela continuou seguindo e deixou Pain sozinho.
 

▬ Vem logo, Nagato. A água está tão boa! – Disse Yahiko animado.
 

▬ É, Nagato, vem aqui. – Disse Konan sorrindo, ela estava na beirada do rio.
Nagato ficou encantado com o sorriso de Konan, era lindo. Ele aceitou. E ambos brincaram na lagoa até quase anoitecer.
Konan sorriu, por algum motivo, estava se lembrando de muito de sua infância, junto de Nagato e Yahiko, foram momentos muito felizes para ela. Agora estava indo em direção à uma casa simples, longe da caverna, longe de todos, longe de Pain, longe de Nagato..
A casa tinha apenas um cômodo e um futon dobrado no canto da parede, uma pia e um banheiro para banhar-se, também tinha um guarda-roupa em outro canto, ela tirou seu manto e pôs no guarda-roupa e foi para frente da casa e se sentou entre as flores que ela mesma tinha plantado na frente.
 

▬ Nagato, não faça isso! – Gritou Konan enquanto era segurada.
 

▬ Mate-o e eu solto a mulher. – Disse o homem com um tipo de mascará.

▬ Porque você está chorando, Konan-senpai? – Disse Tobi em um tom infantil, assustando Konan.

▬ Vai embora daqui, Tobi. – Limpou o rosto e foi em direção da casa, mas a porta estava sendo barrada por Tobi.

▬ Tobi nunca viu Konan-senpai sem o uniforme da Akatsuki... Konan-senpai é bonita...

▬ Pode parar com isso, Obito. – Ficou levemente vermelha.
Konan sabia toda a história de Obito, e Obito... Sabia quase tudo sobre Konan. E o que não sabia ia atrás para descobrir, ficaram tão amigos por terem um caso parecido sobre amor. Um amor não correspondido.
Tobi ainda impedia a entrada de Konan na casa ficando em frente da porta.

▬ Eu quero conversar, Konan...

▬ Hum. Tá.
Sentaram-se na frente da casa, Tobi tirou a mascará e ficou olhando para o céu.

▬ Konan...?

▬ Sim?

▬ Acha que alguém me amaria com essa aparência...?

▬ Claro, se a pessoa te amar de verdade, não vai ligar para a sua aparência.

▬ Mas e você...?

▬ Eu o que, Obito? – Ela se virou para olha-lo e ele a olhou de volta.

▬ Você me amaria?
Ela corou de vez e desviou o olhar não respondendo.

▬ É, eu não me amaria também... – Suspirou ele olhou para o céu.

▬ Muito pelo contrário... Eu o amaria sim. – Disse ela entre sussurros, ele ficou um pouco corado e olhou para ela novamente. Como ela parecia tão frágil, realmente ela era um lindo anjo, pensou ele.
Ele desceu a mão que estava na bochecha da mesma e levou até a nunca, se aproximaram tanto que um podia sentir a respiração do outro, ambos ofegantes. Era quente. Aproximaram-se mais e meio tímidos os lábios se tocaram e iniciaram um beijo terno e lento. Tobi, Obito, puxou Konan para mais perto a abraçando, quando ia se deitar no meio das flores sentiu algo sair dos seus braços. Konan estava se transformando em papéis e sumiu em seguida.
Em nova reunião da Akatsuki.

▬ Líder-sama! Líder-sama! Onde está a Konan-senpai?

▬ Ela está em missão de ultima hora. – Disse Pain autoritário. – Vamos continuar com a reunião.
“Faz 5 dias que eu não a vejo. Ela não demora tanto numa missão...” – Pensou Obito, não prestando atenção na reunião.

▬ Terei que fazer o dobro das missões para poder não encontrar mais com o Obito... Que confusão. – Konan corria entre as arvores. Sua missão era exterminar algumas possíveis ameaças para Akatsuki.
Em uma ilha.

▬ Apareçam logo. – A confusão tinha virado raiva, não sabia o que fazer. Mas queria matar alguém agora mesmo.

▬ Prendam-na! – Devido à sua falta de atenção, Konan virou um alvo fácil. E como já era planejado, Konan foi capturada.
De volta a sede da Akatsuki.

▬ Tobi, quero conversar à sós com você. – Disse Pain.

▬ Se ferrou, baka. – Disse Hidan saindo da sala, assim como todos restando apenas Pain e Tobi.

▬ O que é Nagato?

▬ O que você fez com a Konan?

▬ Do que você está falando?

▬ Ela dormindo... Disse o seu nome. Você está machucando-a?

▬... – “Meu nome...?”