Pov. Percy

Annabeth e eu saímos do hotel logo após de verificarmos novamente todo espaço a procura de Lí. Ela não conhecia muito São Francisco, então nós supomos que só poderia ter ido a lugares próximos.

– Vamos nos dividir - Annie concluiu. - nunca conseguiremos encontrar ela assim.

Eu a fitei.

– Como vamos fazer para nos comunicar? - perguntei - se Luke está aqui tenho certeza que tem muitos monstros por perto.

Ela assentiu mostrando o celular.

– Se eu não atender você vem atrás de mim. - ela falou - eu vou está no lado norte, tem um pequeno bairro aqui perto.

Eu peguei sua mão e a apertei levemente, olhando suas órbitas tempestuosas.

– Tenha cuidado.

Ela suspirou e me deu um beijo rápido.

– Você também, cabeça de algas.

Eu ri e ela largou minha mão, caminhando em passos largos, eu a segui com o olhar até ela desaparecer entre as ruas. Agora eu teria que ver onde a Lí se meteu.

(...)

Pov. Annabeth

Eu já tinha entrado e saído de várias ruas, fiz questão de perguntar sobre uma garota alta de cabelos ondulados e castanhos escuros, mas sempre eu não tinha nenhuma resposta. Muitos disseram que não a viram e o que pensaram ter visto o que não me levou a lugar nenhum.

Agora eu estava em um beco pouco movimentado, acharia estranho se a Lí entrasse ali, mas como eu já não tinha alternativas, o que restava era procurar.

Parei quando vi que a rua terminava em um muro alto e que em nenhuma hipótese alguma minha amiga entraria ali. Me virei furiosa comigo mesma por não ter nenhuma ideia e com raiva de ela ter saído sem me avisar.

Saí do beco e andei um pouco mais até uma cafeteria quase vazia, espero que Percy esteja tendo uma procura melhor.

Pov. Percy

Deveria ser o começo da tarde quando eu alcancei a praia, podia sentir as correntes e as ondas baterem na areia, a maresia balançando meus cabelos. Em todos os lugares que fui, não achei nenhuma pista da Lí, aquela menina estava sendo difícil de achar.

Achei um telefone público próximo de uma lanchonete, e disquei os números do celular de Annabeth. Ela atendeu no terceiro toque.

– Alô?

– Alguma pista? - perguntei.

– Nada. E você.

– Estou na praia, próximo do porto. Nenhum sinal dela.

Ela suspirou.

– Está ficando tarde, eu estou próxima de você acho...

– Espere! - exclamei enquanto tentava ver um garoto loiro que entrou rapidamente na lanchonete.

–Percy, o que foi? _ Annie perguntou. Pude ouvir seu tom mudar para preocupação.

Eu olhei novamente para o garoto que se virou, mostrando a cicatriz da sobrancelha até o queixo extremamente reconhecível.

– Eu encontrei Luke.

Pov. Lídia

Acordei no susto e ofegante, eu havia sonhado que Percy e Annabeth estavam atrás de mim.

– Calma Lí – Tony disse – o que houve?

– Eu sonhei que Percy e Annabeth estavam vindo atrás de nós, e, eu, eu não posso deixá-los virem.

– Porque não?

– Porque eu não quero por em risco mais vidas.

– Como assim? Você está se culpando pelo que aconteceu?

Eu o fitei.

– Bom, nada disso teria acontecido se eu não quisesse ter vindo atrás da Rafa, e de nada vai adiantar, olha como estamos, acorrentados, e pela minha própria... – eu tentei continuar mas as lágrimas desciam sem permissão.

– Ei, ei – Tony disse – nada disso foi culpa sua ok? Eu vim porque quis e Percy e Annabeth também, você não tem culpa de nada.

– Eu sei disso, mas ainda não posso deixar de me sentir culpada, nós podemos morrer, e tudo isso porque eu inventei de...

Ele me interrompeu com um beijo, que eu sentia tanta falta.

– Nós não vamos morrer – ele disse – confie em mim.

Eu assenti, mas ainda com lágrimas nos olhos. Como era bom tê-lo por perto.

Pov. Annabeth

Ouvi aquele nome me dava um frio na barriga, e era como se minha mente voltasse no tempo para quando eu tinha apenas sete anos. O Luke que cuidava de mim e me protegia aquele a qual eu era leal e que me deu uma família a qual eu sempre iria confiar. Meu melhor amigo.

Balancei a cabeça tentando me tirar do devaneio e segurei firmemente o celular para que este não escorregasse dos meus dedos.

– Como assim você encontrou Luke? - perguntei depois de um tempo de silêncio - Percy, você não vai atrás dele, por favor, você não pode...

– E se for a nossa única chance. - ele me interrompeu - a profecia...

– Percy a profecia não é para ser cumprida agora - falei desesperada - por favor, não.

Ouvi ele dar um suspiro longo, como se decidisse o que fazer .

– Lí disse que Rafa está com ele agora - falou - se não for agora nunca descobriremos onde ela está. E se ele estiver...

– Percy... - tentei, mas ele me interrompeu novamente:

– Eu te amo, Annabeth .

E desligou, eu suspirei ainda com o telefone na mão e limpei meu olhos que lacrimejaram. Guardei o aparelho na mochila e segui em direção a praia.