Natural Disaster escrita por Thaís C


Capítulo 43
Capítulo 43 - Paraíso e Purgatório


Notas iniciais do capítulo

Viu meu povo, estou sendo mais rápida *-* !!! Putz, esse capítulo tá bem grande e exigiu bastante de mim...Fiquei a semana toda pensando em como iria executar as ideias e espero ter me saído bem. Espero ter alcançado as expectativas de vocês e vejam ai se acertaram os palpites que haviam dado sobre os exames e sobre quem gritou!!!! A fic tá quase acabando ç.ç só falta preencher algumas lacunas. UFA. Mais de um ano escrevendo, não é mole não! Mas vou sentir saudades )': Irei começar a postar outra logo logo para quem quiser continuar me acompanhando depois que Natural Disaster acabar! Enfim, já falei demais KKKKK Beijão lindes!!!! E já sabem né? Comentários SEEEEEEMPRE pra dar aquela moral s2s2s2s2



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Derick e Catherine se viraram imediatamente com o susto. Era um dos internos, um homem alto, forte, de cabelo grisalho e olhos esverdeados. Seu rosto era muito semelhante ao de Ernesto Bellini, deixando o casal chocado, porém aquele homem não tinha expressões tão rudes, pelo contrário suas expressões eram amáveis e cativantes. Notavelmente tinha alguns anos a menos que Ernesto, mas nada de muito discrepante. Cath pôde finalmente ter certeza de que eram irmãos.

– Enrico... – A garota sussurrou um pouco agoniada.

– Que saudades... Tem me abandonado nas últimas semanas... – O homem veio em sua direção para abraçá-la. – Está do jeito que a conheci... Exatamente igual... – Derick o deteu, o segurou nos ombros parando-o.

– Desculpe... – Disse o garoto. – Precisamos conversar com você primeiro... – Enrico assentiu com o olhar um pouco sem direção.

– Quem é você? – Perguntou o homem referindo-se ao garoto.

– Eu não sou a Helena... – Disse Cath calmamente, olhando-o nos olhos. – Eu sou a Catherine... Filha dela... – Ela lançou seu olhar apreensivo para Derick. – E esse é Derick, meu noivo... – O homem parecia não compreender uma palavra do que ela lhe dissera. – Você pode nos ajudar?

Enrico ficou atordoado por alguns instantes e pôs as duas mãos sobre a cabeça. Era impossível decifrar com exatidão o que se passava na mente daquele homem, porém seu olhar denunciava que era algo no mínimo melancólico. Aquela mente turbulenta deveria estar repleta de lembranças e emoções abafadas pelo tempo.

– Não vou machucá-la. – O homem sussurrou olhando para Derick como se estivesse pedindo sua permissão para tocar em Catherine. – Eu prometo.

O garoto então olhou para sua noiva aguardando por uma resposta, afinal, era ela quem deveria decidir se deixaria Enrico se aproximar ou não.

– Pode soltá-lo Derick... Ele não vai me machucar. – Ela arriscou, apesar de um pouco receosa.

– Tem certeza? – O garoto ainda permanecia muito desconfiado.

– Sim. – Respondeu Cath responsabilizando-se.

Derick então desencostou suas mãos dos ombros de Enrico deixando-o se aproximar de Catherine. Os olhos da garota estavam marejados observando com fascínio a figura daquele homem que também a olhava comovido. Enrico representava para Cath toda a esperança de descobrir a verdade sobre o seu passado.

Verdade essa que poderia amenizar a dor de ter sido vítima de quem ela pensava ser seu pai. De ter sido vítima de um homem de quem ela teria herdado metade de sua herança genética, de quem a havia criado, de quem deveria nutrir por ela um amor puro e desinteressado, no entanto a feriu da pior forma que uma criança poderia ser atingida. Deixando traumas que por mais que ela aprendesse a lidar, jamais se esqueceria.

Durante aqueles segundos de trocas de olhares, tudo o que a garota pôde fazer foi implorar para os céus que suas desconfianças se confirmassem. Para que aquele homem que a olhava com ternura fosse seu verdadeiro pai. Os dois tinham os mesmos olhos e ela torcia para que aquilo fosse um sinal.

Após aquele tempo de reconhecimento inicial, ambos tomaram coragem para encostar um no outro. Enrico a abraçou de forma carinhosa, e ela se sentiu confortada, deixando que as lágrimas escorressem. Era a primeira vez em que Cath chorava na frente de Derick e ele conseguia manter a calma. O garoto pôde perceber que aquele abraço a estava fazendo bem, e Enrico parecia ser um bom homem, não a olhava da forma doentia que Ernesto costumava olhar.

– É melhor irmos para lá! Se alguém te vir aqui vão te expulsar, não é todo mundo que pode ter contato com um louco. – Disse ele apontando para uma pequena casinha independente da parte principal do Hospital.

Cath assentiu e tudo o que Derick pôde fazer foi acompanhá-la. Os três então correram em direção ao local que Enrico havia mencionado. Era uma biblioteca antiga, com um acervo repleto de raridades e um chão era de madeira muito bem encerado.

– Me ajuda, por favor... – Ela implorou. – Não agüento mais não saber quem eu sou.

– Você é minha princesa. – Disse ele beijando Catherine na testa. - Espero que algum dia possa me perdoar por ter deixado você a sua mãe desprotegidas, porque eu, eu não vou me perdoar nunca. – O homem chorava demais, era como se sempre tivesse sonhado com aquele momento, como se só estivesse vivo até aquele dia aguardando pela redenção. – Nem posso acreditar que está aqui agora...

– Você é irmão do Ernesto? – Cath perguntou em tom baixo. – Do que eu deveria te perdoar?

– Infelizmente. – Enrico foi seco ao responder e sua expressão mudou, como se seu coração tivesse se congelado e tornado-se tão rígido que ele já não era mais capaz de sorrir ou chorar. – Por não ter assistido ao seu nascimento, não ter te ajudado a aprender as primeiras palavras ou a caminhar, não ter te contato histórias para dormir, não ter te levado para passear ou ao colégio, por não ter te dado uma infância decente... – O homem fechou os olhos como se aquilo fosse algum tipo de oração. – Por não ter estado lá para te proteger quando tudo aquilo aconteceu... Por ter feito sua mãe sofrer, por ter feito você sofrer... enquanto eu estava vivendo a minha vida. – Enrico estava desolado e aquelas palavras tocaram fundo no coração dos dois jovens. – Por não ter te ajudado a superar tudo isso... Por não ter te aconselhado quando se apaixonou, não ter visto você ficar noiva... Por ser a primeira vez que eu vejo a minha princesa.

– Seja lá o que aconteceu, o tempo não volta... – Catherine respirou fundo e tentou secar as lágrimas de seu rosto com as mãos. – Dezenove anos de atraso, mas ainda assim é só um atraso... Você está aqui agora. – Ela sorriu finalmente. – E isso é o que importa...

– Obrigado, de verdade, por essa chance... – Ele agradeceu de forma sincera. – Sua mãe sabe que você está aqui? - Ela fez que não com a cabeça.

Derick estava inquieto vigiando por um pequeno espaço entre as cortinas daquela sala, deixando os outros dois terem privacidade para conversar. Os internos andavam de um lado para o outro do jardim de forma perturbadora. Falavam sozinhos, faziam movimentos estranhos e alguns ainda eram agressivos com os enfermeiros e até mesmo com as pessoas que vinham visitá-los. Ele esperava saber até o fim do dia como um homem tão gentil e calmo como Enrico Bellini havia parado em um local como aquele.

– Você vai me contar tudo? – Pediu Cath com os olhos cintilando de uma forma que ele simplesmente não poderia se negar.

– Vou... – Disse Enrico tirando um cordão artesanal de seu pescoço e colocando no dela. A peça era simples, porém linda, a fina corda negra segurava uma pedra de aventurina de no máximo três centímetros. – É seu...

De repente o garoto observou que uma mulher e um homem se aproximavam a passos largos, provavelmente indo em direção ao local onde estavam escondidos e teve de interromper a conversa.

– Uma senhora está vindo para cá... Tem um rosto fechado e está vestindo uma roupa que parece ser de enfermeira, mas é diferente dos uniformes que os outros estão usando... Ao seu lado tem um homem forte e alto.

– Vocês precisam ir, rápido. – Disse o homem se desesperando. – Ela é a enfermeira chefe. E aquele ao lado dela é seu cão de guarda... Ou melhor, o filho dela.

– Eu posso tentar explicá-la o motivo de estar aqui, e ela pode me deixar esperar minha mãe chegar e então iremos esclarecer tudo de uma vez por todas... – Falou Cath aflita.

– Não se iluda, ela é muito intransigente e irá expulsar vocês daqui a ponta pés... – Enrico lamentou. – Saiam pela porta dos fundos... Vocês não irão conseguir descobrir nada se teimarem em ficar aqui.

– Ele tem razão Cath... Eu prometo que nós vamos voltar... – Derick tentou convencê-la. – Prometo que vou te ajudar a descobrir tudo e ir até o fim com essa história.

Catherine resolveu ser sensata e despediu-se de Enrico. O casal então se apressou para escapar pela porta dos fundos e pular o muro para fora do Hospital Psiquiátrico Jean Baptiste Pussin sem que ninguém os avistasse. Quase uma hora já havia se passado e ainda tinham que cumprir com o compromisso de estar em outro hospital para que a garota fizesse seus exames.

Após cerca de trinta minutos os dois chegaram ao hospital em que Cath faria seus exames. Como haviam pulado um muro e corrido, estavam um pouco desarrumados, por isso foram ao banheiro de lá para tentarem se ajeitar e só depois então entraram na sala de espera.

Os dois estavam muito sorridentes, afinal, apesar da confusão e da fuga, havia sido bom encontrar com Enrico. A garota estava tão eufórica que mal podia se controlar para não gritar aos quatro ventos o que havia acabado de acontecer. Na sala de espera estavam Ralf, Murillo, Giulio e Iris, aguardando pelos dois.

– Você me disse que ia trazê-la, mas não que fosse demorar tanto. – Ralf repreendeu o filho assim que o viu entrando. – A médica está aguardando...

– Cath, é melhor você entrar logo. – Afirmou Iris abraçando a amiga amavelmente. – Depois precisamos conversar... – Sussurrou no ouvido de Catherine.

– Precisamos mesmo! – Cath respondeu radiante e em voz alta enquanto entrava na sala onde a médica a aguardava, deixando todos ali um pouco confusos, pois ninguém sabia o motivo de tanta felicidade. Derick acenou para ela e mandou um beijo, o que fez com que todos interpretassem toda aquela euforia como sendo proveniente de alguma escapada que haviam dado para ficarem mais um tempo juntos, algo normal entre casais apaixonados.

– Derick, por que não descemos enquanto ela está fazendo os exames e damos uma volta, batemos um papo? – Perguntou Giulio para o amigo. -

– Faz tempo que não relaxamos e não nos distraímos. – Complementou Murillo. – Eu juro que não vai demorar, é só pra você distrair a cabeça um pouco. Ligamos para a sua casa e avisaram que você tava aqui, então pensamos em vir...

– Você deveria ir mesmo, meu filho... Precisa relaxar. – Afirmou Ralf. – Eu fico aqui esperando até porque a Helena está vindo também e assim que a Cath terminar os exames eu te ligo e você volta.

– Ótimo, eu estou mesmo com saudade de jogar conversa fora... – Aceitou o garoto os acompanhando. – Mas você não vai com a gente Iris? – Perguntou para a garota que permaneceu imóvel.

– Não Derick, relaxa! Eu prefiro ficar aqui, estou com um pouco de dor de cabeça. – Mentiu ela.

Os três rapazes então se retiraram caminhando em direção à saída do hospital. A garota olhava constrangida para Ralf, seria uma tarefa difícil tentar enrolar Derick e mais difícil ainda a conversa que teriam com Cath e Helena assim que seus exames terminassem. Os dois então se sentaram lado a lado no sofá para aguardar e conversarem sobre a situação.

A primeira bateria de exames se deu de forma tranqüila. A garota nem sentiu o incômodo das agulhas penetrando sua pele para colher o sangue nem a inspeção da doutora, que buscava encontrar em seu corpo alguma marca de violência.

– Você não deveria ter fugido do hospital mocinha... – Falou calmamente a mulher. – Dificulta o trabalho de nós médicos e os dados ficam comprometidos. Esses exames devem ser feitos no dia, sem nem tomar banho, você sabe... Será uma médica também, não será? – A doutora tentava ser simpática para deixar o momento menos incômodo.

– Serei. – Disse Cath sorrindo. – Me desculpe, mas eu não estava em condições naquele dia...

– Bom, agora vamos ver se ainda restou alguma prova e ter uma ideia do que aconteceu contigo. – A mulher abriu uma embalagem e retirou da mesma um fino pano branco para cobrir a cama hospitalar. – Vou precisar que tire a roupa.

A garota então obedeceu e ficou menos sorridente, pois se sentia um pouco envergonhada de mostrar sua nudez, mesmo que para outra mulher. A médica avaliou todos os cantos de seu corpo a procura de alguma lesão e encontrou algumas pequenas, nas coxas, nos braços, no pescoço e nas costas da garota, deixando tudo registrado para poder preparar o laudo.

– Agora precisarei que se deite na cama, dobre os joelhos e afaste as pernas.

– Que? – Cath respondeu extremamente assustada.

– Preciso que se deite... – Confirmou a mulher. – Tenho que terminar de te examinar... A roupa que vestia será encaminhada para o laboratório ainda hoje para que tudo seja averiguado...Encontrar provas, secreções ou qualquer coisa que nos forneça o DNA.

A garota então sentiu o nervosismo dominá-la. Ela sabia muito bem que tipo de exame era aquele e que ele era feito em vítimas suspeitas de terem sido estupradas. Ela se deitou no leito e afastou as pernas. O sorriso com que havia entrado no consultório havia sido apagado e substituído por uma sensação de amargura horrível. A dor era tanta que era incapaz de chorar, não tinha forças nem para isso.

– As férias da faculdade estão acabando e eu quero me casar antes de voltarmos a ter aula. – Falou Derick enquanto dava uma golada no suco que havia acabado de pedir.

– Quem diria, nós tomando suco! – Giulio deu uma risada brincalhona enquanto tentada disfarçar a tensão. – O que você está pensando pro casamento?

– Queria dar uma festa enorme, e me casar em algum lugar desses lugares românticos que as mulheres sempre sonham em se casar...

– Na igreja? – Perguntou Murillo. – Uma igreja gótica daquelas enormes?

– Cath? Na igreja? – Derick riu descaradamente. – Nada a ver com ela...

– Bom, ainda temos jardins, praias, castelos e trezentas opções que uma boa pesquisa na internet irá nos fornecer. – Falou Murillo descontraidamente.

– Mas de qualquer forma, terá que ter muito Rock n’ Roll e uma apresentação da música da Cath! – Afirmou Giulio. – A The Rebel Machine irá tocar né?

– É claro que sim! – Disse Derick sorrindo de canto enquanto fazia sinal para o garçom. – Eu só quero que seja um dos dias mais felizes da vida dela! Ah... Cath me rende inspiração para pelo menos umas quatrocentas e oitenta e sete trilhões de músicas de amor. E eu nunca mais deixarei o sofrimento tomar conta dos pensamentos dela.

Giulio e Murillo olharam constrangidos para o amigo sabendo a gravidade do que estavam escondendo dele. Pobre Derick, a euforia do encontro de Catherine com Enrico havia deixado sua racionalidade comprometida. Até parece que aquilo era algo que ele pudesse controlar. Evitar que ela sofresse seria impossível, a menos que ele fosse algum tipo de deus, que pudesse mudar todo o funcionamento do universo, mas ele não era, então tudo o que poderia fazer era estar por perto para apoiá-la sempre.

Helena tremia sentada na sala de espera com um copo d’água em mãos quando Catherine apareceu. Iris olhava para a amiga com pesar e logo se levantou para abraçá-la. Cath estava com o olhar perdido, como se alguém tivesse lhe arrancado a alma. A garota também estava tremendo e mais pálida do que o normal.

– Vai ficar tudo bem Cath... – Disse Iris a conduzindo para se sentar no sofá. – Senta aqui...

Ralf pôs as mãos sobre o rosto controlando-se para não chorar e Iris teve de ser a fortaleza que ofereceria suporte emocional a todos durante aquela conversa tão dolorosa. Helena pressionava os dentes com voracidade e esforçava-se para respirar por conta das lágrimas.

– Eu vou matar esse desgraçado... Com minhas próprias mãos. – Disse Helena furiosa. – Eu não sou mais capaz de viver sabendo que ele está vivo... Eu não... - A mãe sofria ao ver a garota naquele estado e deixou que ódio tomasse conta dela.

– Derick não sabe de nada, não tivemos coragem de contar a vocês e pra sua mãe a forma como você foi encontrada naquele dia... – Iris estava emocionada e tentava acalmar Catherine, que nada respondia e parecia só estar lá fisicamente.

Várias palavras de conforto surgiram e fizeram com que a mente da garota ficasse ainda mais atordoada. Cath suava frio e Iris percebeu que a amiga estava começando a ficar com febre. Não olhava nos olhos de ninguém, não falava, e sua respiração ficava cada vez mais enfraquecida.

– Olhe para mim Cath! – Disse Iris sacudindo os ombros da amiga em busca de alguma reação que mostrasse que ela ainda estava viva e não apenas sobrevivendo. - Por favor...


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Notas finais do capítulo

Sei que esse capítulo não terminou da forma mais feliz do mundo (pelo contrário), mas se tem uma mensagem que quero que fique dessa fic é a de que é o amor verdadeiro (seja ele de parentes, amigos ou namorado/a) que nos segura, não importa o quão dolorosa nossa vida seja, quando encontramos pessoas que se importam com a nossa dor é algo tão sublime que arrumamos forças que nem sabíamos que tínhamos para resistir. Sei que sou muito dramática, e que vocês devem querer me matar por conta desses altos e baixos, mas juro que o objetivo não é trollar ninguém...A fic tá no fim, e o sofrimento também. Espero que tenham gostado do capítulo e pelo amor de deus COMENTEMMMMMMMMMMMMMMMMM, pois não há nada mais desmotivante para um autor do que leitores fantasmas!!! :cccc Beijão lindes!!! Vou postar toda semana...NOVIDADE: O FINAL DA FIC JÁ ESTÁ PREPARADO... TCHAN TCHAN TCHAN TCHANN ~SUSPENSE~ COMENTEM COMENTEM COMENTEM!!!!