Natural Disaster escrita por Thaís C


Capítulo 38
Capítulo 38 - O sobrenome Bellini.


Notas iniciais do capítulo

Mil perdões pela demora, juro que tentei ao máximo postar antes, mas não deu mesmo )): Pra compensar, o capítulo tá gigante! Tô com a vida enrolada, mas pode deixar que pelo menos uma vez por semana vai ter capítulo! *-* Um capítulo de paz finalmente? Ou não? Não sei, leiam! HAUSDHAUIDHAUIH' Sejam legais e não esqueçam de comentar! Beijão genteeeeeeeeeee s2 Ps. A surpresa ainda será feita... Fiquem de olho!



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Derick andava de um lado para outro naquele corredor extenso tentando encontrá-la. As enfermeiras e o médico responsável por seu tratamento se desesperaram. Ralf e Emma tentaram segurá-lo para que não fosse muito longe, mas ninguém conseguia barrá-lo.

– Deixa que eu converso com ela. – Emma disse enquanto o segurava pelos braços. – Prometo que não iremos brigar.

– Sério Emma, não tente me impedir, eu vou atrás dela e ponto. – Ele afirmou com firmeza. – Nem você, nem médico algum ou até mesmo o meu pai vão me parar.

– Deixa ele, não vai adiantar segurá-lo mesmo. – Disse Ralf para os seguranças e para o médico. – Eu me responsabilizo. – O médico então assentiu.

– Não Ralf... – Resmungou a garota, que era a única que ainda tentava forçá-lo a não ir atrás de Catherine.

O garoto ignorou tudo que disseram e praticamente arrastou Emma Wiggers pelo corredor do hospital, visto que ela não o largava de jeito nenhum. Ele então avistou Cath sentada no banco de um dos corredores, em uma parte mais isolada.

– Cath... – Disse andando em direção a ela.

– O que que você ainda está fazendo aqui, Emma!? – Falou de forma ríspida a garota, cujos olhos já estavam cheios de lágrimas. – Vou ter que te arrancar daqui à força?

– E desde quando você é a dona do hospital, Catherine!? – A morena respondeu provocativamente. – Eu não vou sair, já disse.

– Ah, mas vai sair sim! Você vai sair agora! – Cath então se levantou do banco irada, indo em direção a garota como se fosse atacá-la. – Não sei como você tem a cara de pau de vir aqui depois de tudo. Você é ridícula. – Derick então se soltou da morena, adiantou o passo e deteve Catherine, que estava prestes a avançar na garota.

– Pode soltá-la, eu não tenho medo. Acho que essa agressividade é genética! – Ironizou. - Mas fique tranqüila queridinha, de repente um remédio tarja preta te ajuda... – Emma disse rindo debochadamente. – Poxa Cath, achei que já tivesse tomado a sua anti-rábica esse ano!

– Você é muito cara de pau! – Catherine estava com o rosto vermelho de tanta raiva. – Não tem um pingo de vergonha na cara.

– Só uma coisa Catherine... – A morena disse elevando o tom de voz. – Você sempre soube que esse seu pai é um psicopata! Por que aceitou ficar namorando com Derick mesmo sabendo que ele corria risco de vida, hein? Quem é que não tem vergonha na cara aqui!? – O garoto arregalou os olhos para que Emma se calasse, mas foi em vão. – Vamos refletir... A culpa é de quem do Derick estar todo quebrado? – Cath nada respondeu, apenas abaixou o olhar, tentando segurar o choro. Ficou parada ali, sem reagir.

– Você não tem o direito de falar isso pra Cath, não foi culpa dela. Ela não tem culpa desse cara ser um louco! E isso não se faz, ok? O que você falou foi muito escroto. – Derick disse com grosseria para sua amiga. – É melhor você ir.

– Tudo bem, mas um dia você vai perceber o quanto ela egoísta! – A morena rebateu se virando e indo em direção a um dos elevadores para ir embora do hospital. – Boa noite.

Derick não respondeu mais nada, apenas a observou ir enquanto envolvia Catherine em seus braços. O garoto então sentiu sua camisa ficar cada vez mais molhada devido às lágrimas do rosto dela. Permaneceu a consolando até que Cath conseguisse se recompor, o que demorou alguns minutos.

– O pior é que ela está certa... – Ela disse soluçando. – É culpa minha. Eu fui egoísta.

– Não... – Derick disse de forma amável enquanto a colocava sentada no banco novamente. – Não fala assim... – Ele a abraçou forte. – Não chora... Assim você acaba comigo.

– Ele te espancou... Você ta todo machucado... Posso até imaginar o tipo de torturas horríveis você deve ter passado... – Catherine estava desesperada e aos prantos, como se estivesse com um enorme sentimento de culpa a consumindo. – Eu fiquei enrolando, não tinha coragem de te dizer tudo o que o meu pai tinha feito... Se eu tivesse sido menos covarde e tivesse te alertado e me afastado de você, nada disso teria acontecido... Me perdoa...

– Você poderia ter me dito a verdade desde o princípio, mas mesmo assim, saber quem ele era nunca me deixou com medo, nem fez meu amor por você diminuir. – Derick a olhava nos olhos com tanto amor que aos poucos ela foi se acalmando. – Nada iria me fazer te amar menos... Eu não ia te deixar por isso... Não ia adiantar nada.

– Eu deveria ter me afastado de qualquer jeito... Mas eu não consigo, mesmo sabendo que é o certo. – Catherine então começou a secar suas lágrimas. – Eu estou morrendo de vergonha da sua família... Eles são educados o suficiente pra me tratar bem, mas a verdade é que eu só trago problemas... – Ela virou o rosto, olhando Derick bem nos olhos. – Eu te amo mais que tudo nessa vida, Derick... – A garota então se levantou do banco lentamente. – Mas eu não posso mais... – Disse com a voz baixíssima e desviou seu olhar do dele, não mais conseguindo o olhar nos olhos. – Não posso mais ficar com você... – Começou a andar, mesmo que sem forças e num ritmo lento, tentando afastar-se do garoto.

– Não acredito que você ta fazendo isso comigo... Eu não sei mais ficar sem você... – Derick disse dolorosamente, andando atrás dela, a poucos centímetros de distância. – Volta Cath, para com isso... Diz que ainda vai casar comigo... Por favor... – Ele começou a chorar descontroladamente, estava realmente em desespero.

O coração de Catherine se despedaçou ao ouvi-lo chorar daquele jeito, mas ela sabia que Ernesto estava solto, e que permanecer com Derick seria colocá-lo em risco novamente, ela não poderia suportar se algo de pior o acontecesse. Já havia arriscado demais, deixando-se envolver naquela relação e isso quase custou a vida de quem ela tanto amava.

– Olha pra mim... – O garoto implorou enquanto segurava uma das mãos de Cath, que paralisou ao sentir seu toque. – Eu só desisto de você se você me olhar nos olhos e disser que não me ama mais, que não me quer de verdade... – Ela se virou devagar, no entanto não o olhava nos olhos, pois sabia que não conseguiria dizer aquelas palavras.

– Acabou... – Ela disse tentando retirar a aliança de esmeraldas que ele lhe dera. – Eu não posso ficar com você... – Derick segurou suavemente o rosto da garota, fazendo com que ela o olhasse nos olhos.

Ele tinha olhos negros hipnotizantes e ela não tinha mais forças para resistir. O desejo de se entregar àquela paixão era tão avassalador que a única coisa que conseguia fazer era se deixar levar. Aquele cruzar de olhares tinha uma força inexplicável e ela sabia que era inútil lutar contra aquilo.

– Não faz isso comigo... Não torna tudo mais difícil. – Catherine murmurou. – Me deixa ir...

– Não... – Ele a encostou na parede, fazendo com que os dois corpos ficassem perto o suficiente para que pudessem um sentir a respiração do outro. – Você foi a melhor coisa que já aconteceu na minha vida... Como é que eu posso te deixar ir assim? – O garoto sussurrou no ouvido de Cath, fazendo-a estremecer. – Fica comigo... – Derick disse manhoso, a olhando nos olhos de uma forma que ela jamais teria forças para dizer não.

Catherine o puxou para si num beijo intenso, fazendo com que o garoto se sentisse entorpecido. Definitivamente afastar-se de Derick não era uma opção a se considerar.

Dois dias depois

Ficar naquele hospital era entediante, e tudo o que Derick queria era se livrar daquele lugar sem alegria e daquelas paredes brancas e deprimentes. Não via a hora de ir para casa e ficar ali só era suportável por conta do atendimento vip que vinha recebendo de sua noiva. Ele era agitado demais para ficar dias deitado em uma cama repousando, e morria de vontade de retomar sua rotina normal. A comida era outra coisa da qual ele não agüentava mais, sentia falta das porcarias vendidas nos fast-foods, as quais ele nunca valorizara tanto quanto agora.

– Não seja malcriado... Já tá acabando... – Disse a garota enquanto colocava uma colher de uma sopa sem graça na boca de Derick. – Come amor...

– Adoro quando você me mima desse jeito... Mesmo essa comida sendo péssima! – Ele respondeu com um sorriso galante. – Mas na verdade, não sou só eu que estou sendo mimado, sabia?

– Do que está falando? – Cath perguntou curiosa.

– Quer dizer que a sua amiga do peito Iris Maddox ainda não te contou que não sai do quarto do Giulio? – Derick disse soltando algumas gargalhadas. – Peter me contou, ainda que meus pais estejam tentando apoiá-lo, ela veio vê-lo e ele ficou todo derretido... O Murillo também se mostrou preocupado conosco e disse que quando nos recuperarmos ele arrumará um grande evento para tocarmos em comemoração! Vamos tocar duas músicas de amor completamente inéditas...

– Eu sei bem mais sobre a Iris e o Giulio do que você pensa... – Ela disse sorrindo. – Eu acho que vai surgir um novo casal! Vamos poder sair em quarteto... – O garoto também sorriu, ambos haviam gostado da ideia.

– Mas que músicas são essas? – Catherine questionou. – Sei que é totalmente atípico a sua banda fazer músicas de amor...

– Uma é do Giulio, que nunca havia feito composição nenhuma, e hoje recebeu os carinhos de uma certa futura médica e isso o inspirou... – Derick disse num tom brincalhão enquanto tentava ver graça na comida sem sal. – E a outra eu fiz de madrugada pra você... – Ele disse segurando uma das mãos de Cath, fazendo-a corar.

– Eles mal se conhecem, isso é tão engraçado... Ela também cismou com ele. – Ela disse uma leve gargalhada. - E você fazendo música de amor... É tão impressionante pensar em como as pessoas mudam rápido.

– Acho que nós dois somos a prova disso, não é? – A garota assentiu, sorrindo de canto. –Bem... Já que estamos aqui entediados, poderíamos dar uma escapada pelos corredores... Porque essa coisa de eu e você sozinhos num lugar com cama está me dando várias ideias... - Ele disse mordendo-a no pescoço. – E meus pais só voltam mais tarde...

– Derick... Para de ser pervertido! – Gargalhou. – Que safado! – Cath o encheu de beijos nos lábios. – Acho que vou aceitar... Mas nada de ter “várias ideias” pelos corredores... Vamos nos comportar!

– Bora, metida! – Já não estava mais no soro então se levantou da cama. – Eu tava brincando poxa!

Colocou seu chinelo e ambos seguiram de mãos dadas para caminhar pelos corredores. Subiram até o andar seguinte e em cada oportunidade que tinha, cada pequeno corredor vazio, Derick agarrava a garota e distribuía-lhe beijos.

– Os seguranças devem estar se divertindo às nossas custas! – Sussurrou Catherine divertidamente. – Espero que não dê pra ver nossos rostos!

– Do jeito que você fala, até parece que estamos fazendo alguma coisa com censura +18! – Ele respondeu alegre. – São só uns beijinhos inocentes! – Os dois gargalharam.

– Mas falando sério, esse é o andar do quarto do Giulio, eu queria fazer umas perguntinhas pra ele... Não acha que seria legal que ele e a Iris ficassem juntos? – Cath disse empolgadamente.

– Não acredito nisso! – O garoto começou a rir. – Desde quando está shippando Giuris!?

– O que é que tem!? Shippo mesmo! – Ela disse abraçando-o. – Vamos lá, vamos?

– Claro que sim, eu estou com saudades dele também!

Os dois foram em direção a porta do quarto no qual o garoto estava instalado e na empolgação, acabaram entrando sem bater. Iris Maddox estava deitada ao lado de Giulio na cama, rindo descontroladamente ao receber as cócegas que ele fazia nela. Ao perceberem a entrada de Catherine e Derick, Iris saltou da cama extremamente envergonhada, tentando ajeitar sua roupa e Giulio os olhou com as bochechas rosadas.

– Tá vendo Cath, cortamos o clima deles dois! – Resmungou Derick em tom baixo e sem abrir a boca.

– Merda! – Ela sussurrou.

Giulio e Iris os olharam encabulados, sem saber exatamente o que falar daquela cena. Ficou um clima estranho no ambiente em que nenhum dos quatro falava nada, até que Derick decidiu se pronunciar:

– Nós só viemos saber se você está bem Giulio. – Ele disse coçando o cabelo e com um sorriso torto por conta da vergonha.

– Com certeza, estou bem sim. – O amigo disse controlando-se para não rir.

– Então nós já vamos, não é Cath? – Derick disse segurando-a pelo braço e conduzindo-a até a porta.

– Sim, é claro! – Disse Catherine.

– Ai gente, não estava acontecendo nada demais! Parem de nos olhar com essa cara, como se fossemos suspeitos! Estávamos brincando... – Iris tentou descontrair a situação. – Mas eu já tenho que ir embora, não posso ficar mais.

– Relaxa, nós não estamos supondo que haja alguma coisa entre vocês, nós não pensamos nada não... – Tentou disfarçar Catherine. – Fique um pouco mais com ele, nós já estamos de saída mesmo. – Ela e Derick se retiraram do quarto, mas obviamente iriam querer saber o desfecho daquela história e ficaram espiando atrás da porta por uma pequena fresta.

– Pelo que conheço da Catherine, eles estão sim supondo mil coisas! – Disse Iris entre risadas enquanto se sentava na cama do garoto. – Estou morrendo de vergonha...

– Eu sei que eu não sou o cara mais legal do mundo, mas teria mesmo vergonha de mim caso estivesse comigo? – Ele disse com o olhar triste enquanto segurava uma das mãos de Iris Maddox.

– Claro que não, por que teria? – Perguntou erguendo uma das sobrancelhas.

– Sei lá, eu sou todo errado... Nem meus pais querem mais saber de mim. Se me ligaram uma vez para saber como eu estou foi muito. – Disse Giulio visivelmente abalado. – Derick mudou muito, mas eu não acreditava que eu poderia mudar até que... – Ele não conseguiu completar a frase, apenas a olhou nos olhos.

– Até que... – Ela disse para que ele continuasse.

– Até que você apareceu. – Disse Giulio enquanto erguia seu corpo. – Obrigado. – Falou enquanto a abraçava.

– É Derick, pelo andar da carruagem a sua banda vai fazer umas mil músicas de amor! – Disse Catherine empolgada. – Eles são muito lindos juntos!

– Doidinha... - Derick caiu num riso exaltado, achando hilária a reação da garota diante de um novo casal que se formava.

Fazia tempo que eles não tinham um momento de paz, tudo havia sido tão tenso, mas finalmente estavam se recuperando. Tudo parecia estar encontrando seu lugar, mas será que estava ou era apenas um momento de calmaria que precede uma nova tempestade? Ainda haviam coisas a serem esclarecidas, mas de uma coisa ele tinha certeza, tudo que tivessem de resolver, resolveriam juntos.

Já era madrugada e Cath estava literalmente colocando Derick para dormir. O garoto estava inquieto, então ela tentava conversar com ele e fazer-lhe cafuné até que se acalmasse.

– Por que ta tão agitado? Por que não quer dormir? – Ela perguntou com a voz doce enquanto o acariciava. – Tem dado tudo certo... E eu não vou embora, eu prometo... Eu nem conseguiria, você sabe.

– Nunca mais diga pra mim que vá embora... Fica comigo enquanto me amar? – Disse ele puxando-a para a cama, fazendo com que deitassem abraçados.

– Vai ter que suportar a Catherine Bellini para sempre então... – Cath sussurrou no ouvido de Derick, o fazendo se arrepiar e sorrir imediatamente. – Amor nunca vai faltar... Eu não vejo a hora da polícia pegar aquele monstro, para que a gente possa ficar junto em paz...

– Cath... – O garoto precisava esclarecer uma dúvida sempre teve, mas nunca tivera coragem de perguntar, e nunca encontrara um momento oportuno. – Por que você usa o sobrenome do seu pai e não o da sua mãe? Bellini não é doloroso?

– É claro que é... – Disse ela com a voz triste. – Eu sinto como se fosse um nome de guerra... Uma guerra que eu sobrevivi... – A garota o abraçou mais forte, deixando-se envolver pelos braços de Derick. – Eu tenho que me lembrar de tudo o que meu próprio pai já foi capaz de fazer comigo e com outras pessoas, ele tem que pagar por isso... E eu só vou conseguir me livrar desse maldito sobrenome quando ele estiver preso...

– Mas e se ele não fosse o seu pai de verdade? – O garoto perguntou num impulso e no mesmo segundo que falou, sentiu o arrependimento bater. Catherine arregalou os olhos completamente chocada.

– Que? – Disse ela enquanto se levantava da cama com o corpo trêmulo e o coração batendo num ritmo agoniante.


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Notas finais do capítulo

- O que acharam do novo casal!? Gostaram? Vcs também shippam Giuris? AHSUDHAIDHAUDAHDA'
— Alguém já havia se perguntado antes o porquê dela usar esse sobrenome?
— O que vocês acham que a Cath fará depois dessa bomba?????
— Gostaram do capítulo? Não gostaram? Comentem!!!

Maldição do dia: Quem não comentar será desamado automaticamente pela autora que vos fala! KKKKKKKK Brincadeira! KKKKKKKKKK To de boas, esse capítulo foi relativamente tranquilo (ninguém apanhou, já tamo no lucro né? KKKKK) Beijão gente! Sem vácuo pfvrrrr s2